Buscar

Sistema genital feminino - Anatomia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

1. Descrever os órgãos genitais femininos internos e 
externos (características anatômicas e funções). 
Ovários, tubas uterinas, útero e vagina 
Gônadas femininas, par de glândulas amendoadas, 
homólogas aos testículos (mesma origem embrionária) 
Funções: 
- produzem gametas (oócitos secundários – óvulo 
maduro depois da fecundação) 
- produzem hormônios: 
Progesterona e estrogênios (sexuais femininos) Inibina 
e relaxina. 
- são suspensos por pregas peritôniais (mesentério/ 
mesovário) 
→ Mesovário: 
Subdivisão do ligamento largo (mesentério maior do 
útero. 
→ antes da puberdade: 
Capsula de TC (túnica albugínea do ovário) é coberta 
por uma lâmina lisa de mesotélio ovariano (epitélio 
superficial germinativo) : camada de células cúbicas 
que dá aparência acinzentada, fosca. 
→ após a puberdade: 
Ocorre fibrose e distorção progressiva do epitélio 
superficial ovariano, devido a ruptura dos folículos 
ovarianos e liberação dos ovócitos. 
Curiosidade: fibrose é menor em mulheres que 
utilizam contraceptivos orais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ligamento suspensor do ovário: 
Estrutura contínua com o mesovário, constituído de 
vasos sanguíneos e linfáticos. 
 Ligamento útero-ovárico: 
Fixa o ovário ao útero 
- une extremidade proximal do ovário ao ângulo lateral 
do útero (inferior a entrada da tuba uterina) 
 
→ o ovário é suspenso na cavidade peritoneal, 
superfície não é coberta por peritônio, oócito quando 
expelido cai na cavidade peritoneal. 
Trompas de falópio (10 cm) 
Função: conduzir o ovócito da cavidade peritoneal 
periovariana para a cavidade uterina 
- local habitual de fertilização 
- se estendem lateralmente a partir dos cornos 
uterinos, se abrem na cavidade peritoneal perto dos 
ovários. 
São recobertos pela mesossalpinge (forma as margens 
livres anterossuperiores dos ligamentos largos. 
Posição ideal: 
As tubas são simétricas, se direigem em direção 
posterolateral até paredes laterais da pelve, se curvam 
para anterior, superiormente aos ovários em posição 
horizontal no ligamento largo. 
Realidade: 
Dispostas assimetricamente em posição superior e 
posterior ao útero. 
 
Partes: (4) 
 Infundíbulo 
Extremidade afunilada, abre na cavidade peritoneal 
(óstio abdominal). 
Possui as fimbrias: processos em formato de dedos na 
extremidade do infundíbulo na face medial do ovário. 
→ fímbria ovárica: fimbria fixada na parte superior do 
ovário. 
 
 Ampola 
Mais larga e mais longa da tuba. 
Início: extremidade medial do infundíbulo 
- local frequente de fertilização 
 Istmo 
Paredes espessas e entra no corno uterino. 
 Parte uterina 
Segmento intramural, atravessa a parede do útero, se 
abre no óstio uterino para a cavidade do útero no 
corno uterino. 
 
Irrigação arterial drenagem venosa dos ovários e 
das tubas 
Artérias ováricas (vem da aorta abdominal) 
- Descem ao longo da parede abdominal posterior, 
cruzam sobre os vasos ilíacos externos e entram nos 
ligamentos suspensores do ovário. 
→Artérias uterinas (ramos da ilíaca interna) segue nas 
faces laterais do útero se aproximam da face medial 
dos ovários e tubas uterinas. 
Artérias ováricas e uterina ascendente se bifurcam, 
formam ramos ováricos e tubários irrigam ovários e 
tubas uterinas das extremidades opostas, 
anastomosam entre si criando circulações colaterais 
de origem abdominal e pélvica para essas estruturas. 
 
→Plexo pampiniforme: 
Veias que drenam os ovários e as tubas (semelhante a 
uma trapadeira), presentes no ligamento largo perto 
do ovário e tubas. 
Se fundem para formar uma única veia ovárica. 
Ovárica direita → drena para veia cava inferior 
Ovárica esquerda → drena para veia renal esquerda 
Veias tubárias → drenam para veias ováricas e para o 
plexo venoso uterino (úterovaginal) 
 
Inervação dos ovários e das tubas uterinas 
Deriva do plexo ovárico 
Desce com vasos ováricos e com parte do plexo 
uterino. 
Ovários e tubas uterinas são intraperitoneais, acima da 
linha de dor pélvica. 
→ fibras de dor aferentes viscerais ascendem com as 
fibras simpáticas descendentes do plexo ovárico e 
nervos esplâncnicos lombares até corpos celulares 
sensitivos dos nervos espinhais (T11- L1) 
→ fibras reflexas aferentes viscerais seguem fibras 
parassimpáticas retrogradamente através dos plexos 
uterinos (pélvico) e hipogástrico inferior e dos nervos 
esplâncnicos pélvicos até os corpos celulares nos 
gânglios sensitivos dos nervos espinhais de S2-S4. 
 
Órgão muscular oco, pera invertida, paredes espessas. 
Funções: desenvolvimento do embrião e do feto, força 
para expulsar a criança durante o parto. 
Localização: 
Pelve menor 
Corpo sobre bexiga urinária 
Colo: entre bexiga e reto. 
Estrutura dinâmica, tamanho e proporção muda com 
as fases da vida. 
→Mulher adulta: 
Antefletido (curvado em relação ao colo, forma ângulo 
de flexão) e antevertido (inclinado em relação ao eixo 
da vagina). 
Massa fica sobre a bexiga urinária. 
Bexiga vazia: útero fica traversal 
Muda de acordo com o grau de enchimento da bexiga 
e do reto, e também com evolução da gravidez. 
→ Medidas: 
7,5 cm de comprimento, 5cm de largura, 2cm de 
espessura, 90g de massa. 
Partes principais: 
 Corpo 
2/3 superiores 
Contém o fundo do útero (parte superior aos óstios 
uterinos) 
Localização: entre as lâminas do ligamento largo 
Móvel. 
Possui duas faces: anterior (relaciona com a bexiga) e 
posterior (intestino). 
Se separa do colo através do Istmo do útero 
(segmento mais estreito, com cerca de 1cm de 
comprimento) 
→ Paredes: 
3 camadas 
o Perimétrio 
 Serosa, consiste em peritônio sustentado 
por fina lamina de TC 
o Miométrio 
 Camada média de musculo liso, fica mais 
extenso porém mais fino na gravidez. 
 Localização principal dos vasos sanguíneos 
e nervos do útero 
 Parto: contração do miométrio 
comintervalos cada vez menores par 
adilatar o óstio do colo e expelir feto e 
placenta. 
 Contrações na menstruação causam as 
cólicas. 
o Endométrio 
 Colo 
1/3 inferior cilíndrico, estreito, 2cm de comprimento 
(útero não gravídico) 
Partes: (3) 
o Supravaginal: 
 entre istmo e vagina 
 separada da bexiga urinária 
anteriormente por TC frouxo e do reto 
posteriormente pela escavação 
retouterina 
o Vaginal: 
 se projeta para a parte superior da 
parede anterior da vagina 
 circunda o óstio do útero, circundado 
por recesso estreito (fórnice da vagina) 
→ cavidade do útero 
Semelhante a fenda, 6cm de comprimento (do óstio 
uterino até parede do fundo do útero) 
→ Cornos do útero 
Regiões superolaterais da cavidade do útero, onde 
penetram as tubas. 
- é contínuo com o canal do colo do útero 
Canal fusiforme (desde óstio anatômico interno, 
estreitamento do interior do istmo do corpo do útero) 
atravessa porções supravaginal e vaginal do colo, se 
comunica com lúmen da vagina através do óstio 
uterino. 
 
→ canal de parto: cavidade do útero + lúmen vaginal. 
 
Ligamentos do útero 
 Ligamento útero-ovárico 
Se liga posteroinferiormente a junção útero tubária. 
 Ligamento redondo do útero 
Se liga anteroinferiormente a junção uterotubária 
→ vestígios do gubernáculo ovárico: Redondo + útero-
ovárico (devido a mudança de posição da gônada de 
sua posição embrionária sobre a parede abdominal 
posterior. 
 Ligamento largo do útero 
Dupla camada de peritônio (mesentério), vai desde as 
laterais do útero até paredes laterais e assoalho da 
pelve. 
Função: ajuda a manter o útero em posição. 
A laminas são contínuas entre si, e recobrem as 
estruturas próximas, como os vasos e nervos para 
formação do Ligamento suspenso do ovário. 
Entre as laminas passam mais ligamentos como: 
- ligamento útero ovário (conecta útero e ovário) 
posterosuperior 
- ligamento redondo do útero, anteroinferior 
Tuba uterina: 
Se situa na margem livre anterossuperior do ligamento 
largo dentro da mesossalpinge. Ovário dentro do 
mesovário e útero dentro do mesométrio. 
→ útero: 
Estrutura densa, centro da cavidade pélvica. 
Tem sustentação passiva e dinâmica: 
Dinâmica: 
diafragma da pelveTônus são transmitidos pelos órgãos pélvicos 
adjacentes e fascia endopélvica. 
Passiva: 
Feita pela posição: antevertido e antefletido. 
- está apoiado no topo da bexiga urinária. 
↑pressão intra-abdominal: 
Útero é pressionado contra a bexiga. 
→ colo do útero parte menos móvel do órgão devido a 
sustentação passiva de condesações de fascia parietal 
da pelve que fixam nele e que também possui musculo 
liso. 
 Ligamento transverso do colo 
Vai da porção supravaginal do colo até paredes laterais 
da pelve. 
 Ligamentos retouterinos 
Das laterais do colo do útero até o meio do sacro 
(palpáveis ao toque retal) 
 
Esses ligamentos impedem que o útero caia sobre a 
vagina, fixam no centro da cavidade pélvica. 
 
Relações do útero 
 
 Anteriormente: (anteroinferiormente em sua 
posição antevertida normal): a escavação 
vesicouterina e a face superior da bexiga urinária; a 
porção supravaginal do colo tem relação com a 
bexiga urinária e é separada dela apenas por tecido 
conjuntivo fibroso 
 Posteriormente: a escavação retouterina contendo 
alças de intestino delgado e a face anterior do reto; 
apenas a fáscia visceral da pelve que une o reto e o 
útero nesse local resiste ao aumento da pressão 
intra-abdominal 
Lateralmente: o ligamento largo peritoneal ladeando o 
corpo do útero e os ligamentos transversos do colo, 
fasciais, de cada lado do colo do útero e da vagina; na 
transição entre os dois ligamentos, os ureteres seguem 
anteriormente, um pouco superiores à parte lateral do 
fórnice da vagina e inferiores às artérias uterinas, em 
geral cerca de 2 cm laterais à porção supravaginal do 
colo. 
 
 
Irrigação arterial e drenagem venosa do útero 
A vascularização do útero provém principalmente das 
artérias uterinas, com possível irrigação colateral das 
artérias ováricas. 
As veias uterinas penetram nos ligamentos largos com 
as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada 
lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para as 
veias ilíacas internas. 
Tubo musculomembranáceo (7 a 9 cm de 
comprimento) 
Do meio do colo do útero até o óstio da vagina 
(abertura exterior) 
Óstio da vagina, óstio externo da uretra e ducto das 
glândulas vestibulares maiores e menores se abrem no 
vestíbulo da vagina (fenda entre lábios menores do 
pudendo) 
Parte vaginal do colo do útero: 
Localizada anteriormente na parte superior da vagina. 
Funções: 
- Canal para o líquido menstrual 
- parte do canal de parto 
- Recebe pênis na relação sexual 
- comunica com canal do colo do útero e vestíbulo da 
vagina. 
→ Vagina: 
Colapsada, parede anterior e posterior (forma uma 
estrutura semelhando a um H em corte transversal, 
mais acima o colo do útero as mantem afastadas. 
Óstio externo colapsado na linha mediana. 
 
Vagina é situada anterior ao reto, entre margens 
mediais do músculo levantador do ânus (puborretal) 
→ Fórnice da vagina: 
Partes: anterior, posterior e lateral. 
- Parte posterior: mais profunda, intima relação com 
escavação retouterina. 
 → músculos que comprimem a vagina: 
 Pubovaginal 
 Esfíncter externo da uretra 
 Esfíncter uterovaginal 
 Bulboesponjoso 
 
Relações da vagina 
 Anteriormente com o fundo da bexiga e a 
uretra 
 Lateralmente com o músculo levantador do 
ânus, a fáscia visceral da pelve e os ureteres 
 Posteriormente (da parte inferior para a 
superior) com o canal anal, o reto e a 
escavação retouterina. 
 
Irrigação arterial e drenagem venosa 
As artérias que irrigam a parte superior da vagina 
originam-se das artérias uterinas. As artérias que 
suprem as partes média e inferior da vagina são ramos 
das artérias vaginal e pudenda interna. 
As veias vaginais formam plexos venosos vaginais ao 
longo das laterais da vagina e na túnica mucosa 
vaginal. 
Essas veias são contínuas com o plexo venoso uterino, 
formando o plexo venoso uterovaginal, e drenam para 
as veias ilíacas internas através da veia uterina. Esse 
plexo também se comunica com os plexos venosos 
vesical e retal. 
Compreender os princípios da citologia esfoliativa 
(Papanicolau) 
 
Técnica de coleta: 
A utilização de lubrificantes, espermicidas ou 
medicamentos vaginais deve ser evitada por 48 horas 
antes da coleta, pois essas substâncias recobrem os 
elementos celulares dificultando a avaliação 
microscópica, prejudicando a qualidade da amostra. 
exames intravaginais, como a ultrassonografia, 
também deve ser evitada nas 48 horas anteriores à 
coleta, pois é utilizado gel para a introdução do 
transdutor. 
a recomendação de abstinência sexual prévia ao 
exame só é justificada quando são utilizados 
preservativos com lubrificante ou espermicidas. 
Presença de espermatozoides não compromete a 
avaliação microscópica. 
não deve ser feito no período menstrual, pois a 
presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico 
citopatológico. Deve-se aguardar o quinto dia após o 
término da menstruação. 
Material necessário para coleta: 
 Espéculo de tamanhos variados, 
preferencialmente descartáveis; 
 Lâminas de vidro com extremidade fosca. 
 Espátula de Ayre. 
 Escova endocervical. 
 Pinça de Cheron 
 Solução fixadora, álcool a 96% ou spray de 
polietilenoglicol. 
 Gaze 
 
 
 Colocar o espéculo, que deve ter o tamanho 
escolhido de acordo com as características 
perineais e vaginais da mulher a ser 
examinada. Não deve ser usado lubrificante, 
mas em casos selecionados, principalmente 
em mulheres idosas com vaginas 
extremamente atróficas, recomenda-se 
molhar o espéculo com soro fisiológico. 
 . Iniciada a introdução fazer uma rotação 
deixando-o em posição transversa, de modo 
que a fenda da abertura do espéculo fique na 
posição horizontal. 
 A coleta do material deve ser realizada na 
ectocérvice e na endocérvice em lâmina única. 
 Para coleta na ectocérvice utiliza-se espátula 
de Ayre, do lado que apresenta reentrância. 
Encaixar a ponta mais longa da espátula no 
orifício externo do colo, apoiando-a 
firmemente, fazendo uma raspagem em 
movimento rotativo de 360° em torno de todo 
o orifício cervical, para que toda superfície do 
colo seja raspada e representada na lâmina, 
procurando exercer uma pressão firme, mas 
delicada, sem agredir o colo, para não 
prejudicar a qualidade da amostra. 
 
 Para coleta na endocérvice, utilizar a escova 
endocervical. Recolher o material introduzindo 
a escova endocervical e fazer um movimento 
giratório de 360°, percorrendo todo o 
contorno do orifício cervical. 
 
 Estender o material sobre a lâmina de maneira 
delicada para a obtenção de um esfregaço 
uniformemente distribuído, fino e sem 
destruição celular. 
 O material da ectocérvice e da endocérvice 
são colocados na mesma lamina. Ectocervical 
no sentido transversal, metade superior da 
lâmina, próximo a região fosca. O da 
endocérvice, deve ser colocado na metade 
inferior, sentido longitudinal. 
 
 O esfregaço obtido deve ser imediatamente 
fixado para evitar o dessecamento do material. 
A fixação é feita com álcool 96% (considerada 
a melhor para esfregaços citológicos) 
 a lâmina deve ser colocada dentro do frasco 
com álcool em quantidade suficiente para que 
todo o esfregaço seja coberto, fechar o 
recipiente cuidadosamente. Na fixação com 
spray de polietilenoglicol borrifa-se a lâmina, 
que deve estar em posição horizontal, 
imediatamente após a coleta, com o spray 
fixador. 
Envio do material para o laboratório 
Os exames devem ser enviados ao laboratório o mais 
breve possível, para que o tempo entre a coleta e o 
resultado não seja prolongado desnecessariamente. 
 
A nomenclatura dos exames citopatológicos utilizada 
no Brasil (INCA, 2006) foi baseada no Sistema 
Bethesda. 
O Sistema Bethesda 2001, integrando e refletindo o 
conhecimento científico contemporâneo sobre a 
história natural da infecção pelo HPV, denomina de 
lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (do inglês 
Low-Grade Squamous Intraepithelial Lesion – LSIL) as 
alterações citológicas anteriormente classificadas por 
Richartcomo neoplasia intraepitelial cervical grau 1 
(NIC1) e/ou as alterações citopáticas decorrentes de 
infecção por HPV. 
 
 
 
Exame citopatológico anormal 
o diagnóstico citopatológico compatível com LSIL 
representa a 
 
manifestação citológica da infecção pelo HPV, 
altamente prevalente e com potencial de regressão 
espontânea muito frequente, especialmente em 
mulheres com menos de 30 anos. 
Em contrapartida, as HSIL e o adenocarcinoma in situ 
são considerados as lesões verdadeiramente 
precursoras do câncer do colo do útero, caso não 
detectadas e tratadas. 
 
As lesões precursoras do CCU são geralmente 
assintomáticas, detectadas pela colpocitologia. O 
objetivo da prevenção secundária é detectar as lesões 
de alto grau NICII ou NICIII. 
NIC2 ou 3 são mais frequentes em mulheres na faixa 
de 35 a 40 anos, e o carcinoma invasor é raro em 
mulheres com 25 anos ou menos, devido a isso as 
diretrizes brasileiras recomendam início de rastreio a 
partir dos 21 ou 25 anos de idade. 
Diante de lesões citológicas maiores, a colposcopia 
está indicada e determinará o local e a extensão da 
biópsia 
 
Neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC) 
Grupo de alterações da maturação celular restritas ao 
epitélio (não invadem a membrana basal) 
- graduadas pela proporção de células imaturas 
atípicas e grau de discariose. 
- as alterações se caracterizam pelo aumento da 
relação núcleo citoplasma, atipias nucleares e mitoses, 
geralmente acompanhando sinais citológicos 
indicativos de infecção pelo HPV. 
Podem ser classificadas em 3 graus de gravidade: 
NIC I, II e III. 
Existe tendência de classificar em 2: 
Alto grau e baixo grau. 
 
NIC I: substituição de menos de 1/3 da espessura do 
epitélio por células imaturas e atípicas. 
Alterações: 
- grau leve de discariose (células com núcleos 
segmentados, com duas partes ou mais ) 
- células superficiais com coilocitose ( abaulamento da 
células, núcleo nas periferias, sugestivo de infecção 
por HPV) 
- núcleos grande, hipercromasia, 
NIC II) 
Alterações ocupam até 2/3 do epitélio: 
- diferenciação celular incompleta nas camadas 
superiores 
- células intermediárias nas camadas superficiais com 
núcleos atípicos. 
NIC III) 
Substituição total ou pelo menos mais de 2/3 da 
espessura epitelial por células escamosas. 
- alta relação núcleo citoplasmática 
- Hipercromasia 
- mitoses atípicas 
Contornos celulares atípicos. 
 
Endometriose 
Pode ser definida pela presença de tecido que se 
assemelha à glândula e/ou estroma endometrial fora 
da cavidade uterina. predomínio, mas não exclusivo, 
na pelve feminina. predomínio, mas não exclusivo, na 
pelve feminina. 
natureza multifatorial, acomete principalmente 
mulheres em idade reprodutiva, porém são descritos 
casos de endometriose em pacientes na pré-menarca, 
assim como na pós-menopausa. 
Divisão: 
 peritoneal 
presença de implantes superficiais no peritônio 
 ovariana 
implantes superficiais ou cistos (endometriomas) no 
ovário 
 profunda. 
lesão que penetra no espaço retroperitoneal ou na 
parede dos órgãos pélvicos com profundidade de 5 
mm ou mais. 
 
SOP cistos 
Hiperandrogenismo, acompanhada por anovulação 
crônica. 
Tem associação com amenorreia, hirsurtismo, 
obesidade e ovários policísticos. 
Etiopatogenia não é bem definida, porém há 
desordem no processo normal de maturação folicular 
e ovulação. 
LH aumentado em relação ao FSH, isso inibe a 
maturação folicular adequada, persistindo folículos em 
estágios iniciais da maturação e folículos fechados 
(atrésicos), dando o aspecto policístico. 
Há aumento de produção androgênica pela hiperplasia 
Histerectomia total e parcial 
É um procedimento cirúrgico que consiste na retirada 
do útero, trompas e ovários, dependendo dos órgãos 
afetados. É indicada para mulheres com problemas 
graves na região pélvica, como câncer de colo de útero 
em estágio avançado e o câncer nos ovários, infecções, 
miomas, hemorragias, endometriose grave, prolapso 
uterino. É realizado quando outros tratamentos não 
foram bem sucedidos. 
 Histerectomia total: retirada do útero e do 
colo do útero 
 Histerectomia subtotal: retirada do corpo do 
útero, mas mantem o colo do órgão. 
 Histerectomia radical: retirada do útero, do 
colo, da região superior da vagina e de parte 
dos tecidos ao redor desses órgãos. É utilizada 
em casos de câncer em estágio avançado 
A cirurgia mais comum é a abdominal total, pois 
permite ao cirurgião a melhor visualização da área, 
facilitando a identificação dos tecidos e órgãos 
afetados pela doença. 
 
 
Adenomiose 
Invasão benigna do endométrio no miométrio além de 
2,5 mm de profundidade, com presença de glândulas e 
estromas endometriais circundados por hiperplasia e 
hipertrofia das células miometriais. 
lagos de endométrio espalhados na intimidade do 
miométrio e/ou por um nódulo circunscrito na parede 
miometrial, chamando de adenomioma. 
- invaginação do endométrio a leva a aumento 
volumétrico uterino, sangramento, dor pélvica e 
infertilidade. 
identificada em espécimes de histerectomia ( média de 
20 a 30%) 
Acomete em geral as mulheres entre 40 e 50 anos, 
mas pode ser encontrado incidentalmente em 
mulheres mais jovens com quadro de sangramento 
uterino anormal e dismenorreia. 
- pode causar infertilidade e resultados negativos 
quando se empregam técnicas de reprodução 
assistida. 
Acredita-se que a exposição estrogênica contribui para 
o desenvolvimento da adenomiose. 
Fatores de risco: 
 Idade de 40 a 50 anos; 
 Menarca precoce (menor de 10 anos de 
idade); 
 Ciclos menstruais curtos (menor de 24 dias de 
intervalo); 
 Uso prévio de contraceptivos hormonais e 
tamoxifeno; 
 Índice de massa corporal elevado; 
 Multiparidade (mais de duas gestações); 
 História de abortamento; Cirurgias uterinas 
prévias. 
mulheres podem apresentar miomas, pólipos e 
endometriose concomitantes. 
O aumento uterino difuso secundário à proliferação do 
endométrio ectópico, associada à hiperplasia e à 
hipertrofia das células musculares lisas. 
 
Vaginismo 
 
Dor genitopélvica, durante a penetração, é uma 
terminologia que inclui todas as doenças relacionadas 
a dor sexual, como vaginismo, dispaneuria, dor pélvica 
crônica e vulvodínia. 
- condição associada a espasmo vaginal que atribui 
como causa a ação de substancias irritantes na vulva. 
- o vaginismo consiste no espasmo involuntário, 
recorrente ou persistente da musculatura do terço 
inferior da vagina, que causa dificuldade persistente e 
recorrente em permitir a penetração do pênis, dedo 
ou objeto na vagina, apesar de a mulher expressar 
desejo de fazê-lo. 
- O vaginismo interfere na relação sexual, causa 
sofrimento ou dificuldade interpessoal; para o 
diagnóstico, é necessário afastar condição médica 
geral ou distúrbios psiquiátricos associados. 
critérios: 
i) penetração vaginal durante o coito; 
ii) dor vulvovaginal ou pélvica durante a 
relação sexual ou tentativa de penetração 
vaginal; 
iii) presença de medo ou ansiedade em 
antecipação à dor vulvovaginal ou pélvica, 
durante ou como resultado de penetração 
vaginal 
iv) presença de tensão ou endurecimento dos 
músculos do assoalho pélvico durante a 
tentativa de penetração vaginal. 
O diagnóstico inclui a duração dos sintomas por mais 
de seis meses associada ao sofrimento da mulher, 
devendo ser excluídos os transtornos mentais, 
violência sexual pelo parceiro ou outros fatores 
estressores que possam resultar em dor sexual. 
- pode ocorrer devido a abuso sexual, alterações 
psíquicas devido a estresse. 
A inabilidade do parceiro para as carícias sexuais, o 
desconhecimento da anatomia, a dificuldade de 
entrega, a repressão sexual familiar, social e religiosa, 
o preconceito quanto ao autoerotismo, o 
desconhecimento da resposta sexual e o repertório 
sexual limitadosão causas comuns de DS. 
Mioma 
Mioma, leiomioma ou fibroma uterino é o tumor 
pélvico mais frequente entre as mulheres, atinge cerca 
de 20 a 30% em idade reprodutiva e 
Mais de 40% com idade superior a 40 anos. Muito 
prevalente de etiopatogenia ainda ao está totalmente 
esclarecida. Porém tem teorias aceitas. 50% das 
pacientes tem alterações cromossômicas, exposição ao 
estrogênio é um fator importante, devido a isso 
miomas tendem a regredir na menopausa. 
É uma neoplasia benigna de células musculares lisas do 
miométrio. 
- crescimento depende de estímulos dos hormônios 
esteroides, fatores de crescimento e citocinas. 
- depósito constante de colágeno na matriz 
extracelular estimula o crescimento dos nódulos, e na 
matriz também vão ser atuantes os fatores 
angiogênicos, estimulam a formação vascular que 
nutre o tumor. 
Estrogênio estimula o crescimento dos nódulos, e o 
hipoestrogenismo da menopausa favorece a regressão 
do tumor. 
A progesterona também estimula o crescimento do 
tumor. 
Enzima aromatase presente no local, favorecendo a 
formação de estrogênios localmente isso pode explicar 
a alta frequência da coexistência da miomatose, 
adenomiose e endometriose entre outras. 
 
Aparentemente os miomas derivam de células 
monoclonais que perdem o autocontrole de 
crescimento e prolifera sob o estímulo dos fatores de 
crescimento, angiogênicos e citocinas. 
Encontram-se 40% de alterações genéticas nas células 
do nódulo, além de aumento da quantidade de 
receptores de estrogênio, maior sensibilidade a ação 
hormonal, e isquemia no período menstrual, 
explicando o porquê do crescimento descontrolado 
daquela porção do miométrio em comparação com o 
tecido vizinho. 
 
Pompoarismo 
Exercício que consiste na contração dos músculos do 
períneo e da vagina. Que pode ter benefícios tanto 
físicos como psicológicos. Feito por mulheres que 
buscam mais prazer na hora do sexo. Pode ajudar a 
fortalecer os músculos do assoalho pélvico, 
prevenindo doenças como a incontinência urinária e 
hemorroidas. 
- pode ajudar a aliviar as cólicas menstruais 
- ajuda no pré e pós parto 
- previne infecções das regiões intimas 
- previne sintomas da menopausa 
- Aumenta a libido 
- regula a menstruação 
Tríade da mulher atleta 
Ciclo reprodutivo pode ser modificado por perda de 
peso, baixo peso corporal, distúrbios alimentares e 
atividade física vigorosa. 
Mulheres atletas costumam ter transtornos 
alimentares, amenorreia e osteoporose. 
- causas: pressão de treinadores, pais, colegas e de si 
mesma para perde peso e melhorar desempenho. 
Vulnerável a distúrbios alimentares na tentativa de 
perde peso. 
Amenorreia devido a redução de secreção do GnRH → 
diminui LH e FSH → folículos não se desenvolvem → 
ovulação não ocorre → síntese de estrogênios e 
progesterona diminui → baixos níveis de leptina 
(adipócitos) é um fator contributivo. 
Estrogênio ajuda a reter cálcio dos ossos e outros 
minerais → baixo estrogênio forma menor densidade 
óssea. 
Em meninas adolescentes, baixa quantidade de cálcio 
pode levar a não alcançar a massa óssea adequada, 
levando a osteoporose prematura.

Continue navegando