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1. Descrever os órgãos genitais femininos internos e externos (características anatômicas e funções). Ovários, tubas uterinas, útero e vagina Gônadas femininas, par de glândulas amendoadas, homólogas aos testículos (mesma origem embrionária) Funções: - produzem gametas (oócitos secundários – óvulo maduro depois da fecundação) - produzem hormônios: Progesterona e estrogênios (sexuais femininos) Inibina e relaxina. - são suspensos por pregas peritôniais (mesentério/ mesovário) → Mesovário: Subdivisão do ligamento largo (mesentério maior do útero. → antes da puberdade: Capsula de TC (túnica albugínea do ovário) é coberta por uma lâmina lisa de mesotélio ovariano (epitélio superficial germinativo) : camada de células cúbicas que dá aparência acinzentada, fosca. → após a puberdade: Ocorre fibrose e distorção progressiva do epitélio superficial ovariano, devido a ruptura dos folículos ovarianos e liberação dos ovócitos. Curiosidade: fibrose é menor em mulheres que utilizam contraceptivos orais Ligamento suspensor do ovário: Estrutura contínua com o mesovário, constituído de vasos sanguíneos e linfáticos. Ligamento útero-ovárico: Fixa o ovário ao útero - une extremidade proximal do ovário ao ângulo lateral do útero (inferior a entrada da tuba uterina) → o ovário é suspenso na cavidade peritoneal, superfície não é coberta por peritônio, oócito quando expelido cai na cavidade peritoneal. Trompas de falópio (10 cm) Função: conduzir o ovócito da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina - local habitual de fertilização - se estendem lateralmente a partir dos cornos uterinos, se abrem na cavidade peritoneal perto dos ovários. São recobertos pela mesossalpinge (forma as margens livres anterossuperiores dos ligamentos largos. Posição ideal: As tubas são simétricas, se direigem em direção posterolateral até paredes laterais da pelve, se curvam para anterior, superiormente aos ovários em posição horizontal no ligamento largo. Realidade: Dispostas assimetricamente em posição superior e posterior ao útero. Partes: (4) Infundíbulo Extremidade afunilada, abre na cavidade peritoneal (óstio abdominal). Possui as fimbrias: processos em formato de dedos na extremidade do infundíbulo na face medial do ovário. → fímbria ovárica: fimbria fixada na parte superior do ovário. Ampola Mais larga e mais longa da tuba. Início: extremidade medial do infundíbulo - local frequente de fertilização Istmo Paredes espessas e entra no corno uterino. Parte uterina Segmento intramural, atravessa a parede do útero, se abre no óstio uterino para a cavidade do útero no corno uterino. Irrigação arterial drenagem venosa dos ovários e das tubas Artérias ováricas (vem da aorta abdominal) - Descem ao longo da parede abdominal posterior, cruzam sobre os vasos ilíacos externos e entram nos ligamentos suspensores do ovário. →Artérias uterinas (ramos da ilíaca interna) segue nas faces laterais do útero se aproximam da face medial dos ovários e tubas uterinas. Artérias ováricas e uterina ascendente se bifurcam, formam ramos ováricos e tubários irrigam ovários e tubas uterinas das extremidades opostas, anastomosam entre si criando circulações colaterais de origem abdominal e pélvica para essas estruturas. →Plexo pampiniforme: Veias que drenam os ovários e as tubas (semelhante a uma trapadeira), presentes no ligamento largo perto do ovário e tubas. Se fundem para formar uma única veia ovárica. Ovárica direita → drena para veia cava inferior Ovárica esquerda → drena para veia renal esquerda Veias tubárias → drenam para veias ováricas e para o plexo venoso uterino (úterovaginal) Inervação dos ovários e das tubas uterinas Deriva do plexo ovárico Desce com vasos ováricos e com parte do plexo uterino. Ovários e tubas uterinas são intraperitoneais, acima da linha de dor pélvica. → fibras de dor aferentes viscerais ascendem com as fibras simpáticas descendentes do plexo ovárico e nervos esplâncnicos lombares até corpos celulares sensitivos dos nervos espinhais (T11- L1) → fibras reflexas aferentes viscerais seguem fibras parassimpáticas retrogradamente através dos plexos uterinos (pélvico) e hipogástrico inferior e dos nervos esplâncnicos pélvicos até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinhais de S2-S4. Órgão muscular oco, pera invertida, paredes espessas. Funções: desenvolvimento do embrião e do feto, força para expulsar a criança durante o parto. Localização: Pelve menor Corpo sobre bexiga urinária Colo: entre bexiga e reto. Estrutura dinâmica, tamanho e proporção muda com as fases da vida. →Mulher adulta: Antefletido (curvado em relação ao colo, forma ângulo de flexão) e antevertido (inclinado em relação ao eixo da vagina). Massa fica sobre a bexiga urinária. Bexiga vazia: útero fica traversal Muda de acordo com o grau de enchimento da bexiga e do reto, e também com evolução da gravidez. → Medidas: 7,5 cm de comprimento, 5cm de largura, 2cm de espessura, 90g de massa. Partes principais: Corpo 2/3 superiores Contém o fundo do útero (parte superior aos óstios uterinos) Localização: entre as lâminas do ligamento largo Móvel. Possui duas faces: anterior (relaciona com a bexiga) e posterior (intestino). Se separa do colo através do Istmo do útero (segmento mais estreito, com cerca de 1cm de comprimento) → Paredes: 3 camadas o Perimétrio Serosa, consiste em peritônio sustentado por fina lamina de TC o Miométrio Camada média de musculo liso, fica mais extenso porém mais fino na gravidez. Localização principal dos vasos sanguíneos e nervos do útero Parto: contração do miométrio comintervalos cada vez menores par adilatar o óstio do colo e expelir feto e placenta. Contrações na menstruação causam as cólicas. o Endométrio Colo 1/3 inferior cilíndrico, estreito, 2cm de comprimento (útero não gravídico) Partes: (3) o Supravaginal: entre istmo e vagina separada da bexiga urinária anteriormente por TC frouxo e do reto posteriormente pela escavação retouterina o Vaginal: se projeta para a parte superior da parede anterior da vagina circunda o óstio do útero, circundado por recesso estreito (fórnice da vagina) → cavidade do útero Semelhante a fenda, 6cm de comprimento (do óstio uterino até parede do fundo do útero) → Cornos do útero Regiões superolaterais da cavidade do útero, onde penetram as tubas. - é contínuo com o canal do colo do útero Canal fusiforme (desde óstio anatômico interno, estreitamento do interior do istmo do corpo do útero) atravessa porções supravaginal e vaginal do colo, se comunica com lúmen da vagina através do óstio uterino. → canal de parto: cavidade do útero + lúmen vaginal. Ligamentos do útero Ligamento útero-ovárico Se liga posteroinferiormente a junção útero tubária. Ligamento redondo do útero Se liga anteroinferiormente a junção uterotubária → vestígios do gubernáculo ovárico: Redondo + útero- ovárico (devido a mudança de posição da gônada de sua posição embrionária sobre a parede abdominal posterior. Ligamento largo do útero Dupla camada de peritônio (mesentério), vai desde as laterais do útero até paredes laterais e assoalho da pelve. Função: ajuda a manter o útero em posição. A laminas são contínuas entre si, e recobrem as estruturas próximas, como os vasos e nervos para formação do Ligamento suspenso do ovário. Entre as laminas passam mais ligamentos como: - ligamento útero ovário (conecta útero e ovário) posterosuperior - ligamento redondo do útero, anteroinferior Tuba uterina: Se situa na margem livre anterossuperior do ligamento largo dentro da mesossalpinge. Ovário dentro do mesovário e útero dentro do mesométrio. → útero: Estrutura densa, centro da cavidade pélvica. Tem sustentação passiva e dinâmica: Dinâmica: diafragma da pelveTônus são transmitidos pelos órgãos pélvicos adjacentes e fascia endopélvica. Passiva: Feita pela posição: antevertido e antefletido. - está apoiado no topo da bexiga urinária. ↑pressão intra-abdominal: Útero é pressionado contra a bexiga. → colo do útero parte menos móvel do órgão devido a sustentação passiva de condesações de fascia parietal da pelve que fixam nele e que também possui musculo liso. Ligamento transverso do colo Vai da porção supravaginal do colo até paredes laterais da pelve. Ligamentos retouterinos Das laterais do colo do útero até o meio do sacro (palpáveis ao toque retal) Esses ligamentos impedem que o útero caia sobre a vagina, fixam no centro da cavidade pélvica. Relações do útero Anteriormente: (anteroinferiormente em sua posição antevertida normal): a escavação vesicouterina e a face superior da bexiga urinária; a porção supravaginal do colo tem relação com a bexiga urinária e é separada dela apenas por tecido conjuntivo fibroso Posteriormente: a escavação retouterina contendo alças de intestino delgado e a face anterior do reto; apenas a fáscia visceral da pelve que une o reto e o útero nesse local resiste ao aumento da pressão intra-abdominal Lateralmente: o ligamento largo peritoneal ladeando o corpo do útero e os ligamentos transversos do colo, fasciais, de cada lado do colo do útero e da vagina; na transição entre os dois ligamentos, os ureteres seguem anteriormente, um pouco superiores à parte lateral do fórnice da vagina e inferiores às artérias uterinas, em geral cerca de 2 cm laterais à porção supravaginal do colo. Irrigação arterial e drenagem venosa do útero A vascularização do útero provém principalmente das artérias uterinas, com possível irrigação colateral das artérias ováricas. As veias uterinas penetram nos ligamentos largos com as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para as veias ilíacas internas. Tubo musculomembranáceo (7 a 9 cm de comprimento) Do meio do colo do útero até o óstio da vagina (abertura exterior) Óstio da vagina, óstio externo da uretra e ducto das glândulas vestibulares maiores e menores se abrem no vestíbulo da vagina (fenda entre lábios menores do pudendo) Parte vaginal do colo do útero: Localizada anteriormente na parte superior da vagina. Funções: - Canal para o líquido menstrual - parte do canal de parto - Recebe pênis na relação sexual - comunica com canal do colo do útero e vestíbulo da vagina. → Vagina: Colapsada, parede anterior e posterior (forma uma estrutura semelhando a um H em corte transversal, mais acima o colo do útero as mantem afastadas. Óstio externo colapsado na linha mediana. Vagina é situada anterior ao reto, entre margens mediais do músculo levantador do ânus (puborretal) → Fórnice da vagina: Partes: anterior, posterior e lateral. - Parte posterior: mais profunda, intima relação com escavação retouterina. → músculos que comprimem a vagina: Pubovaginal Esfíncter externo da uretra Esfíncter uterovaginal Bulboesponjoso Relações da vagina Anteriormente com o fundo da bexiga e a uretra Lateralmente com o músculo levantador do ânus, a fáscia visceral da pelve e os ureteres Posteriormente (da parte inferior para a superior) com o canal anal, o reto e a escavação retouterina. Irrigação arterial e drenagem venosa As artérias que irrigam a parte superior da vagina originam-se das artérias uterinas. As artérias que suprem as partes média e inferior da vagina são ramos das artérias vaginal e pudenda interna. As veias vaginais formam plexos venosos vaginais ao longo das laterais da vagina e na túnica mucosa vaginal. Essas veias são contínuas com o plexo venoso uterino, formando o plexo venoso uterovaginal, e drenam para as veias ilíacas internas através da veia uterina. Esse plexo também se comunica com os plexos venosos vesical e retal. Compreender os princípios da citologia esfoliativa (Papanicolau) Técnica de coleta: A utilização de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais deve ser evitada por 48 horas antes da coleta, pois essas substâncias recobrem os elementos celulares dificultando a avaliação microscópica, prejudicando a qualidade da amostra. exames intravaginais, como a ultrassonografia, também deve ser evitada nas 48 horas anteriores à coleta, pois é utilizado gel para a introdução do transdutor. a recomendação de abstinência sexual prévia ao exame só é justificada quando são utilizados preservativos com lubrificante ou espermicidas. Presença de espermatozoides não compromete a avaliação microscópica. não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico citopatológico. Deve-se aguardar o quinto dia após o término da menstruação. Material necessário para coleta: Espéculo de tamanhos variados, preferencialmente descartáveis; Lâminas de vidro com extremidade fosca. Espátula de Ayre. Escova endocervical. Pinça de Cheron Solução fixadora, álcool a 96% ou spray de polietilenoglicol. Gaze Colocar o espéculo, que deve ter o tamanho escolhido de acordo com as características perineais e vaginais da mulher a ser examinada. Não deve ser usado lubrificante, mas em casos selecionados, principalmente em mulheres idosas com vaginas extremamente atróficas, recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico. . Iniciada a introdução fazer uma rotação deixando-o em posição transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na posição horizontal. A coleta do material deve ser realizada na ectocérvice e na endocérvice em lâmina única. Para coleta na ectocérvice utiliza-se espátula de Ayre, do lado que apresenta reentrância. Encaixar a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem em movimento rotativo de 360° em torno de todo o orifício cervical, para que toda superfície do colo seja raspada e representada na lâmina, procurando exercer uma pressão firme, mas delicada, sem agredir o colo, para não prejudicar a qualidade da amostra. Para coleta na endocérvice, utilizar a escova endocervical. Recolher o material introduzindo a escova endocervical e fazer um movimento giratório de 360°, percorrendo todo o contorno do orifício cervical. Estender o material sobre a lâmina de maneira delicada para a obtenção de um esfregaço uniformemente distribuído, fino e sem destruição celular. O material da ectocérvice e da endocérvice são colocados na mesma lamina. Ectocervical no sentido transversal, metade superior da lâmina, próximo a região fosca. O da endocérvice, deve ser colocado na metade inferior, sentido longitudinal. O esfregaço obtido deve ser imediatamente fixado para evitar o dessecamento do material. A fixação é feita com álcool 96% (considerada a melhor para esfregaços citológicos) a lâmina deve ser colocada dentro do frasco com álcool em quantidade suficiente para que todo o esfregaço seja coberto, fechar o recipiente cuidadosamente. Na fixação com spray de polietilenoglicol borrifa-se a lâmina, que deve estar em posição horizontal, imediatamente após a coleta, com o spray fixador. Envio do material para o laboratório Os exames devem ser enviados ao laboratório o mais breve possível, para que o tempo entre a coleta e o resultado não seja prolongado desnecessariamente. A nomenclatura dos exames citopatológicos utilizada no Brasil (INCA, 2006) foi baseada no Sistema Bethesda. O Sistema Bethesda 2001, integrando e refletindo o conhecimento científico contemporâneo sobre a história natural da infecção pelo HPV, denomina de lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (do inglês Low-Grade Squamous Intraepithelial Lesion – LSIL) as alterações citológicas anteriormente classificadas por Richartcomo neoplasia intraepitelial cervical grau 1 (NIC1) e/ou as alterações citopáticas decorrentes de infecção por HPV. Exame citopatológico anormal o diagnóstico citopatológico compatível com LSIL representa a manifestação citológica da infecção pelo HPV, altamente prevalente e com potencial de regressão espontânea muito frequente, especialmente em mulheres com menos de 30 anos. Em contrapartida, as HSIL e o adenocarcinoma in situ são considerados as lesões verdadeiramente precursoras do câncer do colo do útero, caso não detectadas e tratadas. As lesões precursoras do CCU são geralmente assintomáticas, detectadas pela colpocitologia. O objetivo da prevenção secundária é detectar as lesões de alto grau NICII ou NICIII. NIC2 ou 3 são mais frequentes em mulheres na faixa de 35 a 40 anos, e o carcinoma invasor é raro em mulheres com 25 anos ou menos, devido a isso as diretrizes brasileiras recomendam início de rastreio a partir dos 21 ou 25 anos de idade. Diante de lesões citológicas maiores, a colposcopia está indicada e determinará o local e a extensão da biópsia Neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC) Grupo de alterações da maturação celular restritas ao epitélio (não invadem a membrana basal) - graduadas pela proporção de células imaturas atípicas e grau de discariose. - as alterações se caracterizam pelo aumento da relação núcleo citoplasma, atipias nucleares e mitoses, geralmente acompanhando sinais citológicos indicativos de infecção pelo HPV. Podem ser classificadas em 3 graus de gravidade: NIC I, II e III. Existe tendência de classificar em 2: Alto grau e baixo grau. NIC I: substituição de menos de 1/3 da espessura do epitélio por células imaturas e atípicas. Alterações: - grau leve de discariose (células com núcleos segmentados, com duas partes ou mais ) - células superficiais com coilocitose ( abaulamento da células, núcleo nas periferias, sugestivo de infecção por HPV) - núcleos grande, hipercromasia, NIC II) Alterações ocupam até 2/3 do epitélio: - diferenciação celular incompleta nas camadas superiores - células intermediárias nas camadas superficiais com núcleos atípicos. NIC III) Substituição total ou pelo menos mais de 2/3 da espessura epitelial por células escamosas. - alta relação núcleo citoplasmática - Hipercromasia - mitoses atípicas Contornos celulares atípicos. Endometriose Pode ser definida pela presença de tecido que se assemelha à glândula e/ou estroma endometrial fora da cavidade uterina. predomínio, mas não exclusivo, na pelve feminina. predomínio, mas não exclusivo, na pelve feminina. natureza multifatorial, acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva, porém são descritos casos de endometriose em pacientes na pré-menarca, assim como na pós-menopausa. Divisão: peritoneal presença de implantes superficiais no peritônio ovariana implantes superficiais ou cistos (endometriomas) no ovário profunda. lesão que penetra no espaço retroperitoneal ou na parede dos órgãos pélvicos com profundidade de 5 mm ou mais. SOP cistos Hiperandrogenismo, acompanhada por anovulação crônica. Tem associação com amenorreia, hirsurtismo, obesidade e ovários policísticos. Etiopatogenia não é bem definida, porém há desordem no processo normal de maturação folicular e ovulação. LH aumentado em relação ao FSH, isso inibe a maturação folicular adequada, persistindo folículos em estágios iniciais da maturação e folículos fechados (atrésicos), dando o aspecto policístico. Há aumento de produção androgênica pela hiperplasia Histerectomia total e parcial É um procedimento cirúrgico que consiste na retirada do útero, trompas e ovários, dependendo dos órgãos afetados. É indicada para mulheres com problemas graves na região pélvica, como câncer de colo de útero em estágio avançado e o câncer nos ovários, infecções, miomas, hemorragias, endometriose grave, prolapso uterino. É realizado quando outros tratamentos não foram bem sucedidos. Histerectomia total: retirada do útero e do colo do útero Histerectomia subtotal: retirada do corpo do útero, mas mantem o colo do órgão. Histerectomia radical: retirada do útero, do colo, da região superior da vagina e de parte dos tecidos ao redor desses órgãos. É utilizada em casos de câncer em estágio avançado A cirurgia mais comum é a abdominal total, pois permite ao cirurgião a melhor visualização da área, facilitando a identificação dos tecidos e órgãos afetados pela doença. Adenomiose Invasão benigna do endométrio no miométrio além de 2,5 mm de profundidade, com presença de glândulas e estromas endometriais circundados por hiperplasia e hipertrofia das células miometriais. lagos de endométrio espalhados na intimidade do miométrio e/ou por um nódulo circunscrito na parede miometrial, chamando de adenomioma. - invaginação do endométrio a leva a aumento volumétrico uterino, sangramento, dor pélvica e infertilidade. identificada em espécimes de histerectomia ( média de 20 a 30%) Acomete em geral as mulheres entre 40 e 50 anos, mas pode ser encontrado incidentalmente em mulheres mais jovens com quadro de sangramento uterino anormal e dismenorreia. - pode causar infertilidade e resultados negativos quando se empregam técnicas de reprodução assistida. Acredita-se que a exposição estrogênica contribui para o desenvolvimento da adenomiose. Fatores de risco: Idade de 40 a 50 anos; Menarca precoce (menor de 10 anos de idade); Ciclos menstruais curtos (menor de 24 dias de intervalo); Uso prévio de contraceptivos hormonais e tamoxifeno; Índice de massa corporal elevado; Multiparidade (mais de duas gestações); História de abortamento; Cirurgias uterinas prévias. mulheres podem apresentar miomas, pólipos e endometriose concomitantes. O aumento uterino difuso secundário à proliferação do endométrio ectópico, associada à hiperplasia e à hipertrofia das células musculares lisas. Vaginismo Dor genitopélvica, durante a penetração, é uma terminologia que inclui todas as doenças relacionadas a dor sexual, como vaginismo, dispaneuria, dor pélvica crônica e vulvodínia. - condição associada a espasmo vaginal que atribui como causa a ação de substancias irritantes na vulva. - o vaginismo consiste no espasmo involuntário, recorrente ou persistente da musculatura do terço inferior da vagina, que causa dificuldade persistente e recorrente em permitir a penetração do pênis, dedo ou objeto na vagina, apesar de a mulher expressar desejo de fazê-lo. - O vaginismo interfere na relação sexual, causa sofrimento ou dificuldade interpessoal; para o diagnóstico, é necessário afastar condição médica geral ou distúrbios psiquiátricos associados. critérios: i) penetração vaginal durante o coito; ii) dor vulvovaginal ou pélvica durante a relação sexual ou tentativa de penetração vaginal; iii) presença de medo ou ansiedade em antecipação à dor vulvovaginal ou pélvica, durante ou como resultado de penetração vaginal iv) presença de tensão ou endurecimento dos músculos do assoalho pélvico durante a tentativa de penetração vaginal. O diagnóstico inclui a duração dos sintomas por mais de seis meses associada ao sofrimento da mulher, devendo ser excluídos os transtornos mentais, violência sexual pelo parceiro ou outros fatores estressores que possam resultar em dor sexual. - pode ocorrer devido a abuso sexual, alterações psíquicas devido a estresse. A inabilidade do parceiro para as carícias sexuais, o desconhecimento da anatomia, a dificuldade de entrega, a repressão sexual familiar, social e religiosa, o preconceito quanto ao autoerotismo, o desconhecimento da resposta sexual e o repertório sexual limitadosão causas comuns de DS. Mioma Mioma, leiomioma ou fibroma uterino é o tumor pélvico mais frequente entre as mulheres, atinge cerca de 20 a 30% em idade reprodutiva e Mais de 40% com idade superior a 40 anos. Muito prevalente de etiopatogenia ainda ao está totalmente esclarecida. Porém tem teorias aceitas. 50% das pacientes tem alterações cromossômicas, exposição ao estrogênio é um fator importante, devido a isso miomas tendem a regredir na menopausa. É uma neoplasia benigna de células musculares lisas do miométrio. - crescimento depende de estímulos dos hormônios esteroides, fatores de crescimento e citocinas. - depósito constante de colágeno na matriz extracelular estimula o crescimento dos nódulos, e na matriz também vão ser atuantes os fatores angiogênicos, estimulam a formação vascular que nutre o tumor. Estrogênio estimula o crescimento dos nódulos, e o hipoestrogenismo da menopausa favorece a regressão do tumor. A progesterona também estimula o crescimento do tumor. Enzima aromatase presente no local, favorecendo a formação de estrogênios localmente isso pode explicar a alta frequência da coexistência da miomatose, adenomiose e endometriose entre outras. Aparentemente os miomas derivam de células monoclonais que perdem o autocontrole de crescimento e prolifera sob o estímulo dos fatores de crescimento, angiogênicos e citocinas. Encontram-se 40% de alterações genéticas nas células do nódulo, além de aumento da quantidade de receptores de estrogênio, maior sensibilidade a ação hormonal, e isquemia no período menstrual, explicando o porquê do crescimento descontrolado daquela porção do miométrio em comparação com o tecido vizinho. Pompoarismo Exercício que consiste na contração dos músculos do períneo e da vagina. Que pode ter benefícios tanto físicos como psicológicos. Feito por mulheres que buscam mais prazer na hora do sexo. Pode ajudar a fortalecer os músculos do assoalho pélvico, prevenindo doenças como a incontinência urinária e hemorroidas. - pode ajudar a aliviar as cólicas menstruais - ajuda no pré e pós parto - previne infecções das regiões intimas - previne sintomas da menopausa - Aumenta a libido - regula a menstruação Tríade da mulher atleta Ciclo reprodutivo pode ser modificado por perda de peso, baixo peso corporal, distúrbios alimentares e atividade física vigorosa. Mulheres atletas costumam ter transtornos alimentares, amenorreia e osteoporose. - causas: pressão de treinadores, pais, colegas e de si mesma para perde peso e melhorar desempenho. Vulnerável a distúrbios alimentares na tentativa de perde peso. Amenorreia devido a redução de secreção do GnRH → diminui LH e FSH → folículos não se desenvolvem → ovulação não ocorre → síntese de estrogênios e progesterona diminui → baixos níveis de leptina (adipócitos) é um fator contributivo. Estrogênio ajuda a reter cálcio dos ossos e outros minerais → baixo estrogênio forma menor densidade óssea. Em meninas adolescentes, baixa quantidade de cálcio pode levar a não alcançar a massa óssea adequada, levando a osteoporose prematura.
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