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SAÚDE E CURA

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@_darlamendes
Desenvolvimento de Habilidades 
Atitudes Profissionais 2
Saúde e Cura
O QUE É SAÚDE ?
Saúde é o completo bem estar do sujeito, uma vez que completo também inclui tanto a saúde física quanto a mental. Sabe-se que a saúde não é uma resultante do acaso, ela é resultado de diversos fatores e esses fatores vão influenciar fortemente essa condição. Cabe lembrar que a saúde sofre uma variação não somente devido a condições sociais, econômicas, politicas e cultural, ela também vai depender da época e do lugar, além da classe social. 
Na década de 40 mulheres que tinham relação sexual antes do casamento eram internadas em hospitais psiquiátricos por serem consideradas loucas por tal atitude. Logo se percebe que o conceito de saúde varia de acordo com a época e lugar. 
A palavra drapetomania foi atribuída por um medico nos Estados Unidos, para definir escravos que tentavam fugir da condição de escravo, essa ação era considerada uma doença. Outra condição era a disestesia etiópica, definida a sujeitos que eram “preguiçosas”, que fugiam do esforço, exerciam o trabalho de forma vagarosa. Essas atitudes na época eram vista e consideradas pela medicina como uma doença. 
DIFERENTES CONCEPÇÕES DE DOENÇA
Desde muito cedo a Humanidade tem se empenhado em enfrentar ameaça de várias formas, baseando-se em diferentes conceitos do que vem a ser a doença (e a saúde).
· Concepção mágico-religiosa
A concepção mágico-religiosa era uma forma de explicar como é que as pessoas adoeciam. 
· Proposta de Hipócrates – Os quatro humores
Hipócrates postulou a existência de quatro fluidos (humores) principais no corpo: bile amarela, bile negra, fleuma e sangue. Ele via o homem como uma unidade organizada e entendia a doença como uma desorganização desse estado. Logo, Hipócrates dizia que a harmonia dos humores estava relacionada ao ambiente na qual o sujeito vive. 
A obra hipocrática caracteriza-se pela valorização da observação empírica, Hipócrates era um observador nato. Ele observou que alguns ambientes são mais propícios ao desenvolvimento de determinadas doenças.
Apoplexia X tísica
Hipócrates acreditava que as patologias apoplexia e tísica tinham uma relação com o ambiente na qual o sujeito estava inserido. Daí emergirá a ideia de miasma, emanações de regiões insalubres eram capazes de causar doenças como a malária;
· Galeno – Contemporâneo de Hipócritas 
Galeno (129-199) revisitou a teoria humoral no qual a causa da doença seria endógena, ou seja, estaria dentro do próprio homem, em sua constituição física ou em hábitos de vida que levassem ao desequilíbrio. 
Galeno dava ênfase ao aspecto genético, enquanto que Hipócrates dava ênfase aos aspectos ambientais. 
No Oriente, forma análoga ao da concepção hipocrática. Fala- se de forças vitais que existem no corpo: quando funcionam de forma harmoniosa, há saúde; caso contrário, sobrevem a doença.
As medidas terapêuticas (acupuntura, ioga) têm por objetivo restaurar o normal fluxo de energia (China, Índia) no corpo;
· Doença como resultante do pecado
Na Idade Média européia, a influência da religião cristã manteve a concepção da doença como resultado do pecado e a cura como questão de fé.
· Ideia de René Descartes
O desenvolvimento da mecânica influenciou as idéias de René Descartes, no século XVII. Ele postulava um dualismo mente-corpo, o corpo funcionando como uma máquina. Afastou a concepção humoral da doença, que passou a ser localizada nos órgãos.
René Descartes acreditava que o corpo humano seria como uma grande maquina e que para que o corpo humano pudesse funcionar ele precisaria de engrenagens, logo quem adoece são os órgãos do individuo. 
· Ideia Pasteuriana
A ciência continuava avançando e no final do século XIX registrou-se aquilo que depois seria conhecido como a revolução pasteuriana. No laboratório de Louis Pasteur estava revelando a existência de microrganismos causadores de doença e possibilitando a introdução de soros e vacinas.
Com a revolução Pasteuriana, começou a perceber que existiam microrganismos que seriam responsáveis pela doença do ser humano e com isso ocorreu a introdução de soros e vacinas. 
DEFINIÇÃO DE SAÚDE
Até o final da década de 40 não se tinha um consenso do que seria saúde e o que prevalecia ate então era o modelo biomédico baseado no pensamento de Descartes no qual saúde era ausência de doença e a doença estaria localizada nos órgãos.
Não havia ainda um conceito universalmente aceito do que é saúde. Para tal seria necessário um consenso entre as nações, possível de obter somente num organismo internacional.
No final da Segunda Guerra Mundial se tem a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ela traz o conceito de saúde no qual saúde é o completo bem estar que inclui os aspectos físicos, sociais e psicológicos. 
Saúde é influenciada por diversos itens como a biologia humana, meio ambiente, o estilo de vida e a própria forma de organização da assistência à saúde. 
PERCEPCÇÃO DE SAÚDE E CURA NA ODONTOLOGIA
Percebe-se que evolução científica e técnica na Odontologia foi marcada pelo descompasso em relação à qualidade do contato humano. Durante muito tempo se via um descompasso muito grande entre a qualidade do atendimento odontológico que deveria ser fornecido ao paciente e o que ele realmente recebia. 
Curar na Odontologia ultrapassa o campo do conhecimento científico. Por isso, a atuação odontológica oscila no equilíbrio entre a habilidade técnica, a formação científica e a visão humanista da promoção da saúde.
A necessidade urgente de se colocar em prática a teoria da humanização nas atuações cotidianas visando à qualidade do relacionamento profissional-paciente; 
A formação do cirurgião-dentista implica na formação do profissional que compreende o atendimento humanizado e o acolhimento ao paciente para além da habilidade técnica, parece indiscutível a importância que recai sobre o profissional de saúde e seu empenho em transcender a promoção de saúde bucal e acolher o indivíduo que sofre.
O desenvolvimento das relações interpessoais é fundamental para que se estabeleça um melhor entendimento entre a pessoa assistida e o profissional;
O cirurgião-dentista precisa pensar no indivíduo como um “ser” e não apenas se preocupar com a sua sintomatologia.
ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE
Na atenção básica de saúde tem-se uma equipe multiprofissional no qual é possível se fazer um planejamento, organizar uma ação coletiva, a fim de evitar que essa população venha a ter agravos na saúde e busque outros setores como o secundário e o terciário. 
Os profissionais da atenção básica devem ser capazes de planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que respondam às necessidades da comunidade, na articulação com os diversos setores envolvidos na promoção da saúde.
A DOR
Embora singular para quem a sente, a dor, como qualquer experiência humana, traz a possibilidade de ser compartilhada em seu significado, que é uma realidade coletiva (embora jamais possamos nos assegurar de que o que atribuímos ao outro, corresponda exatamente ao que ele atribui a si mesmo). Assim, dizemos que entendemos a dor do outro.
Como saber da dor do outro? Isso acontece quando permitimos ouvir
E a nossa dor? Quando permitimos ouvir a nos mesmos;
Como vivenciá-la e expressá-la? Expressamos quando vamos ao profissional de saúde e falamos para ele, pois nem sempre é possível ele observar aonde estamos sentindo a dor. 
Quando se fala em dor, a tendência é associá-la a um fenômeno neurofisiológico;
Admite-se, cada vez mais, que existam “componentes” psíquicos e sociais, na forma como se sente e se vivencia a dor;
Esta concepção, no entanto, implica a dor como uma experiência corporal prévia, à qual se agregam significados psíquicos e culturais.
O povo Baníwa dispõe de complexo sistema de saberes míticos que orienta sua organização social. Dentre tais saberes, as concepções de doença e as práticas terapêuticas – realizadas por diversos agentes de cura – adquirem especial relevância para a resolução de seus problemas de saúde;
Os principais agentes de cura são os xamãs,os conhecedores de plantas medicinais e os donos de cânticos, um tipo de especialista que trabalha com cânticos religiosos nos rituais de cura, de passagem etc.
A eles devem somar-se hoje os agentes indígenas de saúde, os profissionais de biomedicina dos serviços de saúde com remédios industrializados. Todos esses elementos formam um conjunto de estratégias terapêuticas acessíveis a esse grupo indígena.
Os sujeitos sociais inseridos em um processo de transformação histórica e em contato com diversas formas de saber e de organização de atitudes frente ao fenômeno de doença – desenvolvem práticas e concepções científicas, míticas e de senso comum, que se imbricam e se reproduzem em processo de interferência mútua e retroalimentação contínuas. 
O cirurgião-dentista não pode em absoluto ignorar o estado emocional dos pacientes;
Uma atitude empática do profissional, seu respeito às queixas e sentimentos do paciente e a explicação clara dos procedimentos que serão realizados podem minimizar e até suprimir a ansiedade do paciente.
O profissional da saúde não deve centralizar apenas no problema do paciente, mas também o paciente como pessoa, considerando-o como um ser biopsicossocial, não focalizando apenas a causa (orgânica) do problema, mas possibilidades e estratégias, para que o paciente enfrente a dificuldade.
Há a necessidade de o profissional procurar construir, desde o primeiro encontro, um vínculo com o paciente.
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