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Relatorio final de estágio -

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3 
PARAMBU 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTONIA ADELAIDE HENRIQUE VIEIRA LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE FARMÁCIA 
 
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO 
FARMACÊUTICA E INJETÁVEIS 
 
 4 
PARAMBU 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO 
FARMACÊUTICA E INJETÁVEIS 
Relatório do Estágio Supervisionado em Gestão 
Farmacêutica e Injetáveis apresentado como requisito 
obrigatório para a obtenção da pontuação necessária na 
disciplina de Estágio Supervisionado em Gestão 
Farmacêutica e Injetáveis. 
 
Orientador: Prof. Dr. João Paulo Manfré dos Santos 
 
ANTONIA ADELAIDE HENRIQUE VIEIRA LIMA 
 
 5 
SUMÁRIO 
1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 6 
2 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7 
3 ATIVIDADES............................................................................................................. 8 
4 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ........................................................ 15 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 16 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 17 
 
 6 
1 APRESENTAÇÃO 
 
Este Estágio Supervisionado em Gestão Farmacêutica e Injetáveis 
foi realizado na Farmácia Central (E Alves LIMA – ME) no período compreendido 
entre o dia 27 (vinte sete) de setembro ao dia 08 (oito) de outubro de 2021 (dois mil 
e vinte e um), totalizando 6 (seis) horas diárias, sendo 4 (quatro) horas diárias em 
campo e 2 (duas) horas diárias dedicadas à resolução dos estudos de caso 
propostos no Plano de Trabalho Covid-19. 
O principal objetivo do estágio é vivenciar a rotina de uma farmácia comercial e a do 
farmacêutico em exercício de suas atividades; analisar seu comportamento 
profissional e ético. Observar as técnicas de dispensação e os cuidados ao realizar 
atenção farmacêutica. 
 
 
 
 
 7 
2 INTRODUÇÃO 
Esse relatório se refere às atividades realizadas durante a prática de campo de 
Gestão Farmacêutica e Injetáveis do curso de Farmácia. O estágio foi realizado na 
farmácia E Alves Lima do município de Parambu-CE. Esta farmácia atende toda a 
população parambuense e visitantes. 
A farmácia é um ambiente onde sua principal função é a venda de medicamentos, 
também é realizada a venda de produtos que ajudam a montar curativos, a cuidar da 
higiene ou da beleza. Orientação de medicamentos, sua administração, 
monitoramento de pressão arterial, monitoramento de glicemia capilar, 
monitoramento de temperatura, realização de curativos, aplicações de injetáveis e 
campanhas de promoção de saúde dentre outras atividades. 
Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de 
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos. O estágio 
visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à 
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida 
cidadã e para o trabalho. Também é uma estratégia de profissionalização para 
aperfeiçoar a formação acadêmica, que complementa o processo de aprendizagem, 
preparando o aluno para o mercado de trabalho. O estágio supervisionado em 
farmácia comercial é uma etapa de grande importância para a formação do 
farmacêutico, pois faz com que o aluno relacione o conteúdo teórico obtido em aula 
com a prática da profissão farmacêutica. O principal objetivo do estágio é vivenciar a 
rotina de uma farmácia comercial e a do farmacêutico, observar o trabalho do 
farmacêutico em exercício de suas atividades; analisar seu comportamento 
profissional e ético. Observar as técnicas de dispensação e os cuidados ao realizar 
atenção farmacêutica. O objetivo do presente trabalho é relatar a experiência 
vivenciada em um estágio curricular. Citar as atividades desenvolvidas no período do 
estágio, relacionar as atividades da farmácia com Evento: a literatura, principalmente 
com as legislações que norteiam a atividade farmacêutica 
Quanto a aplicação de injetáveis tive a oportunidade de aprimorar o conhecimento 
como profissional da saúde quanto à ciência e legislação vigente relacionada a 
aplicação de injetáveis, proporcionar uma nova abordagem das técnicas de 
administração de medicamentos, os cuidados com o cliente e a segurança do 
profissional. 
 8 
3 ATIVIDADES 
A farmácia tem um ótimo espaço, a área de perfumaria e correlatos estão ao alcance 
do público, também estão ao alcance do público os medicamentos isentos de 
prescrição (MIP’S). Atrás do balcão, fora do alcance do público, encontram-se os 
demais medicamentos. As substâncias sujeitas a controle especial são guardadas 
sob chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local exclusivo para este 
fim e sob a responsabilidade do farmacêutico. De acordo com a legislação, a 
farmácia possui, em uma área exclusiva, um armário onde armazena os 
medicamentos controlados, este se encontra devidamente chaveado. A farmácia 
possui ambiente para desenvolver atividades administrativas, local de recebimento e 
armazenamento dos produtos, dispensação de medicamentos, cozinha, lugar para o 
depósito de material de limpeza e um sanitário. De acordo com a lei nº 5.991, de 17 
de dezembro de 1973, a farmácia e a drogaria devem ter, obrigatoriamente, a 
assistência de técnico responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, e a 
presença deste será obrigatória durante todo o horário de funcionamento do 
estabelecimento. A farmácia possui um farmacêutico inscrito no CRF-CE e que 
atende à demanda de funcionamento. Os medicamentos estão distribuídos em 
prateleiras, divididos em genéricos, similares, referência e antibióticos, todos 
organizados de acordo com a ordem alfabética. Possui dois armários para guardar 
os medicamentos sujeitos a controle especial, que ficam chaveados onde somente 
os farmacêuticos têm acesso. Possui também uma geladeira para armazenamento 
de medicamentos que necessitam temperatura controlada. Ambulatório pra 
aplicações de injetáveis e curativos. As atividades realizadas no período de estágio 
foram: conhecer a rotina da farmácia; observar como ocorria a dispensação dos 
medicamentos; limpar as prateleiras e verificar o prazo de validade dos 
medicamentos; cadastrar no sistema os medicamentos que estavam próximos de 
atingir a data de validade; dispensar medicamentos; ler e interpretar algumas 
prescrições; repor nas prateleiras medicamentos e produtos gerais, verificação de 
P.A, teste de glicemia capilar. Ainda nos estudos de caso aprendemos sobre a 
perícia necessária para a aplicação de injetáveis e o devido cuidado na dispensação 
da dose correta dos mesmos, o que também pudemos acompanhar nas atividades 
em campo. Em campo acompanhamos todos os dias a rotina de contato com os 
pacientes nas suas mais diversas necessidades. 
 9 
 
 
 
 
3.1 Atividades em Campo 
 A rotina do estabelecimento se baseia no atendimento a pequena população da 
cidade, que enfrenta comorbidades corriqueiras ou até mais graves, necessitando de 
um nível elevado de precaução, para os quais o atendimento farmacêutico dedica 
uma atenção especial no acompanhamento da farmacoterapia e monitoramento da 
pressão arterial e testes de glicemia capilar. Dá-se uma atenção especial ainda aos 
que fazem uso da polifarmácia, com elaboração de tabela com os horários corretos 
das medicações. 
O processo de compra de medicamentos, o qual é feito baseado na demanda de 
atendimentos. Os medicamentos que são inclusos nas compras portanto são 
aqueles mais prescritos para o controle dediabetes, antipertensivos em geral, para 
tratar cardiopatias, para o controle de endemias locais, analgésicos em geral, anti-
inflamatórios, polivitamínicos, injetáveis e medicamentos da portaria nº 344/98. Os 
medicamentos de referência são realizados diariamente conforme as vendas se 
registram as faltas. 
Diante do papel exercido pelo profissional posso relatar a respeito da 
responsabilidade do farmacêutico frente a todos os acontecimentos na farmácia, em 
relação ao paciente. É de suma importância o acompanhamento de todas as 
dispensações e orientar adequadamente, tanto os balconistas, quanto os pacientes 
atendidos. 
 
 
3.1 Estudos de Caso 
 
 
O fato apresentado mostra uma farmácia que foi denunciada por estar 
comercializando medicamentos da Portaria nº344, de 12 de maio de 1998 sem 
retenção de receita e sem a presença do farmacêutico responsável, devido o mesmo 
se encontrar de férias e não foi contratado pela farmácia nenhum profissional 
 10 
substituto. A farmácia recebeu uma inspeção da Vigilância Sanitária (VISA) e o fiscal 
buscou pelos balanços e receitas dos medicamentos sujeitos a controle especial. 
Por meio disso vemos que a farmácia está infringindo o disposto na portaria nº 
344/98 que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos 
sujeitos a controle especial. A primeira infração diz respeito à dispensação dos 
medicamentos sem a devida retenção de receita, como veremos a seguir: 
CAPÍTULO V - DA PRESCRIÇÃO - DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA 
Art. 35. A Notificação de Receita é o documento que acompanhado de 
receita autoriza a dispensação de medicamentos a base de substâncias 
constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" 
(psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso sistêmico) e "C3" 
(imunossupressoras), deste Regulamento Técnico e de suas atualizações. 
§ 4º A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando 
todos os itens da receita e da respectiva Notificação de Receita estiverem 
devidamente preenchidos. 
§ 5º A Notificação de Receita será retida pela farmácia ou drogaria e a 
receita devolvida ao paciente devidamente carimbada, como comprovante do 
aviamento ou da dispensação. 
(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_r
ep.html) 
 A segunda infração está no fato de a dispensação ter sido feita sem 
a presença do profissional farmacêutico, pois de acordo com a Resolução CFF nº 
357, de 20 de abril 2001, a qual aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de 
Farmácia, esta falha citada infringe pelo menos três de seus artigos. 
 Art. 20 - A presença e atuação do farmacêutico é requisito essencial para a 
dispensação de medicamentos aos pacientes, cuja atribuição é indelegável, 
não podendo ser exercida por mandato nem representação. Art. 36 - O 
farmacêutico deverá proceder o controle das substâncias e/ou medicamentos 
sujeitos a controle especial, cumprindo as determinações contidas em 
normativas do órgão de vigilância sanitária federal, estadual ou municipal, 
quando houver. Art. 37 - A dispensação das substâncias e medicamentos 
sujeitos a controle especial, deverá ser feita exclusivamente por 
farmacêutico, sendo vedado a delegação de responsabilidade sobre a chave 
dos armários a outros funcionários da farmácia que não sejam farmacêuticos. 
(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_r
ep.html) 
 11 
 
 No caso do farmacêutico estar de férias não se institui um erro 
primário, pois as férias anuais são direitos legais dos trabalhadores assegurados 
pelo Decreto Lei 5452/1943 – CLT. Contudo existem determinados procedimentos 
que devem ser seguidos durante a sua ausência do mesmo nas farmácias onde não 
ocorrerá a contratação do farmacêutico substituto. É necessário o comunicado 
prévio com antecedência mínima de 48 horas, segundo o Código de Ética 
Farmacêutica, Resolução CFF 596/2014, em seu artigo 13. O farmacêutico deve 
ainda entrar no sistema SNGPC, com seu e-mail e senha, escolher a funcionalidade 
“ausência” e relatar o período de férias. 
Segundo o Código de Ética Farmacêutica, em seu artigo 11 que trata das infrações 
éticas e disciplinares, o fato de afastar-se de suas atividades sem aviso prévio ao 
Conselho Regional de Farmácia constitui-se em infração V e, a punição para o 
profissional é advertência com emprego da palavra “censura”. Ainda podemos 
ressaltar a infração XIII, que fala sobre produzir, fornecer, dispensar ou permitir a 
dispensa de meio, instrumento, substância ou conhecimento, fármaco, medicamento 
ou fórmula farmacopéica ou magistral, ou produto farmacêutico, fracionado ou não, 
sem obedecer a legislação vigente, prevendo multa ou suspensão de 3 (três) a 12 
(doze) meses. 
 
 
 
Estudo de caso 2 
O caso refere sobre uma mãe que vai a uma Unidade de Pronto-Atendimento com 
uma criança de 3 anos de idade que tem febre alta, falta de ar, dor no peito, 
sensação de peito carregado e tosse com catarro. Após exames foi verificado que a 
criança apresentava pneumonia sendo prescrito ceftriaxona 100 mg/kg/dia por via IM 
por 7 dias. A mãe foi até a farmácia portando a receita médica e adquiriu 5 frascos 
de 500 mg que daria para todas as aplicações a ainda sobraria já que a dose seria 
fracionada, nesse mesmo dia o farmacêutico já iniciou a aplicação do injetável na 
criança e orientou a mãe que comparecesse na farmácia todos os dias para as 
aplicações seguintes. Em um dos dias de aplicação caiu em um domingo e o 
 12 
farmacêutico não estava, pois estava de folga e o responsável pela aplicação foi o 
atendente da farmácia. O atendente aplicou um frasco inteiro de antibiótico na 
criança mesmo diante das indagações da mãe. No dia seguinte a mãe comparece à 
farmácia com seu filho para uma nova aplicação e já não havia mais doses 
disponíveis e indaga ao farmacêutico se não teria problema aplicar uma dosagem 
maior na criança. Diante dessa situação perigosa o farmacêutico deve esclarecer a 
essa mãe a respeito de algumas reações adversas que podem ocorrer devido a 
superdosagem, na própria bula do medicamento, avaliando sinais e sintomas que 
possam surgir, pois não há como reduzir a concentração da droga. O tratamento 
deve ser sintomático e podem aparecer reações como diarreia, fezes amolecidas, 
erupções cutâneas, e outras previstas. 
Inconformada com a situação a mãe entrou com um processo contra a 
farmácia e contra o farmacêutico. Mesmo que o erro da administração da dose do 
injetável tenha ocorrido na ausência do farmacêutico não o exime de sua 
responsabilidade profissional, ética e legal. Uma vez que esse profissional é o 
Responsável Técnico do estabelecimento, ele responde por tudo o que acontece na 
farmácia, na sua presença ou ausência, sendo realizado por ele mesmo ou por seus 
subordinados, como preconiza o Código de Ética da Profissão Farmacêutica – 
Princípios Fundamentais – artigo 4º: diz respeito da responsabilidade do 
farmacêutico, dando ao mesmo a responsabilidade pelos seus atos, assim, ele 
responde de forma individual ou solidária, pelos atos que autorizar, praticar e 
delegar no exercício da profissão. Esse profissional poderá ser púnico pelo CRF que 
poderá suspender seu exercício profissional por até 12 (doze) meses, poderá ser 
punido pela Vigilância Sanitário e também pelo Ministério Público. 
Diante disso no caso de uma superdose podem aparecer reações 
adversas descritas pela bula do medicamento. A conduta correta na ausência do 
profissional farmacêutico no estabelecimento seria à não execução de 
procedimentos de sua responsabilidade. O técnico errou a fazer a dosagem, sem ver 
com o responsável e o farmacêutico em deixar seu paciente sem as devidas 
orientações ao uso do medicamento. 
Estudo de caso 3 
 13 
Neste caso podemos ver a história de uma mulher que procurou atendimento médico 
por estar com seus níveis de testosterona muito abaixo dos valores normais dereferência. O seu médico lhe prescreveu Nebido® 1 (uma) ampola via IM. Foi então 
que a mesma procurou a farmácia para adquirir o medicamento e solicita ao 
farmacêutico a aplicação do medicamento. O farmacêutico era inexperiente no 
procedimento, pois o havia realizado apenas uma vez. Porém, mesmo diante da 
insegurança ele decide realizar a aplicação. Durante o procedimento ele puxou um 
pouco o êmbolo para verificar se existia entrada de sangue na seringa e constatou a 
presença de sangue, mas não interrompeu e procedeu com a aplicação. 
 
A administração de medicamentos por via intramuscular (IM) é procedimento 
frequentemente realizado na farmácia, e envolve uma série de decisões complexas 
relacionadas ao volume a ser injetado, medicação a ser administrada, técnica de 
administração, seleção do local e dispositivos. Adicionalmente requer outras 
considerações a respeito da idade do paciente, constituição corpórea e condições 
pré-existentes tais como, distúrbios de coagulação. Desta forma, sua consecução 
requer que o profissional possua conhecimentos de diversas áreas, dentre elas, 
anatomia, fisiologia, farmacologia, bem como, habilidade técnica que resultem em 
uma prática segura e livre de risco. Cinco músculos são geralmente selecionados 
como possíveis locais para administração IM de medicamentos, sendo eles: deltoide, 
dorso liteo, ventroglúteo, vasto lateral e reto lateral. Todos estes músculos possuem 
irrigação sanguinea e são inervados, embora somente o sitio de injeção no 
dorsoglúteo possua maior proximidade com importante vaso sanguíneo e nervo. 
Historicamente o volume de fluido a ser injetado em cada um destes músculos tem 
variado. Existe controvérsia na literatura quanto ao volume máximo estabelecido 
para cada administração de medicamento por via IM. O ângulo correto da agulha é 
de 90° que, após inserida, deve-se proceder com a aspiração antes da 
administração do fármaco por alguns segundos, verificando se há retorno venoso. 
Em caso de haver sangue na aspiração, a seringa deve ser descartada e o 
medicamento deve ser preparado novamente. No nosso estudo de caso, o 
farmacêutico até começou a executar a técnica corretamente, porém no momento 
em que aspirou e verificou o retorno venoso deveria ter interrompido o processo e 
recomeçado. Posteriormente, a mulher apresentou vermelhidão e inchaço no local 
 14 
da injeção e dor intensa. Quando a agulha é erroneamente posicionada em um vaso 
sanguíneo, o medicamento pode ser administrado incorretamente pela via 
intravenosa, podendo causar um êmbolo, ou ainda infiltrar no tecido subcutâneo ou 
causar lesões nervosas, o que explicaria a dor e os sinais relatados pela paciente. 
 Não se constitui em primeiro momento como um erro o profissional ter aceitado 
realizar o procedimento, mesmo com pouca experiência se este tivesse seguido os 
protocolos de segurança na aplicação. No ato de prosseguir com a aplicação da 
injeção, mesmo conhecendo os riscos à saúde física da paciente, este profissional 
comete infração contra o Código de Ética da Profissão Farmacêutica, pois no 
Capítulo II, dos Deveres, em seu Artigo 12 – VII afirma que é seu dever respeitar a 
vida humana, jamais cooperando com atos que intencionalmente atentem contra ela 
ou que coloquem em risco sua integridade física ou psíquica. E no Capítulo III, das 
Proibições, em seu Artigo 13 – IV é proibido ao farmacêutico praticar ato profissional 
que cause danos físicos, morais e/ou psicológicos ao usuário do serviço, que possa 
ser caracterizado como imperícia, negligência ou imprudência. 
Embora seja considerado um procedimento relativamente simples, vários estudos 
apontam que as injeções intramusculares podem apresentar complicações como a 
formação de abscessos, eritema, infiltrações no tecido subcutâneo, embolias e 
lesões nervosas. Outras complicações relatadas são dor violenta, com irradiação ou 
não, durante ou imediatamente após a aplicação do medicamento, rubor, hematoras, 
nódulos, paresias, paralisias ou necrose. 
E também importante reconhecer e entender as potenciais complicações associadas 
com a administração IM de medicamentos e que a rápida absorção dos fármacos 
pode aumentar estes riscos. A administração de qualquer medicamento pode 
apresentar riscos e sendo assim o profissional deve estar apto a reconhecer sinais 
adversos do uso dos medicamentos. A ocorrência de lesão pode ser minimizada 
pela habilidade técnica e conhecimento cientifico de quem administra o 
medicamento por essa via, sendo que as aplicações devem ser feitas apenas por 
profissionais que conheçam à técnica de injeção intramuscular e tenham 
conhecimento de anatomia a fim de selecionar corretamente o local de 
administração. 
 15 
4 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 
 
 
 16 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Durante o estágio tive a oportunidade de participar diariamente nas diferentes 
atividades desenvolvidas pelo farmacêutico, o que me permitiu uma visão real da 
sua participação no dia a dia. O período de estágio realizado foi muito gratificante, 
contribuindo para o meu crescimento tanto a nível profissional como pessoal. Com 
suporte de uma equipe organizada e competente, o estágio permitiu uma 
consolidação de conceitos já adquiridos e aprendizagem de outros, tal como a 
aquisição de competências que serão úteis no desempenho da profissão 
farmacêutica, concluindo este ciclo. Porém, sem sombra de dúvidas, a vivência 
prática é o que nos ensina realmente e exige de nós competência para saber lidar 
com as diferentes situações. Sendo o farmacêutico o profissional do medicamento, 
foi de grande crescimento o contato direto com o serviço privado, acompanhando 
desde a compra, o armazenamento e organização sob os aspectos legais, a 
dispensação responsável e segura, o acompanhamento da farmacoterapia. 
Ao concluir o meu estágio, percebi que as ações tomadas pelo farmacêutico são 
fundamentais para o bom funcionamento da farmácia, pois além de ações que 
venham a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população, pois uma 
simples técnica de aplicação de injetáveis já poderia ter evitado algumas 
complicações, ele é o responsável pela supervisão e pelo treinamento da equipe 
com quem trabalha. 
 
 
 
 
 
 17 
REFERÊNCIAS 
Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde. Portaria nº 344, de 12 de 
maio de 1998. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.html. 
Acesso em: 28 nov 2021. 
CRF-CE. Infrações e Sanções Éticas e Disciplinares. Disponível em: 
https://crfce.org.br/farmaceutico/etica/infracoes-e-sancoes-eticas-e-disciplinares/. 
Acesso em: 28 nov 2021. 
CFF. Código de Ética da Profissão Farmacêutica. Disponível em: 
https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/76/08-codigodeetica.pdf. Acesso em: 
28 nov 2021. 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.html
https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/76/08-codigodeetica.pdf

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