UNIFADRA 2021

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 Esta prova contém 40 questões objetivas e uma proposta de redação.
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Questões.
Nome do candidato
Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG
Vestibular Medicina | 1o Semestre de 2021
002. PROVA II
3 FDEC2001 | 002-Prova-II
Leia a letra da canção de Chico Buarque para responder às 
questões de 01 a 03.
Olhos nos olhos
Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
‘Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz
(In: Wagner Homem. Histórias de canções: Chico Buarque, 2009.)
QUESTÃO 01 
Depreende-se da letra da canção que o eu lírico
(A) aceitou a separação, mas, por não ter vivenciado ou-
tros amores, pretende ainda retomar a antiga relação 
amorosa.
(B) aceitou a separação e vivenciou outros amores, avalian-
do o rompimento da relação ao final como redentor.
(C) aceitou a separação, mas não conseguiu superá-la, já 
que considera a obediência ao homem uma obrigação 
das mulheres.
(D) aceitou a separação e conseguiu superá-la, mesmo não 
tendo vivenciado outros amores.
(E) aceitou a separação, mas, embora tenha vivenciado 
outros amores, considera seu interlocutor o melhor dos 
seus amantes.
QUESTÃO 02 
Na letra da canção, o eu lírico é uma voz
(A) masculina, que tematiza o ciúme e a traição amorosa, a 
exemplo do que ocorria na poesia ultrarromântica.
(B) masculina, que tematiza a vassalagem amorosa, a exem-
plo do que ocorria na cantiga trovadoresca de amor.
(C) feminina, que tematiza a ausência do amante, a exemplo 
do que ocorria na cantiga trovadoresca de amigo.
(D) feminina, que tematiza a vida amorosa no campo, a 
exemplo do que ocorria na poesia árcade.
(E) feminina, que tematiza o perdão e a redenção amorosa, 
a exemplo do que ocorria na poesia barroca.
QUESTÃO 03 
A chamada “rima rica” é aquela que ocorre entre palavras de 
classes gramaticais diferentes, a exemplo do que se verifica 
entre
(A) “porquê” / “você” (3a estrofe) e “diz” / “feliz” (4a estrofe).
(B) “enlouqueci” / “obedeci” (1a estrofe) e “faz” / “demais” 
(2a estrofe).
(C) “rever” / “crer” (2a estrofe) e “remoçando” / “cantando” 
(3a estrofe).
(D) “rolaram” / “amaram” (3a estrofe) e “mim” / “sim” (4a estrofe).
(E) “faz” / “demais” (2a estrofe) e “rolaram” / “amaram” (3a es-
trofe).
4FDEC2001| 002-Prova-II
QUESTÃO 05 
No contexto, a locução conjuntiva sublinhada em “Posto que 
a cabeça me doesse um pouco, simulei maior incômodo, com 
o fim de não ir ao seminário e falar a Capitu” (2o parágrafo) 
indica uma
(A) proporção.
(B) finalidade.
(C) concessão.
(D) condição.
(E) consequência.
QUESTÃO 06 
Além da noção de hipótese, o modo subjuntivo pode repre-
sentar também um fato de um universo não hipotético, a 
exemplo do que ocorre em
(A) “Aceitei a ameaça, e jurei que nunca a haveria de cum-
prir; era a primeira suspeita e a última” (8o parágrafo).
(B) “A minha dor agora complicava-se do receio de haver ido 
além do que convinha, deixando de examinar o negócio” 
(2o parágrafo).
(C) “Capitu ria agora menos e falava mais baixo; estaria afli-
ta com a minha reclusão, mas nem por isso me abalou” 
(1o parágrafo).
(D) “Se olhara para ele, era prova exatamente de não haver 
nada entre ambos” (3o parágrafo).
(E) “Como me achasse estirado na cama, com os olhos no 
teto, lembrou-me a recomendação que minha mãe fazia” 
(1o parágrafo).
QUESTÃO 07 
Assinale a alternativa em que há uso de discurso indireto:
(A) “— E que pode haver, se ele vai casar? concluiu” (4o pa-
rágrafo).
(B) “A minha dor agora complicava-se do receio de haver ido 
além do que convinha, deixando de examinar o negócio” 
(2o parágrafo).
(C) “Esta razão quadrou-me mais que tudo, e ela o sentiu no 
meu gesto” (6o parágrafo).
(D) “Quando soube a causa da minha reclusão da véspera, 
disse-me que era grande injúria que lhe fazia” (3o pará-
grafo).
(E) “E aqui romperam-lhe lágrimas, e fez um gesto de sepa-
ração; mas eu acudi de pronto, peguei-lhe das mãos e 
beije-as com tanta alma e calor que as senti estremecer” 
(3o parágrafo).
Leia o fragmento de Dom Casmurro, de Machado de 
Assis, narrado por Bentinho, para responder às questões 
de 04 a 07.
CAPÍTULO LXXV – Explicação
Ao fim de algum tempo, estava sossegado, mas abati-
do. Como me achasse estirado na cama, com os olhos no 
teto, lembrou-me a recomendação que minha mãe fazia de 
me não deitar depois do jantar para evitar alguma congestão. 
Ergui-me de golpe, mas não saí do quarto. Capitu ria agora 
menos e falava mais baixo; estaria aflita com a minha reclu-
são, mas nem por isso me abalou.
Não ceei e dormi mal. Na manhã seguinte não estava 
melhor, estava diferente. A minha dor agora complicava-se 
do receio de haver ido além do que convinha, deixando de 
examinar o negócio. Posto que a cabeça me doesse um pou-
co, simulei maior incômodo, com o fim de não ir ao seminá-
rio e falar a Capitu. Podia estar zangada comigo, podia não 
querer-me agora e preferir o cavaleiro. Quis resolver tudo, 
ouvi-la e julgá-la; podia ser que tivesse defesa e explicação.
Tinha ambas as coisas. Quando soube a causa da minha 
reclusão da véspera, disse-me que era grande injúria que lhe 
fazia; não podia crer que depois da nossa troca de juramen-
tos, tão leviana a julgasse que pudesse crer… E aqui rompe-
ram-lhe lágrimas, e fez um gesto de separação; mas eu acudi 
de pronto, peguei-lhe das mãos e beije-as com tanta alma 
e calor que as senti estremecer. Enxugou os olhos com os 
dedos, eu os beijei de novo, por eles e pelas lágrimas; depois 
suspirou, depois abanou a cabeça. Confessou-me que não 
conhecia o rapaz, senão como os outros que ali passavam 
às tardes, a cavalo ou a pé. Se olhara para ele, era prova 
exatamente de não haver nada entre ambos; se houvesse, 
era natural dissimular.
— E que pode haver, se ele vai casar? concluiu.
— Vai casar?
Ia casar, disse-me com quem, com uma moça da Rua 
dos Barbonos. Esta razão quadrou-me mais que tudo, e ela o 
sentiu no meu gesto; nem por isso deixou de dizer que, para 
evitar nova equivocação, deixaria de ir mais à janela.
— Não! não! não! não lhe peço isto!
Consentiu em retirar a promessa, mas fez outra, e foi 
que, à primeira suspeita da minha parte, tudo estaria dissol-
vido entre nós. Aceitei a ameaça, e jurei que nunca a haveria 
de cumprir; era a primeira suspeita e a última.
(Dom Casmurro, 1994.)
QUESTÃO 04 
Com relação à explicação dada por Capitu, o narrador 
mostra-se
(A) satisfeito.
(B) constrangido.
(C) desconfiado.
(D) indiferente.
(E) irritado.
5 FDEC2001 | 002-Prova-II
QUESTÃO 11 
Em sua preparação para um concurso, Roberto estudou, de 
1o de janeiro até 30 de junho, 3 horas de matemática para 
cada 5 horas de língua portuguesa, tendo, nesse período, de-
dicado 180 horas ao estudo de matemática. Para o segundo 
semestre, de 1o de julho até 31 de dezembro, ele pretende 
estudar mais 330 horas de língua portuguesa de modo que a 
razão entre o número total de horas de estudo de matemática 
e o número total de horas de estudo de língua portuguesa, 
durante todo o ano, seja de 4 para 5. Nessas condições, o 
númerode horas de estudo de matemática programado para 
o segundo semestre é igual a
(A) 324 horas.
(B) 340 horas.
(C) 356 horas.
(D) 360 horas.
(E) 372 horas.
QUESTÃO 12 
Sabendo que o produto entre a maior e a menor raiz da 
equação 2x3 – 3x2 – 5x + 6 = 0 é igual a –3, então a soma 
das duas maiores raízes dessa equação é
(A) 5.
(B) 4.
(C) 3.
(D) 1.
(E) 2.
QUESTÃO 13 
Com todos os alunos de uma escola, o número de duplas 
distintas que podem ser formadas é igual a 1 275. Com esses 
alunos, o número de trios distintos que podem ser formados é
(A) 18 775.
(B) 19 095.
(C) 21 555.
(D) 20 825.
(E) 17 435.
Leia o poema de Manoel de Barros para responder às ques-
tões de 08 a 10.
Poema
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que
eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro
Para mim poderoso é aquele que descobre as
insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.
(Poesia completa, 2013.)
QUESTÃO 08 
Nos dois primeiros versos do poema, observa-se uma carac-
terística bastante explorada pela poesia moderna, a saber,
(A) a interação com o leitor.
(B) a linguagem rebuscada.
(C) o tom irônico e sarcástico.
(D) o exercício metalinguístico.
(E) a contenção lírica.
QUESTÃO 09 
Uma figura de linguagem presente no poema é:
(A) a hipérbole, no verso “Poderoso para mim não é aquele 
que descobre ouro”.
(B) o paradoxo, no verso “Por essa pequena sentença me 
elogiaram de imbecil”.
(C) a personificação, no verso “A poesia está guardada nas 
palavras — é tudo que eu sei”.
(D) o eufemismo, no verso “Sou fraco para elogios”.
(E) a antítese, no verso “Fiquei emocionado e chorei”.
QUESTÃO 10 
No verso “Meu fado é o de não saber quase tudo”, o termo 
sublinhado tem sentido equivalente a
(A) alegria.
(B) trabalho.
(C) tristeza.
(D) saudade.
(E) destino.
6FDEC2001| 002-Prova-II
QUESTÃO 16 
O triângulo ABC é definido pelo eixo x, pela reta x = –3 e pela 
reta r, conforme mostra a figura.
–8 –7 –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 x
y
C
A B
r
Sabendo que a reta r intersecta o eixo y no ponto de ordena-
da 14, a área do triângulo ABC é
(A) 20.
(B) 12.
(C) 28.
(D) 16.
(E) 24.
QUESTÃO 14 
Quatro meninos e quatro meninas vão formar, aleatoria-
mente, uma fila. A probabilidade de a primeira e a última 
pessoa dessa fila ser um menino é
(A) 
(B) 
(C) 
(D) 
(E) 
QUESTÃO 15 
Considere as matrizes e . 
Sabendo que a soma de todos os elementos da matriz AB 
é –5, o valor da constante real x é
(A) 2.
(B) –5.
(C) –2.
(D) 0.
(E) 5.
7 FDEC2001 | 002-Prova-II
QUESTÃO 19 
O triângulo isósceles ABC tem um ângulo interno de medida 
96º, sendo BC o maior lado desse triângulo. O triângulo 
retângulo BCD tem a hipotenusa BC coincidindo com o lado 
BC do triângulo ABC, e um de seus ângulos agudos mede 
63º. Sabendo que os pontos A e D estão em lados opostos 
da reta BC, o menor ângulo interno do quadrilátero definido 
pelos pontos A, B, C e D mede
(A) 63º
(B) 66º
(C) 69º
(D) 56º
(E) 51º
QUESTÃO 20 
Um curso de inglês será ministrado em 20 meses. O valor do 
curso consistirá em uma taxa de matrícula de R$ 200,00 mais 
um único pagamento de R$ 1.000,00. Uma pessoa pode co-
meçar esse curso depois de seu início, pagando a mesma 
taxa de matrícula mais um único pagamento correspondente 
ao número de meses que faltam para o término do curso. 
Considerando que esse único pagamento é calculado propor-
cionalmente ao número de meses que faltam para o término 
do curso, o valor a ser pago por uma pessoa que comece o 
curso 7 meses após o seu início é igual a
(A) R$ 800,00.
(B) R$ 700,00.
(C) R$ 750,00.
(D) R$ 650,00.
(E) R$ 850,00.
QUESTÃO 17 
O triângulo retângulo BCD e o triângulo ABC têm o lado BC 
em comum, conforme mostra a figura.
Sabendo que o segmento BD é paralelo ao segmento AC, 
que tg α = 3 e que tg β = 1,2, a área do triângulo ABC é
(A) 21 cm2.
(B) 20 cm2.
(C) 18 cm2.
(D) 24 cm2.
(E) 27 cm2.
QUESTÃO 18 
A área total de um cubo é equivalente à área lateral de um 
prisma reto com 8 cm de altura, cuja base é o triângulo de 
lados 3 cm, 4 cm e 5 cm. O volume desse cubo é
(A) 125 cm3.
(B) 64 cm3.
(C) 27 cm3.
(D) 216 cm3.
(E) 343 cm3.
8FDEC2001| 002-Prova-II
QUESTÃO 22 
Leia o trecho de O cortiço, escrito por Aluísio de Azevedo e 
publicado em 1890.
E o fato é que aquelas três casinhas, tão engenhosamen-
te construídas, foram o ponto de partida do grande cortiço de 
São Romão.
Mas o cortiço já não era o mesmo; estava muito diferente 
[...]; o pátio, como João Romão havia prometido, estreitara-se 
com as edificações novas; [...]. À esquerda, [...] estendia-se 
um novo correr de casinhas de porta e janela, e daí por diante, 
acompanhando todo o lado do fundo e dobrando depois para 
a direita até esbarrar no sobrado de João Romão, erguia-se 
um segundo andar, fechado em cima do primeiro por uma 
estreita e extensa varanda de grades de madeira, para a qual 
se subia por duas escadas, uma em cada extremidade. De 
cento e tantos, a numeração dos cômodos elevou-se a mais 
de quatrocentos; [...]. Poucos lugares havia desocupados.
(O cortiço, 1997)
Considerando a organização do espaço urbano brasileiro, a 
formação do cortiço está associada ao processo de
(A) favelização, vinculado à falta de planejamento das cons-
truções de moradia e à ausência de serviços urbanos.
(B) periferização, resultado da ação do Estado com os de-
mais agentes econômicos para a construção de mora-
dias populares.
(C) gentrificação, ocasionado pela higienização do espaço 
de moradia popular e ampliação da infraestrutura urbana.
(D) especulação imobiliária, associada à aquisição de imó-
veis na expectativa de valorização no mercado.
(E) adensamento urbano, viabilizado pelos condomínios 
horizontais e pela construção de casas e sobrados 
padronizados.
QUESTÃO 21 
Analise a charge, que aborda a atuação dos Estados Unidos 
na geopolítica global.
(www.illustrationsource.com)
A análise da charge permite afirmar que os Estados Unidos 
exercem
(A) um poder multipolar, estabelecido a partir da criação da 
OTAN como órgão de defesa global.
(B) um poder político, representado pela disseminação de 
um sentimento democrático através da expansão de sua 
dominação.
(C) um poder ideológico, estruturado para proteger os de-
mais países do expansionismo cultural chinês.
(D) um poder imperialista, pautado em ações agressivas em 
defesa dos seus interesses segundo ideias de dominação.
(E) um poder unipolar, marcado pela criação de acordos es-
tratégicos para conter as migrações.
9 FDEC2001 | 002-Prova-II
QUESTÃO 25 
(Nelson Bacic Olic. Mundo contemporâneo, 2010.)
A representação cartográfica faz referência às principais
(A) áreas de escudos cristalinos.
(B) zonas de convergência de placas tectônicas.
(C) jazidas de minerais metálicos.
(D) bacias hidrográficas.
(E) florestas equatoriais e temperadas.
QUESTÃO 26 
A América indígena é um mosaico cultural e linguístico. 
Nesse sentido, abandonando as amplas generalizações acer-
ca de uma América indígena, creio que devemos valorizar 
os estudos que nos permitam entender culturas específicas 
como a caribe, a mesoamericana, a chichimeca, a andina, a 
amazônica, e tantas outras, tirando-as do grande anonimato 
trazido pelo termo índio.
(Eduardo Natalino dos Santos. 
Deuses do México indígena, 2002. Adaptado.)
Em relação às sociedades indígenas da América pré-colonial, 
pode-se afirmar que:
(A) os incas possuíam uma religião monoteísta, baseada no 
dualismo entre bem e mal, denominada zoroastrismo.
(B) os maias construíram edificações, como templos religio-
sos em formato de pirâmide e centros de observação as-
tronômica.
(C) os povos tupis criaram o quipu, um sistema que permitia 
o controle contábil de sua produção agrícola.
(D) os astecas desenvolveram a técnica de plantio em curvas 
de nível, aproveitando orelevo da Cordilheira dos Andes.
(E) os povos mesoamericanos formavam uma sociedade 
igualitária, distribuída em tribos nômades de caçadores 
e coletores.
QUESTÃO 23 
Fortes áreas de instabilidade se formaram na costa leste 
do Nordeste entre o Rio Grande do Norte e Pernambuco e 
provocaram chuvas fortes e muito volumosas na região me-
tropolitana de Recife, de João Pessoa e de Natal. A situação 
é de alerta porque a chuva persistente e volumosa já causou 
alagamentos generalizados.
(“Chuva continua no litoral do Nordeste”. 
www.terra.com.br, 13.06.2019. Adaptado.)
No inverno de 2019, as áreas de instabilidade e as fortes 
chuvas que ocorreram na costa leste do Nordeste brasileiro 
foram formadas
(A) pelo encontro de massas de ar quente e úmida (mTa) e 
fria e úmida (mPa), provocando chuvas frontais.
(B) pela atuação do fenômeno El Niño, que potencializa a 
massa de ar quente e úmida (mEc), provocando chuvas 
convectivas.
(C) pela atuação do fenômeno La Niña, que potencializa a 
massa de ar fria e úmida (mPa), provocando chuvas oro-
gráficas.
(D) pelo deslocamento da massa de ar quente e úmida (mEa) 
para o litoral nordestino, provocando chuvas orográficas.
(E) pela combinação da Zona de Convergência Intertropical 
(ZCIT) com a massa de ar quente e seca (mEc), provo-
cando chuvas frontais.
QUESTÃO 24 
Examine a imagem publicada pela ONU Meio Ambiente, em 
sua página no Facebook, em 17.06.2018.
A imagem representa, respectivamente,
(A) a laterização e a agricultura orgânica.
(B) a desertificação e a agricultura familiar.
(C) a arenização e a agrofloresta.
(D) a salinização e a agricultura comercial.
(E) a lixiviação e a permacultura.
10FDEC2001| 002-Prova-II
QUESTÃO 29 
Logo após a Segunda Guerra Mundial, com a hegemonia 
mundial, parecia que os Estados Unidos haviam finalmente 
cumprido seu almejado destino. Enquanto ainda comemora-
vam seu lugar no mundo, revelava-se a intensa insatisfação 
de parte da sociedade em razão da marginalização que lhe 
fora imposta.
(Mary Anne Junqueira. Estados Unidos: Estado Nacional 
e Narrativa da Nação (1776-1900), 2018. Adaptado.)
Entre os marginalizados da sociedade estadunidense cita-
dos pelo texto, a população negra mobilizou-se de diversas 
formas na luta
(A) pela ampliação dos direitos trabalhistas, a partir de gre-
ves gerais convocadas por Rosa Parks.
(B) pela universalização do acesso ao sistema público de 
saúde, defendida em cultos ecumênicos pelo pastor 
Malcolm X.
(C) contra a violência policial nos guetos, mediante protestos 
pacíficos comandados pelos Panteras Negras.
(D) contra as leis segregacionistas, a partir do movimento de 
desobediência civil liderado por Martin Luther King Jr.
(E) pelo fim do regime oficial de apartheid, por meio da atua-
ção política de Nelson Mandela.
QUESTÃO 30 
O gráfico demonstra a evolução, em porcentagem, do PIB 
brasileiro durante os primeiros governos do Regime Militar.
(https://infograficos.oglobo.globo.com. Adaptado.)
Considerando os números apresentados e o cenário socioe-
conômico do período, assinale a alternativa correta.
(A) O aumento do PIB registrado entre 1967 e 1968 foi 
um reflexo do reajuste de 100% do salário mínimo no 
período.
(B) Os altos índices de crescimento entre 1969 e 1973 foram 
sustentados, em grande parte, pelo incentivo à entrada 
de capitais estrangeiros.
(C) O estímulo ao consumo pela população mais pobre, por 
meio de programas de redistribuição de renda, acelerou 
o crescimento entre 1964 e 1965.
(D) A baixa do preço do petróleo no mercado internacional, 
em função da crise de 1973-1974, prejudicou as exporta-
ções da Petrobras e reduziu a taxa de crescimento.
(E) O período entre 1974 e 1975 foi marcado por grandes 
investimentos públicos na indústria de base, como a cria-
ção da Companhia Vale do Rio Doce.
QUESTÃO 27 
Enquanto por volta do ano mil não existia talvez na Euro-
pa católica nenhuma cidade que tivesse uma população de 
dez mil habitantes, no século XIII havia 55 cidades com um 
número de habitantes superior a esse.
(Hilário Franco Jr. A Idade Média: 
nascimento do Ocidente, 1988. Adaptado.)
A expansão urbana descrita no texto ocorreu em função
(A) do surto da peste negra nas áreas rurais, o que gerou o 
esvaziamento dos campos e o surgimento dos burgos.
(B) da formação dos Estados modernos, o que propiciou me-
lhores condições para o desenvolvimento de atividades 
comerciais.
(C) da produção de um excedente agrícola, o que resultou 
em crescimento demográfico e consequente êxodo rural.
(D) da Expansão Marítima Ibérica, o que permitiu a entrada 
de diversos produtos e o desenvolvimento das feiras me-
dievais.
(E) da ruptura da estrutura estamental da sociedade, o que 
estimulou o surgimento de espaços de livre manifestação 
religiosa e política.
QUESTÃO 28 
De todas as constituições da história nacional, a Cons-
tituição Política do Império do Brasil foi a que vigorou por 
mais tempo — 65 anos, e nesse período sofreu apenas uma 
emenda. O texto consolida, em seu artigo 1o, a independên-
cia do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822, forman-
do uma “nação livre e independente, que não admite com 
qualquer outra laço algum de união, ou federação, que se 
oponha à sua independência”. No artigo 10, a repartição de 
poderes se faz em quatro.
(Supremo Tribunal Federal. “Constituição 30 anos: 
As Constituições Brasileiras de 1824 a 1988”. 
www.stf.jus.br. Adaptado.)
A respeito do que foi disposto pela Constituição de 1824, 
assinale a alternativa correta.
(A) A conformação de uma aliança federativa com os países 
da região do Rio da Prata garantiu a paz no continente 
durante todo o século XIX.
(B) A autonomia das províncias, resultante da descentraliza-
ção administrativa, evitou o surgimento de movimentos 
separatistas.
(C) A manutenção do vínculo com Portugal, agora na condi-
ção de Reino Unido a Algarves, estimulou a imigração de 
trabalhadores europeus.
(D) A introdução do sufrágio universal nas eleições para es-
colha dos membros do Poder Legislativo garantiu repre-
sentatividade para os diversos setores da sociedade.
(E) A instituição do Poder Moderador, exercido pelo Impera-
dor, teve como objetivo manter os demais poderes sob 
controle.
11 FDEC2001 | 002-Prova-II
QUESTÃO 31 
Which of the following titles best summarizes the infographic 
as a whole?
(A) The impact of unsustainable practices.
(B) Possible actions to mitigate climate change.
(C) Efficient water saving solutions.
(D) Community strategies for waste management.
(E) The positive effects of nature on our well-being.
QUESTÃO 32 
No item sobre os três “R’s”, o trecho “Cut down on what you 
throw away” indica que devemos
(A) diminuir a produção de lixo.
(B) evitar o desperdício de alimentos.
(C) eliminar o uso de produtos descartáveis.
(D) reduzir custos através de práticas sustentáveis.
(E) limitar o consumo de recursos naturais.
Leia o infográfico para responder às questões de 31 a 34.
(https://oceanservice.noaa.gov. Adaptado.)
QUESTÃO 33 
According to the infographic, to “shop wisely” can mean, for 
example, to shop
(A) impulsively.
(B) blindly.
(C) sagely.
(D) recklessly.
(E) carelessly.
QUESTÃO 34 
In the item about chemicals, the sentence “Don’t send 
chemicals into our waterways” indicates
(A) a wish.
(B) an apology.
(C) a prohibition.
(D) a prayer.
(E) a suggestion.
12FDEC2001| 002-Prova-II
QUESTÃO 36 
Uma ciclovia, com 8 km de extensão, foi construída paralela-
mente a uma linha de trem. Um ciclista decide apostar uma 
corrida com um trem que parte da estação A em direção à 
estação C, de modo que ambos saem, no mesmo instante, 
do mesmo ponto na estação A.
Sabendo que o trem desenvolve a mesma velocidade mé-
dia de 40 km/h entre as estações A e B e entre as estações 
B e C, e que permanece parado na estação B por 3 minutos 
para embarque e desembarque de passageiros, a velocida-
de média que o ciclista deve manter durante todo o trajeto 
para chegar junto com o trem na estação C deve ser de
(A) 40 km/h.(B) 18 km/h.
(C) 32 km/h.
(D) 20 km/h.
(E) 27 km/h.
QUESTÃO 37 
Foi ligada a 14a Unidade Geradora da usina hidrelétri-
ca de Belo Monte no Pará. O empreendimento, que já é a 
quarta maior usina hidrelétrica do mundo, passa a ser, então, 
a maior hidrelétrica totalmente brasileira. A unidade recém-
-inaugurada tem capacidade para gerar 600 MW de potência 
elétrica.
(“Belo Monte, no PA, passa a ser a maior usina hidrelétrica 
totalmente brasileira com inauguração da 14a turbina”. 
https://g1.globo.com, 17.07.2019. Adaptado.)
A potência elétrica fornecida por uma usina hidrelétrica 
provém da taxa com que a energia potencial gravitacio-
nal, acumulada pela água represada em suas barragens, 
é transferida à Unidade Geradora. Considere que na usina 
de Belo Monte apenas 80% dessa taxa seja efetivamente 
transferida, produzindo a potência elétrica citada na notícia, 
e que a vazão da água que passa pela Unidade Geradora 
seja de 500 m3/s. Sabendo que a densidade da água é igual 
a 1 000 kg/m3 e que a aceleração da gravidade no local é 
de 10 m/s2, a altura total entre a comporta pela qual a água 
abandona a represa e a Unidade Geradora é de
(A) 150 m.
(B) 80 m.
(C) 120 m.
(D) 480 m.
(E) 500 m.
QUESTÃO 35 
Leia a tira.
(www.gocomics.com, 26.09.1998.)
De acordo com o contexto da tira, a fala do homem no primei-
ro quadrinho indica que a natureza
(A) não deve ser destruída.
(B) não pode se defender sozinha.
(C) não tem preço.
(D) não pode ser aprimorada.
(E) não faz nada em vão.
13 FDEC2001 | 002-Prova-II
QUESTÃO 39 
A radiação laser vem sendo empregada em procedi-
mentos operatórios com o objetivo de aumentar os bene-
fícios cirúrgicos, melhorando o prognóstico clínico. Se o 
comprimento de onda do laser estiver em uma faixa entre 
300 e 1 200 nm, pode-se dizer que quanto maior seu com-
primento de onda, mais profunda é a penetração da energia 
do laser no tecido humano. Comprimentos de onda entre 
300 e 400 nm penetram menos, enquanto que comprimen-
tos de onda entre 1 000 e 1 200 nm penetram mais.
(Thiago M. Cavalcanti et al. “Conhecimento das propriedades físicas 
e da interação do laser com os tecidos biológicos na odontologia”. 
Anais Brasileiros de Dermatologia, vol. 86, no 5, 2011.)
De acordo com as informações do texto, é correto afirmar 
que:
(A) a penetração da luz emitida pelo laser nos tecidos não 
depende de sua frequência.
(B) quanto menor a frequência da luz emitida pelo laser, 
maior sua penetração nos tecidos.
(C) lasers que emitem fótons com maior energia apresentam 
maior penetração nos tecidos.
(D) o laser que emite luz verde penetra mais nos tecidos que 
o laser que emite luz vermelha.
(E) os lasers que emitem luzes verde e vermelha têm a mes-
ma capacidade de penetração nos tecidos.
QUESTÃO 40 
Um carregador de celular, com especificações técnicas de 
saída de 5W/5V, é utilizado para carregar uma bateria cuja 
carga total é de 3 000 mA · h. Considerando que a bateria 
estava totalmente descarregada quando foi ligada ao car-
regador, que a quantidade total de cargas que atravessam 
o circuito elétrico do carregador é equivalente à carga total 
recebida pela bateria e que a potência elétrica dissipada 
pelo carregador e pela bateria são desprezíveis, o número 
de horas que levou para que a bateria ficasse totalmente 
carregada foi de
(A) 15.
(B) 1.
(C) 5.
(D) 3.
(E) 2.
QUESTÃO 38 
O desenho representa um esquema simplificado do funcio-
namento de um farol automotivo, com uma lâmpada situada 
entre dois espelhos esféricos côncavos, A e B. Os raios de 
luz produzidos por essa lâmpada são refletidos frontalmente 
pelos faróis, aumentando, dessa forma, a visibilidade de ob-
jetos durante a noite.
(https://physics.stackexchange.com. Adaptado.)
Considere que os espelhos A e B satisfaçam as condições de 
nitidez de Gauss e que o filamento da lâmpada esteja sobre 
o eixo principal dos dois espelhos. Para que os raios de luz 
sejam refletidos como mostra a figura, a lâmpada deve ser 
posicionada
(A) no centro de curvatura do espelho A e no foco do 
espelho B.
(B) no vértice do espelho A e no foco do espelho B.
(C) nos centros de curvatura dos espelhos A e B.
(D) nos focos dos espelhos A e B.
(E) no foco do espelho A e no centro de curvatura do 
espelho B.
14FDEC2001| 002-Prova-II
RedAçãO
TexTo 1
Em 2016, o Brasil foi considerado livre do vírus do sarampo pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). 
No e ntanto, o fato de que a doença havia saído de circulação fez com que muitas pessoas baixassem a guarda e deixassem 
de se vacinar. Além disso, movimentos contra a vacina em conjunto com a disseminação de boatos e notícias falsas contri-
buíram para a retomada do sarampo. Em abril de 2019, ao ultrapassar as 10 mil notificações de casos de sarampo, o país 
perdeu a certificação da Opas que reconhecia a erradicação da doença. 
(Camilo Rocha. “O retorno do sarampo à cidade de São Paulo”. www.nexojornal.com.br, 07.07.2019. Adaptado.)
TexTo 2
Em relatório anual sobre os dez maiores riscos à saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu em 2019 a “he-
sitação em se vacinar”. Essa ideia da imunização como questão individual de opinião está no centro do debate sobre a queda 
na vacinação no Brasil.
Quem não se vacina pode se manter saudável, dependendo do rumo que a vida tomar. Mas especialistas alertam que, 
se essa pessoa entrar em contato com o vírus e adoecer, pela falta de imunização, existe, além do risco pessoal, o perigo 
de contágio de outras pessoas que não tomaram a vacina por contraindicação. “É o caso de grávidas, bebês que ainda não 
alcançaram a idade indicada, pessoas em tratamento contra o câncer etc. Quando a cobertura contra o vírus começa a cair 
em uma população, a proteção cai junto. Vacinar é também um pacto social”, explicou a médica pediatra Carolina Barbieri, 
docente da Universidade Católica de Santos. A antropóloga Marcia Couto completou: “Embora a cultura da vacinação persista 
no país, ao longo do tempo acostumou-se a responsabilizar as famílias pela vacinação. É como se a vacinação fosse um ato 
individual, quando na verdade é um projeto de saúde pública”.
(Elisa Martins. “A nova Revolta da Vacina”. https://epoca.globo.com, 20.09.2019. Adaptado.)
TexTo 3
Europa, Estados Unidos e, aos poucos, Brasil, precisam lidar com um problema: pais que se recusam a vacinar as crian-
ças. A escolha, aparentemente individual, afeta todo mundo: a lógica da vacina é que imunizar uma população impede que o 
vírus se propague, portanto, quanto mais pessoas vulneráveis, mais chances o agente invasor tem de causar doenças.
Conforme o médico Guido Levi, ex-vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, escreve no livro Recusa de 
Vacinas: causas e consequências, entre as ações pregadas pelo movimento antivacina estão retardar o início da vacinação 
até que o sistema imune esteja mais maduro, separar as vacinas para absorver o remédio isoladamente (não em uma única 
dose) e aumentar o tempo entre as imunizações.
Mas se antes o movimento antivacina era encampado por religiosos ou conspiradores contra a indústria farmacêutica, hoje 
ele está cada vez mais “natureba”. O esforço agora também é contra a “artificialidade” da vacina, que desregularia o sistema 
imunológico da criança a partir de um remédio não natural (na verdade, a vacina é feita com agentes encontrados na nature-
za). “Isso é um mito. O sistema imunológico é capaz e deve ser estimulado com a vacina para proteger a criança. Só porque 
a doença não existe mais no país você não vai vacinar? Ainda há doenças que existem em outros países, como a pólio ou o 
sarampo”, diz Carla Domingues, coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
Questionamentos dessa ordem acontecem em um contexto no qual a medicina avança e a população não convive mais 
com a doença. Para Lessandra Michelin, coordenadora do comitê de imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia, “as 
pessoas falam contra a vacina porque não têm mais contatocom essas doenças, não viram seus efeitos”.
O medo das autoridades é que comecemos a voltar séculos atrás, quando doenças relativamente simples causavam mi-
lhares de mortes. “O desenvolvimento das vacinas, no século XX, foi um dos grandes avanços da medicina, junto com antibi-
óticos. Ela é de extrema importância para todos e traz benefícios não só para a criança vacinada, mas para todos que entram 
em contato com ela”, ressalta Luciana Rodrigues Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria.
(Marcel Hartmann. “Conheça a origem do movimento antivacina”. www.estadao.com.br, 06.09.2016. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empre-
gando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Movimento antivacina: entre a questão individual e a política pública
FDEC2001 
 
Vestibular de Medicina 
1o Semestre de 2021 
04.01.2021 
002. PROVA II 
VERSÃO 1 
1 - B 2 - C 3 - A 4 - A 5 - C 6 - E 7 - D 8 - D 9 - B 10 - E 
11 - A 12 - C 13 - D 14 - B 15 - E 16 - D 17 - A 18 - B 19 - C 20 - E 
21 - D 22 - A 23 - A 24 - B 25 - D 26 - B 27 - C 28 - E 29 - D 30 - B 
31 - B 32 - A 33 - C 34 - E 35 - D 36 - C 37 - A 38 - A 39 - B 40 - D 
 
	FDEC2001 - Unifadra - 1 Sem 2021 - Caderno de questões.pdf (p.1-16)
	FDEC2001 - Unifadra - 1 Sem 2021 - Gabarito.pdf (p.17)