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Eunilde Andressa TGO E TGP 1°. Discorra sobre as enzimas TGO (transaminase glutâmica oxalacética/ AST – aspartato amino transferase) e TGP (transaminase glutâmico-pirúvica/ ALT - alanina aminotransferase): R= TGO e TGP, também conhecidas como transaminases, são enzimas normalmente dosadas com o objetivo de avaliar a saúde do fígado. O TGO, conhecido como transaminase oxalacética ou AST (aspartato aminotransferase) é produzido em vários tecidos, como coração, músculos e fígado, estando localizado no interior das células hepáticas. Assim, quando há aumento nos níveis apenas de TGO, é comum que esteja relacionado com outra situação que não seja com o fígado, isso porque no caso de lesões hepáticas é preciso que a lesão seja mais extensa de forma que as células do fígado se rompam e leve à liberação de TGO no sangue. Por outro lado, o TGP, conhecido como transaminase pirúvica ou ALT (alanina aminotransferase), é produzido exclusivamente no fígado e, por isso, quando há qualquer alteração nesse órgão, é verificado aumento na quantidade circulante no sangue. 2°. Discorra sobre as enzimas Fosfatase Alcalina e Gama GT e diga o que ocorre com suas taxas quando há ingestão de bebidas alcoólicas: R= A fosfatase alcalina é uma enzima encontrada em diversos tecidos do corpo, incluindo fígado, ossos, rins, intestino e placenta, mas as maiores concentrações de fosfatase alcalina estão no fígado e ossos. O exame de fosfatase alcalina mede os níveis dessa enzima no sangue. A gamaglutamiltransferase (GGT ou Gama GT) é uma enzima que se encontra em diversos órgãos do corpo, como rim, fígado, vesícula biliar, baço e pâncreas. Entre esses, o fígado é a principal fonte de GGT no sangue. O exame de gama GT mede as quantidades dessa enzima no sangue e avalia a função hepática. A elevação na fosfatase alcalina e na Gama GT indica que algo está produzindo lesão no fígado, mas sem especificar a causa. Em geral, quanto maior a dosagem, maior é a lesão produzida. Níveis elevados podem ser provocados por doença hepática, mas há outras causas possíveis como insuficiência cardíaca congestiva e consumo de álcool. https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18546-fosfatase-alcalina-sangue https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18546-fosfatase-alcalina-sangue https://labtestsonline.org.br/understanding/conditions/liver-disease https://labtestsonline.org.br/understanding/conditions/chf Eunilde Andressa 3°. Mediante um paciente com cirrose, descreva os exames necessários para sua etiologia e para as complicações: a) Etiologia (investigação): A anamnese, exames complementares como Aminotransferases (AST/TGO e ALT/TGP), a Fosfatase Alcalina (FA), a Gama Glutamiltransferase (GGT), a Bilirrubina, a Albumina e o Tempo de Protrombina (TP). b) Complicações: Exames de imagem, tais como Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e Biópsia hepática. 4°. Qual o diagnóstico? R= Hepatite B. a) HbsAg +, antiHbc -, antiHbs – R= Infecção crônica da hepatite B, isto é, que a infecção aconteceu há mais de seis meses. b) HbsAg +, antiHbc IgM +, antiHbs – R= Infecção aguda da hepatite B, isto é, que pode ter acontecido há menos de seis meses. . c) HbsAg -, antiHbc IgM +, antiHbs – R= Fase aguda final da hepatite B. d) HbsAg -, antiHbc IgM +, antiHbs +– R= Fase aguda final da hepatite B. e) HbsAg -, antiHbc IgG +, antiHbs + R= Imunidade por contato prévio com o vírus da hepatite B. f) HbsAg -, antiHbc IgG +, antiHbs – R= Infecção passada que caracteriza o contato prévio com o vírus da hepatite B. g) HbsAg +, antiHbc IgG +, antiHbs -, HbeAg + Eunilde Andressa R= Replicação viral. Isso significa que a pessoa infectada com hepatite B provavelmente pode transmitir o vírus para outra pessoa. h) HbsAg +, antiHbc IgG +, antiHbs -, HbeAg – R= Infecção crônica da hepatite B. i) HbsAg +, antiHbc IgG +, antiHbs -, HbeAg – com transaminases elevadas R= Infecção crônica da hepatite B. Necessita de acompanhamento com um médico especializado devido ao risco de desenvolver cirrose ou câncer de fígado. j) HbsAg -, antiHbc -, antiHbs + - R= Indica que a pessoa não tem hepatite B, mas que também não apresenta imunidade, devendo imediatamente ser vacinado com as três doses da vacina para prevenir a hepatite B. 5°. Analise as situações abaixo e sugira o diagnóstico ou uma possível alternativa diagnóstica: a) Paciente com aumento isolado de AST: R= Não se pode afirmar falha na função hepática, já que se origina também em outros órgãos. Entretanto, pode mostrar-se alterada em lesões hepáticas crônicas ou danos na mitocôndria, e normalmente quando há alto consumo de bebida alcóolica. b) Paciente com aumento isolado de ALT: R= Origina-se predominantemente no fígado e pouco no músculo estriado, o que torna o seu aumento mais específico de lesão hepática. c) Paciente com aumento de AST e ALT (>5-10X LSN): R= Lesões agudas (hepatites virais, hepatites medicamentosas, hepatite autoimune). d) Paciente com aumento de ALT/AST: R= Hepatites virais e agudas e casos isquêmicos. Eunilde Andressa e) Paciente com aumento de AST/ALT: R= crônicas virais, hepatites autoimunes, esteato-hepatite. f) Paciente com aumento isolado de FA: R= O aumento isolado de FA não indica alteração hepática. Em adolescentes, pode aparecer aumentada devido ao crescimento, e em idosos pode indicar doença óssea. Aparece alterada também no terceiro trimestre de gestação e na menopausa. Sendo assim, o aumento isolado de FA não é considerado doença hepática, e deve-se avaliar a fração óssea. g) Paciente com aumento isolado de GGT: R= O aumento isolado de GGT deve ser esclarecido por exames complementares, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, para evidenciar hepatocarcinoma ou metástase. Caso os exames complementares estejam normais, avalia-se álcool, drogas e outras causas. Embora não seja específica do fígado, aparece alterada em 90% dos portadores de doença hepatobiliar, sendo então um bom marcador não somente de câncer. h) Paciente com aumento de FA e GGT: R= As doenças do fígado que se apresentam com elevação significativa e persistente de FA e GGT são chamadas colestáticas. Entre elas, destacam-se a colangite biliar primária e a colangite esclerosante primária. A primeira, uma doença de natureza imunológica que prevalece em mulheres de meia idade e a segunda, uma doença de causa incerta, mais comum no sexo masculino e frequentemente associada às doenças inflamatórias intestinais. A obstrução dos canais biliares por cálculos, tumores e estreitamentos (estenoses) também se apresenta com elevação de FA/GGT. 6°. Explique o que é TTGO: R= A prova de tolerância à glicose oral (PTGO), ou teste de tolerância à glicose (TTG) ou ainda teste oral de tolerância à glicose (TOTG); é um exame laboratorial que é geralmente utilizado para realizar o diagnóstico de pré-diabetes, diabetes, resistência à insulina ou disfunção de células beta do pâncreas. Além disso, também pode ser utilizada para diagnóstico de acromegalia e hipoglicemia reativa. Eunilde Andressa 7°. Que informações adicionais à análise de insulina realizada com as amostras de TTGO podem fornecer? R= Os critérios para a interpretação da TTGO variaram amplamente no passado. Esta situação decorre da ausência de uma divisão bem definida entre diabéticos e não-diabéticos, de variações na metodologia e no ajustamento para as numerosas condições passíveis de afetar o TTG em relação ao diabetes melito idiopático. 8 °. O que é Hb glicosilada ou glicada? R= A hemoglobina (Hb) é uma proteína normalmente presente nas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), cuja função é transportar oxigênio para os tecidos. Hemoglobina glicosilada ou glicada (HbA1c) é a fração da hemoglobina quese liga à glicose que ela incorpora a partir do sangue. 9°. Com base nos valores de glicemia como diferenciar intolerância à glicose e diabetes? R= A intolerância à glicose, é uma condição em que a insulina produzida pelo pâncreas não consegue controlar adequadamente os níveis de açúcar no sangue. Nem sempre é fácil detectar o problema, pois seus sintomas estão, muitas vezes, presentes em outras doenças. Porém, é muito importante ter conhecimento da condição a fim de fazer uma adaptação na alimentação, evitando, assim, o desenvolvimento de outros males, como a hipoglicemia, por exemplo. Já a diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto, em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia. 10°. Quais os exames solicitados para Diagnóstico, Monitoramento e complicações do Diabetes? R= Para o diagnóstico é usado glicemia de jejum e glicemia pós-prandial (TTGO). Já o monitoramento é feito com exames para detectar glicosúria, hemoglobina glicada e fructosamina. As complicações são detectadas pela presença de acidez sanguínea, Albuminuria e Creatinina. Eunilde Andressa 11°. O que analisa os exames de transferrina e ferritina? R= A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado, responsável pelo armazenamento do ferro no organismo. Assim, o exame de ferritina séria é feito com o objetivo de verificar a falta ou excesso de ferro no organismo. 12°. A Sociedade Brasileira de Cardiologia, através do documento: “Recomendações para o Exame do Perfil Lipídico para Clínicos e Laboratórios”, traz instruções para minimizar as variações pré-analíticas do perfil lipídico, composto de colesterol total (CT), triglicérides (TG), HDL-colesterol (HDL-C) e LDL-colesterol (LDL-C). Sobre as recomendações para a realização desses exames, é correto afirmar: a) O indivíduo deve iniciar uma dieta hipercalórica pelo menos duas semanas antes que seus lipídeos ou lipoproteínas sejam quantificados. b) Para a determinação isolada do colesterol total, não é necessário período de jejum. c) Para tentar minimizar o efeito da variabilidade analítica, as dosagens devem ser realizadas em diferentes laboratórios. d) Episódios de infarto agudo do miocárdio (IAM) ou acidente vascular cerebral (AVC) inviabilizam a interpretação do perfil lipídico. e) Durante a gestação, os valores lipídicos não são alterados. 13°. Discorra sobre risco de Doença Arterial Coronária: R= As variáveis relativas aos fatores de risco para DAC incluem: IMC, raça, histórico pessoal de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM), prática de atividade física e padrão de sono, prevalência de estresse e tabagismo. 14°. Discorra sobre colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), HDL-colesterol (HDL-C) e LDL-colesterol (LDL-C): R= O exame de colesterol total (CT), também chamado de lipidograma, mostra os níveis de colesterol e triglicérides na corrente sanguínea. Este exame de sangue ajuda a determinar o risco de obstrução das artérias por formação de placas de gordura (aterosclerose). Os triglicerídeos (TG) são as principais gorduras do nosso organismo. Estão presentes em vários alimentos, especialmente nos alimentos ricos em carboidratos, mas a maior parte que circula no sangue costuma ser produzida pelo nosso próprio organismo, através do fígado. Os Eunilde Andressa triglicerídeos podem ser encontrados na corrente sanguínea de forma livre ou através do colesterol, o VLDL. A sigla LDL vem de low density lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade. O que ela faz é carregar as partículas de colesterol do fígado e de outros locais para as artérias. Ou seja, se anda em excesso na circulação, ela provoca um acúmulo nos vasos que pode, com o tempo, entupi-los ou formar trombos. Esse é o estopim para o infarto e o acidente vascular cerebral. O termo HDL vem de high density lipoprotein, ou lipoproteína de alta densidade, em português. E essa molécula tem uma ação contrária à do LDL. Como um faxineiro, o HDL remove o colesterol das artérias e os leva de volta para o fígado, impedindo seu acúmulo. Daí porque é desejável mantê-lo em alta. 15 °. Considere a afirmativa: Há uma relação direta entre as taxas de colesterol no sangue e a incidência de ateromas, tromboses e infartos. Marque a opção que apresenta conclusão correta acerca desta afirmativa. (A) Concentrações de HDL e LDL não possuem importância na avaliação da predisposição para o infarto. (B) Alta concentração de HDL e baixa de LDL significam pequeno risco de infarto. (C) Alta concentração de LDL e baixa de HDL significam menor risco de infarto. (D) O aumento das taxas de colesterol depende somente da alimentação e não é influenciado por fatores genéticos, estresse, fumo e diminuição da atividade física. (E) A afirmativa é incorreta, pois não há provas significativas que correlacionem os níveis de colesterol com a incidência de tromboses e infartos. 16°. O que é perfil lipídico e como ele se apresentaria em caso de risco a Doença Arterial Coronária? R= O perfil lipídico é definido pelas determinações do colesterol total CT), triglicerídeos (TG), HDL-colesterol (HDL-C) e cálculo do LDL-colesterol (LDL-C), utilizando-se a formula de Friedewald. Esta formula não deve ser empregada com valores acima de 400 md/dl. O risco da DAC aumenta significativamente e progressivamente a partir dos valores limítrofes do CT e do LDL-C. No caso do HDL-C o risco aumenta de acordo que os valores diminuem. Eunilde Andressa 17°. Discorra sobre os Sistema Bethesda, Papanicolau e NIC: R= O sistema de Bethesda foi criado em 1988 com o objetivo de ser um sistema representativo, com informações clinicamente relevantes, uniformes e reprodutíveis entre diferentes patologistas, assim como com significado relevante para o clínico, de forma a refletir uma melhor compreensão da neoplasia. É a nomenclatura mais utilizada para classificar as anomalias do epitélio pavimentoso assim como do epitélio glandular. As anomalias do epitélio pavimentoso cervico-vaginal pela classificação de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) podem ser categorizadas em: anomalias celulares de significado indeterminado (ASC-US), lesão intraepitelial de baixo grau (low grade intraepithelial lesion – LSIL), lesão intraepitelial de alto grau (high grade intraepithelial lesion – HSIL) e carcinoma invasivo. As anomalias do epitélio glandular podem ser categorizadas em: células glandulares atípicas de significado indeterminado (AGC), adenocarcinoma endocervical in-situ (AIS), adenocarcinoma endocervical, adenocarcinoma endometrial e adenocarcinoma. O Papanicolau, também conhecido por preventivo, é um exame ginecológico que serve para detectar alterações e doenças no colo do útero, como inflamações, HPV e câncer. Para fazer o exame do Papanicolau, o ginecologista passa uma escova especial no colo do útero da mulher, retirando uma pequena amostra de células que será avaliada no laboratório. Este exame não dói, mas a mulher pode sentir um pequeno desconforto ou pressão no interior da vagina enquanto o médico faz a raspagem das células do útero. Classes: Classe I: o colo do útero está normal e saudável; Classe II: presença de alterações benignas nas células, que normalmente são causadas por inflamação vaginal; Classe III: inclui NIC 1, 2 ou 3 ou LSIL, o que significa que existem alterações nas células do colo do útero e o médico poderá prescrever novos exames para procurar acausa do problema, que pode ser o HPV; Classe IV: NIC 3 ou HSIL, que indicam um provável início do câncer de colo de útero; Classe V: presença de câncer de colo de útero; Amostra insatisfatória: o material colhido não foi adequado e o exame não pode ser realizado. 18°. Compare os três sistemas quanto ao início carcinoma: Eunilde Andressa R= A American Joint Committee on Cancer (AJCC) e a União Internacional de Controle do Câncer (UICC) utilizam o sistema de classificação TNM como uma ferramenta para os médicos estadiarem diferentes tipos de câncer com base em determinadas normas. Ele é atualizado a cada 6 a 8 anos para incluir os avanços na compreensão de uma doença como o câncer. No sistema TNM, a cada tipo de câncer é atribuída uma letra ou número para descrever o tumor, linfonodos e metástases. • T para o tumor primário. • N para linfonodos. O câncer que se disseminou para os linfonodos próximos. • M para metástase. O câncer que se disseminou para partes distantes do organismo. 19°. Diferencie displasia, anaplasia, metaplasia, carcinoma in situ e carcinoma invasivo: R= A displasia é caracterizada por um crescimento anormal de células do corpo. Vistas em um microscópio, essas células chegam a apresentar uma alteração em sua forma. Além disso, em muitas situações, a displasia pode ser uma lesão pré-cancerígena. A anaplasia é um processo no qual as células perdem suas características de especialização, assumindo características semelhantes às das células embrionárias. Muitas células tumorais podem apresentar essa perda de diferenciação, organização e função específica das células normais. O carcinoma in situ ou câncer não invasivo, é o primeiro estágio em que o câncer não originário das células do sangue pode ser classificado. Nesse estágio, as células cancerosas estão somente na camada da qual elas se desenvolveram e ainda não se espalharam para outras camadas do órgão de origem. O carcinoma invasivo é caracterizado quando a doença já ultrapassou a membrana basal e dessa forma tornou-se invasivo ou infiltrativo. Nesse estágio, o câncer pode causar metástase a distância, atingindo outros órgãos que inicialmente não seriam afetados.
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