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Discente : Lu ísa Bombassaro 9º semestre - MEDICINA UFR INTERNATO EM CIRURGIA GERAL I TRAUMA VASCULAR Anatomia vascular Anatomia vascular Anatomia vascular Mecanismos do trauma Membros M E C A N IS M O D O T R A U M A Abdome Tórax Pescoço M E C A N IS M O D O T R A U M A M E C A N IS M O D O T R A U M A pseudoaneurisma Quadro clínico e exame físico ABCDE Avaliação primária: Intervenções iniciais: compressão manual local, TORNIQUETE*, aquecimento do membro, controle de choque hemorrágico. Avaliação secundária: História - mecanismo, tempo, sangramento no local do trauma, etc. Exame físico - inspeção; avaliação sensorial e motora; exame dos pulsos das extremidades; presença de hematoma, sopro ou frêmito; avaliar pressão de punhos e tornozelos (diferença > 10mmHg entre os membros = lesão vascular) Sinais maiores: intervenção imediata Sangramento pulsátil Hematoma em expansão Frêmito palpável ou sopro audível Índice de pressão arterial < 0,9 Evidência de isquemia da extremidade 6 p's: palidez, parestesia, paralisia, pain (dor), pulselessness (ausência de pulso), poiquilotermia. Sinais menores: avaliação por imagem Histórico de hemorragia moderada; Fratura de alto risco, luxação ou penetração na proximidade da ferida; Pulsos diminuídos, mas palpáveis; Déficit de nervo periférico na proximidade de grande vaso; Feridas no pescoço ou extremidades + choque hemorrágico não explicado Diagnóstico Sinais maiores -> exploração cirúrgica Sinais menores -> avaliação por imagem Arteriografia* (diagnóstica e terapêutica); Flebografia Angio TC (não invasiva) Eco-doppler (acompanhamento de lesões já tratadas ou ferimentos com tratamento não operatórios) Arteriografia por cateter demonstrando uma oclusão aguda da artéria poplítea direita secundária a trauma contuso com fratura associada do platô tibial. AngioTC demonstrando pseudoaneurisma na femoral profunda direita AngioTC com reconstrução 3D demonstrando pseudoaneurisma na femoral profunda direita AP A P Traumatismos específicos Pescoço: Exemplos: Hiperextensão: distensão da artéria carótida + dissecção. Hiperflexão: compressão da artéria carótida interna + trombose arterial. Oclusão completa das carótidas comum e interna = pode causar hemiplegia -> reconstrução; Trauma de carótida externa - passível de ligação; Trauma de veia jugular interna - prefere-se a reconstrução; Trauma de veia jugular externa: passível de ligação. Geralmente são lesões fatais - 10% chegam vivos; A maioria dos ferimentos por trauma penetrante; Rotura traumática da aorta quando tamponada - alargamento do mediastino no RX de tórax; Relações comuns entre costelas e trauma vascular: Fratura de costelas superiores(1ª a 3ª)- comum ter lesão de grandes vasos como rotura traumática de aorta; Fratura de costelas intermediarias - hemopneumotórax Fratura de costelas inferiores (abaixo da 9ª): lesões de baço ou fígado. Tórax: Aumento na largura do mediastino superior; Ausência de contorno normal do lado esquerdo da aorta -> indica hematoma mediastinal; Local mais comum: aorta descendente proximal no istmo; As rupturas podem ser: Lesão de aorta torácica: Tórax: Abdome: Zonas vasculares retroperitoneais Hematoma retroperitoneal: Zona 1: explorar cirurgicamente pela manobra de Kocher. Zona 2: Explorar os hematomas expansivos ou pulsáteis com as manobras de Cattell e de Mattox; Zona 3: não devem ser abordadas cirurgicamente, devem ser conduzidas com arteriografias diagnóstica e terapêutica. Luxação contusa posterior do ombro + estiramento do plexo braquial: laceração e trombose da artéria axilar + ausência de pulsos no punho. Fratura supracondilar do úmero: oclusão da artéria braquial distal e isquemia do antebraço. Alta taxa de associação com lesão nervosa - 40 a 50% Amputação: lesão arterial no antebraço (radial e ulnar). Extremidade superior: Luxação posterior do joelho: lesão musculoesquelética mais comum associada com trauma vascular. Fratura distal de fêmur: lesão da artéria femoral superficial. Luxação posterior do platô tibial: estiramento e rompimento da artéria poplítea = trombose e isquemia distal. Extremidade inferior: Extremidade inferior: Fratura do platô tibial: síndrome compartimental na panturrilha Todas as fraturas abaixo do joelho: suspeita de síndrome compartimental. Amputação: artéria poplítea. Síndrome compartimental: Pode se manifestar imediatamente ou até 12/24 hrs depois; Pode acontecer em MMII e MMSS. Diagnóstico deve ser suspeitado em qualquer paciente que reclame de dor crescente após o trauma; Primeira constatação clínica: perda da sensibilidade ao toque suave; Sinais físicos: aumento da tensão no compartimento afetado, dor à movimentação passiva, perda progressiva da sensibilidade e fraqueza; Desaparecimento dos pulsos arteriais: achado tardio e usualmente indica mau prognóstico. Pressão normal do compartimento é de 0 a 9 mmHg. Se > 25mmHg = fasciotomia. Síndrome compartimental: Fasciotomia: indicação mais comum -> síndrome compartimental da panturrilha. Abordagem terapêutica Lesão vascular mínima e tratamento não operatório Irregularidade da íntima; Pequenos retalhos não oclusivos da camada íntima; Espasmo focal com estenose mínima; Pequenos pseudoaneurismas. Detectar progressão, oclusão ou hemorragia subsequente. vigilância contínua Tratamento cirúrgicos Tratamento endovascular Arteriografia demonstrando o pseudoaneurisma. Endoprótese implantada Tomografia no nível da endoprótese aórtica no segmento médio do tronco (reconstrução VTR) Tratamento cirúrgicos Técnicas cirúrgicas: Ferimento pequeno: rafia arterial simples (fios absorvíveis) Ferimento grosseiro (arma de fogo): ressecção do segmento com anastomose terminoterminal; Anastomose inviável: interposição com enxerto Autólogo: veia safena invertida Sintético: Dacron ou PTFE Controle de danos: shunts intraluminais (temporário - até 6 hrs) Tratamento cirúrgicos Shunt vascular temporário esternocleidomastoideo jugular carótidda Tratamento cirúrgicos Anastomose terminoterminal Tratamento cirúrgicos Enxerto Tratamento cirúrgicos Amputação imediata: Considerar se pacientes com lesão extensa de tecido mole, ósseo e neurovascular com ferimentos de tronco potencialmente fatais. SEMPRE documentar com fotos antes da amputação imediata. Acompanhamento Principais complicações: dilatação aneurismática ou estenose segmentar dos enxertos de veia; insuficiência venosa em veia que foi ligada; trombose de um pseudoaneurisma; fístula arteriovenosa. Exame dos pulsos e diagnóstico não invasivo por imagem: regularmente. Diagnóstico por imagem com ângio-TC ou angiografia com cateter: realizar se suspeita de complicação. Enxertos sintéticos: orientar sobre a necessidade de profilaxia com antibióticos durante procedimentos dentários ou invasivos subsequentes. Questões (UFES 2018) No trauma vascular, existem sinais e sintomas maiores e menores que sugerem lesão vascular aguda. Assinale a alternativa que contém apenas sinais/sintomas maiores de lesão vascular aguda: a) Sangramento pulsátil; frêmito; déficit neurológico periférico; ferimento proximal com choque inexplicável b)Ausência de pulso; frialdade; história de hemorragia moderada; fratura de ossos longos com deslocamento no trajeto vascular c) Parestesia; dor; hematoma em expansão; ausência de pulsos d) Sangramento pulsátil; frêmito; hematoma em expansão; pulso diminuído (UFES 2018) No trauma vascular, existem sinais e sintomas maiores e menores que sugerem lesão vascular aguda. Assinale a alternativa que contém apenas sinais/sintomas maiores de lesão vascular aguda: a) Sangramento pulsátil; frêmito; déficit neurológico periférico; ferimento proximal com choque inexplicável b)Ausência de pulso; frialdade; história de hemorragia moderada; fratura de ossos longos com deslocamento no trajeto vascular c) Parestesia; dor; hematoma em expansão; ausência de pulsos d) Sangramentopulsátil; frêmito; hematoma em expansão; pulso diminuído (UFRN 2019) Paciente de 22 anos, vítima de ferimento por arma branca no terço médio da coxa, há duas horas, apresenta ao exame físico pulso de 120 bpm, PA: 100x70 mmHg, palidez, hipotermia e cianose fixa do membro acometido. Além disso, apresenta pulso femoral palpável e ausência de pulso poplíteo e pulsos distais. Nesse caso a melhor conduta é: a) Arteriografia para descartar lesão arterial; b) Cirurgia aberta ou endovascular imediata; d) Heparinização sistêmica e aquecimento do membro; c) Antiagregante plaquetário e elevação do membro. (UFRN 2019) Paciente de 22 anos, vítima de ferimento por arma branca no terço médio da coxa, há duas horas, apresenta ao exame físico pulso de 120 bpm, PA: 100x70 mmHg, palidez, hipotermia e cianose fixa do membro acometido. Além disso, apresenta pulso femoral palpável e ausência de pulso poplíteo e pulsos distais. Nesse caso a melhor conduta é: a) Arteriografia para descartar lesão arterial; b) Cirurgia aberta ou endovascular imediata; d) Heparinização sistêmica e aquecimento do membro; c) Antiagregante plaquetário e elevação do membro. Rich Trauma Vascular / Todd E. Rasmussen, Nigel R. M. Tai; tradução Alexandre M. Midão. - 3. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2017. Rutherford : cirurgia vascular / Jack L. Cronenwett, K. Wayne Johnston. - 8. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. Sabiston tratado de cirurgia : a base biológica da prática cirúrgica moderna / Courtney M. Townsend ... [et al.] ; tradução GEA ; [colaboração Cary B. Aarons ... [et al.]]. - 20. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. 1. 2. 3. REFERÊNCIAS:
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