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APG 18 - Sistema Imune

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1 
 
 @jumorbeck 
 
↠ O termo imunidade é derivado da palavra latina 
imunitas, a qual se refere à proteção contra processos 
legais oferecida aos senadores romanos durante seus 
mandatos. Historicamente, imunidade significa proteção 
contra doença e, mais especificamente, doença infecciosa. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
↠ As células e moléculas responsáveis pela imunidade 
constituem o sistema imune, e sua resposta coletiva e 
coordenada à entrada de substâncias estranhas é 
denominada resposta imune. (ABBAS, 9ª ed.) 
A função fisiológica do sistema imune é a defesa contra 
microrganismos infecciosos; entretanto, mesmo substâncias estranhas 
não infecciosas e produtos de células danificadas podem elicitar 
respostas imunes. Além disso, os mecanismos que normalmente 
protegem os indivíduos contra uma infecção e eliminam substâncias 
estranhas também são capazes de causar lesão tecidual e doença em 
algumas situações. (ABBAS, 9ª ed.) 
Moléculas próprias podem elicitar respostas imunes (as chamadas 
doenças autoimunes). (ABBAS, 9ª ed.) 
IMUNIDADE INATA X IMUNIDADE ADAPTATIVA 
↠ A defesa contra microrganismos é mediada por 
respostas sequenciais e coordenadas que são 
denominadas imunidade inata e adaptativa. (ABBAS, 9ª ed.) 
 
IMUNIDADE INATA 
↠ A imunidade inata (também chamada de imunidade 
natural ou imunidade nativa) é essencial para a defesa 
contra microrganismos nas primeiras horas ou dias após 
a infecção, antes que as respostas imunes adaptativas 
tenham se desenvolvido. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A imunidade inata é mediada por mecanismos que já 
existem antes da ocorrência de uma infeção (por isso 
inata) e que facilitam rápidas respostas contra 
microrganismos invasores. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A imunidade inata, há outras respostas imunes que são 
estimuladas pela exposição a agentes infecciosos e que 
aumentam em magnitude e capacidades defensivas após 
cada exposição sucessiva a um microrganismo em 
particular. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Os principais componentes da imunidade inata são: 
(ABBAS, 9ª ed.) 
➢ barreiras físicas e químicas, tais como os epitélios 
e os agentes antimicrobianos produzidos nas 
superfícies epiteliais; 
➢ células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), 
células dendríticas (DCs, do inglês, dendritic cells), 
mastócitos, células natural killer (células NK) e 
outras células linfoides inatas; 
➢ proteínas sanguíneas, incluindo componentes do 
sistema complemento e outros mediadores da 
inflamação 
↠ Muitas células da imunidade inata, tais como 
macrófagos, DCs e mastócitos, estão sempre presentes 
na maioria dos tecidos, onde atuam como sentinelas em 
busca de microrganismos invasores. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A resposta imune inata combate microrganismos por 
meio de duas reações principais: (ABBAS, 9ª ed.) 
 INATA ADAPTATIVA 
CARACTERÍSTICAS 
ESPECIFICIDADE Para moléculas 
compartilhadas por 
grupos de 
microrganismos 
relacionados e 
moléculas produzidas 
por células lesadas do 
hospedeiro. 
Para antígenos 
microbianos e não 
microbianos. 
DIVERSIDADE Limitada, 
reconhecimento de 
moléculas codificadas 
por genes herdados. 
Muito ampla, genes 
dos receptores são 
formados por 
recombinação 
somática de 
segmentos gênicos 
nos linfócitos. 
MEMÓRIA Nenhuma ou limitada Sim 
NÃO REATIVIDADE 
AO PRÓPRIO 
Sim Sim 
COMPONENTES 
BARREIRAS 
CELULARES E 
QUÍMICAS 
Pele, epitélios de 
mucosa; moléculas 
antimicrobianas. 
Linfócitos nos 
epitélios; anticorpos 
secretados nas 
superfícies epiteliais. 
PROTEÍNAS 
SANGUÍNEAS 
Complemento, várias 
lectinas e aglutininas. 
Anticorpos 
CÉLULAS Fagócitos 
(macrófagos, 
neutrófilos), células 
dendríticas, células 
natural killer, 
mastócitos, células 
linfoides inata. 
Linfócitos 
2 
 
 @jumorbeck 
 
➢ pelo recrutamento de fagócitos e outros 
leucócitos que destroem os microrganismos, no 
processo chamado inflamação; 
➢ pelo bloqueio da replicação viral ou pelo killing 
de células infectadas por vírus, sem a 
necessidade de uma reação inflamatória. 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
↠ Uma vez que a imunidade inata se desenvolve em 
resposta à infecção e a ela se adapta, é denominada 
imunidade adaptativa (também chamada imunidade 
específica ou imunidade adquirida). (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ O sistema imune adaptativo reconhece e reage a um 
grande número de substâncias microbianas e não 
microbianas chamadas antígenos. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A resposta imune adaptativa é mediada por células 
chamadas linfócitos e seus produtos. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Os linfócitos expressam receptores altamente diversos 
que são capazes de reconhecer um vasto número de 
antígenos. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Há duas populações principais de linfócitos, 
denominadas linfócitos B e linfócitos T, os quais medeiam 
diferentes tipos de respostas imunes adaptativas. (ABBAS, 
9ª ed.) 
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS RESPOSTAS IMUNES 
ADAPTATIVAS 
↠ As propriedades fundamentais do sistema imune 
adaptativo refletem as propriedades dos linfócitos que 
medeiam essas respostas. ABBAS, 9ª ed.) 
➢ Especificidade e diversidade: respostas imunes 
são específicas para antígenos distintos e, 
frequentemente, para diferentes porções de um 
único complexo proteico, polissacarídico ou de 
outra macromolécula. ABBAS, 9ª ed.) 
As porções de antígenos complexos especificamente reconhecidas 
por linfócitos individuais são denominadas determinantes ou epítopos. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
Seleção Clonal: clones de linfócitos com diferentes especificidades 
estão presentes em indivíduos não imunizados e são capazes de 
reconhecer e responder aos antígenos estranhos. (ABBAS, 9ª ed.) 
Expansão Clonal: um antígeno introduzido se liga (seleciona) às células 
do clone antígeno-específico preexistente e as ativa. Como resultado, 
as células específicas para o antígeno proliferam para gerar milhares 
de descendentes com a mesma especificidade. (ABBAS, 9ª ed.) 
O número total de especificidades antigênicas dos linfócitos em um 
indivíduo, chamado repertório dos linfócitos, é extremamente grande. 
Estima-se que o sistema imune de um indivíduo possa 107 a 109 
discriminar a determinantes antigênicos distintos. Essa capacidade do 
repertório de linfócitos para reconhecer um grande número de 
antígenos (a chamada diversidade) é resultado da variabilidade nas 
estruturas dos sítios de ligação ao antígeno dos receptores antigênicos 
dos linfócitos. (ABBAS, 9ª ed.) 
 
➢ Memória.: a exposição do sistema imune a um 
antígeno estranho aumenta sua capacidade de 
responder novamente àquele antígeno. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
As respostas a uma segunda exposição ou exposições subsequentes 
ao mesmo antígeno, chamadas respostas imunes secundárias, são 
normalmente mais rápidas, de maior magnitude e, com frequência, 
quantitativamente diferentes da primeira resposta imune (ou primária) 
àquele antígeno. (ABBAS, 9ª ed.) 
A memória imunológica ocorre porque cada exposição a um antígeno 
gera células de memória de vida longa específicas para o antígeno. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
Duas razões pelas quais a resposta secundária é mais forte do que a 
resposta imune primária: as células de memória se acumulam e 
tornam-se mais numerosas do que os linfócitos naive específicos para 
o antígeno existentes no momento da exposição inicial ao antígeno; 
e células de memória reagem mais rápida e vigorosamente ao desafio 
antigênico do que os linfócitos naive. (ABBAS, 9ª ed.) 
➢ Não reatividade ao próprio (autotolerância).: não 
reage prejudicialmente aos antígenos do próprio 
indivíduo. ABBAS, 9ª ed.) 
A autotolerância é mantida por diversos mecanismos, que incluem: a 
eliminação de linfócitos que expressam receptores específicos para 
alguns autoantígenos, inativando os linfócitos autorreativos ou 
suprimindo essas células pela ação de outras células (reguladoras). 
(ABBAS, 9ª ed.) 
TIPOS DE RESPOSTAS IMUNES ADAPTATIVAS 
↠ Existem dois tipos de respostas imunes adaptativas, 
denominadas imunidade humoral e imunidade mediada 
por células, as quaissão induzidas por diferentes tipos de 
linfócitos e atuam para eliminar diferentes tipos de 
microrganismos. ABBAS, 9ª ed.) 
3 
 
 @jumorbeck 
 
 
IMUNIDADE HUMORAL 
↠ A imunidade humoral é mediada por moléculas no 
sangue e em secreções mucosas, denominadas 
anticorpos, os quais são produzidos pelos linfócitos B. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Anticorpos reconhecem antígenos microbianos, 
neutralizam a infectividade dos microrganismos e marcam 
microrganismos para sua eliminação pelos fagócitos e 
pelo sistema complemento. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A imunidade humoral é o principal mecanismo de 
defesa contra os microrganismos e suas toxinas, 
localizados fora das células (p. ex.: no lúmen dos tratos 
gastrintestinal e respiratório, e no sangue), uma vez que 
os anticorpos secretados podem se ligar a esses 
microrganismos e toxinas, neutralizando-os, além de 
auxiliar na sua eliminação. (ABBAS, 9ª ed.) 
A defesa do hospedeiro contra infecções é mediada por substâncias 
presentes nos fluidos corporais (então chamados humores). (ABBAS, 
9ª ed.) 
IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS 
↠ A imunidade mediada por células, também denominada 
imunidade celular, é mediada pelos linfócitos T. (ABBAS, 
9ª ed.) 
↠ Muitos microrganismos são ingeridos, mas sobrevivem 
dentro dos fagócitos, e alguns, particularmente os vírus, 
infectam e se replicam em diversas células do hospedeiro. 
Nesses locais, os microrganismos são inacessíveis aos 
anticorpos circulantes. A defesa contra tais infecções é 
uma função da imunidade mediada por células, a qual 
promove a destruição de microrganismos dentro dos 
fagócitos e a morte das células infectadas para eliminar os 
reservatórios da infecção. (ABBAS, 9ª ed.) 
 
IMUNIDADE ATIVA X IMUNIDADE PASSIVA 
↠ A forma de imunidade induzida pela exposição a um 
antígeno estranho é chamada imunidade ativa, porque o 
indivíduo imunizado tem papel ativo na resposta ao 
antígeno. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A imunidade também pode ser conferida a um 
indivíduo pela transferência de anticorpos de um indivíduo 
imunizado para um indivíduo que nunca encontrou o 
antígeno. O receptor de tal transferência se torna imune 
ao antígeno em particular sem nunca ter sido exposto 
nem ter respondido àquele antígeno. Portanto, essa 
forma de imunização é chamada de imunidade passiva. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
 
A resposta imune inata aos microrganismos fornece os primeiros sinais 
de perigo que estimulam as respostas imunes adaptativas. Por outro 
lado, as respostas imunes adaptativas frequentemente trabalham 
4 
 
 @jumorbeck 
 
intensificando os mecanismos protetores da imunidade inata, tornando-
os mais capazes de combater efetivamente os microrganismos. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
O sistema imune de cada indivíduo é capaz de reconhecer, responder 
e eliminar muitos antígenos estranhos (não próprios), mas 
normalmente não reage contra antígenos e tecidos do próprio 
indivíduo. (ABBAS, 9ª ed.) 
Em decorrência da capacidade de linfócitos e de outras células imunes 
em circular pelos tecidos, a imunidade é sistêmica. (ABBAS, 9ª ed.) 
As respostas imunes são reguladas por um sistema de alças de 
feedback positivo que amplificam a reação e por mecanismos de 
controle que previnem reações inapropriadas ou patológicas. (ABBAS, 
9ª ed.) 
ANTICORPOS (IMUNIGLOBULINA) 
↠ Outra denominação comum para anticorpo é 
imunoglobulina (Ig). (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Uma das principais funções do sistema imunológico é 
a produção de proteínas solúveis que circulam livremente 
e exibem propriedades que contribuem especificamente 
para a imunidade e proteção contra material estranho. 
(COICO, 6ª ed.) 
↠ Estas proteínas solúveis são denominadas anticorpos, 
e, devido a sua estrutura globular, pertencem à classe das 
proteínas denominadas globulinas. Inicialmente. em função 
de suas propriedades migratórias em um campo 
eletroforético, elas foram chamadas -y-globulinas (em 
relação às proteínas que migram mais rapidamente, a 
albumina, a alfa-globulina e a 13-globulina); atualmente, elas 
são coletivamente conhecidas como imunoglobulinas. 
(COICO, 6ª ed.) 
As substâncias que estimulavam a produção de anticorpos ou eram 
reconhecidas por eles foram então denominadas antígenos. (ABBAS, 
9ª ed.) 
↠ Os anticorpos são sintetizados somente pelas células 
da linhagem de linfócitos B e existem em duas formas: 
anticorpos ligados à membrana na superfície dos linfócitos 
B que atuam como receptores antigênicos, e anticorpos 
secretados que atuam na proteção contra 
microrganismos. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ O reconhecimento dos antígenos pelos anticorpos 
ligados à membrana nas células B naive ativa esses 
linfócitos e inicia a resposta imune humoral. As células B 
ativadas se diferenciam em plasmócitos que secretam 
anticorpos com a mesma especificidade do receptor 
antigênico. (ABBAS, 9ª ed.) 
 
ESTRUTURA DO ANTICORPO 
↠ Todas as moléculas de anticorpo compartilham as 
mesmas características estruturais básicas, mas 
apresentam extraordinária variabilidade nas regiões que 
se ligam ao antígeno. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ As funções efetoras e propriedades físico-químicas 
comuns dos anticorpos estão associadas às porções que 
não se ligam ao antígeno, as quais exibem relativamente 
poucas variações entre os diferentes anticorpos. (ABBAS, 
9ª ed.) 
↠ Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura central 
simétrica composta de duas cadeias leves idênticas e duas 
cadeias pesadas idênticas. (ABBAS, 9ª ed.) 
 
↠ Tanto as cadeias leves quanto as cadeias pesadas 
contêm uma série de unidades estruturais homólogas 
repetidas, cada uma com cerca de 110 resíduos de 
aminoácidos de comprimento, que se dobram 
independentemente em um motivo globular chamado 
domínio Ig. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Um domínio Ig contém duas camadas de folhas ß-
pregueadas, cada uma composta de três a cinco fitas de 
cadeia polipeptídica antiparalelas. As duas camadas são 
mantidas unidas por uma ponte dissulfeto e as fitas 
adjacentes de cada folha ß são conectadas por pequenas 
5 
 
 @jumorbeck 
 
alças. Os aminoácidos localizados em algumas dessas alças 
são os mais variáveis e críticos para o reconhecimento 
do antígeno. (ABBAS, 9ª ed.) 
Estrutura de dobra da Ig - isto é, duas folhas ß-pregueadas adjacentes 
mantidas unidas por uma ponte dissulfeto. (ABBAS, 9ª ed.) 
 
↠ Tanto as cadeias leves quanto as cadeias pesadas 
consistem em regiões aminoterminais variáveis (V) que 
participam no reconhecimento do antígeno e regiões 
carboxiterminais constantes (C); as regiões C das cadeias 
pesadas ajudam a mediar algumas das funções protetoras 
e efetoras dos anticorpos. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Nas cadeias pesadas, a região V é composta de um 
domínio Ig e a região C é composta de três ou quatro 
domínios Ig. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Cada cadeia leve é composta de uma região V de 
domínio Ig e uma região C de domínio Ig. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ As regiões variáveis são assim chamadas porque suas 
sequências de aminoácidos variam entre os anticorpos 
produzidos por diferentes clones de células B. A região V 
de uma cadeia pesada (VH) e a região V adjacente de 
uma cadeia leve (VL) formam um sítio de ligação ao 
antígeno. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Como a unidade estrutural central de cada molécula 
de anticorpo contém duas cadeias pesadas e duas cadeias 
leves, cada molécula de anticorpo possui pelo menos dois 
sítios de ligação antigênica. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Os domínios Ig da região C estão espacialmente 
separados dos sítios de ligação ao antígeno e não 
participam do reconhecimento antigênico. As regiões C 
da cadeia pesada interagem com outras moléculas e 
células do sistema imune e, dessa forma, medeiam a 
maior parte das funções biológicas dos anticorpos, 
algumas vezes chamadas de funções “efetoras”. (ABBAS, 
9ª ed.) 
↠ Além disso, as cadeias pesadas existem em duas 
formas que diferem nas terminações carboxiterminais: 
uma forma de cadeia pesada ancora os anticorpos ligados 
à membrana nas membranasplasmáticas dos linfócitos B, 
e a outra forma é encontrada somente nos anticorpos 
secretados. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ As regiões C das cadeias leves não participam das 
funções efetoras e não estão diretamente ligadas às 
membranas celulares. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ As cadeias pesadas e leves estão covalentemente 
ligadas por ligações dissulfeto formadas entre os resíduos 
de cisteína na porção carboxiterminal da cadeia leve e do 
domínio CH1 da cadeia pesada. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A porção de ligação ao antígeno de uma molécula de 
anticorpo é a região Fab, e a extremidade C terminal que 
está envolvida nas funções efetoras é a região Fc. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Fab (fragmentação, ligação ao antígeno): fragmentos 
que retêm a capacidade de se ligar ao antígeno, porque 
6 
 
 @jumorbeck 
 
cada um deles contém domínios VL e VH pareados. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Fc (fragmento, cristalizável): composta de dois 
peptídeos idênticos ligados por dissulfeto, cada um 
contendo os domínios CH2 e CH3 da cadeia pesada. Essa 
porção da IgG tem propensão a autoassociar-se e 
cristalizar em uma estrutura semelhante a uma treliça ou 
grade. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A organização básica da molécula de anticorpo 
deduzida a partir dos experimentos de proteólise de IgG 
de coelhos é comum a todas as moléculas de Ig de todas 
as classes e de todas as espécies. Os termos Fab, F(ab’)2 
e Fc são amplamente usados para descrever essas 
diferentes porções dos anticorpos humanos e murinos. 
De fato, esses experimentos forneceram a primeira 
evidência de que as funções de reconhecimento do 
antígeno e as funções efetoras das moléculas de Ig são 
espacialmente separadas. (ABBAS, 9ª ed.) 
 
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DAS REGIÕES VARIÁVEIS 
DOS ANTICORPOS 
↠ A maioria das diferenças de sequência e variabilidade 
entre os diferentes anticorpos está restrita a três trechos 
curtos na região V da cadeia pesada e a três trechos na 
região V da cadeia leve. Esses segmentos de maior 
diversidade são conhecidos como regiões hipervariáveis. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Em uma molécula de anticorpo, as três regiões 
hipervariáveis de um domínio VL e as três regiões 
hipervariáveis de um domínio VH são mantidas unidas para 
criar uma superfície de ligação ao antígeno. (ABBAS, 9ª 
ed.) 
↠ As alças hipervariáveis podem ser imaginadas como 
semelhantes a “dedos” protuberantes de cada domínio 
variável, com três dedos da cadeia pesada e três dedos 
da cadeia leve permanecendo unidos para formar o sítio 
de ligação do antígeno. Pelo fato dessas sequências 
formarem uma superfície complementar à forma 
tridimensional do antígeno ligado a elas, as regiões 
hipervariáveis também são chamadas regiões 
determinantes de complementariedade (CDRs, do inglês 
complementarity-determining regions). (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Procedentes tanto da região aminoterminal VL quanto 
VH, estas regiões são chamadas CDR1, CDR2 e CDR3, 
sendo que as CDR3s de ambos os segmentos VH e VL 
são as mais variáveis dentre as CDRs. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ As diferenças na sequência entre as CDRs de 
diferentes moléculas de anticorpo contribuem para 
superfícies de interação distintas e, dessa maneira, para 
as especificidades dos anticorpos individuais. (ABBAS, 9ª 
ed.) 
 
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DAS REGIÕES CONSTANTES 
DOS ANTICORPOS 
↠ As moléculas de anticorpo são flexíveis, permitindo 
que se liguem a diferentes matrizes de antígenos. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Cada anticorpo contém pelo menos dois sítios de 
ligação ao antígeno, cada um formado por um par de 
domínios VH e VL. Muitas moléculas Ig podem orientar 
esses sítios de ligação de tal forma que duas moléculas 
de antígeno em uma superfície planar (p. ex.: célula) 
podem ser ligadas ao mesmo tempo. (ABBAS, 9ª ed.) 
7 
 
 @jumorbeck 
 
 
↠ Essa flexibilidade é conferida, em grande parte, por 
uma região de dobradiça localizada entre CH1 e CH2 de 
certos isotipos. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Além disso, alguma flexibilidade das moléculas de 
anticorpo é decorrente da capacidade de cada domínio 
de VH sofrer rotação em relação ao domínio CH1 
adjacente. (ABBAS, 9ª ed.) 
ANTICORPOS MONOCLONAIS 
Um anticorpo monoclonal é uma coleção pura de moléculas de 
anticorpo idênticas e com a mesma especificidade. (ABBAS, 9ª ed.) 
Um tumor de plasmócitos (mieloma ou plasmacitoma), assim como a 
maioria dos tumores de qualquer origem celular, é monoclonal e, dessa 
maneira, produz anticorpos de uma única especificidade. (ABBAS, 9ª 
ed.) 
SÍNTESE E MONTAGEM DAS IMUNIGLOBULINAS 
As cadeias pesadas e leves da imunoglobulina, assim como a maioria 
das proteínas secretadas e de membrana, são sintetizadas em 
ribossomos ligados à membrana no retículo endoplasmático rugoso. A 
proteína é translocada para o retículo endoplasmático, e as cadeias 
pesadas da Ig são N-glicosiladas durante o processo de translocação. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
O dobramento apropriado das cadeias pesadas da Ig e sua montagem 
com as cadeias leves são reguladas por proteínas residentes no 
retículo endoplasmático chamadas de chaperonas. (ABBAS, 9ª ed.) 
A associação covalente das cadeias pesadas e leves é estabilizada pela 
formação de pontes dissulfeto e também ocorre no retículo 
endoplasmático durante o processo de montagem. Após essa 
montagem, as moléculas de Ig são liberadas das chaperonas, 
transportadas para a cisterna do complexo de Golgi, onde seus 
carboidratos são modificados e, então, direcionadas para a membrana 
plasmática em vesículas. (ABBAS, 9ª ed.) 
Anticorpos em sua forma de membrana são ancorados na membrana 
plasmática, enquanto a forma secretada é transportada para fora da 
célula. (ABBAS, 9ª ed.) 
A maturação das células B a partir dos progenitores da medula óssea 
é acompanhada por alterações específicas na expressão do gene de 
Ig, resultando na produção de moléculas de Ig em diferentes formas. 
(ABBAS, 9ª ed.) 
 
FUNÇÕES DOS ANTICORPOS 
↠ As ações dos anticorpos incluem as seguintes: 
(TORTORA, 14ª ed.) 
➢ Neutralização de antígenos; 
➢ Imobilização de bactérias; 
➢ Aglutinação e precipitação de antígenos; 
➢ Ativação do complemento; 
➢ Reforço da fagocitose. 
TIPOS DE ANTICORPOS 
↠ As moléculas de anticorpo podem ser divididas em 
classes e subclasses distintas com base em diferenças na 
estrutura de suas regiões C da cadeia pesada. (ABBAS, 
9ª ed.) 
↠ As classes das moléculas de anticorpo são também 
chamadas de isotipos e são nomeadas IgA, IgD, IgE, IgG e 
IgM. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Em humanos, os isotipos IgA e IgG podem ainda ser 
adicionalmente divididos em subclasses, ou subtipos, 
intimamente relacionadas, denominadas IgA1 e IgA2 e IgG1, 
IgG2, IgG3 e IgG4. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Os isotipos e subtipos de anticorpos diferem em suas 
regiões C e, assim, onde eles se ligam e quais funções 
efetoras realizam. (ABBAS, 9ª ed.) 
Propriedades estruturais e biológicas da IgG 
↠ É o isotipo predominante no soro humano normal. 
(ROITT, 13ª ed.) 
↠ A IgG representa 70%-75% do total de anticorpos no 
soro, consistindo em uma molécula monomérica de 
quatro cadeias. (ROITT, 13ª ed.) 
↠ Sua concentração normal varia de 6,0-16 g/L. (ROITT, 
13ª ed.) 
↠ Nos seres humanos a classe IgG das imunoglobulinas 
contém quatro subclasses denominadas lgG1, lgG2, lgG3 e 
lgG4., em função de sua abundância no soro sendo a IgG1, 
a mais abundante. (COICO, 6ª ed.) 
8 
 
 @jumorbeck 
 
 
↠ As moléculas de IgG circulantes têm meia-vida de 
cerca de 21 a 28 dias, a mais longa meia-vida de todos os 
isotipos. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ A longa meia-vida da IgG é atribuída à sua capacidade 
em se ligar a um receptor Fc específico chamado 
receptor de proteção FcRp. Esse receptor encontrado 
em endossomas celulares, recicla seletivamente a IgG 
endocitada e a devolve à circulação. (COICO, 6ª ed.) 
o
 
↠ O isotipo IgG (exceto a subclasse IgG2) é a única 
classe de imunoglobulina que pode passar através da 
placenta, possibilitando que a mãe transfira sua imunidadeao feto. A transferência placentária é facilitada pela 
expressão de um receptor de proteção da IgG (FcRn) 
encontrado nas células placentárias. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Mostrou-se recentemente que o FcRn é idêntico ao 
receptor de proteção da IgG (FcRp) encontrado nos 
endossomas celulares. (COICO, 6ª ed.) 
↠ A mesma forma de IgG materna que atravessa a 
placenta conferindo ao feto imunidade à infecção, 
também pode ser responsável pela doença hemolítica do 
recém-nascido (eritroblastose fetal), que é causada pelos 
anticorpos maternos contra os eritrócitos do feto. Os 
anticorpos IgG maternos contra o antígeno Rh, 
produzidos pela mãe Rh negativa, atravessam a placenta 
e se prendem aos eritrócitos fetais que expressam 
antígenos Rh (Rh+). (COICO, 6ª ed.) 
AGLUTINAÇÃO E FORMAÇÃO DE PRECIPITADOS 
↠ As moléculas de IgG podem causar a aglutinação ou 
agregação de antígenos particulados (insolúveis) como os 
microrganismos. (COICO, 6ª ed.) 
OPSONIZAÇÃO 
↠ Quando antígenos, como microrganismos patogênicos, 
se ligam à IgG antígeno-específica, eles são mais 
rapidamente fagocitados pelos fagócitos em função da 
presença de receptores para a porção Fc das moléculas 
de IgG existentes nestas células. (COICO, 6ª ed.) 
↠ As moléculas de anticorpo reagem com os epítopos 
antigênicos dos antígenos por suas regiões Fab, mas é a 
porção Fc que confere a propriedade de opsonização. O 
resultado é o fechamento, semelhante ao de um zíper, 
da membrana superficial da célula fagocitária ao redor do 
antígeno, à medida que os receptores para as regiões Fc 
e as regiões Fc dos anticorpos continuam a se combinar, 
acarretando o engolfamento e destruição final do 
microrganismo. (COICO, 6ª ed.) 
 
NEUTRALIZAÇÃO DE TOXINAS 
↠ A molécula de IgG é um excelente anticorpo para a 
neutralização de toxinas tal como a toxina tetânica e 
botulínica ou para a inativação de, por exemplo, veneno 
de cobra ou escorpião. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Devido a sua capacidade de neutralizar estes venenos 
(principalmente bloqueando seu sítio ativo), bem como 
devido a sua longa meia-vida, comparada com a dos 
outros isotipos, a molécula de IgG constitui o isotipo de 
escolha para a imunização passiva (isto é, transferência de 
anticorpos) contra toxinas e venenos. (COICO, 6ª ed.) 
IMOBILIZAÇÃO DE BACTÉRIAS 
↠ As moléculas de IgG são eficientes na mobilização de 
inúmeras bactérias móveis. A reação dos anticorpos 
específicos com os flagelos e cílios de certos 
microrganismos faz com as bactérias se agrupem, 
paralisando, consequentemente, seu movimento e 
9 
 
 @jumorbeck 
 
impedindo sua capacidade de disseminar ou invadir 
tecidos. (COICO, 6ª ed.) 
NEUTRALIZAÇÃO DE VÍRUS 
↠ O anticorpo IgG é um eficiente neutralizador de vírus. 
Em um mecanismo de neutralização, os anticorpos se 
ligam a determinantes antigênicos presentes em várias 
partes do revestimento dos vírus, entre eles a região 
utilizada pelo vírus para se prender à célula alvo. A inibição 
da fixação do vírus efetivamente paralisa a infecção. 
(COICO, 6ª ed.) 
Propriedades estruturais e biológicas da IgM 
↠ A IgM é a primeira imunoglobulina produzida após a 
imunização. Sua denominação deriva-se de sua descrição 
inicial como macroglobulina (M), uma imunoglobulina de 
alto peso molecular. (COICO, 6ª ed.) 
↠ É uma molécula pentamérica. (COICO, 6ª ed.) 
↠ A IgM presente no soro de indivíduos adultos é 
encontrada predominantemente nos espaços 
intravasculares. (COICO, 6ª ed.) 
 
A IgM circulante tem meia-vida de aproximadamente 4 
dias. (COICO, 6ª ed.) 
A IgM também é encontrada na superfície da célula B 
madura juntamente com a IgD, onde atua como um BCR 
antígeno-específico. (COICO, 6ª ed.) 
PRIMEIRA LINHA DE DEFESA HUMORAL 
↠ Os anticorpos lgM não são capazes de atravessar a 
placenta. Entretanto, pelo fato de constituírem a única 
classe de imunoglobulina sintetizada pelo feto, cuja 
produção se inicia aproximadamente aos cinco meses de 
gestação, elevados níveis de IgM no feto indicam infecção 
congênita ou perinatal. (COICO, 6ª ed.) 
↠ A IgM é o isotipo sintetizado por crianças e adultos 
em quantidades apreciáveis após imunização ou 
exposição a antígenos T-independentes e constitui o 
primeiro isotipo sintetizado após a imunização. Desta 
maneira, elevados níveis de IgM geralmente indicam 
infecção ou exposição 
recentes a um antígeno. (COICO, 6ª ed.) 
 
AGLUTINAÇÃO 
↠ As moléculas de lgM são eficientes anticorpos 
aglutinantes. Devido a sua forma pentamérica, os 
anticorpos IgM podem formar pontes macromoleculares 
entre epítopos sobre moléculas que podem estar muito 
distante uma da outra para serem unidas por um 
anticorpo IgG de menor tamanho. (COICO, 6ª ed.) 
ISO-HEMAGLUTININAS 
↠ Os anticorpos IgM incluem as iso-hemaglutininas, os 
anticorpos de ocorrência natural contra os antígenos 
eritrocitários do grupo sanguíneo ABO. (COICO, 6ª ed.) 
Propriedades estruturais e biológicas da IgA 
↠ A IgA é a principal imunoglobulina nas secreções 
externas como saliva,muco, suor ,fluído gástrico e 
lágrimas. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Ela é, além disso, a principal imunoglobulina encontrada 
no colostro e no leite das lactantes, e, durante as primeiras 
semanas após o nascimento, pode prover o neonato com 
a principal fonte de proteção intestinal contra patógenos. 
(COICO, 6ª ed.) 
10 
 
 @jumorbeck 
 
 
↠ A imunoglobulina da classe IgA contém duas 
subclasses: IgA1, (93%) e IgA2 (7%). (COICO, 6ª ed.) 
↠ A IgA circulante tem meia-vida de cerca de 3 dias 
(embora a maior parte da IgA seja produzida em sítios de 
mucosa e seja secretada diretamente no lumen do 
intestino ou da via aérea). (COICO, 6ª ed.) 
↠ A maior parte da IgA não está presente no soro mas 
nas secreções como lágrimas, saliva, suor e muco, onde 
ela desempenha importante função biológica como 
componente do MALT. (COICO, 6ª ed.) 
PAPEL NAS INFECÇÕES MUCOSAS 
↠ Devido a sua presença nas secreções como, saliva, 
urina e fluido gastrintestinal, a IgA secretora é importante 
na defesa imunológica primária contra infecções 
respiratórias ou gastrintestinais locais. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Acredita-se que seu efeito protetor seja devido a sua 
capacidade de impedir que o microrganismo invasor se 
ligue e penetre na superfície epitelial. (COICO, 6ª ed.) 
ATIVIDADE BACTERICIDA 
↠ Sabe-se que a lgA possui atividade bactericida contra 
microrganismos Gram-negativos, mas apenas na 
presença de lisozima, que também está presente nas 
mesmas secreções que contêm a IgA secretora. (COICO, 
6ª ed.) 
ATIVIDADE ANTIVIRAL 
↠ A lgA secretora é um excelente anticorpo antivirai, 
impedindo os vírus de penetrarem nas células do 
hospedeiro. Além disso, a lgA secretora é um eficiente 
anticorpo aglutinante. (COICO, 6ª ed.) 
 
 
Propriedades estruturais e biológicas da IgD 
↠ A IgD está presente no soro em quantidades muito 
baixas e variáveis, provavelmente porque não é 
secretada pelas células plasmáticas e também porque, 
entre as imunoglobulinas, ela é altamente suscetível à 
degradação proteolítica devido a sua longa região da 
dobradiça. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Embora a função da IgD ainda não esteja 
completamente elucidada, a expressão da IgD na 
membrana parece estar correlacionada à eliminação das 
células B com capacidade de gerar anticorpos 
autorreativos. Desta maneira, durante o desenvolvimento, 
a principal importância biológica da IgD pode ser a de 
silenciar as células B autorreativas (COICO, 6ª ed.) 
Propriedades estruturais e biológicas da IgE 
↠ A IgE, também denominada anticorpo reagínico. 
(COICO, 6ª ed.) 
 
↠ A IgE tem uma meia-vida bastante curta, de 
aproximadamente 2 dias na circulação (embora a IgE 
ligada à célula associada ao seu receptor de alta afinidade 
no mastócito tenha meia-vida bastante longa; (COICO, 6ª 
ed.) 
↠ Ela está presente no soro na mais baixa concentração 
de todas as imunoglobulinas. Estes baixos níveis são 
devidos, em parte, à baixa taxade síntese e à capacidade 
característica da porção Fc de conter um domínio extra 
para se ligar, com alta afinidade, aos receptores 
(receptores Fce) encontrados sobre mastócitos e 
bas6ftlos. Uma vez ligada a estes receptores de alta 
afinidade, a IgE pode ser retida por estas células por 
semanas ou meses. (COICO, 6ª ed.) 
11 
 
 @jumorbeck 
 
↠ Ela tem um papel na proteção contra certos parasitas, 
como os helmintos (vermes). Esta proteção é alcançada 
pela ativação da mesma resposta inflamatória aguda vista 
na forma mais patológica das respostas de 
hipersensibilidade imediata. (COICO, 6ª ed.) 
CLASSES DE IMUNOGLOBULINAS 
NOME E ESTRUTURA CARACTERÍSTICAS E 
FUNCÕES 
 
Mais abundante anticorpo do 
sangue; encontrado no 
sangue, linfa e intestinos. 
Estrutura de monômero. 
Protege contra bactérias e 
vírus aprimorando a 
fagocitose. Única classe de 
anticorpos que cruza a 
placenta da mãe para o feto. 
 
Encontrada no suor, nas 
lágrimas, na saliva, muco, no 
leite materno. Seus níveis 
diminuem durante o 
estresse, abaixando a 
resistência à infecção. 
Fornece proteção localizada 
das túnicas mucosas contra 
bactérias e vírus. 
 
Ocorre como pentâmeros, 
primeira classe de anticorpos 
a ser secretada pelos 
plasmócitos após a 
exposição inicial a qualquer 
antígeno. Também é 
encontrada na forma de 
monômeros na superfície 
dos linfócitos B, onde atua 
como receptores de 
antígeno. No plasma 
sanguíneo, os anticorpos 
anti-A e anti-B do grupo 
sanguíneo ABO, que se liga 
aos 
antígenos A e B durante a 
transfusão de sangue 
incompatível, são também 
anticorpos IgM 
 
Encontrada principalmente 
na superfície dos linfócitos B 
como receptores de 
antígenos, onde ocorre 
como monômeros. 
 
Menos de 0,1% de todos os 
anticorpos do sangue; 
ocorre como monômeros, 
localizada nos mastócitos e 
basófilos. Envolvida nas 
reações alérgicas e de 
hipersensibilidade. Fornece 
proteção contra vermes 
parasitas. 
 
Relações estrutura-função nas moléculas de anticorpos 
↠ Muitas características estruturais dos anticorpos são 
críticas para sua capacidade de reconhecer antígenos e 
para suas funções efetoras. (ABBAS, 9ª ed.) 
CARACTERÍSTICAS RELACIONADAS AO RECONHECIMENTO DO 
ANTÍGENO 
↠ A capacidade dos anticorpos em reconhecer 
especificamente uma grande variedade de antígenos 
com afinidades variadas reflete as propriedades das 
regiões V. (ABBAS, 9ª ed.) 
➢ Especificidade; 
➢ Diversidade; 
➢ Maturação de afinidade. 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
↠ A imunidade adaptativa tem a importante função de 
defesa do hospedeiro contra infecções microbianas, mas 
as respostas imunes também são capazes de causar 
lesão tecidual e doença. Os distúrbios causados pelas 
respostas imunes são chamados doenças de 
hipersensibilidade. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Em determinadas circunstâncias, a resposta 
imunológica produz danos e algumas vezes resultados 
fatais. Estas reações deletérias são coletivamente 
conhecidas como hipersensibilidade. Elas causam danos 
imunologicamente mediados ao hospedeiro pelo fato de 
serem reações exageradas a antígenos estranhos ou por 
serem reações inadequadas aos antígenos próprios. 
(COICO, 6ª ed.) 
CAUSAS DAS DOENÇAS DE HIPERSENSIBILIDADE 
↠ As respostas imunes, que são a causa das doenças de 
hipersensibilidade, podem ser específicas para antígenos 
de diferentes fontes. (ABBAS, 9ª ed.) 
AUTOIMUNIDADE: 
↠ Reações contra autoantígenos. A falha dos 
mecanismos normais de autotolerância resulta em 
reações de células T e células B contra as próprias células 
e tecidos do indivíduo, chamadas autoimunidade. (ABBAS, 
9ª ed.) 
↠ As doenças causadas pela autoimunidade são 
denominadas doenças autoimunes. (ABBAS, 9ª ed.) 
REAÇÕES CONTRA MICRORGANISMOS: 
↠ As respostas imunes contra antígenos microbianos 
podem causar doença se as reações forem excessivas 
ou se os microrganismos forem anormalmente 
persistentes. (ABBAS, 9ª ed.) 
12 
 
 @jumorbeck 
 
↠ As respostas das células T contra microrganismos 
persistentes podem dar origem a uma inflamação grave, 
algumas vezes com a formação de granulomas; essa é a 
causa da lesão tecidual observada na tuberculose e outras 
infecções crônicas. (ABBAS, 9ª ed.) 
REAÇÕES CONTRA ANTÍGENOS AMBIENTAIS NÃO 
MICROBIANOS: 
↠ A maioria dos indivíduos saudáveis não reage contra 
substâncias ambientais comuns, geralmente inócuas, mas 
quase 20% da população é anormalmente responsiva a 
uma ou mais dessas substâncias. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Esses indivíduos produzem anticorpos imunoglobulina 
E (IgE) que causam doenças alérgicas. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Alguns indivíduos tornam-se sensibilizados a antígenos 
ambientais e substâncias químicas que, em contato com 
a pele, desenvolvem reações de células T que levam à 
inflamação mediada por citocinas, resultando em 
sensibilidade de contato. (ABBAS, 9ª ed.) 
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
↠ No início da década de 1960, as reações de 
hipersensibilidade foram divididas em quatro tipos, 
enumerados I a IV, por Coombs e Gell (1963). (COICO, 6ª 
ed.) 
HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA (TIPO I) 
↠ As reações mediadas pela IgE (comumente designadas 
reações alérgicas ou alergia) são estimuladas pela ligação 
da IgE, via sua região Fc, a receptores Fc IgE específicos 
de alta afinidade denominados FceRI. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Os receptores FcERI são expressos em mastócitos e 
basófilos Devido a sua alta afinidade pela IgE, esses 
receptores se ligam à IgE mesmo na ausência de 
antígeno. Quando as moléculas de IgE se encontram com 
o antígeno, inicia-se uma cascata de acontecimentos que 
acarreta a desestabilização e liberação de mediadores 
inflamatórios e citocinas dos mastócitos e basófilos. 
(COICO, 6ª ed.) 
↠ Todo este processo resulta nas manifestações clínicas 
da hipersensibilidade do tipo I, que inclui rinite, asma e,nos 
casos graves, anafilaxia. (COICO, 6ª ed.) 
↠ As reações de hipersensibilidade do tipo I são rápidas, 
ocorrendo minutos após o desafio (reexposição ao 
antígeno). Consequentemente, as reações alérgicas são 
também denominadas hipersensibilidade imediata. (COICO, 
6ª ed.) 
A sequência de acontecimentos envolvidos no desenvolvimento de 
reações alérgicas pode ser dividida em várias fases: (COICO, 6ª ed.) 
➢ fase de sensibilização: durante a qual os anticorpos IgE são 
produzidos em resposta a um estímulo antigênico ligando-
se, posteriormente, a receptores específicos presentes 
nos mastócitos e basófilos; 
➢ fase de ativação: durante a qual a reexposição (desafio) ao 
antígeno deflagra a resposta dos mastócitos e basófilos 
através da liberação do conteúdo de seus grânulos; 
➢ fase efetora: durante a qual ocorre uma resposta complexa 
resultante dos efeitos de muitos mediadores inflamatórios 
liberados pelos mastócitos e basófilos. 
Os sintomas das reações alérgicas são inteiramente atribuídos aos 
mediadores inflamatórios liberados pelos mastócitos ativados. É útil 
classificar estes mediadores em duas categorias principais: (COICO, 6ª 
ed.) 
Mediadores pré-formados: 
➢ Histamina 
➢ Serotonina 
➢ Fatores Quimiotáticos 
➢ Heparina 
Mediadores recentemente sintetizados: 
➢ Leucotrienos 
➢ Tromboxanos e Prostaglandinas 
➢ Fator de Ativação das Plaquetas 
 
ASPECTOS CLÍNICOS DAS REAÇÕES ALÉRGICAS 
↠ As consequências clínicas das reações alérgicas 
podem variar de reações localizadas como rinite alérgica, 
asma, dermatite atópica e alergia alimentar a graves 
reações sistêmicas potencialmente fatais como a anafilaxia. 
Embora definidas como anafilaxia localizada, as reações 
asmáticas também podem ser fatais. A desgranulação do 
mastócito constitui o mecanismo central em cada uma 
dessas reações. (COICO, 6ª ed.) 
13 
 
 @jumorbeck 
 
Hipersensibilidade mediada por anticorpos (tipo II) 
↠ As reações citolíticas ou citotóxicas ocorrem quando 
os anticorpos IgM ou IgG se ligam de maneira inapropriada 
ao antígeno localizado na superfíciede células próprias e 
ativam a cascata do complemento. (COICO, 6ª ed.) 
↠ O resultado é a destruição da célula. (COICO, 6ª ed.) 
Três diferentes mecanismos mediados por anticorpos estão 
envolvidos nas reações de hipersensibilidade do tipo II. A célula alvo é 
danificada ou destruída por inúmeros mecanismos associados com: 
(COICO, 6ª ed.) 
➢ reações mediadas pelo complemento: os anticorpos 
reagem com a membrana celular dos antígenos próprios, 
acarretando a fixação do complemento. O processo ativa a 
cascata do complemento acarretando lise da célula. 
Alternativamente, a ligação do anticorpo à superfície celular 
e subsequente ativação do complemento (para gerar C3b) 
causa a opsonização da célula-alvo. 
 
➢ citotoxicidade anticorpo-dependente: utiliza receptores de 
Fc expressos em muitos tipos celulares (tais como as 
células NK, macrófagos, neutrófilos e eosinófilos) para 
colocar estas células em contato com as células alvo 
recobertas de anticorpo. 
 
➢ disfunção celular mediada por anticorpo: os anticorpos se 
ligam a recept.ores de superfície celular que são decisivos 
para a integridade funcional da célula. 
 
Exemplos de reações de hipersensibilidade II: reações transfusionais, 
reações de incompatibilidade Rh, reações induzidas por fármacos. 
Hipersensibilidade mediada por imunocomplexos (tipo III) 
↠ Reações por complexos imunológicos ocorrem 
quando complexos antígeno-IgM ou antígeno-IgG se 
acumulam na circulação ou nos tecidos e ativam a cascata 
do complemento. Os granulócitos são atraídos ao local da 
ativação resultando dano em consequência da liberação 
de enzimas líticas de seus grânulos. As reações ocorrem 
horas após o desafio com o antígeno. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Em condições normais, os imunocomplexos circulantes 
constituídos por anticorpos ligados a antígenos estranhos 
são removidos pelas células fagocitárias. (COICO, 6ª ed.) 
↠ A fagocitose é facilitada pela ligação das regiões Fc 
dos anticorpos, presentes nesses complexos, a 
receptores de Fc de IgG expressos sobre as células 
fagocíticas. (COICO, 6ª ed.) 
O que acontece quando os mecanismos fisiológicos destinados a 
eliminar os imunocomplexos estão "sufocados" pela grande quantidade 
destes complexos? 
O resultado é que os imunocomplexos de determinados tamanhos 
podem, inapropriadamente, depositar-se nos tecidos e desencadear 
inúmeros acontecimentos patogênicos sistêmicos conhecidos como 
reações de hipersensibilidade do tipo III. Se esta reação for sistêmica, 
ela é também conhecida como doença por imunocomplexo sistêmica. 
As reações localizadas são também conhecidas como doença por 
imunocomplexo localizada. Ambas podem estar associadas com a 
deposição dos imunocomplexos nas articulações, rins, pele, plexo 
coroide e artéria ciliar ocular. (COICO, 6ª ed.) 
O dano tissular causado por esses imunocomplexos varia dependendo 
do sítio de localização. Se, por exemplo, o sítio de deposição do 
imunocomplexo for o menisco da articulação, pode ocorrer a 
destruição das membranas sinoviais e da cartilagem. (COICO, 6ª ed.) 
14 
 
 @jumorbeck 
 
 
 
 
Hipersensibilidade mediada por células T (tipo IV) 
↠ Reações mediadas por células - comumente 
denominadas hipersensibilidade do tipo tardio (DTH) - são 
mediadas por mecanismos efetores dependentes de 
célula T envolvendo tanto células THl CD4+ quanto células 
T citotóxicas CD8+. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Os anticorpos não participam das reações de 
hipersensibilidade do tipo IV. As células TH1 ativadas liberam 
citocinas que promovem acúmulo e ativação de 
macrófagos que, por sua vez, causam dano local. Este tipo 
de reação tem início tardio, que pode ocorrer dias ou 
semanas após o desafio com o antígeno. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Os efeitos prejudiciais da DTH são causados pela 
liberação inapropriada de grandes quantidades de 
citocinas (incluindo quimiocinas) pelas células T ativadas. 
(COICO, 6ª ed.) 
As características clínicas das reações de hipersensibilidade do tipo IV 
variam dependendo do antígeno sensibilizante e da via de exposição. 
(COICO, 6ª ed.) 
Os principais acontecimentos envolvem três etapas: (COICO, 6ª ed.) 
➢ ativação de células inflamatórias THl e TH17 antígeno-
específicas em um indivíduo previamente sensibilizado; 
➢ elaboração de citocinas pró-inflamatórias pelas células THl e 
TH17 antígeno-específicas; 
➢ recrutamento e ativação de leucócitos inflamatórios 
antígeno-inespecíficos. 
Geralmente, estes acontecimentos ocorrem por um período de vários 
dias (48-72 horas). (COICO, 6ª ed.) 
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS DE HIPERSENSIBILIDADE 
TIPO DE 
HIPERSENSIBILIDADE 
MECANISMOS 
IMUNOPATOLÓGICOS 
MECANISMOS DE 
LESÃO TECIDUAL 
E DOENÇA 
IMEDIATA: TIPO I Anticorpo IgE, células 
Th2 
Mastócitos, 
eosinófilos e seus 
mediadores 
(citocinas, entre 
outros) 
MEDIADA POR 
ANTICORPOS: TIPO II 
Anticorpos IgM e IgG 
contra antígenos de 
superfície celular ou da 
matriz extracelular. 
Opsonização e 
fagocitose de 
células; 
Recrutamento e 
ativação de 
leucócitos 
(neutrófilos e 
macrófagos) 
mediadas por 
receptor Fc e 
complemento. 
Anormalidades nas 
funções celulares, 
por exemplo, 
sinalização por 
receptor de 
hormônio, bloqueio 
de receptor 
neurotransmissor. 
MEDIADA POR 
IMUNOCOMPLEXOS: 
TIPO III 
Imunocomplexos de 
antígenos circulantes e 
anticorpos IgM ou IgG. 
Recrutamento e 
ativação de 
leucócitos 
mediados por 
receptor Fc e 
complemento. 
MEDIADA POR CÉLULA 
T: TIPO IV 
CélulasT CD4+ (Th1 e 
Th17); 
CTLs CD8+ 
Inflamação mediada 
por citocinas e 
ativação de 
macrófagos; 
Morte celular 
direta, inflamação 
mediada por 
citocinas. 
 
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
SECUNDÁRIAS NAS REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE 
↠ As manifestações de doenças alérgicas dependem dos 
tecidos em que atuam os mediadores dos mastócitos e 
as citocinas do tipo 2, bem como da cronicidade do 
processo inflamatório resultante. (ABBAS, 9ª ed.) 
15 
 
 @jumorbeck 
 
RINITE ALÉRGICA 
↠ A rinite alérgica (comumente conhecida como febre 
do feno) é o distúrbio atópico mais comum em todo o 
mundo. (COICO, 6ª ed.) 
↠ É causada por alérgenos transportados pelo ar que 
reagem com mastócitos sensibilizados por IgE nas vias 
nasais e conjuntiva. Os mediadores liberados dos 
mastócitos aumentam a permeabilidade capilar e causam 
vasodilatação localizada, levando aos sintomas típicos que 
incluem espirro e tosse. (COICO, 6ª ed.) 
ALERGIA ALIMENTAR 
↠ É causada pelo consumo de certos alimentos (por 
exemplo, amendoim, arroz, ovos). A ingestão de tais 
alimentos por indivíduos suscetíveis pode desencadear a 
reação cruzada de IgE alérgeno-específica sobre os 
mastócitos do trato gastrointestinal superior e inferior. 
(COICO, 6ª ed.) 
↠ A desgranulação do mastócito e a liberação do 
mediador acarretam a contração localizada do músculo 
liso e a vasodilatação causando frequentemente vômito e 
diarreia. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Em alguns casos o alérgeno é absorvido pela corrente 
sanguínea como consequência do aumento da 
permeabilidade das membranas mucosas, permitindo que 
os alérgenos alimentares sejam transportados para os 
mastócitos presentes na pele. Isto causa reações de 
pápula e eritema (urticária atópica) comumente 
conhecidos como urticária. (COICO, 6ª ed.) 
ANAFILAXIA SISTÊMICA 
↠ A anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade 
imediata sistêmica caracterizada por edema em muitos 
tecidos e diminuição da pressão arterial secundária à 
vasodilatação e ao extravasamento vascular. Esses efeitos 
geralmente resultam da presença sistêmica do antígeno 
introduzido por injeção (p. ex.: uma picada de inseto) ou 
da absorção ao longo de uma superfície epitelial como a 
mucosa intestinal. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ O alérgeno ativa os mastócitos em muitos tecidos, 
resultando na liberação de mediadores que ganham 
acesso aos leitos vasculares em todo o corpo. A 
diminuição do tônus vascular e o extravasamento de 
plasma causado pelosmediadores dos mastócitos podem 
acarretar uma significativa queda na pressão arterial, ou 
choque, chamado choque anafilático que frequentemente 
é fatal. (ABBAS, 9ª ed.) 
↠ Os mediadores dos mastócitos podem comprometer 
a respiração causando edema de laringe, 
broncoconstrição e produção excessiva de muco 
brônquico. Frequentemente, há diarreia devido à 
hipermotilidade intestinal ou efusão de muco no intestino, 
além de lesões urticariformes (urticária) na pele. (ABBAS, 
9ª ed.) 
 
Referências 
ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. 
Imunologia Celular e Molecular, 9ª edição. Elsevier Editora 
Ltda., 2019. 
COICO, Richard; SUNSHINE, Geoffrey. Imunologia, 6ª 
edição. Guanabara Koogan, 2010. 
ROITT, Ivan M.; MALE, David; BROSTOFF, Jonathan; 
ROTH, David B. Imunologia, 8ª edição. Elsevier, 2014. 
TORTORA, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / 
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Guanabara Koogan, 2016.

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