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HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA. 1. ANATOMIA. Anatomia do sistema reprodutor: · A união da bexiga com a próstata é no colo da bexiga, onde está o esfíncter interno. Esse esfíncter controla a continência urinária. · Uretra prostática, uretra membranácea, uretra bulbar, peniana. 2. PRÓSTATA. Líquido das glândulas seminais + líquido prostático + espermatozoides: ejaculação. · É localizada na pelve, atrás da sínfise púbica e inferior a bexiga. · A próstata circunda a uretra prostática. · O peso normal da próstata é 20 g. Nos idosos há aumento da próstata. · A parte glandular é 2/3 da próstata e o restante é fibromuscular. Zonas da próstata: 3. INTRODUÇÃO A HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA. · A prevalência da hiperplasia prostática benigna aumenta com a idade: com 20 anos, a próstata tem tamanho normal, com 20 gramas. A partir dos 30 anos inicia a hiperplasia prostática, pode não ter sintomas logo. Até os 70 anos a próstata continua fazendo hiperplasia e a maioria dos homens tem sintomas urinários. Aos 80 anos, 90% dos homens tem hiperplasia prostática benigna. · No entanto, a prevalência da hiperplasia histológica é superior a clínica, pois nem todos tem sintomas e precisam tratamento. Todos homens desenvolvem hiperplasia, no entanto, nem todos tem sintomas. · Não são todos homens que tem próstata aumentada no toque, pode ter hiperplasia histológica sem aumentar o tamanho da próstata (hiperplasia macroscópica). Hiperplasia prostática benigna histológica, macroscópica ou clínica: 4. FATORES DE RISCO. · Envelhecimento masculino. · Testículos funcionantes, devido a testosterona. · Raça negra. · Obesidade. · Fatores familiares e genéticos. · A história familiar de CA próstata em parente de primeiro grau aumenta o risco. · SINTOMAS. 5. PATOLOGIA. · Os sintomas obstrutivos podem ser causados pelo crescimento da próstata gerando obstrução mecânica da uretra ou pelo estímulo simpático para contração da próstata (a contração da próstata comprime a uretra). · Já os sintomas irritativos ocorrem por uma resposta do músculo detrusor da bexiga. Quando há obstrução ao fluxo urinário devido ao aumento da próstata, inicialmente o músculo detrusor faz uma hipertrofia para conseguir esvaziar a bexiga e manter o fluxo urinário. No entanto, após um tempo o músculo cansa, ocorrendo fibrose e dificuldade de esvaziar adequadamente a bexiga. Com isso o paciente tem resíduos urinários. 6. DIAGNÓSTICO. Anamnese e exame físico: · Anamnese focada em queixas urinárias: jato urinário fraco, esforço para urinar, polaciúria, urgência urinária, incontinência urinária, noctúria, disúria e hematúria. · Toque retal: a próstata pode ter aumento do volume ou pode ter hiperplasia sem aumentar o tamanho da próstata. · Questionários específicos: escore internacional de sintomas prostáticos I-PSS. Exames laboratoriais e de imagem: · Solicitados para afastar diagnósticos diferenciais. · PSA: É uma glicoproteína produzida pela próstata. É usado para afastar o CA próstata. O PSA não se altera muito na hiperplasia prostática benigna, quando está muito alto, suspeitar de CA próstata. Acima de 60 anos, o valor de referencia é < 4. Diagnósticos diferenciais: · CA próstata · Infecção urinaria · Cálculos urinários · Bexiga hiperativa · Prostatite 7. COMPLICAÇÕES. · Retenção urinária aguda: como a próstata está aumentada, há obstrução da uretra, gerando os sintomas obstrutivos. Com isso, há dificuldade na eliminação da urina, gerando retenção urinária e formação de bexigoma. O diagnóstico é clínico, paciente com queixa de não conseguir urinar e ao exame físico palpa uma massa dolorosa que é um bexigoma. Deve-se colocar sonda vesical de alivio. · IRA pós renal: a hiperplasia prostática é uma causa de insuficiência renal aguda pós renal, pois o fluxo urinário está obstruído. · Infecção do trato urinário: cistite, pielonefrite, prostatites e bacteremia. · Litíase vesical: há estase urinária, os cristais precipita, forma cálculos de ácido úrico, oxalato de cálcio ou fosfato amoniacal. · Hematúria: sangramento da bexiga, pois está superdistendida, ou da próstata. A conduta na hematúria devido a obstrução pela próstata aumentada é colocar uma sonda de três vias e fazer irrigação. 8. TRATAMENTO. Tratamento farmacológico: · Pode utilizar comprimidos combinados, como Doxazosina + Finasterida ou tansulosina + dutasterida. · Quando indicar os combinados: tem aumento da próstata e não urina bem, tem muitos sintomas obstrutivos. Tratamento cirúrgico: · Indicações de tratamento cirúrgico: falha do tratamento clínico ou complicações da hiperplasia prostática benigna. · Ressecção transuretral da próstata (RTU): padrão ouro, pode fazer em todos os casos. · Prostatectomia: indicado em próstatas acima de 80 a 100g. Deixar a sonda vesical 48h ou 4 a 5 dias se cirurgia aberta. Zona da próstata onde ocorre a hiperplasia prostática benigna: Zona de transição Zona da próstata onde ocorre a maioria dos adenoCA: Zona periférica É um aumento da próstata, com características benignas. Há uma expansão nodular dos elementos da glândula prostática (estroma, epitélio ou ambos) na zona de transição. É muito prevalente, é uma condição natural do envelhecimento masculino. HPB histológica: há evidencias microscópicas de hiperplasia do estroma e epitélio da próstata HPB macroscópica: é o aumento do volume prostático secundário a proliferação do estroma e epitélio. No toque é possível palpar aumento da próstata e na US também mostra. HPB clínica: há sintomas causados pela hiperplasia benigna Sintomas obstrutivos: jato fraco Sintomas irritativos: jato interrompido esforço miccional sensação de esvaziamento incompleto incontinência paradoxal hesitação retenção urinária. urgência incontinência de urgência polaciúria capacidade reduzida dor suprapúbica noctúria (interrompe o sono, pode causar déficit cognitivo). Esses sintomas estão relacionados ao músculo detrusor e instabilidade da bexiga. A testosterona é transformada em diidrotestosterona pela enzima 5 alfa redutase A diidrotestosterona estimula o crescimento da próstata, com hiperplasia na zona de transição Também há estimulo simpático, fazendo a próstata contrair mais O tratamento medicamentoso se baseia em agir no estimulo simpático e na enzima 5 alfa redutase. Logo, são usados bloqueadores adrenérgicos e inibidores da 5 alfa redutase. Anamnese + exame físico Exames laboratoriais e imagem Diagnóstico HPB EQU: afastar infecção urinária PSA total e livre: afastar CA próstata. Fazer a relação do PSA livre/total. Acima de 0,25 indica a hiperplasia benigna e não neoplasia. Ureia e creatinina: avaliar a função renal, pois a obstrução prostática pode causar IRA pós renal US de vias urinárias + próstata Glicemia de jejum: a polaciúria e noctúria podem ser causadas por hiperglicemia Urofluxometria: o jato urinário normal é 10 ml/s. Assintomáticos ou com sintomas leves, sem complicações: Acompanhar anualmente Sintomas moderados: Tratamento farmacológico Sintomas graves: Iniciar com tratamento farmacológico. Na falha no tratamento clínico, cirurgia Inibidores da 5 alfa redutase: Inibe a conversão de testosterona em di-hidrotestosterona. Finasterida (1mg para queda de cabelo e 5mg para próstata) e dutasterida 0,5 mg. Causam diminuição do volume prostático por causa da inibição da di-hidrotestosterona. Tem efeito mais devagar. Bloqueadores alfa adrenérgicos: Não seletivos (doxazosina) ou alfa 1 seletivos (tansulosina). Tem ação mais imediata que os inibidores da 5 alfa redutase Doxazosina 2 e 4 mg (usar a noite, pois pode causar hipotensão e tontura) e tansulosina 0,4 mg (é seletivo, 1x dia, de manhã). Abrem o colo vesical, causam relaxamento da musculatura lisa do colo vesical e da próstata, age nos sintomas obstrutivos. Zona central Zona de transição: circunda a ureta. Local da HPB, por isso causa sintomas urinários Zona periférica:é onde fica a maioria do tecdio glandular, por isso é local dos adenoCA, é a zona palpada no toque
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