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PNEUMOTÓRAX. 1. INTRODUÇÃO. O que é: · Ar no espaço pleural. · O espaço pleural é um espaço virtual entre as pleuras visceral e parietal. O normal é ter alguns ml de líquido para evitar o colabamento do pulmão. Fisiologia: · A pressão intratorácica é negativa, para manter os pulmões cheios de ar e não colabar quando expira, pois a pressão atmosférica é positiva. Quando tem ar (vindo da atmosfera) no espaço pleural, a pressão aumenta, por isso o pulmão colaba. · Quando a pressão intrapleural é maior que a pressão atmosférica ocorre um pneumotórax hipertensivo. Nessa situação, o ar apenas está entrando, porém não consegue sair. Isso causa deslocamento das estruturas do mediastino, podendo colabar a veia cava, diminuindo o retorno venoso e gerando um choque obstrutivo. 2. TIPOS DE PNEUMOTÓRAX. Pneumotórax espontâneo: · Primário: ocorre em homens altos e magros, sem doença pulmonar prévia, que possuem bolhas subpleurais. · Secundário: ocorre em pacientes com doença pulmonar prévia, como DPOC, tuberculose, infecção, asma. Pneumotórax não espontâneo: · Traumático: pode ser aberto (o ar da atmosfera entra e sai por um buraco no tórax, fazer curativo de três pontas), fechado (pelo trauma, a pleura rompe, entrando ar da via aérea e saindo por esta também), hipertensivo. · Iatrogênico: acesso venoso central, biópsias, ventilação mecânica (colocando excesso de pressão), massagem cardíaca. 3. APRESENTAÇÃO CLÍNICA. · Dor torácica ventilatório dependente · Dispneia de início agudo · Tosse · Diminuição do MV no lado do pneumotórax · Hipertimpanismo a percussão no lado do pneumotórax · Redução da expansibilidade torácica · Enfisema subcutâneo 4. DIAGNÓSTICO. · O exame de imagem inicial é o raio X de tórax. · Nos pacientes do trauma com suspeita de pneumotórax hipertensivo não dá tempo de fazer raio X, pois estão chocados. Tem fazer punção no 5 espaço intercostal. O paciente evolui com taquicardia, taquipneia, hipotensão, desvio da traqueia, distensão jugular. 5. TRATAMENTO. Pneumotórax espontâneo: Primário (sem doença pulmonar prévia): · Pequeno, assintomático, sem queixa de dispneia: tratamento conservador. Dar O2 suplementar, repetir raio X em 48h. Se piora do quadro colocar dreno de tórax. · Extenso, sintomático, com dispneia: colocar dreno de tórax. Secundário (com doença pulmonar): · Dreno de tórax. Pneumotórax não espontâneo ou traumático: · Pneumotórax aberto: curativo de três pontas. Quando o paciente inspira, o curativo oclui, fazendo com que o ar entre apenas pela via aérea. Quando o paciente expira o curativo se abre. · Pneumotórax fechado: punção de alívio no 5 espaço intercostal e depois colocação de dreno de tórax. · Pneumotórax hipertensivo: punção de alívio com agulha grossa no 5 espaço intercostal, linha hemiclavicular ou hemiaxilar, estabilização hemodinâmica e colocação de dreno de tórax. Atenção: O pneumotórax aberto não tem como se tornar hipertensivo, pois a pressão intrapleural está igual a pressão atmosférica. O pneumotórax fechado pode se tornar hipertensivo, mas isso não é comum.
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