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Universidade de Pernambuco (UPE) Escola Politécnica de Pernambuco (POLI) Curso de Engenharia Civil ESTRADAS 2 Professor: Dr. José Orlando Vieira Filho Email: jovf@globo.com AULA 07: ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO E CBR COMPACTAÇÃO DE SOLOS 1. Introdução Compactação é o processo mecânico que visa reduzir os vazios do solo ou da camada de solo compactada, ou seja, aumentando a compacidade, a resistência e a estabilidade e diminuindo a permeabilidade dos maciços compactados. COMPACTAÇÃO DE SOLOS 2. Fatores que interferem na compactação: • Teor de umidade do solo; • Natureza do solo; • Energia de compactação; • Processo de compactação utilizado. COMPACTAÇÃO DE SOLOS 3. Ensaio de Compactação (Energia de Compactação): 𝐸𝑐 = 𝑃. ℎ. 𝑁. 𝑛 𝑉 • Ec = energia de compactação; • P = peso do soquete utilizado no ensaio de laboratório; • h = altura de queda do soquete; • N = número de golpes do soquete por camada; • n = número de camadas compactadas; • V = volume do corpo de prova. COMPACTAÇÃO DE SOLOS (Ralph Proctor, 1933) 4. Ensaio de Compactação (03 Energias utilizadas no Brasil): a) Energia do Proctor Normal (AASHTO Normal = 59,8 kgm/m³) (PN) b) Energia do Proctor Intermediário (AASHTO Intermediário = 129,4 kgm/m³) (PI) c) Energia do Proctor Modificado (AASHTO Modificado = 271,1 kgm/m³) (PM) Terraplenagem, Pavimentação e Respectivas Energias Camadas do Pavimento (PI e PM) Terraplenagem: Camadas Inferiores de Corpo de Aterro (PN) Terraplenagem: Camadas Finais de Aterro com Material Selecionado (MS); Espessura ≥ 60 cm. (PI) Terraplenagem Pavimentação 4. Ensaio de Compactação (03 Energias utilizadas no Brasil): • Energia do Proctor Normal (PN) • Energia do Proctor Intermediário (PI) • Energia do Proctor Modificado (PM) COMPACTAÇÃO DE SOLOS • Aplicada para as Camadas de Corpo de Aterro de Terraplenagem • Aplicada para as Camadas finais de aterro de Terraplenagem com Material Selecionado (MS); • Aplicada para as Camadas do Pavimento: ✓ Regularização do Subleito ✓ Camada de Reforço do Subleito ✓ Camada de Sub-base ✓ Camada de Base (eventualmente) • Aplicada para Camada de Base de pavimentos (Ex.: BGS) 5. Exemplo de Curva de Resultado do Ensaio de Compactação (Energia: Proctor Intermediário) 1,650 1,700 1,750 1,800 1,850 7 8 9 10 11 12 13 14 D e n s id a d e M á x im a - g /c m 3 Teor de Umidade ( % ) ABNT NBR 7182:2016 DNER-ME 162/94 Elementos Resultantes do Ensaio de Compactação: • Curva de Compactação para uma dada Energia • Massa específica seca aparente máxima: γmáx = Dmáx = 1,805 g/cm³ = 1,805 kg/m³ • Umidade ótima: hot = 10,6 % 0 COMPACTAÇÃO DE SOLOS 6. Curva Resultante de Ensaio (“Mecanismo da Compactação”) Ramo Seco = trecho da curva antes do ponto máximo de Massa Específica Aparente Seca Ramo Úmido = trecho da curva após ponto máximo de Massa Específica Aparente Seca Obs.: Para o mesmo material, aumentando-se a energia de compactação, aumenta-se a Massa Específica Aparente Seca (ou Densidade Máxima) e reduz-se a Umidade Ótima de compactação. Elementos obtidos em Ensaio de Compactação para uma Determinada Energia: • A curva de Compactação • A γsmáx = Dmáx (g/cm³ ou kg/m³) • hot (%) 0 8 12 16 20 24 ENSAIO DE ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (ISC) OU “CALIFORNIA BEARING RATIO” (CBR) (O.J.Porter, 1929) 1. Introdução Consta em verificar a penetração de um pistão em um solo compactado com uma dada energia, em condições padronizadas, e comparar com uma “brita ideal”, para a qual foi atribuído o valor de 100% para esta penetração, nas mesmas condições. ENSAIO DE ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (ISC) OU “CALIFORNIA BEARING RATIO” (CBR) 2. Importância do Ensaio CBR (o resultado é expresso em %): Avalia a “resistência de um material”, comparativamente com uma “brita ideal”, adotada com padrão (considerada como 100%) e é utilizada como base para diversos métodos de dimensionamento de pavimentos, principalmente os flexíveis. 3. ENSAIO DE ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA Anel dinamométrico calibrado Macaco • Prensa para ruptura do corpo de prova: • O corpo de prova é previamente compactado para uma energia específica e ensaiado (“rompido”) após 04 (quatro) dias em imersão em água, para se avaliar a “expansão e simular as condições desfavoráveis de saturação do material 4. Diagrama Pressão x Penetração Resultante do Ensaio Penetração (mm) Penetração Padrão: 2,54 mm → 70 Kgf/cm² 5,08 mm → 105Kgf/cm² Legenda: P1 e P2 : Pressões lidas para 2,54 mm e 5,08 mm P1’ e P2’ : Pressões corrigidas para 2,54 mm e 5,08 mm P re s s ã o ( K g f/ c m ²) 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 P re ss ão K g/ cm ² Penetração (Pol.) P1 = 50 ABNT NBR 9895:2016 Versão Corrigida:2017 DNER-ME 172/16 C C C P2 = 88 2,54 mm 5,08 mm Cálculos: CBR(1) = (50/70) x 100 ≈ 71,4 ≈ 71% CBR(2) = (88/105) x 100 ≈ 83,8 ≈ 84% CBR (final) ≈ 84% 5. Exemplo de Curva de Resultado do Ensaio de Índice de Suporte Califónia (ISC) / California Bearing Ratio (CBR) (Energia: Proctor Intermediário)
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