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FISIOLOGIA GLÂNDULAS ANEXAS SISTEMA DIGESTÓRIO

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FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO – GLÂNDULAS ANEXAS
→ REGIÕES DO ABDÔMEN
-O estômago propulsiona o alimento por meio do esfincter pilórico através do 
aumento da pressão causado pela contração.
-O alimento chega ao duodeno e estimula a secreção de substâncias 
-O alimento rico em gordura no duodeno vai ser captado por células i, 
presentes na mucosa, as quais vão estimular a secreção de CCK.
-A CCK produzida pela célula i, cai na circulação e alcança a vesícula biliar, 
estimulando diretamente a sua contração, havendo a secreção da bile.
-Além disso, a CCK estimula o relaxamento do esfincter de Oddi
-Alguns livros falam que a CCK estimula a liberação de acetil colina e assim a 
contração da vesícula. Porém ainda não existe um consenso.
-O que se sabe é que tanto a CCK, quanto a acetil colina estimulam a 
contração da vesícula e liberação da bile. 
VESÍCULA BILIAR
-Localizada no hipocôndrio direito
-Armazena e secreta a bile 
→ SECREÇÃO BILIAR – COMPOSIÇÃO
→ SAIS BILIARES
-EMULSIFICAÇÃO
• Mistura de duas substâncias que não se misturariam, mas que ficam 
estáveis. Exemplo: óleo e água → ao adicionar o detergente ficam 
estáveis um no meio do outro
-Os sais biliares possuem característica anfipática (porção polar e outra 
apolar). Isso possibilita com que a gordura fique entre a água, possibilitando 
sua mistura.
-Os sais biliares separam o gotão de gordura em gotas menores e não permite
o seu reagrupamento devido à presença das cargas. Aumentam a superfície de
contato para melhor ação das lipases.
-FORMAÇÃO DE MICELAS
-A bile contém fosfolipídios, estes
envolvem a gota lipídica menor e
formam micelas.
-Os fosfolipídios possuem uma
porção polar que fica voltada para a
água e a porção apolar para a
gordura, se reorganizando em
estruturas energeticamente
favoráveis (micelas).
-As micelas conseguem atravessar a célula epitelial e formam os quilomícrons, 
os quais são direcionados para a circulação.
→ REAPROVEITAMENTO DOS SAIS BILIARES
-Os sais biliares que não foram utilizados são
reabsorvidos por transporte ativo na porção final do
intestino delgado (no íleo terminal).
-São passados para a circulação porta e encaminhados
de volta para o fígado por meio da circulação
enterohepática.
OBS. SENSAÇÃO DE MÁ DIGESTÃO
-É decorrente da ação da CCK → estímulo da
contração biliar → liberação da bile
-A CCK também está relacionada com o atraso do
esvaziamento gástrico no estômago → o alimento
fica parado no estômago por mais tempo e leva a
sensação de má digestão. 
ESCOPOLAMINA
-É uma droga utilizada para tratar a dor em
cólica.
-É um antagonista de receptor muscarínico, se liga
ao receptor e bloqueia sua ação. Atua competindo
com a acetilcolina para se ligar em seu receptor.
-O receptor muscarínico é o qual a acetil colina se
liga para desencadear sua função, no caso,
contração da vesícula biliar.
-Com o cálculo de vesícula, a sua contração é o que
leva a dor, portanto, o uso de escopolamina é útil
no sentido de bloquear o receptor, impedindo a
ação da acetilcolina e assim evitando a contração
que geraria dor. 
-Não existe inibidor/bloqueador de CCK, portanto,
ainda existe o seu estímulo, sendo o que é inibido
oriundo da acetilcolina.
SINTOMAS DA PACIENTE: DOR EM FAIXA NO ABDOME, IRRADIAÇÃO PARA
AS COSTAS, OLHOS AMARELOS E BILIRRUBINA DIRETA ELEVADA
BILIRRUBINA
-É um produto de secreção da bile 
-É resultado da degradação das hemácias, que possuem vida útil de cerca de 
60 a 90 dias e sofrem degradação pelos macrófagos no baço. 
-A degradação das hemácias leva a liberação do grupo heme (presença do 
ferro) e de globinas. As globinas serão reaproveitadas (aminoácidos), porém o 
grupo heme sofre ação de duas enzimas:
Grupo Heme → ação da hemioxidase → formação de biliverdina → sofre ação 
da enzima biliverdina redutase – converte a biliverdina em → bilirrubina → 
forma-se a bilirrubina indireta/ livre
-Essa bilirrubina indireta não é solúvel no sangue (lipossolúvel) e precisa se 
ligar a albumina para ser transportada. 
-A bilirrubina ligada a albumina circula no sangue e é captada pelos 
hepatócitos, que conseguem “desligar” a bilirrubina da albumina. 
-A bilirrubina captada pelo hepatócito sofre a ação de outra enzima → UDP 
glucaranil transferase
-Essa enzima ela vai adicionar um ácido glicorônico à bilirrubina → formando 
a bilirrubina direta/ conjugada
-Essa bilirrubina direta é transportada pelos canalículos biliares e vai ser 
secretada junto com os sais biliares na bile. 
-No exame, é apontado que a bilirrubina direta estava elevada, portanto, isso 
sinaliza que a função hepática está preservada, pois o fígado está conseguindo 
realizar a conjugação adequada. 
-Assim, o problema é extra-
hepático
-A bilirrubina secretada na bile,
quando alcança o duodeno, sofre
ação das bactérias intestinais e é
convertida em urobilinogênio.
-O urobilinogênio pode ser
reabsorvido e ser excretado na
urina → é um dos fatores que
compões a coloração da urina.
-Se não reabsorvido, o
urobilinogênio é convertido em
estercobilina e irá compor as fezes,
colaborando para sua coloração. 
-Problemas na secreção da
bilirrubina no duodeno serão
detectados na coloração das fezes. 
PÂNCREAS
-Glândula mista
→ PORÇÃO EXÓCRINA
-Secreção rica em bicarbonato → aumentar o ph no duodeno
• Estímulo para liberação de bicarbonato é o quimo ácido que chega do 
estômago → estimula as células S a produzirem secretina pela mucosa 
duodenal → liberada no sangue, vai atuar nas células do duto 
pancreático levando ao aumento da secreção de bicarbonato, sendo a 
intensidade desta secreção diretamente relacionada com a quantidade 
ácida do quimo. 
-Secreção de enzimas digestivas
• A presença do alimento no lúmen duodenal estimula a célula I a 
aumentar a liberação de CCK → CCK elevada no sangue estimula células 
acinares pancreáticas a liberarem enzimas digestórias no lúmen 
duodenal
• Enzimas: algumas estão na forma ativa → amilase e lipase. Já outras 
encontram-se na forma inativa para não digerir o próprio órgão → 
proteases e nucleases.
• As formas inativas sofrem ação do Inibidor de pepsinogênio
-As enzimas são lançadas na luz do duodeno na forma inativa. A 
enteroquinase, enzima produzida pelo epitélio duodenal, ativa o tripsinogênio, 
que leva a uma cascata de ativação das outras enzimas digestivas que estavam 
inativas. 
CÁLCULO BILIAR → PANCREATITE
-Movimentação do cálculo pelos túbulos comuns entre vesícula e pâncreas 
-Entupimento do vaso e obstrução, levando ao acúmulo dos produtos de 
secreção do pâncreas 
-Auto ativação do pepsinogênio levando a digestão do órgão e inflamação do 
tecido.

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