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Sistema único de saúde – Histórico 
Antecedentes históricos 
O Rio de Janeiro no início do século XX era 
conhecido como túmulo dos estrangeiros e 
considerado um desafio ao desenvolvimento 
do país. O presidente Rodrigues Alves, ciente 
da importância de ter uma capital moderna, 
estabeleceu como prioridade o saneamento 
e a reforma Urbana da cidade. Para isso virgula 
convidou o sanitarista Oswaldo Cruz para a 
Diretoria Geral de Saúde Pública, o que iria 
inaugurar a Nova Era para a higiene nacional. 
 A preocupação era o crescimento 
econômico do país, precisavam de 
trabalhadores saudáveis 
 As pessoas pobres e doentes, 
contavam com os préstimos de 
curandeiros ou dependiam do 
atendimento de hospitais filantrópicos 
(santas Casas de misericórdia). 
Às políticas públicas de saúde cabiam o 
controle das doenças epidêmicas do espaço 
urbano e do padrão de higiene das classes 
populares 
 Prevenção e educação 
Rodrigues Alves 1902 a 1906 
Em 1904 houve uma campanha de vacinação 
obrigatória no Rio de Janeiro, liderada pelo 
médico sanitarista Oswaldo Cruz. Mesmo 
objetivo sendo positivo, ela foi aplicada de 
forma autoritária e violenta (polícia médica). 
Em alguns casos os agentes sanitários 
invadiam as casas e vacinavam as pessoas a 
força essa virgula provocando revolta nas 
pessoas. 
De 1923 a 1930 
Arthur Bernardes (1922-26) Washington Luís 
(1926-30) 
Publicada em 24/01/1923, a lei Eloy Chaves 
criou a caixa de aposentadorias e pensões 
para os empregados das empresas 
ferroviárias 
 Marco inicial da Previdência Social no 
Brasil 
 A lei aprovava o desconto de 3% 
do salário dos trabalhadores + 1% da 
renda bruta das empresas. Esse 
dinheiro era depositado no que ficou 
conhecida como Caixa de 
Aposentadorias e Pensões – CAP 
 Financiava o tratamento médico, 
compra de medicamentos, auxílio 
funeral dos trabalhadores, com 
direito de pensão aos herdeiros. 
 Entre 1923 e 1930 foram criadas 
mais de 40 CAPS cobrindo mais de 
140 mil beneficiários 
 No período das CAPs, pelo menos 
até 1930, a assistência médica era 
colocada como prerrogativa 
fundamental deste em embrionário 
sistema previdenciário e foi bastante 
desenvolvida a estruturação de uma 
rede própria 
Assistência médica como atribuição das caps 
através de serviços próprios 
Sanitarismo Campanhista - como modelo da 
saúde pública (combate de endemias, como 
malária e febre amarela) 
Criação do Departamento Nacional de Saúde 
Pública 
Carlos Chagas assumiu a direção do instituto 
Oswaldo Cruz, em 1917. Ele reorganizou os 
serviços de saúde pública e criou o 
departamento nacional de saúde pública. 
Foram iniciadas as atividades do serviço de 
profilaxia rural e o uso de medicamentos para 
o combate à malária. 
Era Vargas 
Getúlio Vargas (1930-1945) 
Período marcado pela profunda centralização 
e maior participação estatal nas políticas 
públicas que, em razão da característica do 
governo ditatorial, se manifestaram em 
medidas essencialmente populistas 
 As leis trabalhistas foram consolidadas 
e criado o Ministério do trabalho 
Foi criado o Ministério dos Negócios da 
Educação e Saúde Pública (depois passou a 
Ministério da Educação e da Saúde) 
As CAPs passaram a ter mais participação do 
Estado e a ser chamadas de IAPs - Instituto 
de aposentadorias e pensões, beneficiando 
um número cada vez maior de trabalhadores 
com carteira assinada e seus dependentes 
Nessa fase, há uma maior contenção de 
gastos, tendo a previdência atravessava um 
período de acumulação crescente, tornando 
a assistência ao item secundário dentro dos 
Institutos 
Governo desenvolvimentista 
Juscelino Kubitschek de 1956 a 1961 
Período marcado pelo bom desempenho da 
economia, porém foi acompanhado de um 
forte crescimento da inflação e de um 
descontrole das contas públicas. 
 Durante o governo de JK o PIB 
brasileiro cresceu 47,5% 
 Forte processo de industrialização 
nos 5 anos de governo (50 anos em 
5) 
 Crescimento da indústria 
farmacêutica e de equipamentos 
médico-hospitalares 
Obs.: o acesso continuava restrito 
 Criado o Ministério da Saúde em 
1953, entretanto observou-se a 
expansão da assistência médico-
hospitalar em detrimento da saúde 
pública 
 Aparecimento da medicina de grupo 
Regime militar 
De 1964 a 1985 
Período marcado pela regressão 
 Em 1966 ocorre a fusão dos IAP para 
criar um instituto nacional de 
previdência social INPS 
 CAP de 1923 a 1930, IAP era Vargas, 
INPS ditadura militar (Convênios entre 
o ENPS e empresas médicas) 
 O estado passou a ser o grande 
gerenciador do sistema de seguro 
social, na medida em que aumentou 
o seu poder nas frentes econômicas 
e políticas, pelo aumento nas 
alíquotas e também no controle 
governamental através da extinção 
da participação dos usuários na 
gestão do sistema, antes permitida 
na vigência das caps e dos iaps. 
Como também era gasto o dinheiro da 
previdência? 
Era Vargas - companhia siderúrgica nacional 
JK - Construção de Brasília 
Regime militar – Transamazônica 
 Criação do Ministério da previdência 
assistência social em 1974 
 Sistema nacional de previdência e 
assistência social 1977 
1. IAPAS (Instituto de 
administração financeira da 
previdência e assistência 
social) 
2. INSP (instituto nacional de 
previdência social) 
3. INAMPS (Instituto nacional de 
assistência médica da 
previdência social) 
 A lógica da prestação de assistência 
à saúde pelo INAMPS privilegiava a 
compra de serviços das grandes 
corporações médicas privadas, 
notadamente hospitais e 
multinacionais fabricantes de 
medicamentos. 
Modelo hospitalocêntrico 
A compra de serviços do setor privado 
sustentava a lógica organizacional da 
prestação de serviços em saúde justificada 
por ser tecnicamente mais viável. 
 Hospital no centro, tudo centrado no 
hospital. Preocupação somente com 
a doença 
Modelo excludente provocou uma 
capitalização crescente do setor privado, no 
entanto, não se traduziu em qualidade da 
assistência. Ao contrário, sucateou o sistema 
de saúde. 
Ministério da Previdência e 
Assistência Social 
 Previdência social 
 Assistência social 
 Assistência médico-hospitalar 
Investimento maciço: recursos financeiros, 
alta tecnologia, indústria farmacêutica, 
especialização profissional 
Ministério da Saúde 
Interiorização das ações em saúde, 
saneamento, programas preventivos (vacinas, 
tratamento das águas de abastecimento 
público) 
 Saúde Pública – Escassez de 
recursos: financeiro, humanos (baixo 
investimento em qualificação 
profissional) 
Na década de 1970 os indicadores de saúde 
da época, entre eles o coeficiente de 
mortalidade infantil, pioraram 
assustadoramente, mesmo em grandes 
cidades como São Paulo e Belo Horizonte. 
 
Movimentos de resistência 
Académica 
Construção de saberes baseados na revisão 
do conceito saúde-doença da própria 
concepção geral de saúde e dela como um 
direito de cidadania. Criação da Abrasco do 
Cebes 
Técnico-experimental 
Trabalhadores da saúde e, especialmente, 
gestores do setor implementavam ações e 
práticas em saúde norteadas pelos 
direcionamentos dados pela conferência de 
Alma - Ata 
Política 
Adeptos e simpatizantes dos movimentos de 
mudança do modelo de saúde, militavam na 
política, sejam como apoiadores ou como 
candidatos ao executivo ou legislativo 
Social (a mais importante) 
Movimentos populares ligados a sindicatos, 
associação de moradores e igrejas se 
configuravam como eixo estruturante 
ideológico, tendo ampla representação e de 
fusão 
A coesão desses grupos foi possível pelo 
contexto histórico e político de repressão, 
motivando o Movimento pela reforma 
sanitária 
 
VIII Conferência Nacional de Saúde – 
março de 1986 
Veio uma tal de reforma sanitária e a oitava 
conferência, lá tinha gente simples e gente da 
ciência. Todos pela saúde, assistência social e 
previdência. Tudo numa sójunção. Imagine, 
quem diria?! Mudaram até a Constituição 
 Foi a primeira conferência nacional 
de saúde com ampla participação da 
sociedade civil. As 7 anteriores foram 
pautadas pela discussão 
eminentemente técnica, 
praticamente restrita a gestores e 
técnicos governamentais 
 As principais diretrizes propostas na 
oitava conferência foram 
incorporadas ao texto constitucional 
referente à saúde 
Os eixos temáticos foram: 
I - Saúde como direito 
II - Consolidação dos princípios do sistema 
único de saúde - SUS 
III - Financiamento adequado e suficiente para 
o SUS 
SUS é a expressão concreta de uma história 
de luta pelo direito à saúde 
Constituição cidadã 
Artigo 196 a saúde é direito de todos e dever 
do estado, garantido mediante políticas sociais 
e econômicas que visem à redução do risco 
de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para 
a sua promoção, proteção e recuperação 
Como os princípios do SUS se 
concretizam? 
Lei 8080 – 19/09/1990 
Trata dos princípios doutrinários de 
universalização, equidade e integralidade das 
ações em saúde do processo de 
descentralização, das competências das 
diferentes esferas do governo e da 
organização do SUS 
Lei 8142 – 28/12/1990 
Regulamenta o financiamento da saúde e a 
participação social no SUS, Criando os 
conselhos e as Conferências de Saúde 
Lei Orgânica da Saúde 
Princípios doutrinários ou 
finalísticos do SUS 
Universalidade 
É a garantia do acesso à atenção em saúde 
a todo e qualquer cidadão pelo sistema único 
de saúde 
Equidade 
Atendimento dos cidadãos nos serviços de 
saúde, em todos os níveis de atenção, de 
acordo com as suas necessidades específicas 
Integralidade 
Considera o indivíduo como um todo, 
entende suas necessidades e garante o seu 
acesso em todos os níveis de atenção 
Princípios organizativos do SUS 
Descentralização 
Garante a transferência de poder de decisão 
sobre a política de saúde nas 3 esferas de 
governo, por meio da redefinição de funções 
e responsabilidades administrativas, além de 
repasses financeiros 
 União, estadual e municipal 
Hierarquização 
Possibilita a organização dos diversos pontos 
de assistência de acordo com o grau de 
densidade tecnológica, isto é, o 
estabelecimento de uma rede que articula as 
unidades mais simples às unidades mais 
complexas, através de um sistema de 
referência e contra referência de usuários e 
de informações, viabilizando o atendimento 
em todos os níveis de atenção 
Regionalização 
Delimitação de uma base territorial para a 
organização e a atuação do sistema de saúde 
para além dos limites político-administrativos 
do país. 
Participação social 
Espaços permanentes de deliberação, de 
caráter consultivo, normativo e fiscalizador 
das ações e políticas de saúde. São 
compostos por gestores, trabalhadores, 
prestadores de serviços da área e usuários, 
estabelecidas nos níveis federal, estadual e 
municipal

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