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Amanda Mendonça PATOLOGIA ÓSSEA ODONTOGÊNESE IMPERFEITA (DOENÇA DO OSSO QUEBRADIÇO): - Causa: hereditária; - Características: baixa densidade óssea e fragilidade; pode ser caracterizada como leve, moderada e grave; afeta dentina, pele, osso e outros; mesmas características de dentinogênese imperfeita; dentição azul, amarelada ou marrom; os defeitos na dentina subjacente podem acarretar atrição grave, perda na dimensão vertical e provável perda dentária; normalmente tais pacientes possuem face triangular, proeminência occipital e base do crânio achatada; ocorre a prevalência de má oclusão classe III, mordida cruzada e aberta. Em radiografia, nota uma obliteração pulpar prematura. - Tratamento: fisioterapia, cirurgia ortopédica, bifosfonatos intravenosos em crianças com casos moderados e graves. Instalação de implantes dentário ocorre em poucos casos. Em pacientes de má oclusão grave, cirurgia ortognática e tratamento ortodôntico são realizados. DISOSTOSE CLEIDOCRANIANA (DISPLASIA CLEIDOCRANIANA): - Causa: mutações genéticas. - Características: odontogênese; defeitos ósseos em clavícula e crânio; baixa estatura, crânio aumentado, braquicefalia, proeminência frontal, bossa parietal; hipertelorismo, base nasal larga; palato ogival e estreito; prevalência de fenda palatina; retenção de dentes decíduos ou retardo ou total falha em erupção de permanentes; espaço anormal em região de incisivos inferiores pelo alargamento de osso alveolar; falta de erupção de vários dentes e supernumerários (mais de 60) e apresentam alteração na forma de coroa e de raiz; cistos dentígeros podem surgir com dentes inclusos; seios maxilares pequenos ou ausentes. - Tratamento: remover os supranumerários e realizar o tracionamento dos dentes permanentes; pode realizar exodontias em estágios de acordo com o desenvolvimento da raiz em dentição permanente não irrompida ou em uma só vez; em caso de encurtamento de altura inferior de face e prognatismo, recomenda-se cirurgia ortognática antes do crescimento completo; pode ocorrer também exodontia total, autotransplante de dentes impactados seguidos de confecção de próteses. DOENÇA DE PAGEt DO OSSO (OSTEÍTE DEFORMANTE): - Causa: desconhecida, mas fatores genéticos e ambientais são considerados. - Características: reabsorção e deposição óssea anárquica e anormal, resultando em enfraquecimento esquelético; ossos alargados e enfraquecidos; há envolvimento no crânio que causa aumento de sua circunferência; acomete mais maxila que mandíbula, alargando seu terço médio da face, obstruindo vias nasais, desviando o septo e etc; pode causar diastema; pode gerar leontíase óssea em casos extremos; o dente pode demonstrar hipercementose generalizada; há dificuldades de exodontia em dentes com hipercementose; pobre cicatrização de feridas orais. - Tratamento: pacientes assintomáticos com limitações -> não requer tratamento; pacientes sintomáticos ou com comprometimento sistêmico -> terapia com bifosfonatos. LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES: - Causa: desconhecida; assemelha-se a neoplasia benigna. - Características: lesões radiograficamente radiolúcidas uniloculares ou multiloculares de 5 a 10cm. - Tratamento: curetagem. QUERUBISMO: - Causa: doença autossômica dominante; mutação genética. - Características: aumento da osteoclastogênese e osteoclastos; acomete principalmente ossos gnáticos; semelhança a aparência de anjos querubins – expansão indolor de bochechas; em estágio inicial ocorre linfadenopatia cervical acentuada; em casos graves há aspectos de ‘’olhos voltados para o céu’’; em casos graves atinge quase toda a mandíbula e maxila; alterações que costumam progredir até a puberdade e se estabilizam ou regridem lentamente; falha em erupção dentária, prejuízos ao mastigar, dificuldades em falar, vias aéreas obstruidas, pode haver perda de visão ou audição; radiograficamente enxerga-se reabsorção de raiz. - Tratamento: normalmente esta regride espontaneamente após a puberdade; pode haver intervenção cirúrgica como curetagem, recontorno, ressecção parcial ou completa, preenchimento com osso enponjoso autógeno ou com enxerto de medula óssea; manejos dentários como exodontia, extrusão ortodôntica em dentes impactados, ortodontia e próteses podem ser indicados. CISTO ÓSSEO SIMPLES (CISTO ÓSSEO TRAUMÁTICO; CAVIDADE ÓSSEA IDIOPÁTICA): - Causa: desconhecida: teoria de trauma-hemorragia. - Características: cavidade óssea vazia ou com conteúdp fluido; predomina a mandíbula em região de PM e M; volume indolor na área afetada geralmente – descobre com radiografia de rotina; ocorre reabsorção de raiz, perda de lâmina dura, expansão cortical na maioria dos casos. Para estabelecer diagnóstico, deve haver exploração cirúrgica. - Tratamento: exploração cirúrgica e curetagem. CISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO: - Causa: pouco compreedida, é considerada lesão reacional; - Características: acúmulo intraósseo de espaços preenchidos por sangue e circundados por tecido conjuntico fibroso e osso reativo; mais frequente em mandíbula; rápido aumento de volume; má oclusão e reabsorção de dentes envolvidos acaba por ocorrer. Trauma, malformação vascular ou neoplasia pode resultar em aumento de hemorragia e osteólise. - Tratamento: curetagem ou enucleação, ressecção em bloco apenas em lesões extensas ou recorrentes. LESÕES FIBRO-ÓSSEAS DOS OSSOS GNÁTICOS OSTEOSSARCOMA: - Causa: desconhecida; - Características: lesão maligna óssea mais comum; classifica-se em central (surge dentro da medula óssea), superficial (surge da região justacortical) ou esquelética (raro – surge de tecido mole); aumento de volume doloroso; mobilidade dentária; parestesia; obstrução nasal; acomete mandíbula e maxila. - Tratamento: ressecção cirúrgica. Quimio e radioterapia são consideradas em pouquíssimos casos. CONDROSSARCOMA: - Causa: alterações genéticas. - Características: perileção por maxila; neoplaisa maligna onde células neoplásicas formam cartilagem; aumento de volume indolor; em maxila causa obstrução nasal, congestão, fotofobia ou perda visual; em mandíbula causa separação ou perda de dentes. - Tratamento: ressecção cirúrgica.
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