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LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS ATIVIDADE DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ARTES VISUAIS (ATIVIDADES ALTERNATIVAS) TAMIRYS COLMAN ARAUJO 1983919 GUARUJÁ 2021 Esse relatório tem como principal objetivo rever e analisar os principais pontos do episódio 'O Papel da Educação Integral em Tempos de Crise', da psicóloga Natasha Costa, que também é diretora da Associação Cidade Escolar Aprendiz, membro da comissão editorial de educação em tempo integral da Fundaj/MEC e da rede de inovação e criatividade na educação da fundação SM, que reúne educadores da América Latina e Espanha. A vida de gestores, professores, familiares e estudantes têm sido cotidianamente afetadas de diferentes maneiras, ainda estão lidando com uma série de duvidas, e uma delas o posicionamento do CNE e das resoluções previstas na LDB, que sejam estruturadas nos próximos meses atividades não presenciais, inclusive no ensino fundamental, para o cumprimento de carga horária prevista. Importante manter a ideia que estudantes engajados em atividades propostas pelas escolas é desejáveis e relevantes. Entretanto, é fundamental aprofundarmos coletivamente nossa reflexão a respeito dos objetivos que estas atividades não presenciais devem ter nesse momento, considerando todos os aspectos que impactam as redes, escolas, profissionais da educação, famílias e estudantes. Além disso, segundo relatório do UNICEF, metade de nossas crianças e adolescentes vive sob múltiplas privações e, especialmente para eles, a escola é reconhecidamente fator de proteção. Nesse sentido, as condições de vida de milhões de estudantes apresentam diversas barreiras à implementação de propostas que dependam exclusivamente de suas famílias e espaços de moradia. O guia Covid -19, Educação e Proteção de Crianças e adolescentes, elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito a Educação em parceria com a plataforma Cada Criança, aponta que no Brasil 58% dos domicílios não tem acesso a computador e 33% não dispõem de internet. Além disso, relatos dão conta de que os profissionais da educação não se sentem preparados para propor atividades que prescindem da sua mediação e tampouco os pais e mães se sentem capazes para mediar processos de aprendizagem, mesmo nas camadas mais favorecida economicamente. Dessa forma, pensar em diferentes formas de acolhimento, de auxílio e apoio aos professores, às famílias e à comunidade, criando estratégias, também para atrair e engajar os estudantes na vida escolar, sobretudo resguardando a sua saúde mental, almejando um encantamento com o futuro pós-pandemia, fortalece a escola como espaço coletivo. Isso contribuirá de forma significativa para solidificar os vínculos e por essa proximidade, contar com a participação de todos os atores envolvidos na reconstrução da escola, considerando a formação integral dos estudantes, ou seja, contemplando as dimensões: cognitiva, afetiva, ética, estética, social, emocional, cultural e política. Os estudantes, os professores, sua relação com o mundo e com o conhecimento têm pouca atenção. Deixamos em segundo plano a experiência vivida por professores e estudantes neste período, as formas de acolhimento que serão necessárias, o fortalecimento da escola como espaço coletivo, as condições ainda mais adversas a que estudantes, famílias e comunidades possivelmente estiveram e seguirão expostos, as estratégias de engajamento dos estudantes na vida escolar, o encantamento com o futuro pós pandemia. Assim, avaliações em larga escala, excessiva atenção aos conteúdos prescritos, procedimentos que buscam acelerar aprendizagens para responder a testes desconsiderando o contexto, não apenas são estratégias anacrônicas por não responderem às necessidades formativas. É importante manter a conexão dos estudantes com o processo de aprendizagem. Para colocar esse lema em prática, foi elaborado de forma participativa com gestores, professores, em diálogo com as famílias e com as prioridades estabelecidas, o programa “ Ninguém em Casa sem Aprender, porque famílias e escolas estão juntas”. Importante ressaltar que foi prioritário garantir que todos os estudantes estivessem contemplados no programa, por isso as estratégias foram desenhadas assegurando a busca ativa das famílias, o engajamento delas, a criação de conexões entre as famílias para garantir que as informações possam circular e o acompanhamento permanente e personalizado por parte dos professores. Tarumã, por sua vez, também se estruturou observando os princípios da Educação Integral. Hoje Tarumã tem 100% dos pais e mães nos grupos de WhatsApp, são grupos por sala, e todos os professores estão em contato com as famílias. Os gestores e professores fazem um planejamento coletivo quinzenal por série e por área como foco em Português e Matemática e atividades voltadas para cultura, corpo, arte, etc. Concluímos então, que redefinir objetivos, ouvir as famílias para conhecer suas dúvidas, dificuldades, incertezas, anseios objetivando elaborar planejamentos coerentes, conhecer a melhor forma de conexão via internet, com os estudantes, as famílias e a comunidade, fazendo uso de grupos por WhatsApp, enviando atividades por diferentes plataformas, que contemplem todas as dimensões da Educação Integral, com atividades voltadas ao cognitivo, sim, mas também à arte, ao corpo, ao movimento, à cultura, à estética, às emoções, à afetividade e etc. Constituem-se em ações importantes a serem desenvolvidas no momento atual, mas que podem corroborar com o processo de elaboração de um novo currículo adequado na volta às aulas. Muita coisa não será como antes! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Webinar EP 40: O Papel da Educação Integral em Tempos de Crise (com NatachaCosta). YouTube. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fL8JAx8LkWw> Acesso em: 24, Agosto de 2021.
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