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Síndrome de Cri-Du-Chat Discente: Imaculada Conceição Costa Rabelo Pfs Neurológica Infantil II Introdução • Síndrome 5p- (menos), Síndrome de Lejeune ou Síndrome do Miado do Gato; • Geneticista francês Dr. Jérôme Lejeune, em 1963, na França; • Síndrome rara; 2 • De acordo com Hans e Dibbern (1992), a síndrome em questão se revela numa anomalia cromossômica, e é causada pela deleção parcial (quebra) do braço curto do cromossomo 5; • Estatisticamente, esta síndrome afeta cerca de 1 em 50.000 nascidos no mundo. 3 Introdução As figuras abaixo representam o cariótipo de uma pessoa que não possui SCDC (Figura 1), e de uma pessoa com SCDC (Figura 2). A figura acima demonstra que, no quinto par de cromossomos, não ocorreu nenhum tipo de modificação, ou seja, não houve perda de material genético para este par cromossômico, logo o diagnóstico da Síndrome Cri-Du-Chat fica descartado. As figuras abaixo representam o cariótipo de uma pessoa que não possui SCDC (Figura 1), e de uma pessoa com SCDC (Figura 2). Ao contrário da figura 1, a Figura 2, acima, revela uma nítida deleção de material genético para o quinto par cromossômico, o que aponta para a presença da Síndrome Cri-Du-Chat. 6 Etiologia A maior parte dos casos de Síndrome Cri- Du-Chat (SCDC) não é herdada dos pais, isto é, cerca de 85% dos casos resultam de novas deleções (perda de parte do cromossomo) esporádicas. Uma pequena minoria dos casos de Síndrome de Cri- du-Chat corresponde à herança genética dos pais. Quadro Clínico • Assimetria facial; • Microcefalia; • Má formação da laringe; • Hipertelorismo ocular; • Hipotonia; • Pregas epicânticas; • Orelhas mal formadas e de implantação baixa; • Dedos longos; • Prega única na palma das mãos; • Atrofia dos membros que ocasiona retardamento neuromotor; • Baixo peso ao nascer e déficit mental acentuado; • Andar tardiamente e caminhar desajeitado; • Micrognatia; • Estrabismo; Quadro Clínico • Malformações dentárias; • Luxação de quadril; • Problemas cardíacos e/ou renais; • Pé torto congênito; • Dificuldades na alimentação; • Déficit cognitivo (moderado a severo); • Atraso no desenvolvimento da aquisição da linguagem; • Escoliose; • Desenvolvimento sexual é geralmente normal e a fertilidade feminina é possível uma vez que alguns casos de gravidez foram relatados; • O nível de capacidade pode variar de atraso de desenvolvimento leve a profunda incapacidade física e intelectual; • ADNPM. • Dificuldade no controle de suas necessidades fisiológicas; • O sono pode ser agitado em bebês e crianças; • Podem apresentar problemas comportamentais: hiperatividade, balanço excessivo da cabeça, mordidas ou beliscões; • Há casos em que se desenvolvem obsessões por determinados objetos e fascínio por cabelos, e tendem a puxá-los. Quadro Clínico 13 Diagnóstico O diagnóstico as Síndrome Cri-Du-Chat é realizado com a minuciosa observação das características clínicas apresentadas pelo paciente, e por um exame citogenético deste mesmo paciente. Realização do exame do cariótipo com banda G no sangue periférico (estudo cromossômico) do paciente suspeito a partir de uma amostra de seu sangue. O mesmo visa identificar uma deleção (perda) do braço curto do cromossomo 5. 14 Tratamento Não há tratamento com prognóstico de cura; Tratamento individualizado; Acompanhamento multiprofissional: terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, psicopedagogos e tratamentos odontológicos; Competências linguísticas, habilidades motoras e ajudá-las a desenvolver o mais normal possível e se inserirem cada vez mais a sociedade. Tratamento Desenvolvimento neuropsicomotor; Motricidade grossa e fina; Melhorar o tônus muscular; Favorecer o desenvolvimento de padrões normais de movimento (equilíbrio, coordenação motora, marcha). Estimulação precoce (potencializar as capacidades); - iniciar durante os primeiros dias ou meses de vida, abordando a criança de forma global em todas as suas áreas de desenvolvimento. Estimular os aspectos sensoriais como, por exemplo, a proprioceptiva (vestibular, muscular e articular), bem como visuais e táteis. Tratamento Necessário intervenção precoce: áreas motora, cognitiva, de linguagem, de autonomia e socialização; Os profissionais devem centralizar-se nas potencialidades e déficits que estiverem presentes clinicamente e não somente no diagnóstico da criança. - As atividades em caráter lúdico, com materiais atrativos para a criança. - Aproveitar os momentos em que a criança esteja mais receptivas, sem fome, sem sono, etc. - Não forçar a criança, sendo que o mais importante é motivá-la para a aprendizagem. Tratamento - As apresentações das atividades devem começar com a mais simples, indo gradualmente para a mais complexa e acabar com uma que a criança saiba realizar. - Essas atividades não devem apresentar com a mesma sequência para evitar a automatização (condicionamento) das mesmas. - Oferecer a possibilidade de brincar livremente, desde os primeiros meses. Deixar ao alcance da criança e à sua vista jogos ou objetos que possam chamar a sua atenção. Tratamento Graças aos avanços da medicina, a expectativa de vida pode aumentar para os 50 anos de idade, quando superado o primeiro ano de vida que é considerado como o mais crítico e durante o qual ocorrem em torno de 10% dos óbitos. Referências DRAGO, R; BURGOS, V. P. B; SANTOS, C. R. A criança com Síndrome Cri-Du-Chat na escola comum: um estudo de caso. Revista Educação Especial, v. 27, n. 49, p. 391- 402, maio/ago, 2014. SANTOS, V. O. P. Famílias Cri Du Chat: onde começa a inclusão. Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, 2015. STEENHAGEN, S. C. K. Estratégias psicomotoras para aquisição da linguagem gestual de libras, para a contribuição no desenvolvimento da criança de 10 a 13 anos com a Síndrome Cri Du Chat. Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, 2013. RIBEIRO, E. M. et al. A síndrome de Cri Du Chat em adolescentes. J. Health Biol Sci., v. 8, n. 1, p. 1-3, 2020.
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