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Diagnóstico em Endodontia Recursos para o diagnóstico: Anamnese; Exame Físico; Exame Radiográfico. Etiologia das alterações periapicais: Física (traumas, falta de irrigação) Química (produtos do tratamento endodôntico, o excesso de euliptol e óleo de laranja podem causar alterações apicais sendo um alteração química) Bacteriana (carie dental, vias de acesso das bactérias são os túbulos) Polpa Antes de ver o que está errado precisamos saber o que é certo. Polpa dentária normal. Na imagem contem a letra D de dentina, PD pré dentina, os risquinhos e pontinhos são todas as células normais da polpa. Fibroblastos, dentina e polpa. Funções da polpa: formação, nutrição, sensorial e defesa. Estímulos. Dentina esclerótica (obliteração túbulos dentinários) Dentina reparadora (irregular, no local onde incide o agente agressor) Lembrete: Polpa é o coração do dente. O agente agressor é a carie e suas bactérias. Recursos de diagnóstico: Anamnese: Queixa principal; historia pregressa; historia atual. Exame Física: inspeção; teste de vitalidade; teste de percussão. Exame Radiográfico. Lembrete: A anamnese deve ser bem feita. Na queixa principal é onde o dente dói. História pregressa é toda a historia medica do paciente. História atual é de agora relacionado a saúde. Teste de vitalidade (algodão no dente) e percussão (com o cabo do espelho na oclusal-vertical consegue perceber como está o periapice do dente, quando bate na vestibular-horizontal ve o ligamento periodontal) é o que vai o “norte” para o endodontista. Diagnóstico A cárie entra através dos túbulos dentinários. Dente esquerdo da imagem é o preparo cavitário. Dente direito é a carie em dentina. Polpa viva: inflamação reversível ou não e degeneração que é definitiva Perguntas a se fazer: “quando ta parado doi? Quando toma água fria doi?” Polpa morta. Na imagem acima podemos ver que os Vasos sanguíneos estão dilatados (hiperemia de vasos sanguíneos da polpa). É um Corte histológico da polpa inflamada. Lembrete: O que o paciente diz faz o nosso diagnostico Vitalidade pulpar: Pulpites reversíveis Pulpites irreversíveis Pulpite crônica: ulcerada, hiperplásica ou reabsorção interna. ITE – inflamação. Lembrete BIOPULPECTOMIA ou PULPECTOMIA: remoção total da polpa viva. NECROPULPECTOMIA: remoção total da polpa morta. PULPOTOMIA: remoção parcial da polpa da porção coronária normalmente em pacientes novos e aplica proteção pulpar (pulpite reversível) Condição histológica da polpa pode ser ulcerada. Hiperplásica significa aumento da polpa. Pode acontecer reabsorção interna. Pulpite Reversível Dor aguda, provocada com sensibilidade ao gelado, duração de 1 minuto, alivia com analgésicos e cessa após a remoção do agente agressor. Essa sensibilidade ao frio é causada nas fibras superficiais da polpa. Com quente é quando sensibiliza as fibras mais internas da polpa. A dor é provocada principalmente com frio e passa logo em seguida. Ionômero de vidro para cavidades médias; para cavidades fundas são feitas com hidróxido de cálcio e CIV (ionômero de vidro). O hidróxido de cálcio como proteção pulpar vai estimular a deposição de dentina reparadora fazendo com que o tecido pulpar se reorganizem para que a polpa seja protegida por 14 dias. Pulpite Irreversível Dor aguda, espontânea, intensa, exacerbada pelo calor ou frio, não alivia com o uso de analgésicos. Resolve com tratamento endodôntico, medicação sistêmica (via oral) com analgésicos e anti- inflamatório. Paracetamol 8/8h 3 a 4 dias. Nimesulida 100mg 12/12h 4 dias. Ibuprofeno 600mg 8/8h 4 a 5 dias. Acima lesão de cárie OD dente 45. Processo inflamatório chegando na polpa. Pulpite Crônica É a evolução lenta da pulpite irreversível, pacientes jovens, irritação de baixa intensidade e de longa duração. Ulcerada: dor na mastigação, o dente apresenta cárie ou restauração insatisfatória, a dor não é intensa e pode-se visualizar a presença de exposição pulpar sob restauração. Hiperplásica: é o pólipo pulpar, ocorre crescimento do tecido de granulação da polpa. Reabsorção interna: alteração vascular e celular da polpa, atividade clástica. Inicia a reabsorção dos tecidos duros adjacentes (dentina). O primeiro molar tem cárie na proximal. Os cornos estão quase expostos e precisa de proteção pulpar. Hiperplásica “florzinha” são os fibroblastos que aumentam por algum estímulo. Ulcerada e hiperplásicas acontece mais em pacientes jovens. No caso acima o paciente passou por uma abertura endodôntica e caiu a restauração provisória e ficou exposta ao meio bucal e começou a se proliferar (processo inflamatório, granulação e pólipo) “florzinha”. Na reabsorção interna as células clásticas é a reabsorção de dentro para fora oriundo de um estímulo (pode ser até mesmo de tratamento ortodôntico) deixando a dentina exposta e as vezes ativar as células clásticas. A guta percha tem que preencher tudo. Nos casos acima são de absorção interna. Na foto da direita tem que ser feita extração; na esquerda é feito tratamento endodôntico pois havia ainda parede de dentina. Nas imagens acima são células mais em roxo forte estão invadindo o tecido duro em roxo e reabsorvendo. Necrose Pulpar Com lesão periapical visível ao RX Sem lesão periapical visível ao RX. Conceito: “Cessação dos processos metabólicos do órgão, com a consequente perda de sua vitalidade, de sua estrutura, como também de suas defesas naturais.” Na imagem acima é tecido de granulação necrótico polpar. Lado esquerdo necrose e lado direito tecido sadio. Número de microrganismos X virulência/resistência. Agudo – crônico. Necrosado o dente dói mas não responde a frio. O número de MO é maior que a resistência na necrose. Alta virulência e muito numero de MO sente dor na necrose. Agudo – instantâneo Crônico – vem de tempo. Testes de vitalidade negado Escurecimento dental Presença de fistula Presença de lesão periapical Odor fétido. Fístula é crônico e é relacionado a necrose. Diagnóstico: Pericementite apical aguda Abcesso periapical agudo Abcesso periapical crônico (dente assintomático e com lesão periapical, com ou sem presença de fistula) Granuloma (assintomáticos ou desconforto leve) Cisto (complementação cirúrgica após endo) Osteíte condensante (imagem radiopaca) Pericementite – é a parte de sustentação do dente o cemento. O agudo sempre doi e o crônico nem sempre doi é mais difícil. Pericementite apical aguda (sinais e sintomas) Dor a mastigação Dor a pressão Dor a percussão Extrusão do dente (dente crescido) Desconforto severo Espessamento da lamina dura ao RX A radiografia pode mostrar estruturas apicais normais na maioria das vezes ou aumento do espaço periodontal ou área de rarefação apical. TRATAMENTO Remoção de agente irritante Liberação do exudato (tecidos periodontais) Alivio oclusal Medicação analgésica e anti-inflamatória Tratamento endodôntico Exudato (pus) nem sempre vai formar, vai depender do agente agressor, localizado no ápice. Pericementite envolve somente o dente. Abcesso Apical Agudo Processo inflamatório agudo, caracterizado pela formação de pus, que afeta os tecidos que envolvem a região apical. Tem evolução rápida e causa dor intensa. A radiografia pode apresentar aspecto normal da área apical ou mostrar um ligeiro apagamento da lamina dura. Abcesso um dos sinais clínicos é aumento de rosto, quente rubor e calor, abcessos envolve mais estruturas. Sinais clínicos de inflamação pode dar febre baixa, cansaço e sensação de dente crescido. Imagem esquerda – risquinho branco é lamina dura e tem um apagamento, lesão. Imagem direita – abcesso periapical agudo edemano nariz, apagamento de lamina dura e teste de vitalidade. O tratamento para abcesso apical agudo é antibiótico. As fases do abcesso apical agudo: 1. Fase intraóssea 2. Sub perióstica (vermelhidão) 3. Submucosa (tecido mole, diminui sintomatologia) Sub periostica já está passando do osso, vermelhidão é no fundo de sulco. Submucosa – tem tanto exudato que vai para submucoso menor resistência e não tem mais dor. Tratamento submucoso Anestesia Acesso (tentativa de drenagem via canal) Desinfecção progressiva/hipoclorito sódio 2,5% Medicação intracanal > bolinha de algodão tricresol formalina Selamento coronário – civ ou coltosol Alivio oclusal do dente Antibióticoterapia – 7 a 10 dias. Abertura sem anestesia (em aberto anestesia). Desinfecção progressiva – irrigação do canal com hipoclorito de sódio. Conduta imediata Penicilina, amoxicilina 8/8h 7 dias Paciente alérgico a penicilina - trindamicina Metronidazol 400mg Acesso ao canal; ponto de eleição para abordagem e realização do acesso; observar anatomia do dente sempre. Acesso ao canal; ponto de eleição para abordagem e a realização do acesso. Acesso ao canal; forma de contorno e conveniência. Preparo do terço cervical. Odontometria eletrônica e primeira lima de preparo. Ultima lima do preparo químico mecânico Secagem do canal com papel absorvente Prova do cone principal cone principal e cones acessórios inseridos com o cimento obturador de escolha Não pode extravasar hipoclorito e guta percha mas cimento pode. Medicação intracanal Protocolo para polpa viva: Antes do PQM: optar pelo otosporin (molhar a bolinha de algodão estéril na entrada do canal) + selamento com CIV (3/7 dias) Depois do PQM: optar pelo hidróxido de cálcio – pasta calen (preenche todo canal), limpo câmara pulpar + bolinha de algodão estéril + CIV (ate a próxima consulta). Protocolo para necrose pulpar: Antes do PQM: optar pelo tricresol formalina (na bolinha de algodão) + CIV (até próxima consulta) Depois do PQM: optar pelo hidróxido de cálcio + bolinha de algodão + CIV (de 15 a 30 dias).
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