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13/09/2021 1 ▪ Profa. Dra. Ana Lúcia Roselino Ribeiro ▪ @profeanalucia ODONTOLOGIA Periodontia Clínica ▪ Profa. Dra. Ana Lúcia Roselino Ribeiro ▪ @profeanalucia Inter-relação Endodontia-Periodontia Inter-relação Endodontia-Periodontia Profa. Dra. Ana Lúcia Roselino Ribeiro @profeanalucia LESÃO ENDO- PERIO Lesão Endo-Perio ✓ Os tecidos pulpares e periodontais estão, intimamente, relacionados entre si através de complexas vias de comunicação que podem servir de caminho para a transição de bactérias entre um tecido e outro, quando um deles, ou ambos, estiverem afetados (CHENet al.,1997). ✓ Vias de comunicação: Introdução Ápice Forame apical A Cemento Dentina Polpa Relações Biológicas entre Polpa e Periodonto 1 2 3 4 5 6 13/09/2021 2 CANALÍCULOS OU TÚBULOS DENTINÁRIOS DELTADELTA TÍPICO CANAL INTERRADICULAR ACESSÓRIO CANAL LATERAL COLATERAL RECORRENTE SECUNDÁRIO FORAME PRINCIPAL Sistema de Canais Radiculares Sistema de Canais Radiculares Túbulos Dentinários Etiopatogenia da Lesão Endo-Periodontal Combinada Etiopatogenia da Lesão Endo-Periodontal Combinada Etiopatogenia da Lesão Endo-Periodontal Combinada 7 8 10 11 12 13 13/09/2021 3 Biofilme Bacteriano Sistema de canais Forame apical Inflamação periodontal Necrose pulpar Lesão periodontal Lesão Endo-Perio Combinada Gengivite Bolsa periodontal Forame apical Inflamação pulpar Lesão endodôntica Sistema de canais Cárie Microbiologia das Lesões Endodônticas - Periodontais Combinadas Periodontal Endodôntica Peptostreptococcus Eubacterium Fusobacterium Porphyromonas Prevotella GÊNEROS Kobayashi et al, 1990 Diagnóstico da lesão endo-periodontal ✓Anamnese • Queixa principal do paciente • História da lesão • História do tratamento prévio • História médica - diabéticos e imunossuprimidos são mais suscetíveis à progressão da infecção pulpar e perda óssea ✓Exame clínico • Inspeção: cárie, restaurações infiltradas, sinais de fraturas, cálculo, fístula ou drenagem via ligamento periodontal. • Teste de vitalidade pulpar • Periograma - sondagem e mobilidade ✓Exame radiográfico • Perda óssea • Restaurações profundas • Tratamento endodôntico prévio Relações Patológicas Endo - perio Fraturas Radiculares: Horizontal Vertical Relações Patológicas Efeitos do tratamento endodôntico sobre o periodonto Perfuração: Trauma ou falhas de restauração ou pino intraradicular. Sobreobturação: tto endodôntico. Vias de comunicação – quadros agudos de abscessos ou destruição periodontal. Endo - perio 14 15 16 17 18 19 13/09/2021 4 Pérolas de esmalte e sulcos congênitos (fissuras) – fator de retenção de biofilme Relações Patológicas Endo - perio Efeitos do tratamento periodontal sobre a polpaRaspagem e alisamento radicular Remoção da camada de cemento Exposição dos túbulos dentinários Passagem de agressores Relações Patológicas Endo - perio Classificação Processo inflamatório no tecido pulpar Agentes nocivos presentes no sistema radicular Sinais clínicos e radiográficos localizam-se mais próximos ao ápice Lesão Endodôntica Processo inflamatório no tecido periodontal Acúmulo de placa dental na superfície externa do dente Alterações localizam-se mais próximas ao periodonto marginal Lesão Periodontal Classificação Classificação das lesões endo-perio • Lesões primariamente endodônticas com envolvimento periodontal secundário; • Lesões primariamente periodontais com envolvimento endodôntico secundário; • Lesões combinadas verdadeiras. Simon,Glick,Frank,1972 Características clínicas Bolsa periodontal Mobilidade Dentária Necrose pulpar Reabsorções ósseas apicais Dor Abscesso Fístula (trajeto fistuloso) Extensa perda de suporte 20 21 22 23 24 25 13/09/2021 5 Classificação das lesões Endodônticas-Periodontais Primariamente Endodônticas com Envolvimento Periodontal Secundário Características das lesões Endodônticas-Periodontais CARACTERÍSTICAS: • Teste de vitalidade pulpar: negativo. • Provável integridade periodontal dos dentes vizinhos. • Lesão junto ao forame apical, canais acessórios ou à região de bifurcação. ✓Trato sinuoso. Características das lesões Endodônticas-Periodontais Primariamente Endodônticas com Envolvimento Periodontal Secundário Primariamente Periodontais com Envolvimento Endodôntico Secundário Características das lesões Endodônticas-Periodontais CARACTERÍSTICAS: • Bolsa periodontal profunda, geralmente atingindo o ápice radicular. • Sinais de inflamação. • Acúmulo de biofilme e cálculo subgengival. • DP em outros dentes do paciente. • Sem cárie ou restaurações profundas. • Vitalidade pulpar: pulpite ou necrose. Características das lesões Endodônticas-Periodontais Primariamente Periodontais com Envolvimento Endodôntico Secundário Lesões Endodônticas e Periodontais Combinadas Características das lesões Endodônticas-Periodontais 26 27 28 29 30 31 13/09/2021 6 Lesões Endodônticas e Periodontais Combinadas Guldener e Langeland, 1982 CARACTERÍSTICAS: • Lesão endodôntica e lesão periodontal com origens independentes e, ao progredirem, se comunicam. Características das lesões Endodônticas-Periodontais Torabinejad e Trope, 1998 Sem comunicação Com comunicação Lesões Endodônticas-Periodontais ✓Anamnese ✓Exame Clínico Diagnóstico Diferencial Dificuldades: • Sinais clínicos podem não se apresentar de maneira tão clara. • As imagens radiográficas da perda óssea em região de furca podem ser confusas quanto à sua origem. Diagnóstico Diferencial Avaliação da sensibilidade pulpar; Comunicação com a margem gengival; Utilização de um contraste radiográfico. Elementos para Diagnóstico Diferencial Diagnóstico Diferencial • Determinação da causa primária da lesão; • Quantidade de destruição tecidual antes do início do tratamento; • A sequência e qualidade do tratamento desenvolvido; • A capacidade de reparação do paciente; • A efetividade dos procedimentos de controle de placa do paciente. Fatores que influenciam no prognóstico: Prognóstico 32 33 34 35 36 37 13/09/2021 7 1) Tratamento endodôntico 2) Procedimentos básicos: RAR e IHO 3) Cirurgia periodontal (usada quando o tratamento convencional e o endodôntico não são suficientes para a cura das lesões) 4) Tratamentos complementares (dependendo do tipo de envolvimento: rizectomias) Tratamento CASO CLÍNICO Caso clínico •Gênero: masculino • Leucoderma • Idade: 57 anos •Queixa principal: “dente mole” História Médica ▪ Embolia pulmonar - Anticoagulante sanguíneo via oral; ▪ Hipertensão arterial ▪ Depressão ▪ Tabagista por 20 anos (1 maço por dia), parou há 15 anos; ▪ Medicamentos: Marevan, Captopril, Nifedipina, Hidroclorama, Alprazolan, Maxaplan, Respidon. Histórico Bucal Paciente relatou: ▪ Ter conhecimento da doença gengival; ▪ Sentir os dentes inseguros; ▪ Sentir dor nos dentes do quadrante 3; ▪ Retenção de alimentos entre os dentes; ▪ Usar o fio dental 1 vez ao dia; ▪ Escovar os dentes 2 vezes ao dia (escova macia); ▪ Utilizar palito de dente e enxaguatório bucal; ▪ Ter hábito de mastigação unilateral esquerda; ▪ Ser respirador bucal. 38 39 40 41 42 43 13/09/2021 8 Placa Visível Índice: 80,89% Data: 29/07/08 1112 21 22 31 324142 Sangramento Marginal Índice: 2,95% Data: 29/07/08 1112 21 22 31 324142 Periograma inicial Data: 05/08/08 Dente 18 17 16 15 14 Furc a Mob. Sítio D V M D V M D V M D V M D V M SS N.G. 4 3 0 0 3 0 P.S. 1 1 1 1 1 1 N.I. 5 4 1 1 4 1 Sítio D L M D L M D L M D L M D L M SS N.G. 0 0 0 0 0 0 P.S. 2 2 2 2 1 2 N.I. 2 2 2 2 1 2 Periograma inicial Dente 13 12 11 21 22 23 Furca Mob. 1 0 Sítio D V M D V M M V D M V D M V D M V D SS + N.G. 3 5 3 3 3 0 P.S. 2 1 2 2 1 1 N.I. 5 6 5 5 4 1 Sítio D L M D L M D L M M L D M L D M L D SS N.G. 0 0 0 0 0 0 P.S. 5 11 5 6 5 4 N.I. 5 11 5 6 5 4 Data: 05/08/08 Dente 24 25 26 27 28 Furca Mob. Sítio M V D M V D M V D M V D M V D SS N.G. 2 4 3 3 3 3 P.S. 1 1 1 3 5 5 N.I.3 5 4 6 8 8 Sítio M L D M L D M L D M L D M L D SS N.G. 0 0 0 0 0 0 P.S. 3 1 1 3 3 3 N.I. 3 1 1 3 3 3 Periograma inicial Data: 05/08/08 Dente 34 35 36 37 38 Furca Mob. Sítio M V D M V D M V D M V D M V D SS N.G. 1 3 1 2 3 2 0 0 0 P.S. 1 1 1 1 1 1 1 1 2 N.I. 2 4 2 3 4 3 1 1 2 Sítio M L D M L D M L D M L D M L D SS N.G. 0 0 2 3 1 1 0 2 0 P.S. 3 1 1 2 1 1 1 1 1 N.I. 3 1 3 5 2 2 1 3 1 Periograma inicial Data: 05/08/08 44 45 46 47 48 49 13/09/2021 9 Dente 43 42 41 31 32 33 Furca Mob. Sítio D V M D V M M V D M V D M V D M V D SS N.G. 0 3 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 P.S. 1 1 3 1 1 2 2 1 2 1 1 1 2 1 2 1 1 1 N.I. 1 4 3 1 2 2 2 1 2 1 1 1 2 1 2 1 3 3 Sítio D L M D L M D L M M L D M L D M L D SS N.G. 0 3 0 0 2 0 0 2 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 P.S. 1 1 1 1 1 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 N.I. 1 4 1 1 3 1 2 3 2 1 3 1 1 2 1 1 1 1 Periograma inicial Data: 05/08/08 Dente 48 47 46 45 44 Furca Mob. Sítio D V M D V M D V M D V M D V M SS N.G. 0 0 0 0 3 0 P.S. 1 1 2 1 1 3 N.I. 1 1 2 1 4 3 Sítio D L M D L M D L M D L M D L M SS N.G. 2 2 2 2 2 1 P.S. 1 2 1 1 1 1 N.I. 3 4 3 3 3 2 Periograma inicial Data: 05/08/08 Características Clínicas Fístula Bolsa Periodontal Teste de vitalidade pulpar: Necrose pulpar Diagnóstico: ▪ Periodontite ▪ Lesão endo-perio combinada dente 13 Prognóstico: ▪ Desfavorável Radiografia de contraste Plano de tratamento ▪ Exodontia do dente 25. ▪ Terapia Periodontal Básica. ▪ Instrução de Higiene Oral. ▪ Encaminhamento para tratamento endodôntico do dente 13. ▪ Retalho para raspagem do dente 13. Tratamento DENTE 13 ▪ Terapia periodontal básica ▪ Tratamento endodôntico 50 51 52 53 54 55 13/09/2021 10 Placa Visível – 2o exame Índice: 55,89% Data: 16/09/08 1112 21 22 31 324142 Sangramento Marginal – 2o exame Índice: 1,48% Data: 16/09/08 1112 21 22 31 324142 Placa Visível – 3o exame Índice: 69,12% Data: 18/11/08 1112 21 22 31 324142 Índice: 2,95% Data: 18/11/08 1112 21 22 31 324142 Sangramento Marginal – 3o exame Retalho para Raspagem Tratamento Retalho para Raspagem 56 57 58 59 60 61 13/09/2021 11 Retalho para Raspagem Retalho para Raspagem Retalho para Raspagem Retalho para Raspagem Retalho para Raspagem Dente 18 17 16 15 14 Furc a 0 0 Mob. 0 0 Sítio D V M D V M D V M D V M D V M SS - - - - - - N.G. 5 7 4 0 5 0 P.S. 3 1 3 2 2 2 N.I. 8 8 7 2 7 2 Sítio D L M D L M D L M D L M D L M SS - - - - - - N.G. 0 0 0 0 0 0 P.S. 2 2 2 3 3 3 N.I. 2 2 2 3 3 3 Periograma Final Data: 18/06/2009 62 63 64 65 66 67 13/09/2021 12 Dente 13 12 11 21 22 23 Furca Mob. 1 0 Sítio D V M D V M M V D M V D M V D M V D SS - - + - - - N.G. 4 5 3 3 5 3 P.S. 1 1 1 0 1 1 N.I. 5 6 4 3 6 4 Sítio D L M D L M D L M M L D M L D M L D SS - + + + + - N.G. 0 0 0 0 0 0 P.S. 3 12 5 5 5 5 N.I. 3 12 5 5 5 5 Periograma Final Data: 18/06/2009 • Trinca? • Ausência de colaboração? • Estado sistêmico depressivo? Dente 24 25 26 27 28 Furca 0 0 Mob. 0 0 Sítio M V D M V D M V D M V D M V D SS - - - - - - N.G. 1 5 4 3 4 3 P.S. 1 1 1 3 3 3 N.I. 2 6 5 6 7 6 Sítio M L D M L D M L D M L D M L D SS - - - - - - N.G. 0 0 0 0 0 0 P.S. 1 2 3 3 7 7 N.I. 1 2 3 3 7 7 Periograma Final Data: 18/06/2009 Dente 34 35 36 37 38 Furca 0 0 0 Mob. 0 0 0 Sítio M V D M V D M V D M V D M V D SS - - - + - - - - - N.G. 3 5 3 4 3 4 0 0 0 P.S. 3 2 2 2 2 2 3 3 3 N.I. 6 7 5 6 5 6 1 1 1 Sítio M L D M L D M L D M L D M L D SS + + + - + - + + + N.G. 0 0 0 2 2 2 0 0 0 P.S. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 N.I. 1 1 1 3 3 3 1 1 1 Periograma Final Data: 18/06/2009 Dente 43 42 41 31 32 33 Furca Mob. 0 0 0 0 0 0 Sítio D V M D V M M V D M V D M V D M V D SS - - - - - - - - - - - - - - - - - - N.G. 2 5 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 5 3 P.S. 1 1 3 3 2 2 2 1 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 N.I. 3 6 5 3 2 2 2 1 2 1 1 2 2 3 2 4 7 5 Sítio D L M D L M D L M M L D M L D M L D SS - - - - - - - - - - - - - - - - - - N.G. 0 0 0 0 2 0 0 2 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 P.S. 3 3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 3 2 2 N.I. 3 3 2 1 3 1 1 3 1 1 3 1 1 2 1 3 2 2 Periograma Final Data: 18/06/2009 Dente 48 47 46 45 44 Furca 0 0 Mob. 0 0 Sítio D V M D V M D V M D V M D V M SS - - - - - - N.G. 0 0 0 3 6 3 P.S. 3 3 3 2 1 3 N.I. 3 3 3 5 7 6 Sítio D L M D L M D L M D L M D L M SS - - - - - - N.G. 0 2 1 0 0 0 P.S. 3 3 3 1 2 1 N.I. 0 5 4 1 2 1 Periograma Final Data: 18/06/2009 Placa Visível Final Índice: 66,18% Data: 18/06/09 1112 21 22 31 324142 68 69 70 71 72 73 13/09/2021 13 Índice: 16,18% Data: 18/06/09 1112 21 22 31 324142 Sangramento Marginal Final Considerações finais ▪ A sequência terapêutica a ser proposta dependerá das particularidades próprias do caso em questão, o que muitas vezes causará uma variação na mesma. ▪ Mesmo que existam variações nesta sequência, estas lesões, por envolverem as estruturas pulpares e periodontais, requerem sempre uma terapêutica combinada- periodontal e endodôntica- para sua resolução. 74 75 76
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