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Introdução a aquicultura Compreender a dinâmica e estrutura das comunidades aquáticas e conhecer as condições fundamentais envolvendo o ambiente adequado para a aquicultura Tanque de criação • Extensiva: tanque rede, baixa renovação de água e baixa densidade de peixes; • Intensiva: depende de ração, alta renovação de água; Importante entender a comunidade micro e macroscópica presente. • Plâncton: principal alimento • Zooplâncton: heterotrófico (pequenos crustáceos) • Fitoplâncton: autotrófico (vegetal, algas) Comunidade autotrófica Obtenção de energia por fotossíntese (H2O+CO2 – luz – C6 H15 O6 + O2) • Importância: base alimentar do ecossistema • Indicador de qualidade + refúgio e sombra • Quanto mais plantas, pior ⇽ dificuldade de manejo • Fitoplâncton: mais importante que as plantas aquáticas para alimentação dos peixes (maioria das vezes) Fitoplâncton • Chlorophytas: algas verdes – clorofila a e b indicador de excesso de matéria orgânica ↓ Água verde (não é bom) Grumas verdes – euglenophyceae – pH – amônia – baixo O2 • Cyanophytas: algas azuis – ficocianina e clorofila Algas de colônia – bainha de muco Problema cm tilápias – Intoxicação por metais pesados • Chrysophytas: algas verdes amareladas – clorofila a e c. Xantofilas – cor amarelada • Euglenophytas: algas flageladas – clorofila a e b – paramida. Grumas verdes – Euglenophyceas – pH alto – amônio – baixo O2. Estratos inferiores do tanque. • Pyrrophytas: algas flageladas – clorofila a e c – amido. Dois flagelos – autotróficas – inverno e zona temperada Zooplâncton • Protozoários – unicelular: nutrição bactérias e algas representa grande parte da biomassa. ✹ Reprodução assexuada • Rotíferos – sésseis: fixas nas algas. ✹ Reprodução partenogênese • Alevinos – tratados como adubo (adubo para a planta-alga) • Cladóceros – pulgas d’água – pequenos crustáceos movem-se por antenas. Problema: parasitismo. Temperatura Peixes são pecilotérmicos, eles não mantêm temperatura do corpo → varia de acordo com o ambiente, se cair, prejudica o metabolismo. Estratificação térmica: qualquer tipo de turbilhonamento na água. Transparência • Ligado ao séston (tripton (matéria orgânica) + plâncton (microorganismo)) • Avaliação com → Disco de Secchi Água clara ou escura demais é ruim! Faixa ideal – 25 a 70 cm (20 cessa fertilização) Oxigênio dissolvido Em temperaturas altas não é bom (Oa 1mg/1 – letal) (2mg/1 – limite) (4mg/1 – okay) Movimentar água dá oxigênio aos peixes → aerador pH Entre 5,0 e 6,0 critico 6,5 a 9,5 ok 7,0 a 8,5 desejável – ligeiramente alcalino Excesso de cálcio e magnésio → água dura Excesso de fósforo é prejudicial Características anátomo-fisiológicas • Vertebrados; • Pecilotérmicos – temperatura variável; • Dotados de escama; Sistema Muscular • Simples • Sistema axial: - cabeça - Tronco • Sistema apendicular • Apêndices locomotores • Liga os ossos das nadadeiras aos ossos do esqueleto. Esqueleto • Ósseo (espinha) • Cartilaginoso → não tem brânquias (arraias, tubarões) Sistema Circulatório • Sangue representa apenas 2% do peso • Sistema circulatório simples ↓ Só recebe sangue venoso! Sangue vai do coração, vai para as brânquias, depois para o resto do corpo e finalmente volta ao coração. • Sistema linfático circulatório: - Fagocitose - Leucopoiese (é uma forma de hematopoiese na qual os glóbulos brancos são formados na medula óssea localizada nos ossos dos adultos e nos órgãos hematopoiéticos do feto.) - Hematopoiese Sistema Respiratório • Brânquias (externo) – bombear água • Guelras (interno) – troca gasosa → bexiga natatória (não são todos que tem) • função hidrostática • função sensorial • função respiratória em algumas espécies • geralmente ausente em peixes que vivem em águas correntes e desenvolvida em peixes de águas paradas. → Necessidade de O2 → maior em peixes de água doce. Sistema Urinário • 2 rins rudimentares; • 2 ureteres: se unem formando a bexiga urinaria • cloaca Peixe libera amônia → solúvel em água ↓ Tóxico Sistema Digestivo • Variado de acordo com o tipo de alimentação. ✹ boca: protátil ou não, podem ou não ter dente (formas distintas) ✹ Rastros branquiais: filtram os alimentos ★ Intestino: intestino cefálico → boca e faringe ★ Intestino anterior: esôfago e estomago (difícil diferenciação) estomago diferente de acordo com os hábitos alimentares. ★ Intestino posterior: cecos pilóricos (podem ou não existir) tamanho variável de acordo com a espécie. Reprodução • Ovulíparos – fecundação externa; • Ovíparos – embrião desenvolve no meio externo; (fecundação externa ou interna). • Ovovivíparos (fecundação interna); • Podem ou não apresentar dimorfismo sexual evidente. Mercado Nacional e Mundial de produtos aquícolas • Consumo no Brasil – 10 kg/nab/ano (2017) – alguns trabalhos falam em 14 kg • Maior consumo da história e crescente o recomendado pela oms é de 20 kg/nab/ano Oscilação no mercado • 30% do consumo na Semana Santa • 15% na época do natal • Crescimento anual de cerca de 4 a 5% ao ano ↳ busca por dietas mais saudáveis Produtos por espécies no Brasil • Tilápia 47,1% • Tambaqui 27% • Dificuldades: licenciamento ambiental, burocracia Importação de peixes • 1,3 milhões de us$ • Principais exportadores → Chile, Argentina, China e Noruega. • Principais espécies → salmão, panga, merluza, polaka do Alasca e bacalhau; • Principais produtores → China, Indonésia, EUA e Rússia. Melhoramento Genético • Principais formas: seleção, cruzamento e hibridização, manipulação cromossômica. • Seleção: originado a partir de uma população base com grande variedade genética aditiva para aumentar o potencial de seleção. • Diversidade genética monitorada utilizando marcadores microssatélites. • Lotes oriundos de várias fontes genéticas (GIFT) Sucesso da seleção • Alta herdabilidade das características econômicas; • Alta fecundidade; • Intervalo de gerações curto • Elevados ganhos genéticos → até 20% aoano 4 a 8% mais comum 4 a 6 vezes maior que nas espécies terrestres Hibridização • Cruzamento entre espécies diferentes • Facilidade com que os gametas desses animais podem ser manipulados e fertilizados artificialmente • Fecundação externa; alta fertilidade ✹ Vantagens: produção de crias estéreis; heterose elevada; Ex: tambacu (tambaqui x pacu); ponto e vírgula (surubim (pintado) x cachara) Manipulação Cromossômica • Haplóides → apenas cromossomos maternos ou paternos • Triplóides • Tetraplóides ✹ Formas de manipulação: choques de temperatura, choques de pressão. ★ Choques de temperatura • Aplicadas aos ovos logo após a fertilização (cerca de 5-10 min) • Atua na meiose, bloqueando a eliminação do segundo corpúsculo polar do ovócito → crias triploides. • Mais barato • Maior segurança para os operadores • Trabalho com maior número de ovos. ★ Choques hiperbáricos • Aplicados aos ovos decorridos tempos maiores após a fertilização (60-90 min) • Interfere no início da mitose, impedindo a primeira clivagem do zigoto que se tornaria um embrião com duas células → Crias tetraploides • Mais caro – cilindros hidráulicos de aço inoxidável • Volume reduzido de ovos • Alguns minutos em alta pressão – maiores riscos ✹Vantagens: maiores taxas de crescimento; produção de crias estéreis Produção de animais tetraplóides Técnica mais experimental do que comercial, produzidos pela primeira vez em 1984 → salmão. Matrizes produtoras de crias triplóides. Produção de animais haplóides Qualquer gene com efeito detrimental irá se manifestar,a maioria tem sobrevivência curta. Formas de produção de peixes haploides Fertilização dos óvulos com espermatozoides que tiveram seu material genético destruído com raio x ou raios gama, destruídos assim e fertilizados com espermatozoides normais. Melhoramento genético em Tilápias do Nilo (Tilápia-do-nilo) • Espécie tropical com maiores avanços em melhoramento genético. • Seleção no Brasil → início em 2005 ✹ Resultados • Ganhos de 4 a 6% ao ano • Evolução anual → 0,053 gramas/dia 13,66 gramas/período de cultivo • Melhoramento em espécies naturais • Tambaqui → Região Norte (84 familias) • Cachara → Região Centro-Oeste (71 familias)
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