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Teoria Geral do Processo

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Teoria Geral do Processo
1.1. Direito e sociedade
Onde há sociedade, surgem os conflitos que tem necessidade de serem resolvidos pelo Direito.
Função: Regulamentação da vida do homem em sociedade. 
Critérios de justiça/equidade: Na antiguidade os critérios eram definidos pelo acaso do Divino.
Controle Social: O controle ocorre através das regras do Estado.
1.2 Da autotutela à jurisdição
· Forma de eliminação de conflitos
Autotutela: Exercer direito próprio pelas próprias mãos.
A autotutela ainda existe em casos excepcionais como por exemplo, legítima defesa e prisão em flagrante feita por particular.
A ausência do Estado faz com que haja a autotutela por imposição de uma das partes.
Surge a autotutela quando o Estado não faz regras que gerem a paz. Na antiguidade as partes defendiam seus próprios interesses, mas atualmente o Estado regulamenta as regras para que não sejam impostos pela sociedade.
· Autocomposição: Desistência/ submissão/ transação
-Autocomposição: evolução ou transformação dos sistemas de solução de conflitos. Na autocomposição os envolvidos tentam solucionar o conflito.
-Heterocomposição: Os envolvidos cedem para que terceiro diferente ao direito solucione o conflito.
- Desistência: abrir mão de um direito.
- Submissão: se submeter a vontade do outro. Por exemplo, ao fazer um acordo que no início não desejava efetuar.
- Transação: ajuste de vontades entre pessoas que dividem o direito.
· Árbitros
Os árbitros são terceiros escolhidos por vontade das partes a fim de solucionar o conflito.
A arbitragem é uma forma de impedir que haja um processo ou que haja intervenção da Justiça.
Pode haver a intervenção de um juiz, por exemplo, caso necessário, mas excepcionalmente.
· Jurisdição poder/função do Estado
O Estado Moderno tem a função e poder de dizer o direito (jurisdição).
O Estado se coloca a disposição caso os cidadãos necessitem. Por exemplo, teste de reconhecimento de paternidade.
1.3. Meios alternativos de solução de conflitos
· Conciliação: O novo CPC incentiva os meios alternativos de solução de conflitos.
A ideia é realizar a autocomposição e respeitar a heterocomposição.
· Mediação
· Arbitragem
· Confronto x Lide: O confronto vira um confronto judicial, se torna processo.
A autocomposição e heterocomposição visam evitar um confronto judicial.
· O novo CPC : 
Celeridade: cumprimento dos prazos para resolver o conflito.
Efetividade: Dar garantia de prestação jurisdicional.
Contraditório: Garantir que os envolvidos participem do processo em conformidade com a Constituição.
O novo CPC então tenta evitar um processo lento e custoso como havia na vigência do Código de 73.
1.4. Conciliação
O art. 3º §3º do novo CPC estabelece a conciliação como meio necessário.
O conciliador conduz as partes ao acordo, utiliza as técnicas de mediação e é especialista na matéria objeto do conflito. Ele só aproxima as partes quando há necessidade.
Na conciliação as partes não precisam prever a atuação de um conciliador, nem são obrigadas a aceitar a proposta conciliatória, porém quando acordada a conciliação gerará um título executivo extrajudicial, que se não for cumprido fica sujeito a atuação do judiciário.
Na mediação, o medidor não tem a função de buscar o acordo, e sim acalmar o conflito e aproximar as partes. Ele não precisa ser especialista no assunto a ser tratado.
A arbitragem conta com um árbitro que é de confiança das partes e especialista no assunto do conflito, ele atua como juiz utilizando dos princípios do Direito ou regras internacionais do comércio e é previsto em cláusula contratual.
Portanto, a arbitragem dá uma solução, e como o árbitro age como juiz, a sua decisão tem força de sentença judicial sendo obrigatório o seu cumprimento.
As decisões arbitrais não necessitam de homologação feita por um juiz.
· Direitos disponíveis: Sempre será possível a conciliação.
· CLT/ CPP/CPC: Incentivam a conciliação.
· Transação/ Reconhecimento/ desistência
Reconhecimento do pedido
1.5. Acesso à justiça
· Ordem jurídica justa
Disponibilizar os meios e processos para resolução dos conflitos.
Por exemplo: o processo deve ter o tempo justo e os hipossuficientes que possuem gratuidade processual.
· Finalidade do Processo
Entregar a decisão justa.
-Dinamarco estabelece que os processos possuem finalidade jurídica, social e política.
Social remetendo a paz social; e política na promoção de participação popular ou como por exemplo, o processo de impecheament.
- Cappeletti estabelece mais três finalidades (3 ondas) que são: Amparo aos pobres, (por exemplo, a gratuidade processual) interesses transindividuais (direitos difusos e coletivos) e aprimoramento do processo ( por exemplo, o novo CPC)
· Garantia de acesso
A garantia é constitucional.
· Ingresso em juízo
Qualquer lesão ou ameaça de lesão sofrida por qualquer pessoa pode ser levada ao judiciário.
· Desenrolar do processo (contraditório e devido processo legal)
O contraditório visa manter condições iguais as partes e o devido processo legal visa que todas os processos devem seguir as mesmas etapas.
· Justiça das decisões
Duplo grau de jurisdição: a decisão pode ser reapreciada por um outro tribunal.
· Efetividade das decisões
2.1. Funções do Estado Moderno
Estado Liberal x Estado Social 
-A partir das revoluções liberais surge o Estado Liberal, e a partir dele há a busca pelos direitos individuais, como o direito de acesso à justiça .
-Surge também a tripartição dos poderes com o poder judiciário que deve prestar jurisdição; é através da tripartição que o Estado visa atender as necessidades.
-O Estado Liberal é totalitário, já o Estado Social visa aplicar as medidas sociais e valorizar o ser humano.
· Função jurisdicional
Estado Liberal: Prestava a jurisdição para finalidade própria do Estado.
Estado Social: Prestava jurisdição para finalidade social.
-Possui jurisdição quem é elegido (magistrado) pelo estado.
-O Estado tem dever Constitucional de prestar a jurisdição.
· Processo e Justiça
Processo: instrumento pelo qual o Estado exerce seu poder jurisdicional.
- Sequência de atos ordenados para assegurar o Direito Material.
- Objetivo= pacificação social
A pacificação social é alcançada através da justiça por meio de seu instrumento de paz social (o processo).
Busca-se a justiça pelos direitos materiais aplicando regras processuais.
2.2. Legislação e Jurisdição
· Jurisdição assegura a legislação
- O cidadão faz com que haja jurisdição.
- A legislação tem validade independente da jurisdição.
- A jurisdição precisa da jurisdição, pois ela assegura a aplicação da lei.
2.3. Direito Material e Direito Processual
Normas procedimentais: Direito processual.
Normas pertinentes a direitos (conceitos): Direito Material.
- O inquérito é um procedimento administrativo, e não é regulado pelo direito processual.
· Dualista: Chiovenda
Chiovenda afirma que o direito material depende muitas vezes do direito processual.
Por exemplo: Para punir o furto que está no Direito Penal precisa-se cumprir os atos que estão no Direito Processual Penal ou o cheque que é reconhecido pelo direito material, mas caso seja executado será regulado pelo direito processual.
· Carnelutti
Estabelece que o direito é uno e que a previsão do direito material teria como decorrência lógica o direito processual.
A corrente dualista é majoritária, predominante e presente no CPC.
2.4. Instrumentalidade do Processo
Sua instrumentalidade se dá devido a promover a pacificação.
· Processo efetivo
A efetividade se dá ao atingir a ordem jurídica justa.
- O processo dá efetividade ao direito material.
- O processo só tem razão de ser como instrumento.
- A norma processual deve seguir uma ordem prevista no art. 330 do CPC, ou seja, tem normas claras que precisam ser cumpridas.
· Não é fim em si mesmo
O direito processual tem a função de cumprir finalidade do direito material.
Instrumentalidade das formas: “Não há nulidade sem prejuízo”.
2.5. Denominação, posição enciclopédica e divisão do direito processual
· Direito Processual
É visto como uma ciência autônoma que como ramo do direitopúblico se preocupa em estabelecer, através de regras próprias, condições, estruturas e alcances para o direito material, quer seja ele civil, penal ou outro.
· Ramo do direito público: O Estado organiza o direito processual.
· Ciência autônoma
· Direito Processual Civil e Penal: O direito processual civil serve como base para todos os processos e não só para avaliação de litígios privados.
O processual penal visa assegurar o direito material penal, impor sanção a sujeitos que se encaixem em determinada figura típica.
2.6. Direito Processual Civil
· NCPC: Efetividade, celeridade, economia de custas processuais e respeito ao contraditório.
· Lei processual no tempo: A lei rege o ato do seu tempo, ou seja, se aplica a regra que está em vigor no momento da realização do ato processual.
· Lei processual no espaço: A norma processual é aplicada em todo território nacional.
3. Princípios
3.1. Introdução
Vide art. 8º CPC.
Os princípios trazem os reguladores básicos de toda a matéria, como por exemplo, o art. 8º do CPC orienta os outros princípios do direito processual civil.
3.2. Princípios processuais
a) Imparcialidade do juiz
-O juiz não pode influenciar ou favorecer ao autor ou ao réu.
-Seu exercício deve ser racional.
- Deve possuir um limite de isenção, ou seja, guardar distância das partes e de suas pretensões.
- Presume-se que todos os outros princípios derivam da imparcialidade.
b) Igualdade: art.7º CPC.
-A isonomia deve ser assegurada as partes, elas devem ter os mesmos prazos e mesmos direitos desde que façam parte do mesmo grupo
-Isonomia= igualdade de tratamento.
- A isonomia busca um tratamento iguais aos desiguais para estabelecer uma igualdade de condições.
c) Contraditório e ampla defesa
Contraditório: citação, intimação e notificação.
 - Citação: Levar ao conhecimento das partes a existência de uma ação em andamento e dar o prazo para que elas atuem no processo.
É o ato inicial pelo qual alguém é chamado para atuar no processo.
- Intimação: Ato pelo qual as partes são comunicadas sobre os atos realizados durante o andamento dos processos.
- Notificação: O mesmo que citação. Nomenclatura bastante presente no direito do trabalho.
 O contraditório é garantia constitucional.
Ampla defesa: autodefesa e defesa técnica.
- Autodefesa: Por exemplo, em um interrogatório no direito processual penal e depoimento pessoal no direito processual civil.
- Defesa técnica: Assessoria de alguém com habilitação técnica.
Sem a defesa técnica a parte é considerada indefesa.
A ampla defesa é garantia constitucional.
· Inquérito policial= contraditório?
O inquérito é um procedimento investigativo sigiloso e inquisitivo.
Os atos da investigação não são processos, por isso não há direito ao contraditório.
· O contraditório e a ampla defesa são garantias processuais.
d) Princípio da ação
A ação é o direito subjetivo de pedir ao Estado por meio do judiciário, uma prestação (tutela) jurisdicional.
- Qualquer cidadão que tenha um direito abstrato ou concreto que foi violado pode pedir ao Estado que exerça prestação jurisdicional.
Processo Inquisitivo Processo acusatório
- secreto - público
- não contraditório - contraditório
- juiz acusa/defende/julga - juiz imparcial
-O nosso sistema adota o processo acusatório.
- Os processos inquisitivos são retógrados, já que uma só figura exercia todas as funções , eram ações conduzidas por representantes da igreja.
e) Disponibilidade/ Indisponibilidade
O direito de ação não é disponível em regra no direito penal.
Há exceções como a suspensão condicional da pena ou transação no juizado especial criminal.
Na disponibilidade, permite-se que a parte disponha de seu direito. Presente no direito civil.
f) Verdade formal/ verdade real
Não deve haver dicotomia. 
Há necessidade de que o processo seja fiel a verdade real que deve concordar com a verdade formal.
A verdade real está tanto no processo civil, quanto no processo penal.
Em todo processo deve haver uma busca pela verdade.
g) Persuasão Racional
- Formação da livre convicção
Princípio vinculado ao princípio da imparcialidade.
O juiz elege sua ação jurisdicional livremente pela livre convicção, mas deve agir racionalmente de acordo com as provas.
h) Princípio da motivação das decisões
A motivação deve ser em termos racionais e as decisões por questão política do magistrado.
· Garantia das partes
As decisões devem ser motivadas, é uma garantia constitucional que as partes têm, uma decisão deve ser motivada.
 Uma decisão sem motivação é nula, é necessário fundamentar a decisão.
· Função Política
Questão política, já que ao justificar sua decisão a chance de erro diminui.
i) Publicidade
· Finalidade: fiscalização
Em regra, o processo é público, fiscaliza-se para saber que nada está sendo fraudado.
A finalidade da publicação é a fiscalização
· Publicidade restrita
O processo pode ficar restrito sendo vedado o seu acesso as outras pessoas, caso houver riscou ou a pedido das partes , o juiz determinará.
j) Princípio da Lealdade Processual
· Moralidade e probidade
· Vedação à falta da verdade
· Ato atentatório à dignidade da justiça
· Multa
· Litigância de má fé 
O novo Código aposta na boa fé, e na lealdade das partes, aposta que a má fé será reduzida. O processo tem que ser a busca da verdade, precisa que as partes ajam com moralidade e probidade (conduta moral e honesta das partes).
Quem praticar ato atentatório contra a dignidade da justiça sofrerá pena de multa.
k) Economia e instrumentalidade das formas
· Equilíbrio custo benefício
· Não há nulidade sem prejuízo
Manter um processo tem custos.
l) Duplo grau de jurisdição
· Revisão das decisões
Garantia aos cidadãos de reexame, de justiça. Controle aos magistrados, pois estes sabem que estão sendo sujeitos pelo duplo grau de jurisdição.
Com este controle os juízes ficam atentos as suas decisões.
1º grau: decisão de apenas um juiz.
2º grau: decisão de um grupo de magistrados.
m) Acesso à justiça e devido processo legal
- Acesso à justiça: garantia individual, inafastabilidade.
- Devido Processo Legal: Juiz competente, acesso à justiça, ampla defesa e contraditório, fundamento das decisões.
n) Tempestividade da prestação jurisdicional
· Razoável duração do processo
 
4. Jurisdição
Tendente a uma instrumentalidade maior e uma formalidade menor, é uma função do Estado de estabelecer o direito do cidadão.
4.1. Conceito
Pela ideia de que uma vez provocado pelos interessados o Estado exerce o poder, dever e função jurisdicional.
O resultado se sobrepõe aos interesses das partes substituindo-os, em outras palavras, a decisão jurisdicional se sobrepõe ao interesse das partes.
A jurisdição é uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos interessados em conflito para buscar a pacificação, realiza pelo processo.
· Função Estatal: Poder/ função/ atividade
A jurisdição é provocada pelo interessado, se não provocado o Estado não exerce a jurisdição.
Poder: Manifestação do poder estatal (capacidade de impor decisões)
Função: encargo de promover a pacificação que os órgãos possuem.
Atividade: complexo de atos do juiz no processo.
· Critérios distintos
A) Substitutivo: necessariamente a decisão do juiz substitui o interesse subjetivo das partes.
O Estado substitui as atividades daqueles que estão envolvidos no conflito.
B) Existência de “Lide”
Só há manifestação jurisdicional se impossível as partes não se entenderem e entrarem em acordo ou solução.
4.2. “Lide” conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida
Carnelutti diz que só há prestação jurisdicional enquanto houver interesse conflitante qualificado por uma pretensão resistida. Só há prestação do Estado se houver LIDE.
Obs: Se utiliza mais o termo controvérsia penal ao invés de lide penal, já que quem é processado não tem interesse , então não é Lide.
· Outras características jurisdicionais
- Inércia: Movimentaçãodo poder jurisdicional, uma vez provocado irá caminhar de acordo com a legislação. Pela inércia, a jurisdição será exercida mediante provocação do interessado, sem a provocação não haverá prestação jurisdicional, entretanto uma vez acionada, a atividade jurisdicional obedecerá critérios legais e contará com o impulso oficial, permitindo atuação de ofício dos magistrados.
- Definitividade: O Estado que a decisão do juiz seja definitiva, inevitável, o juiz não poderá modificar a sentença, uma vez dada a sentença em regra se esgota o exercício jurisdicional.
Mas, apesar disso, o resultado não necessariamente é definitivo.
O conflito é considerado solucionado quando é julgado e apreciado pelos órgãos jurisdicionais.
4.3. Princípios inerentes a jurisdição
· Investidura (juiz): reconhecimento do Estado da habilitação de alguém para o exercício da jurisdição, somente ele pode atuar.
· Aderência ao território: cada exercício jurisdicional será aplicado por uma faixa de delimitação territorial, cada área deve respeitar essa faixa sem inversões.
· Indelegabilidade: O exercício jurisdicional é indelegável, quem foi habilitado para isso não pode ser substituído por outra pessoa (magistrado).
· Inafastabilidade: art. 5º, XXXV. Não será afastado aos cidadãos o exercício jurisdicional. Garantia de acesso à justiça.
· Inércia: o Estado só presta seu exercício jurisdicional quando provocado, enquanto não há provocação permanece inerte.
4.4. Poderes inerentes à jurisdição
· Poder jurisdicional: poder de decidir, de julgar.
· Poder de polícia: poder de aplicação e força, poder de controle do processo, efetividade, poder de coerção.
4.5. Espécies de jurisdição
· Unidade: a jurisdição é una, para que o Estado exerça melhor a jurisdição acaba se dividindo, para melhor compreensão, aplicabilidade e efetividade se subdivide em espécies.
· Penal e Civil: o que os diferencia é o direito material, ou seja, no direito penal o juiz utilizará o direito material penal, enquanto no civil utilizará o direito material civil.
- Penal: Causas penais, pretensões punitivas.
- Civil: sentido amplo (causas e pretensões não-penais)
· Jurisdição Especial e Jurisdição Comum
- Especial: justiça militar, justiça do trabalho, justiça eleitoral e dos estados.
- Comum: não trata de uma especialidade, abrange a justiça em geral. Por exemplo, vara da infância. Justiça federal e justiças estaduais ordinárias.
· Jurisdição Superior e Jurisdição Inferior
- Inferior: organizada para prestar a jurisdição através de juízes monocráticos, singulares. O cidadão tem acesso à justiça do seu direito levado na inferior.
Garantia de acesso!!
- Superior: Está acima de uma instância, segundo grau de jurisdição, conta com decisões coligadas, se faz a reavaliação da resposta do direito levajdo no qual o cidadão irá recorrer na superior. Garantia de reavaliação!!
4.6. “Jurisdição Voluntária”
Está entre aspas, pois atualmente, o novo CPC não estabelece essa divisão.
· Antes do CPC/2015
O Código anterior trazia a dicotomia entre jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária.
As contenciosas eram aquelas ações em que havia conflitos, contendas, busca solucionar um conflito. Por exemplo, nas ações de indenização.
Já, as voluntárias são aquelas em que não há conflitos, muito menos há a presença das partes. Por exemplo, inventário.
· No CPC/15. Senado (procedimentos não contenciosos)
O novo CPC estabelece procedimentos não contenciosos.
Como por exemplo, um divórcio realizado amigavelmente ou o procedimento de inventário.
· Art. 16 CPC- não fala
Na prática o Código mantém procedimentos voluntários, embora não esteja previsto em lei.
· Didaticamente: jurisdição voluntária x jurisdição contenciosa
Essa divisão é meramente didática, a fim de facilitar o estudo.
* Voluntária = graciosa 
Administração Pública de interesse privado
-meramente receptício: função passiva do magistrado.
- certificantes: legislação de livros comerciais.
- pronunciamento judicial: a autoridade jurisdicional se pronuncia para dar efetividade.
Por exemplo, partilha de bens, separação amigável, interdição.
4.7. Poder Judiciário
· Separação dos poderes: art. 2º da CF.
O Poder Judiciário é independente, autônomo e com garantias constitucionais.
* Órgãos jurisdicionais: responsáveis por proferir decisões, pronunciamentos judiciais. Art. 92 da CF.
* Foros extra-judiciais: Tem a finalidade de registrar atos que independem do pronunciamento judicial, embora tenha que passar por uma supervisão do judiciário.
* Órgãos administrativos: Trata da organização e estruturação do poder judiciário.
· Limites da jurisdição: regras de competência
Cada jurisdição terá um limite.
Exemplos: limite territorial, funcional, relacionado a matéria, etc.
4.8. Funções do Poder Judiciário
· Principais: típicas
Julgar, proferir decisões.
· Secundárias: realizar legislação interna.
4.9. Órgãos da jurisdição
· Composição do poder judiciário 
Estão organizados de forma ligada, mas dividido de acordo com a matéria.
Se divide em tribunais de primeira instância (órgãos singulares, monocráticos); segunda instância (tribunais regionais ou tribunais de justiça dos estados).
A instância superior trata do controle de normas constitucionais e infra-constitucionais. Correspondem as áreas da justiça comum e justiça especial.
4.10. Órgãos não jurisdicionais
A) Conselho Nacional de Justiça: Órgão jurisdicional mais importante quando se observa os órgãos jurisdicionais.
É um órgão incubido de realizar o controle e fiscalização das atividades jurisdicionais.
B) Ouvidorias de justiça: Recebe denúncias, sugestões, apontamentos de todos aqueles que estiverem sujeitos à atividade jurisdicional.
As denúncias são sigilosas, a ideia é colher informações dos cidadãos a respeito de como está sendo feita a atividade jurisdicional.
Exemplo: advogado cadeirante.
C) Escola da Magistratura: Na escola da magistratura os candidatos as vagas de magistrados além de reforçar seus conhecimentos acerca do Direito, aprende como se deve realizar a função de juiz.
4.11. Independência
· Imparcialidade: as hipóteses de impedimento e suspeição surgem para assegurar o princípio da imparcialidade. O juiz tem autonomia para exercer sua independência até mesmo no sentido de poder declarar ou não suspeição.
· Independência (jurídica/ política): livre persuasão racional.
 4.12. Garantias
· Vitaliciedade: permite que aquele que exerça a atividade faça pela vida toda. Benefícios.
· Inamovibilidade: uma vez que se torna titular não pode ser movido de vara, comarca ou instância.
- Só será movido pela vontade própria do magistrado, ou por motivo de interesse público com a aprovação de 2/3 dos membros do Tribunal.
· Irredutibilidade: O salário não pode ser diminuído.
5. Ação
Direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou poder de exigir esse exercício)
5.1. Introdução
· Inércia da jurisdição: a jurisdição só é exercida quando provocada pelo cidadão, ou por quem tenha a legitimidade para acioná-lo.
 
· Estado Democrático: O Estado democrático reservou para si o exercício da função jurisdicional por meio da ação, é uma de suas tarefas fundamentais.
O Estado deve solucionar os problemas mais importantes, os menos relevantes devem ser resolvidos entre os próprios cidadãos.
 5.2. Conceito
· Direito : direito garantido pela Constituição Acesso à justiça.
· Potestativo: depende da discricionariedade ou da vontade do cidadão. O cidadão escolhe a promoção da ação ou não, a discricionariedade é feita pelo Ministério Público.
· Subjetivo: depende da manifestação da vontade do titular ou dos titulares do indivíduo, está ligado a ideia individual.
· Autônomo: independe da existência ou comprovação de qualquer outro tipo de direito, está desvinculado a existência de qualquer outro direito.
· Abstrato: apesar de ser direito de acionar o judiciário, pode ser somente para verificar se há um direito ou não.
· Prestação Jurisdicional: acionar o Estado afim de alcançar a prestação jurisdicional.
5.3.Teorias da ação
· Imanentista (clássica)= ligada ao direito material
A ação seria uma qualidade de todo direito ou o próprio direito reagindo a uma violação.
O direito de ação é inerente ao próprio direito material, só existe ação, porque existe o próprio direito material.
É um fator que impede os cidadãos em seu direito de ação, por isso esse conceito não é aplicado nos dias atuais.
· Direito autônomo e concreto = só tem cabimento com sentença favorável
Autônomo: ele poderia acionar, mas o direito só é reconhecido ou convalidado com uma sentença favorável (solução do problema)
Julga-se o direito de validade e o direito de ação.
· Direito autônomo e abstrato
Autônomo: independente.
Abstrato: não necessita estar vinculado a um direito ou possuir uma sentença favorável.
O próprio duplo grau de jurisdição permita que o cidadão recorra de uma decisão que foi desfavorável.
Corrente dos dias atuais!!!!!
5.4. Condições da ação
Requisitos essenciais para a ação.
· Essencial
- Interesse/ legitimidade
 - PJP (possibilidade jurídica do pedido)
 Devem ser juridicamente possíveis.
 *No novo Código a possibilidade está inserida no interesse.*
 A) Interesse de agir
· Necessidade: Necessidade, justificativa que estão ligadas a impossibilidade de solucionar um conflito.
· Adequação: medidas processuais adequadas as ações e com possibilidade jurídica.
 B) Legitimidade . art.18
 Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo estipulação.
 - Legitimidade ordinária: o próprio cidadão promove ação referente a direito próprio.
 -Legitimidade extraordinária: por exemplo, o Ministério Público que pleiteia um interesse para a sociedade.
Pode haver legitimidade sem capacidade. Por exemplo, audiência de alimentos, o filho é representado.
Deve ter alguém com capacidade postulatória.
· Carência da ação (impede mérito)
Quando falta uma das condições para a ação.
5.5. Identificação da ação
· Elementos (identificadores da ação)
- Partes: presença de partes com legitimidade para discutir o conflito. (autores, réus) em regra, como exceção pode não haver partes, e sim interessados.
- Causa de pedir: justificativa para acionar o Estado, o motivo, a causa, objeto da ação. Fundamento.
Se não houver causa não haverá necessidade, e assim, haverá carência da ação.
- Pedido: Toda ação possui pedido. Condenação, constituição e declaração de direitos. Sem pedido não há ação, esse pedido pode ser alternativo.
Sem o pedido não há manifestação do interesse, e assim, será decretada a carência da ação.
* Se faltar um dos elementos da ação, o mérito não será analisado.*
5.6. Classificação da ação
· Ação Civil
- Conhecimento: Provimento do mérito. Exercer o direito subjetivo para que o Estado declare a existência do direito.
Por exemplo, pedir que o juiz declare o valor do direito aos alimentos, e reconheça também esse direito aos alimentos, ou o cheque que é uma declaração de direito.
- Executiva: Provimento satisfativo. Quando o Estado reconhece o direito, nasce para esse cidadão o direito de satisfazer esse direito que foi reconhecido. 
Só pode ser apresentada uma ação executiva, se o direito for reconhecido.
O cheque é um direito já reconhecido, resta a pessoa promover diretamente a ação executiva.
- Cautelar? Urgência, evidência
O novo CPC não traz a ação cautelar como autônoma, mas insere tutelas acauteladoras de urgência e evidência.
Ambas estão relacionadas ao perigo na demora. Para proteger o direito surgem essas tutelas. É uma forma de atuação do interessado.
Urgência: perigo na demora.
Evidência: tem que haver a presença de alguma “prova”.
· Ação Penal
Princípio da indisponibilidade, vigora o interesse coletivo.
Como regra a ação penal é pública.
Privada
- Exclusivamente: quando estiver expressamente na lei (Código Penal) que a ação será promovida apenas pelo ofendido.
Exemplo: calúnia, injúria, difamação.
- Subsidiária: art. 29 do Código de Processo Penal
Quando o Ministério Público não promover a ação no prazo, pode o ofendido promove-la. 
Obs: a ação privada nasce com a queixa-crime. Peça inicial da ação penal.
Pública
- Condicionada: pode ser condicionada a representação do ofendido.
- Incondicionada: promovida pelo Ministério Público.
 Obs: A peça inicial da ação penal pública é a denúncia.
5.7. Defesa do réu
Direito de resposta ao réu.
Haverá fundamentos do autor, e uma antítese do réu que combate a tese do autor.
- Bilateralidade: Presença de autor e réu.
- Contraditório: Tese, antítese, síntese ( sentença)
A antítese faz parte do contraditório, por meio da defesa.
Se ele não se defender, nomeará um advogado para ele.
6. Processo
Indispensável à função jurisdicional.
6.1. Introdução
· Processo: o processo é previsto para cada tipo de acionamento, sequência de atos ordenados que levará o autor em face do réu a uma prestação jurisdicional.
O processo é visto como instrumento do direito de ação.
· Procedimento: meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve-se e termina o processo.
É um mero aspecto formal do processo.
* Exemplo: no processo penal todas as fases são previstas pelo CPP, enquanto no inquérito por se tratar de procedimento não há uma ordem, é realizado de acordo com a necessidade do delegado.
* Dentro de cada processo existe um procedimento, mas nem todo procedimento é processo.
6.2. Conceito
Método, instrumento no qual o cidadão exercita seu direito de ação através de uma sequência ordenada de atos previamente estabelecida em lei, universal, garantindo-se a atuação dos envolvidos em contraditório.
· Instrumento: instrumento do direito de ação.
· Procedimentos + partes em contraditório
**Não é única forma de solução
As partes são chamadas para atuar no processo, atuação que pode ser feita através do contraditório.
 Procedimento = rito
 O ritual que será seguido para consecução do direito no processo.
6.3. Autonomia do processo
· Direito abstrato autônomo 
O mesmo conceito do direito de ação.
6.4. Trinômio processual
Baseados em três fundamentos.
Análise Essencial 
A) Pressupostos processuais
1) Existência -
* Jurisdição: atribuição legal para análise pelo poder judiciário.
* Demanda: se existe uma pretensão resistida, um direito a ser protegido.
* Capacidade: capacidade para verificar e para propor o processo.
* Citação: é obrigatório que haja a citação para a existência do processo. 
O cidadão é chamado para atuar no processo por ordem do magistrado, quando o cidadão é chamado será respeitado o direito ao contraditório.
* Outros: 
2) Validade -
* Petição Inicial: apta de acordo com o art. 319 do CPC.
Há os requisitos indicados então, por esse artigo, as que não cumprem os requisitos serão ineptas se não for caso de exceção previsto nos 1º e 2º parágrafos. (inépcia da inicial)
 Estrutura básica da petição inicial: fatos, fundamentos e pedidos.
* Competência: o processo deve ser julgado por um juiz competente.
* Imparcialidade: o juiz deve ser imparcial.
* Capacidade: 
- Parte: todos possuem.
- Postulatória: capacidade de pedir em juízo.
* Legitimidade: 
 Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo estipulação.
 - Legitimidade ordinária: o próprio cidadão promove ação referente a direito próprio.
 -Legitimidade extraordinária: por exemplo, o Ministério Público que pleiteia um interesse para a sociedade.
Vinculação com o direito da parte.
3-) Negativos
Prejudicam o andamento do processo.
*Coisa julgada
* Litispendência 
* Perempção
6.5. Espécies de processo
· Diversas finalidades
Mesmo sentido que a ação.
· Processo de conhecimento
- Declaração
- Constituição
- Condenação
· Processo de execução
- Satisfação
Processo cautelar?
Existe as tutelas.
7. Competência
-O Estado tem o poder jurisdicional e cabe a ele exercer a jurisdição (dizer o direito).
-Medida da jurisdição- conceito utilizado pelos antigos doutrinadores.
-Cada magistrado será delimitado a exercer uma atribuição. O exercício de suas atribuições é delimitado.
7.1.Introdução
* Jurisdição x Competência
7.2. Conceito
-Regras de limitação ao exercício do poder jurisdicional mediante atribuição ou fixação legal. 
7.3. Critérios
- CPC : art. 21
- Causas cíveis/ juízo arbitral
A justiça brasileira estipula a competência das causas cíveis, exceto quando se tratar de juízo arbitral. 
A arbitragem afasta a atuação do judiciário, a jurisdição.
Quando as partes optarem pela arbitragem, o judiciário não terá competência para atuar, processar e julgar.
- Regitro/ distribuição petição inicial
A justiça atuará de acordo com o momento e local de onde houver o registro da petição inicial.
A determinação de competência ocorre com o registro e distribuição da petição inicial.
- CPP- local do crime 
Como regra a competência é fixada com base no local do crime.
7.3.1. Competência internacional
· Justiça brasileira?
-Art. 16 CPC= juízes, tribunais, em todo território nacional
 -Art. 21/22= competência concorrente
 -Art. 23= competência exclusiva
 
· Competência concorrente 
Podem ser processados tanto pela justiça brasileira quanto pela justiça internacional.
Art. 21 
A justiça brasileira tem competência para processar e julgar nessas hipóteses, porém pode ser cumprida no exterior.
- Réu domiciliado no Brasil
- Obrigação cumprida no Brasil
Pode haver um foro contratual.
- Fato ou ato no Brasil
Se for praticado o fato ou ato no Brasil.
Art. 22= alimentos 
- Credor no Brasil
Credor resida no brasil.
Alimentando
- Réu com vínculos no Brasil
Alimentante com vínculos no Brasil.
Por exemplo, imposto de renda.
-Consumidor domicílio/res no Brasil
Defesa do consumidor se for residente e domiciliado no Brasil, porém é uma competência concorrente, ou seja, dependente do que versa nos tratados internacionais.
-Vontade das partes
Foro de eleição, os contratantes elegem através do contrato.
· Competência exclusiva
Nesses casos somente a justiça brasileira julgará a ação.
- Art. 23 c/ exclusão de qualquer outra
Exclusão de qualquer outra justiça.
-Imóveis no Brasil (tem registro no Brasil, por isso só a justiça brasileira tem competência)
-Sucessão: bens no Brasil (os bens são transmitidos aos herdeiros, bens situados no Brasil serão transmitidos pela justiça brasileira)
-Em divórcio/dissolução da união estável = Partilha de bens no Brasil
Se houver partilha de bens deve ser julgado pela justiça brasileira.
Caso seja casado no exterior o casamento deve ser convalidado no Brasil.
Resumo: sempre que houver bens situados e registrados no Brasil a sucessão e partilha deles é de competência da justiça brasileira.
7.3.2. Para a competência interna
* Eliminação gradual de hipótese 
Processo de verificação da competência interna que se inicia observando-se:
1º- Competência de origem dos tribunais superiores?
Art. 102/105/108 CF.
Art. 102- atribuições do STF.
Art. 105- atribuições do STJ.
Art. 108- atribuições do TRF
Se é caso da competência originária dos tribunais superiores; (art.102/105/108)
2º- Competência das justiças especiais?
- Militar
- Trabalho: interesses da relação de trabalho.
Regra geral: foro onde foi prestado o serviço.
- Eleitoral
Se não for de competência dos tribunais superiores analisa-se se é caso de competência das justiças especializadas (eleitoral/militar/trabalhista)
3º- Competência da justiça comum federal? 
Art. 109, CF
 Se não for o caso da competência das justiças especializadas verifica-se se é caso de competência da justiça comum do âmbito federal.(ART.109)
4º-Competência da justiça comum estadual?
Competência residual
Por fim se a demanda não for da atribuição de nenhuma das hipóteses acima será competente a justiça comum estadual.
É a competência atribuída a justiça comum estadual, já que a demanda passou pela eliminação gradual de hipóteses.
****Avalia-se se a competência é da justiça brasileira, e depois passamos a eliminação gradual de hipóteses.
7.4. Critérios de fixação da competência interna
· Valor da causa 
Para cada ação há um valor que deverá constar na petição inicial.
Alguns juizados verificam a competência pelo valor da causa.
Por exemplo, juizado especial cível.
· Matéria- art. 44
A matéria da qual versa a ação.
· Funcional
A função é critério para estabelecer a competência.
Prerrogativa de foro= em razão da função que se exerce.
· Territorial- art. 46 a 53 
Ocorre em razão do território.
· Razão da pessoa
Há questões vinculadas a natureza e condição da pessoa.
Por exemplo, o consumidor tem foro privilegiado por ser a parte hipossuficiente.
** Art. 46- Domicílio do réu 
-Direito pessoal: ligado a condição da pessoa
- Direito sobre bens móveis: 
-Mais de um domícilio, qualquer deles §1º, art.46
Foro de qualquer um dos réus.
-Incerto/desconhecido onde encontrado/autor
Se o réu tiver domicílio incerto ou desconhecido, o foro será onde o réu for encontrado ou no domicílio do autor. 
-Sem domicílio no Brasil: Autor
A ação será promovida no domicílio do autor.
-Dois ou mais réus c/ domicílios diferentes= qualquer um deles a escolha do autor
O autor escolherá qualquer um dos domicílios dos réus.
7.5. Critérios especiais
São critérios que são exceções as regras gerais ou fogem a ela.
** Art. 47. Direito real sobre bens imóveis
Ações reais imobiliárias : por exemplo, demarcação de terra e usucapião.
Será competente o foro da situação da coisa.
No domicílio da situação do bem.
A) Ações reais imobiliárias
Art. 47- situação da coisa
Onde se situa o imóvel.
B) Sucessão hereditária
Aquele que falece deixa suas obrigações e direitos aos seus sucessores.
- Domicílio do de cujus
- Situação dos bens
Mesmo que tenha bens em outro país, se presume que todas as informações do de cujus estão na cidade de seu último domicílio.
C) Réu ausente: último domicílio
Réu ausente: aquele que não se conhece o seu domicílio.
D) Réu incapaz: representação/assistência
Domicílio do seu representante ou assistente.
E) Foro da União: autora-réu
Ré-autor/ local dos fatos
Se a união for autora será no domicílio do réu, se for ré será no local dos fatos. 
7.6. Foros especiais
· Divórcio/ anulação/ dissolução de uniões estáveis
-Guardião de filho incapaz
Na presença de filhos incapazes, 1ª regra
-Domicílio do casal sem filhos incapaz
Se não houver filhos, domicílio do casal.
-Réu, sem nenhuma das partes residir
Domicílio do réu, se nenhum deles residir no antigo domicílio.
· Alimentos=alimentado
Domicílio de quem recebe os alimentos, ou seja, do alimentado.
· Do lugar
-Pessoa Jurídica= foro da sede
-Sem Pessoa Jurídica= onde exerce suas atividades
-Estatuto do idoso= domicílio do idoso
-Lugar do ato/fato = reparação de dano
 Réu administrador de negócios
· Acidente de veículos art. 53, V.
Foro do domicílio do autor ou do local do fato.
- Autor
- Local dos fatos
7.7. Competência relativa/ absoluta
Alterações?
· Relativa: art. 54 
- Valor	
- Territorial
- Nulidade relativa
- Sujeita à preclusão
Vinculadas ao valor da causa e que tenham a ver com o território. 
Como regra geral diante de competência fixada pelo valor da causa ou território a competência pode ser modificada, alterada e se transformar em competência legal.
A nulidade é relativa, já que o erro pode ser sanado. Não foi arguida, por isso passa a ser válida, a arguição é feita pela liminar de contestação.
Se a parte não contestar haverá a preclusão, perde-se o prazo.
Preclusão: fenômeno que alcança a prática ou exercício de atos e direitos.
Perempção: fenômeno que impede a ação. Impede a prática processual.
Impossibilidade do exercício de direito pela prática reiterada deles; a Lei prevê a perempção como regra processual no caso de alguém que já tenha promovido a ação duas vezes; fenômeno que impede o exercício da ação.
Preclusão temporal- para exercer direito ou prática do ato.
Preclusão lógica- pratiquei um ato contrário.
 Hipóteses que a competência relativa sofre alterações:
 * Prorrogação: convalidação da competência decorrente da não arguição em momento oportuno. Chama-se prorrogação a fixação da competência do juizque não seria inicialmente competente , e que passa a sê-lo.
* Derrogação (eleição): há uma prevalência legal, mas as partes decidem estabelecer outra competência. Foro de eleição.
Espécie de modificação da competência que decorre do detrimento da regra legal por conta da escolha/eleição pelas partes. 
 * Conexão- art.55 (pedido + causa de pedir): Serão conexas causas com o mesmo pedido e causa de pedir. Há várias partes.
* Continência- art.56 (parte + causa de pedir): Serão continentes ações com mesmas partes e mesma causa de pedir.
 A conexão e a continência são fenômenos que tratam de informações idênticas em mais de uma ação
· Absoluta: ordem pública (a qualquer tempo e grau) 
- Material: há foro para a matéria específica.
- Funcional: com relação a funções que exerce.
- Nulidade absoluta
- Reconhecida do ofício pelo juiz
Não permite alteração, não há convalidação. É um vício insanável.
Envolvem o material e funcional.
A nulidade absoluta é reconhecida de ofício pelo juiz.
* Modificação de competência 
- Prevenção: art. 58 (prefixação)
Houve a arguição ou a preclusão.
O prevento (juiz competente prefixado diante da pluralidade de competências) para julgar ações conexas será o que:
1º Despachar a citação. 
1º Conseguir fazer a primeira citação válida da outra parte. 
7.8. Declaração de incompetência 
 - Espontânea x Provocada
 Preliminar de contestação: o réu usa sua ferramenta para fazer a arguição. (provocada)
 Provocada: na absoluta o juiz pode pedir de ofício, por isso é espontânea.
 
 NCPC: preliminares (antes do mérito)- Deve haver a arguição em preliminares de contestação.
 Conflito Positivo
 Competência Negativo
Conflito de competência: dois juízes assumem a incompetência (positivo), dois juízes não assumem a competência (negativo)
Qual o foro competente as ações trabalhistas?
 A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro lugar ou no estrangeiro.
Qual o foro competente para as ações referentes a acidente de trabalho?
Compete ao foro do lugar do fato.

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