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DIREITO CIVIL

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DIREITO CIVIL – RESPONSABILIDADE CIVIL
· Introdução
· O dever jurídico de reparar o dano tem origem na idéia de culpa (respondere do direito romano).
· “Neminem laedere[footnoteRef:1]”: respeitar o direito alheio e obedecer as regras de conduta no convívio social independente de vínculo contratual. [1: Ninguém se deve lesar.] 
· Responsabilidade civil: aplicação de regras jurídicas que obrigam alguém a reparar o dano, material ou não, causado a outrem.
· Regra geral: quem, por conta de sua ação ou omissão provoca dano a outrem tem o dever de reparar.
· Fontes da obrigação de reparar o dano
O artigo 927[footnoteRef:2] do CC diz que as fontes da obrigação de indenizar são: [2: Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
] 
· a prática do ato danoso ilícito quando a lei exigir a prova da culpa;
· a prática do ato danoso, ilícito ou não, quando a lei não exigir a prova da culpa.
Hoje, diante do novo cotidiano se usa a reparação do dano por atos lícitos (apesar de serem regras excepcionais)
Se consistir em uma atividade de risco deve haver a responsabilidade mesmo com ausência de culpa.
Exemplo: as empresas respondem por danos de aparelho eletrônicos, mesmo que o ato lícito, já que exercem atividades de risco. O mesmo ocorre com as fábricas de explosivos, sua responsabilidade deriva de sua atividade de risco, e não por ser tratar de ato ilícito.
As linhas férreas consistem também em uma atividade de risco, portanto a obrigação existirá mesmo sem culpa devido a máquinas ou ação humana.
· Teorias que fundamentam o dever de reparar o dano
Art. 927 “caput”
- Teoria subjetiva: o ato ilícito danoso, por ser culposo, gera o dever de indenizar (responsabilidade civil subjetiva).
Deriva do direito romano.
A responsabilidade civil depende de um elemento subjetivo, que é a culpa.
Deve haver:
- Culpa 
- Dano
- Nexo Causal
 - Teoria objetiva: o ato danoso, mesmo que sem culpa, nas hipóteses apontadas pela lei, gera o dever de indenizar[footnoteRef:3] (responsabilidade civil objetiva). [3: Art. 927. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
] 
Há a responsabilidade independente da presença de culpa.
Causador do dano responderá independente de culpa
 I- Quando a lei determinar
 II- Quando a atividade habitual do causador do dano implicar em risco aos direitos de outrem .
(I) O legislador aferiu que existe o risco.
Exemplo: explosão de um carrinho de pipoca aplica-se a 2ª hipótese do p.u.
Deve haver:
- Dano 
- Nexo causal
· Elementos formadores da responsabilidade civil
- Culpa ( somente na teoria subjetiva)
- Dano 
- Nexo causal
A) Culpa
Dolo, culpa= Culpa lato sensu (sentido amplo)
Culpa= culpa stricto sensu
· O ato ilícito é a ação ou omissão dolosa ou culposa que gera dano a outrem (artigo 186 e 187 do CC).
 Para configurar o ato ilícito é necessário haver a atividade humana voluntária (resultado da vontade do agente), ou seja, que haja elemento volitivo. Esse é então, um pressuposto essencial.
Um ato resultado de por coação por exemplo, por ser involuntário não constitui ato ilícito.
Outra exigência para a caracterização de um ato ilícito na esfera civil é o resultado danoso, mesmo que haja imprudência ou imperícia deve haver necessariamente o dano.
· A culpa provém da não observância de um dever de conduta imposto pela ordem jurídica e social.
Seja de forma comissiva ou de forma omissiva.
Há também deveres impostos pelo costume.
Ex. passar dirigindo veículo acima da velocidade segura para o local; deixar de reduzir a velocidade do veículo diante de uma forte chuva etc.
No caso de veículo acima da velocidade é considerado imprudência, e ao deixar de reduzir a velocidade é negligência.
· Formas de manifestação da culpa (culpa stricto sensu)
· Negligência: Falta de observar o cuidado exigível; omite o cuidado. Ex. reduzir velocidade na chuva.
A omissão é deixar de agir conforme o cuidado exigível.
Exemplo: canil.
· Imprudência: Age enfrentando desnecessariamente o perigo, atuando contra as regras de cautela. Ex. deixar o filho pequeno alimentar cão de guarda. Andar em alta velocidade.
O agente através de uma ação cria ou aumenta uma situação de risco desnecessária.
· Imperícia: age sem aptidão ou habilidade técnica específica para o caso (negligência técnica).
Exemplo: dirigir um carro sem habilitação, helicóptero.
· Graus de culpa
· Grave – não intencional, mas atua como se quisesse o resultado.
Assumiu o risco de produzir o resultado. Exemplo, racha.
Haverá o dever de indenizar de acordo com essa classificação.
· Leve – falta de diligência média que um homem normal observa em sua conduta.
Padrão do homem médio.
· Levíssima – conduta que escapa ao homem mediano, mas que um homem atento não cometeria.
Conduta não exigida por um homem mediano.
· Abuso de direito
· O abuso de direito (artigo 187 do CC) é equiparado ao ato culposo, portanto, também dele decorre o dever de reparar o dano causado.
Exemplo: abusar do direito de cobrança de uma dívida, tornando-a vexatória; abusar do direito de construir um muro divisório etc.
· Na RC subjetiva o dever de indenizar não se baseia no grau de culpa, mas apenas na sua presença (caput do artigo 927).
· Mas o grau de culpa influenciará na redução do quantum indenizatório (944 p. u.).
· A RC subjetiva é decorrente do dolo ou da culpa do agente, ou seja, a conduta dolosa, imprudente ou negligente de alguém que causa danos a outrem traz o dever de indenizar. (927 caput)
· A regra geral é a aplicação da teoria subjetiva, mas a lei criou exceções através da inserção da RC objetiva, onde mesmo quem age sem culpa tem o dever de indenizar em algumas hipóteses. (927 p.u.)
· RC Objetiva
· O sistema subsidiário (exceção) é aquele embasado na teoria do risco, que não exige a culpa do agente como elemento da formação do dever de indenizar.
· Haverá RC objetiva quando a lei assim determinar (ex. 933) ou quando a atividade habitual do agente implicar risco para outrem (ex. armazém de explosivos).
· Segundo o PU do artigo 927 haverá RC Objetiva nos seguintes casos:
· Quando a lei prevê:
· Decreto 2681 de 1912
Linha ferroviária, acidentes com passageiros. Havendo o acidente então, a empresa tem o dever de indenizar.
· Seguro obrigatório veicular
Lei do seguro DPVAT = seu objetivo é indenizar danos que o veículo pode eventualmente causar a outras pessoas.
Essa lei, atribui que a indenização será paga independente de culpa.
· CDC
· Artigos 933 e 936 do CC
Ver também o artigo 932.
Art. 933- Os pais são obrigados a indenizar os danos causados por filho menor, independente de culpa.
Art. 936- O dono deve ressarcir os danos causados por seus animais, salvo força maior ou culpa exclusiva da vítima.
· Quando a atividade for de risco:
- Derivada da exploração de atividades que por sua natureza implique risco aos direitos de outrem.
· A teoria do risco
- quem tem o proveito de certa atividade e ou quem pratica uma atividade regular e potencialmente danosa ou nociva aos direitos de outrem, deve arcar também com os danos por ela gerados.
Os danos causados devem ser reparados, independente de culpa.
A atividade não precisa ter a ver com alguma atividade econômica ou somente as que atingem a vida das pessoas.
· Tipos de risco:
Risco proveito ou risco empresarial: quem lucra com atividade de produtos ou serviços deve arcar com o prejuízo oriundo da atividade (ex. CDC).
Risco criado ou risco perigo – quem pratica atividade que expõe outrem a perigo deve arcar com o prejuízo ocasionado (ex. atividades perigosas).
Atividade não lucrativa habitual gera danos.
Exemplos: balão em festas juninas e dos esportes radicais ( exemplo da “trilha de moto” em um grupo fechado e com o cenário de habitualidade)
Associações que organizam provas esportivas também respondem nessa classificação, já que criam riscos e por serem associações não possuemfins lucrativos.
· Importância da jurisprudência na fixação do conceito de RISCO.
· Os conceitos de risco são subjetivos e, por isso, serão aferidos pelo aplicador da lei no caso concreto.
· A intenção do legislador é permitir que estes conceitos não fiquem engessados na letra da lei, mas que possam, em cada julgamento serem atualizados conforme a realidade social que se vive (tipologia aberta do Código Reale).
· Entenda o risco no cotidiano
· A atividade de risco não é só aquela perigosa para a vida ou a saúde das pessoas, como a fábrica de explosivos ou o posto de gasolina.
· O risco pode atingir outros bens, sejam patrimoniais ou não.
· A atividade bancária, por exemplo, cria riscos para os direitos da personalidade. Veja uma jurisprudência do TJSP e uma Súmula do STJ:
Há também como exemplo, abrir contas bancárias no nome de outras pessoas com documentos falsos.
· Súmula 479 do STJ
As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
· Dano e Nexo Causal
- Dano Material emergentes
 Imaterial lucros cessantes
Os danos materiais são os de natureza patrimonial são divididos em emergentes e lucro cessantes. Exemplo: acidente em um veículo de táxi.
Os danos emergentes se referem aqueles que efetivamente se perderam, há diminuição imediata do patrimônio; já os lucros cessantes se referem ao que razoavelmente uma pessoa deixou de ganhar, o lucro deixou de ocorrer em virtude do dano.
Os lucro cessantes ainda estão ligados a um fato futuro, ou seja, não ocorreu. Por isso, se usa a razoabilidade. Para provar os lucros cessantes há de se provar o passado.
· Na presença dos elementos (culpa, dano e nexo causal) surge o dever de reparar o dano.
· O ônus probatório é de quem alega a presença dos elementos, portanto, do autor.
O autor deve durante o processo mostrar a culpa (rc subjetiva), dano e nexo causal.
· Nas duas modalidades de RC teremos a necessária presença do dano e do nexo causal.
· Dano como elemento da responsabilidade civil
· O DANO deve existir e deve ser provado pela vítima tanto sua existência quanto sua extensão (944 CC[footnoteRef:4]), mesmo que puramente moral. [4: Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.] 
Como regra geral o autor deve provar a existência e valor (extensão) do dano.
· Danos materiais provam-se com documentos (orçamento, nota fiscal) e perícias (médica, contábil).
Nas perícias judiciais o perito avaliará o prejuízo.
· Observações sobre o dano moral
· Em alguns casos o dano é presumido (como o dano moral pela morte do filho), tratando-se do chamado DANO IN RE IPSA[footnoteRef:5]. [5: Decorre do próprio fato.] 
É concebível no caso que há dano in re ipsa, a não necessidade de prova da existência.
É presumido, por isso, não precisa ser provado.
Outro exemplo é o dos crimes contra a honra.
· Ocorre naquelas situações em que o dano moral reclamado decorre do próprio fato, sendo dispensável a comprovação da ocorrência ou da extensão do dano.
· A inclusão indevida do nome de alguém no cadastro de devedores gera dano moral? É o caso de dano moral in re ipsa? Vejamos a jurisprudência:
Na inserção de nota irregular no cadastro de devedores presume-se dano in re ipsa, já que viola a honra objetiva, ou seja, a imagem da pessoa em frente a sociedade; salvo quando já houver uma legitima inscrição permanente.
Súmula 385 STJ - Anotação Irregular em Cadastro de Proteção ao Crédito - Cabimento - Indenização por Dano Moral - Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento
· Danos Materiais
· A indenização deve ser exatamente igual a extensão dos danos (944), acrescida dos efeitos da mora.
Quando a sentença vier acrescentará os efeitos da mora.
· Dano material pode ser o dano emergente (o que perdeu) e ou lucro cessante (o que provavelmente deixou de lucrar) (402).
· É proibido o enriquecimento sem causa.
A reparação dos danos deve ser de acordo com a extensão que foi provada no processo.
· Principais parâmetros do CC para danos materiais, que não excluem os danos não patrimoniais:
· MORTE (948)[footnoteRef:6] [6: Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.
] 
· LESÃO (949)[footnoteRef:7] [7: Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. 
] 
· INCAPACIDADE (950)[footnoteRef:8] [8: Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.] 
· Lesões à saúde
Quando alguém causa a outrem lesões à saúde física e mental.
· Despesas com tratamento até final da convalescença, além de outro prejuízo (perdas e danos).
Se trata de danos emergentes (não incapacita para o trabalho)
Convalescença: momento em que a pessoa não precisa de mais nenhum tratamento.
· Remédios, cirurgia, locomoção, dias sem trabalhar etc.
· Incapacidade para o trabalho
-Além das despesas com tratamento até final da convalescença é devida pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou ou da depreciação que ele sofreu.
-A incapacidade pode ser (parcial ou total) (definitiva ou temporária) sempre fixado por perícia.
-Limite temporal: pelo tempo da incapacidade temporária ou então pensão vitalícia para incapacidade definitiva.
Limite da pensão atrelado ao percentual.
-Podem ser exigidas em uma única parcela os valores devidos (art. 950, PU) (não aplicável?).
Há essa possibilidade, porém não é muito aplicável na prática, pois pode levar a empresa a falência.
· Morte da vítima- art. 948[footnoteRef:9] [9: Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima.
] 
Valores decididos à título de indenização de dano material no caso de morte da vítima.
O rol será simplificativo, ou seja, não exclui outros direitos que podem ser pedidos à titulo de indenização no caso de morte.
· Despesas oriundas do fato + luto e funeral
-Corresponde aos danos emergentes.
-A família será indenizada por todos os gastos anteriores a morte que ocorreram em virtude do evento.
-Gastos para celebrar o luto e o funeral devem ser pagos por quem causou o dano; e o valor da indenização correspondente ao funeral deve ser igual ao que seria pago pela família quando houvesse a morte natural da vítima. (socioculturalmente vinculado a família da vítima)
Por exemplo, um caso que a vítima havia deixado expressamente sua vontade de que quando houvesse a sua morte, gostaria que seu corpo fosse cremado e suas cinzas jogadas em lugar específico. O causador do dano nesse caso, deveria cumprir com essas formalidades; já que com certeza sua família o faria.
· Alimentos para quem o defunto devia
-Se refere aos lucros cessantes.
-O óbito tira a renda mensal da família. Assim, no caso de morte será devida pensão a aquele para qual o defunto devia alimentos.
- Remetendo ao direito de família, os legitimados a cobrar essa pensão são os que teriam direito de pedir pensão alimentícia de natureza civil ao falecido.
- Se a vítima tinha vínculo formal detrabalho, deverá ser pago também prestações equivalentes ao que seria seu 13º salário.
- Limite temporal da pensão: até a data em que a vítima completaria 72 anos (p/ viúva) ou quando o filho completar 25 anos.
Se o falecido ultrapassa essa expectativa de vida, a pensão valerá por cinco anos.
Essa idade de 25 anos se baseia na ideia de que ao atingir essa faixa etária os filhos alcançam a independência econômica, já com o término de seus estudos universitários.
Assim, aos 25 anos o filho perderá a pensão. A parte que a ele cabia será dividida entre os demais pelo príncipio do direito de acrescer que deverá estar previsto na sentença judicial condenatória.
- Valor de 2/3 da renda vítima ou do salário mínimo quando não tinha renda no momento (1/3 seria gasto com a própria vítima)
Qtde de anos do pgto x qtde de parcelas por ano x valor equivalente a 2/3 da renda .
A jurisprudência considera que no caso em que a família receba pensões previdenciárias é perfeitamente possível o cúmulo delas juntamente com a pensão a titulo de indenização, não há como o causador do dano alegar o enriquecimento sem causa.
- Outras hipóteses:
Filho menor que vem a falecer: Exemplo dos filhos que trabalham em áreas rurais. Assim, os pais receberão até a data em que o filho completaria 25 anos.
Morte da esposa sem atividade remunerada: Há possibilidade de pensão. O causador deverá substituir a renda indireta. O trabalho da mãe embora não seja externo, causava proveito econômico para a família (direito de família)
· Danos não materiais (extra-patrimoniais)
· Possibilidade de exigir: antes e depois da CF 88 (fase do questionamento e fase do consenso).
O dano moral já era reconhecido há muito tempo pelas legislações estrangeiras, porém como não havia disposição expressa ninguém poderia ser punido, já que não estava previsto no Código Civil, nem tampouco na Constituição Federal.
· Atual: art. 5o incisos V e X; artigo 927 do CC; artigo 6o, VI do CDC.
O código civil de 2002 e Constituição Federal reconhecem expressamente que a ofensa a outros direitos que não sejam o patrimônio gera o dever de indenizar.
· Cabimento: sofrimento de caráter extrapatrimonial que, quando intenso e duradouro, deve ser indenizado + ofensa aos direitos da personalidade.
A CF/88 permite a indenização por danos morais, mesmo que não tenha atingido os direitos da personalidade.
· Pequenos dissabores não são indenizáveis.
Os pequenos dissabores também chamados de “meros dissabores” são aqueles fatos que ocorrem na sociedade que não tem o condão de trazer a tona a figura do dano moral.
Por exemplo: As portas giratórias de agências bancárias que são consideradas pela doutrina e jurisprudência como pequeno aborrecimento, portanto, mero dissabor; esse aborrecimento possui objetivo de gerar segurança aos usuários das agências bancárias.
São as “ações descabidas”.
· Pode haver cumulação de danos morais com patrimoniais, bem como aqueles podem aparecer sozinhos (ex. protesto indevido de título sem repercussão financeira).
Os danos extra-patrimoniais devem ser indenizados independente dos danos patrimoniais. Não é cabível alegar enriquecimento sem causa por haver essa cumulação.
Exemplo: na inserção indevida no cadastro de devedores embora não haja prejuízo efetivo concernente ao patrimônio, haverá a indenização por danos morais.
· Não se confunde o dano moral com o dano patrimonial oriundo do dever de pagar tratamento psicológico ou cirurgia estética.
Algumas ofensas exigem gastos patrimoniais, como por exemplo, lesões físicas que necessitem de psicólogo ou cirurgia plástica. O causador do dano ao pagar por esses tratamentos, não afasta sua responsabilidade de pagar os danos morais ou estéticos.
Obs: ler o acórdão do slide e buscar seu inteiro teor.
· Titular do crédito do dano moral
· Grau de parentesco com o falecido (essa prova será mais ou menos necessária de acordo com o grau de parentesco: afetividade).
Essa possibilidade se dá graças a uma remodelação que advém de pontos contundentes do direito de família. Nesse diapasão se aplica o princípio da afetividade, ou seja, não importará tanto os laços consanguíneos, e sim os de afetividade (exemplos da paternidade socioafetiva e união poliafetiva)
Na configuração de titular para ação de indenização em decorrência de morte se usa o grau de afetividade. Exemplo: noivado.
· Dano moral indireto: para os parentes de quem sofre lesões gravíssimas (controvertido).
Também chamado de dano moral em ricochete, que deriva da ideia de ricochetear (uma bala) ou seja o dano recai sobre uma pessoa e reflete em outras.
· Pessoa jurídica (súmula 227 do STJ) (lesão à honra objetiva ou seja reputação – imagem, marca; mas a perda do cliente em específico é dano material).
A pessoa jurídica é titular de danos morais, porém há somente violação da honra objetiva ( imagem perante a sociedade), não sendo possível a violação da honra subjetiva.
· Outras hipóteses de danos morais
· Ofensa à honra (953).
A atitude não precisa constituir crime, porém o código civil deixa claro a possibilidade de indenização.
· Infidelidade conjugal.
O simples fato de haver infidelidade conjugal não gera danos morais de acordo com a jurisprudência majoritária, porém o excesso pode gerar danos morais. 
Exemplo: caso do cônjuge que expõe sua traição nas redes sociais, ou do pai que ao precisar de uma transfusão de sangue descobre que seu filho não é legítimo por conta dos testes.
· Ofensa à liberdade pessoal (954).
Prisão indevida, fundamenta-se no cárcere privado.
· Dano estético.
Modalidade dos danos extra-patrimoniais.
Ocorre quando há ofensa a integridade física por lesão de cunho estético (lesão que causa afeamento)
Sua sustentação teórica se dá na violação da honra objetiva, já que seu comportamento fica prejudicado perante os demais. É independente.
· Valor de afeição do bem perdido por usurpação ou esbulho (952, p.u.).
Exemplo clássico fornecido pela doutrina: jóias da família.
Exemplo presente nas jurisprudências atuais: morte de animais de estimação.
· Assédio moral do empregador.
· Aluno de curso superior não reconhecido.
· Abandono afetivo.
· Bullying.

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