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RESUMO DE DIREITO TRIBUTÁRIO

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MENTORIA DE DIREITO TRIBUTÁRIO- CURSO EM ÁUDIO
Aula 1: Conceito de Direito Tributário; Autonomia e Relação com os Demais Ramos do Ordenamento Jurídico
1) Conceito: “ramo do direito que se ocupa das relações entre fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo os cidadãos contra o abuso desse poder.” (Hugo de Britto Machado)
É conjunto de normas jurídicas impostas pelo Estado que cuida das relações entre o Estado como ente tributante de um lado, e pessoas naturais e jurídicas como impostas as tributações.
Função de limitar o poder do Estado pelo direito tributário.
2) Autonomia e relação : o direito tributário está presente na CF, no CTN, e também nas leis ordinárias. Encontra-se, portanto, nos mais variados escalões do direito normativo brasileiro.
O direito tributário se qualifica como ramo do direito público, isso porque, em um dos polos da relação tributária estará o Estado, além do mais, o tributo (objeto) é de interesse público. 
Dessa forma, entra em campo os princípios da legalidade e indisponibilidade, e traz forte o princípio da supremacia do interesse publico.
O direito tributário goza de autonomia científica, ou seja, avaliando suas normas jurídicas este faz parte de um sistema. Apesar de ter relação com o direito financeiro, não faz parte dele.
Aula 2: Conceito de Tributo- Art. 3º do CTN
O CTN traz um conceito normativo ao tributo, conforme art. 3º.
Diz-se que há um conceito implícito de tributo nas normas constitucionais relativas as normas tributárias.
-Prestação pecuniária: tributo deve ser recolhido em dinheiro, não se admite que seja recolhido na forma de serviços ou de bens.
- Compulsória: a relação tributária não depende da vontade das partes, sua existência e validade não depende de um elemento positivo, pois tem origem em disposição legal. É obrigação ex lege. 
- Moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: cheque, selo postal, estampilha, por exemplo, .
- Não constitui sanção por ato ilícito: não se confunde com multa, a qual decorre de conduta ilícita. O tributo só pode ser recolhido através de adoção de uma conduta lícita. Deriva da arrecadação.
- Instituído em lei: cabe ao Poder Legislativo a decisão sobre tributar pessoas naturais ou jurídicas nos termos do que define a CF.
- Atividade administrativa vinculada: Uma vez que o fato gerador tenha ocorrido, a arrecadação é obrigatória.
Aula 3: Espécies Tributárias- arts. 4º e 5º do CTN
Teoria pentapartida: (i) imposto; (ii) taxa); (iii)contribuições de melhoria; (iv) empréstimos compulsórios e (v) contribuições especiais.
O art. 5º, do CTN, traz a teoria tripartida, e aparentemente no art. 145, da CF apenas essas três são confirmadas. Contudo, os artigos 148 e 149, da CF elencam os empréstimos compulsórios e as contribuições de melhoria. Assim, observando-se a ordem cronológica, pode-se observar a teoria pentapartida, inclusive, do ponto de vista lógico (ordenamento jurídico brasileiro) se a CF trouxe cinco, esse é o posicionamento que deve ser adotado. Não há conflito, prevalece a norma de escalão superior.
Por sua vez, o disposto no artigo 4º é contrariado, já que a CF dá importância ao produto da arrecadação para a instituição do empréstimo compulsório, assim como a contribuição especial. Logo, o dispositivo é insuficiente para abarcar essas situações, apesar de ter sido recepcionado, indica natureza do imposto, taxa e contribuições de melhoria, ao passo, que a natureza dos empréstimos compulsórios e contribuições especiais é definida pela CF.
Imposto = fato gerador desvinculado, conduta adotada pelo contribuinte que evidencia a existência de riqueza.
Taxas e contribuições de melhoria, de outro lado, dependem de exercício de atividade pelo Estado destinada ao contribuinte. Poder de polícia ou serviço público, obras que causem valorização do imóvel.
Aula 4: Competência Tributária e Capacidade Tributária Ativa
A criação de tributo é atividade legislativa exercida pelos entes, já a arrecadação é atividade administrativa.
Vide art. 6º, CTN c.c 145, 148 e 149, CF- competência legislativa plena.
- Competência: aptidão que os entes federativos tem para instituírem por lei os tributos que lhe foram reservados pelo texto constitucional. Não se confunde com a capacidade ativa.
 Capacidade ativa: poder-dever de cobrar, de exigir o pagamento do tributo ao sujeito passivo tributário, essa pressupõe o exercício da competência tributária.
*Vide art. 7º, do CTN. A competência é indelegável e intransferível, ao passo que a capacidade ativa pode ser delegada ou transferida por uma pessoa jurídica de direito público para outra (função administrativa, não há comprometimento da autonomia federativa). A transferência da capacidade compreende também as prerrogativas processuais. A atribuição pode ser revogada por ato unilateral da pj que a tenha atribuído.
Recebimento de valores podem ser feitos por instituições privadas sem que configure delegação. Exemplo: bancos, lotéricas.
O não exercício não significa delegação.
Aula 5: Competência Tributária- Titularidade e Classificação
- Titularidade: reservada aos entes federativos, ou seja, as pessoas jurídicas de direito público dotadas de poder legislativo para a instituição de tributo. O texto constitucional não cria tributo, apenas autoriza que os entes instituam aqueles que o próprio texto destinou a cada uma dessas pessoas. 
O exercício da função legislativa pela qual se cria o tributo é uma faculdade, muito embora vários necessitem ser criados, pois são feitos para arrecadar receita.
Pode haver transferência da arrecadação e fiscalização a outra pessoa jurídica de direito público, podendo ser titular o próprio ente federativo, suas autarquias e outras pj criadas por elas.
- Classificação:
A) Privativa: relacionada a instituição de impostos. A CF distribuiu aos entes os impostos que lhe cabem. Arts. 153, 155 e 156, CF.
B) Comum: competência para instituição de taxas e contribuições de melhoria. Vide art. 145, II e III, CF. Não há distribuição, a competência é da União, Estados e Municípios. Depende da competência administrativa para poder de polícia, prestação de serviço, ou obra pública.
C) Cumulativa: art. 147, CF. União detém competência para instituição de impostos estaduais e municipais nos territórios.
D) Especial: competência para instituir empréstimos compulsórios e contribuições especiais. Vide art. 148 e 149, CF
E) Residual ou remanescente: arts. 154, I e 195, §4º, CF. Instituições de impostos e contribuições residuais da seguridade social pela União.
F) Extraordinária: art. 154, II, CF. Impostos extraordinários de guerra externa. Competência da União.
Aula 6: Sistema Tributário Nacional e Limitações Constitucionais do Poder de Tributar
O direito tributário como conjunto de normas, deve ser distribuído nos mais diversos escalões do sistema jurídico brasileiro. Essa exteriorização no ordenamento jurídico brasileiro recebeu o nome de sistema tributário nacional, o qual começa com a CF, passa pelas leis ordinárias e termina nos atos normativos. 
Vide art. 2º, CTN- o dispositivo a que esse artigo se refere não está mais vigente. A emenda não está mais em vigor, não faz mais parte do direito tributário brasileiro. Lê-se que está regido pela CF, leis ordinárias, resoluções do SF, etc. Este tem que se interpretado de acordo com a CF 88.
- Conceito de sistema tributário nacional: conjunto de normas jurídicas que tratam da disciplina específica de direito tributário e que está exteriorizado nos diversos escalões de direito positivo. Inclui-se também o conjunto de normas administrativas. (concepção doutrinária)
 O título VIII da CF traz normas de tributação e orçamento e o capitulo I trata expressamente do sistema tributário nacional.
- Limitações Constitucionais do Poder de Tributar: reúne conjunto de direitos e garantias mais fundamentais do contribuinte em sua relação com o Estado tributante. 
 
Poder de tributar: manifestação de soberania do Estado. 
Está este poder limitado pelo Estado deDireito.
O art. 150, da CF, enumera os limites de tributação. Princípios constitucionais tributários, imunidades tributárias (regras de competência negativa)
Por sua vez, os artigos 145, 148, 149, 153, 155 e 156 traz as regras constitucionais de competência positiva. Autoriza a criação de tributos, limitando (o que pode ser tributado e como pode ser tributado)
Aula 7: Princípio da Legalidade Tributária- Conceito
-O tributo deve ser criado por ato do poder legislativo. 
-O princípio da legalidade tributária está estampado no artigo 150, I, da CF.
- O caput do artigo 150 menciona os entes federativos, porque estes são os titulares da competência tributária.
- O princípio da legalidade tem relação com o art. 5º, II, da CF. É um desdobramento dessa legalidade genérica, o do artigo 150 está norteando uma relação específica. 
- A criação e majoração do tributo só podem ser feitas por lei em sentido estrito, ou seja, ato normativo do poder competente.
- O princípio da legalidade tributária é tido como princípio da legalidade estrita na medida em que a criação e majoração só pode ser feita por lei em sentido estrito (via de regra ordinária) como já descrito acima, entretanto, essas hipóteses não podem ser feitas por ato normativo distinto da lei, é necessária decisão do legislativo, a qual se consubstancia em lei. 
Tributos não podem ser decretados por portarias, decreto do Presidente, por sentença ou acórdão judicial, por exemplo.
- Ao criar a lei, esta deve descrever os elementos ou aspectos essenciais da hipótese de incidência tributária. A hipótese de incidência tributária significa a descrição abstrata de todos os elementos ou aspectos necessários para que uma relação jurídica concreta seja qualificada como relação tributária.
Aspectos:
* Material: descrição do evento, fato ou conduta adotada pelo contribuinte, aspecto material. (inciso III, do art. 97, CTN)
*Subjetivo- as partes que compõe a relação jurídico tributária, os sujeitos ativos e passivos. 
* Quantitativo- base de cálculo ou alíquota. (inciso IV, do art. 97, do CTN)
* Territorial- local em que ocorre o fato ou conduta adotada pelo contribuinte.
* Temporal: em que momento se considera ocorrida a conduta adotada pelo contribuinte
Aula 8: Princípio da Legalidade Tributária- Estrita Legalidade 
 - Os aspectos de hipótese de incidência estão no artigo 97, do CTN. Esse artigo expressamente tipifica a legalidade estrita. Somente a lei pode estabelecer...
Traz as matérias que estão sob legalidade estrita.
Ver também os §§ 1º e 2º, do art. 97, do CTN.
Atualização monetária pode ser feita por decreto, não precisa necessariamente por lei.
AULA 9: Princípio da Legalidade Tributária- Lei Complementar e Exceções
- Princípio da tipicidade fechada ou cerrada: é subprincípio da legalidade, a criação do tributo se dá por meio de um tipo preciso.
- Como regra, a lei de criação é ordinária. 
- Alguns tributos devem ser criados ou aumentados por lei complementar (reserva de lei complementar), quais sejam os empréstimos compulsórios (art. 148, CF), impostos sobre grandes fortunas (artigo 153, VII, CF), imposto residual da União (154, I, CF) e as contribuições sociais residuais para o financiamento da seguridade social. (195, §4º, CF)
Estão esses tributos alheios a medidas provisórias.
- O art. 153, §1º, da CF traz exceções a legalidade tributária. II, IE , IPI, IOF. Nesses casos o chefe do executivo pode modificar as alíquotas por decreto, observando condições e limites estabelecidos em lei. ICMS combustíveis, são definidas por deliberação dos estados, não serão estabelecidas por lei, e sim, por convênio entre Estados e DF (CONFAZ). CIDE combustíveis pode ter alíquotas modificadas por ato do poder executivo. 
AULA 10: Princípio da Isonomia Tributária
-Positivado no art. 150, II, da CF.
- Princípio fundamental de qualquer Estado Republicano e significa o afastamento de quaisquer distinções entre classes sociais, segmentos ou indivíduos específicos. 
- Princípio da isonomia tributária é desdobramento da igualdade trazida pelo artigo 5º, caput, CF.
- Dois sentidos Isonomia na lei (direcionado ao legislador) e perante a lei (direcionado ao contribuinte) 
Isonomia na lei: oneração e desoneração do contribuinte. A isonomia entra em cena no momento de instituição e extinção do tributo (como por exemplo, na isenção). Trata-se do aspecto pessoal ou subjetivo da hipótese de incidência ou até mesmo da isenção. O legislador quando institui o tributo deve levar em consideração o tratamento isonômico e da mesma forma na aplicação de isenção; não pode apresentar privilégios. 
Perante a lei:
Isonomia formal: lei não pode estabelecer privilégios, tratamento desigual para contribuintes que estejam em situação semelhante (segunda parte do inciso II, do art. 150, da CF). Tratamento equânime, independentemente de ocupação profissional, ou função exercida.
 
Igualdade material: em caso de situações distintas, a lei deve estabelecer tratamento diferenciado, desde que essa situação produza efeitos e gere diminuição na capacidade contributiva. 
AULA 11: Princípio da Capacidade Contributiva
- Positivado no artigo 145, §1º, da CF.
- Desdobramento do aspecto material da isonomia. Necessita de manifestações objetivas de riqueza, independente de suas características pessoais.
- Os tributos devem ser graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte. Antes, o entendimento era de que apenas os impostos estariam sujeitos a capacidade, entretanto, doutrina e jurisprudência entendem que todos os tributos sempre que possível devem observar o princípio da capacidade contributiva.
Alguns autores, ainda, entendem que as taxas não observariam esse princípio, em razão de ser prestação por um serviço, contudo, o STF entende que deve ser aplicada a taxa.
- Mecanismos que implementam o princípio da capacidade contributiva: (i) proporcionalidade; (ii) progressividade; (iii) seletividade.
Proporcionalidade: aplicação de mesma alíquota para bases de cálculo distintas. Exemplo do imposto de renda. A doutrina considera que a proporcionalidade não garante a observância da capacidade em sua plenitude, já que estabelece mesma condição (mesma base de cálculo) a situações distintas.
Progressividade: aplicação de alíquota distintas para base de cálculo distintas, com alíquotas que crescem junto com a base de cálculo. Mais bem aceita pela doutrina.
Seletividade: aplicada a tributos indiretos (IPI e ICMS). O empresário repassa ao valor final a quantia que recolheu a título de imposto. Produtos essenciais (alíquota menor), produtos supérfluos (alíquota mais onerosa)
AULA 12: Capacidade Contributiva e Impostos
- Positivado no artigo 145, §1º, da CF.
- Conceito de capacidade contributiva: conceito constitucional sobre o qual a carga tributária deve variar conforme a aptidão que o contribuinte tem para participar do financiamento das despesas estatais. 
O tributo vai variar de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.
Atrelado ao princípio da justiça tributária.
 
- Pela CF apenas impostos se submeteriam a esse princípio, contudo, doutrina e jurisprudência definem ser possível sua observância a todas as espécies tributárias.
- Seletividade: De acordo com a CF o IPI (artigo 153, IV, CF) e o ICMS (artigo 155, II, CF) observam a seletividade. 
O IPI deve ser seletivo, ao passo que o ICMS poderá.
- Progressividade: entende-se que só pode ser aplicada aos impostos pessoais (exemplo do imposto de renda, artigo 153, II, CF), sendo que só será aplicada aos reais em caso de autorização constitucional explícita. 
ITR: artigo 153, §4º, I, CF. Será maior conforme o tamanho do imóvel rural, sua base de cálculo.
IPTU: artigo 156, §1º, CF. Pode ser progressivo em razão do valor do imóvel. Antes de 2000, não podia ser progressivo. Contudo, a EC deu nova redação a esse artigo permitindo.
Vide Súmulas 668 e 656, do STF.
- Proporcionalidade: não está na CF, vem por construção da doutrina e jurisprudência.
AULA 13: Progressividade Fiscal e Extrafiscal
- Progressividade fiscal:aquela que visa ao recolhimento de tributos com base no princípio da capacidade contributiva, fazendo com que aqueles que ganhem mais tenham uma riqueza maior e contribuam de forma mais acentuada do que aqueles que ganham menos ou tenham uma riqueza menor. 
- Progressividade extrafiscal: variação de alíquotas; aplicação de alíquotas distintas com critério diferente do que a base de cálculo. Não tem relação direta com o princípio da capacidade contributiva, prioriza outros valores do texto constitucional. 
Exemplo: ITR e IPTU progressivos para que o imóvel atenda a função social.
Obs: além da parafiscal, ao IPTU e ITR pode ser aplicada a progressividade fiscal por expressa autorização constitucional.
EC 42/03- IPVA é um imposto real e deve ser proporcional, contudo, pode ter alíquotas diferenciadas conforme tipo e valor do veículo. Autores acreditam corresponder essa hipótese a progressividade extrafiscal, outros ainda, a seletividade.
Vide art. 156, §1º II- muitos autores acreditam ser o caso de seletividade.
AULA 14: Mínimo Existencial e Vedação do Confisco
- Mínimo Existencial: art. 145, §1º, CF. Doutrina e jurisprudência estão de acordo que todos os tributos devem atender a capacidade contributiva. Decorre do princípio da dignidade humana. Limite inferior visa preservar o mínimo existencial. Não está explícito na CF, e vem à tona por interpretação sistemática. 
- Confisco: vedado pelo ordenamento jurídico brasileiro. O artigo 150, §4º diz que é vedada a tributação com efeito de confisco. Não só o tributo explicitamente confiscatório como também aquele que produz efeito de confisco está proibido pelo ordenamento brasileiro. O comprometimento da propriedade privada e do exercício da atividade econômica em razão de tributos muito onerosos pode configurar aspecto confiscatório. Para se constatar isso, será a partir de uma analise de razoabilidade e proporcionalidade entre alíquota e base de cálculo.
Aplica-se esse princípio as multas tributárias? O STF entende que o princípio da vedação ao confisco pode ser aplicado as multas, quando estas sejam desproporcionais.
AULA 15: Princípio da Irretroatividade Tributária
- Previsto no artigo 150, III, “a”, da CF.
- É desdobramento da irretroatividade, previsto no artigo 5º, XXXVI, da CF. 
- A lei que cria ou aumenta o tributo não pode retroagir. Não pode qualificar como fato gerador, aquele fato que ocorre antes de sua vigência. Seus efeitos devem ser pró-futuros. 
- O princípio significa que a lei que cria ou aumenta deve ter efeitos prospectivos, não podendo qualificar fato gerador ocorrido antes de sua vigência.
- Lei que extingue ou diminui não retroage, já que só as prestações de caráter sancionatório (multas) é que aplica a máxima de retroação para lei mais favorável ao contribuinte, embora essas situações não estejam explicitas no texto constitucional.
- Vide art. 106, do CTN- casos em que se admite a retroação da lei mais benéfica.
 
AULA 16: Princípio da Anterioridade Tributária
- Previsto no art. 150, III, alínea “b” e “c”, da CF. Tais alíneas são aplicadas juntas, a B se refere a anterioridade comum ou de exercício e já a C é a nonagesimal ou noventena. O princípio da anterioridade significa aplicação conjunta de ambas, embora cada regra tenha conteúdo diferente e cumpra com uma função diferente.
- Tem como objetivo preservar a segurança das relações tributárias, em sua faceta de princípio da não surpresa, isso significa que o contribuinte não deve ser pego de surpresa com o advento de uma carga tributária nova, seja por meio da criação do tributo, seja por majoração de um tributo. Deve ser assegurado um prazo ao sujeito passivo para que ele se programe para a nova tributação.
- Anterioridade comum ou de exercício: art. 150, III, b, CF. Gira em torno do exercício financeiro (período em que se consideram ocorridos os eventos financeiros do Estado, entrada e saída de receitas), o qual equivale no Brasil ao exercício do ano civil. É proibido cobrar tributo no mesmo exercício em que foi criada a lei que o instituiu ou aumentou. 
- Anterioridade nonagesimal ou noventena: deve ser aplicado a todos os tributos, exceto as respectivas exceções. Publicada a lei que aumenta ou cria o tributo, sua cobrança deverá ser após 90 dias. 
ANTERIORIDADE = comum + nonagesimal
AULA 17: Exceções ao Princípio da Anterioridade Tributária
- Artigo 150, §1º, 1ª parte, da CF - exceções a anterioridade comum: empréstimo compulsório (art. 148, I), II (art. 153, I), IE (153, II), IPI (153, IV), IOF (art. 153, V) e imposto extraordinário de guerra. Além disso, ICMS combustíveis (art. 155, §4º, inciso IV, alínea “c”), CIDE combustíveis, e contribuições para seguridade social.
 
- Exceções a anterioridade nonagesimal ( art. 150, §1º, segunda parte): empréstimo compulsório, II, IE, IR, IOF, imposto extraordinário de guerra e IPVA e IPTU, os dois últimos no que concerne a modificação de base de cálculo.
AULA 18: Medida Provisória e Criação e Aumento de Tributos
- As medidas provisórias estão previstas no artigo 62, da CF.
- A medida provisória é apta para criação ou aumento de tributos? SIM, apesar de alguns entendimentos contrários, o STF consolidou uma posição no sentido de que a MP pode ser utilizada, desde que observados os dispositivos relativos à matéria. Surgem alguns problemas em decorrência da legalidade e anterioridade tributárias. 
Legalidade: A CF atribui a MP força de lei, e portanto, preenche o art. 150, I, CF; importante ressaltar que não pode tratar de tributos sob reserva de lei complementar, já que sua força é de lei ordinatória 
 Anterioridade: essa vacatio legis é incompatível com a relevância e urgência, sendo esse elemento da MP. No caso de imposto adota-se a MP , se for convertida em lei até o último dia do exercício, caso contrário não produz efeitos no exercício seguinte, exceto aquelas exceções da anterioridade. As outras espécies, a MP produzirá efeitos no exercício seguinte observado o prazo de 90 dias, não precisando ser convertida em lei até o último dia (taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais)
AULA 19: Princípio da Liberdade de Tráfego
- Previsto no art. 150, V, da CF.
- Embora pareça tratar de relação estrito senso, protege algo muito mais amplo que é o direito fundamental da liberdade de locomoção. É instrumento que assegura a liberdade constitucional de ir e vir.
- A locomoção no território brasileiro não pode ser fato gerador de qualquer tributo, pois constituiria óbice a liberdade de ir e vir.
- Não se pode tributar a locomoção entre municípios e nem entre estados, isso se dá por preocupação com a própria relação dos entes entre si; repelir distinções.
- Esse princípio protege a isonomia entre entes federativos, vedando discriminação.
- Instrumentaliza, portanto, o direito fundamental à locomoção e o princípio federativo.
	
- A locomoção entre países pode ser tributada? Por interpretação literal da CF poderia ser permito esse tipo de limitação, já que ela veda apenas os intermunicipais e interestaduais. Contudo, este não parece ser o espírito da norma, qual seja liberdade de locomoção, por isso a locomoção entre países também está protegida por esse princípio da liberdade de tráfego.
- O dispositivo protege pessoas e bens; a circulação de mercadorias está autorizada como fato gerador, não é situação física. O que se tributa no ICMS é a modificação na titularidade dos bens e não a locomoção ou circulação física por esses entes.
- A cobrança do pedágio não ocorre pela circulação física, o fato gerador é a utilização de uma via utilizada pelo Poder Público. 
O pedágio constitui tributo na modalidade taxa de serviço para a maioria dos tributaristas, contudo, o STF tem entendimento distinto. Para o Supremo Tribunal Federal é preço público, não tendo natureza de taxa. Seria o pedágio tarifa, a qual não se submete a legalidade tributária.
AULA 20: Princípio da Uniformidade Tributária ou Geográfica e Princípio da Não Discriminação Tributária em Razão da Origem
- Princípio da uniformidade:previsto no artigo 151, I, da CF. Determina a União que por ocasião de instituição de tributo, a hipótese de incidência deve se estabelecer de forma uniforme para contribuintes de diversos estados brasileiros. Deve ser a norma padronizada. Admite-se concessões de benefícios fiscal em observância a isonomia e para conferir desenvolvimento socioeconômico. 
A Zona Franca de Manaus não se enquadra por não ser uma região, por outro lado, acaba se enquadrando, pois seu objeto é garantir equilíbrio ao desenvolvimento econômico. ELA POSSUI FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL PRÓPRIO!! Nas disposições transitórias da CF!( ART. 40, ADCT) !!
- Princípio da não discriminação: art. 151 II, da CF. Enquanto o da uniformidade se dirige a União, o da não discriminação diz respeito a estado, municípios, e DF. Tratamento tributário uniforme entre esses entes, no que diz respeito a bens e serviços (ICMS e ISS)
AULA 21: Princípio da Vedação das Isenções Heterônomas
- Isenção: hipótese legal de exclusão do crédito tributário. Isenção autônomas são as aprovadas por lei pelo ente que tem a competência para tributar, esse tipo de isenção é autorizada pela CF. No entanto, a CF, em seu artigo 151, III, CF, veda a instituição de isenção sobre tributo de competência de outro ente federativo, já que viola a autonomia dos Estados Federativo, seria afastar receita de outro ente. As isenções heterônomas são INCONSTITUCIONAIS!! 
Observações:
1º) isenção heterônoma de ICMS: revogada em 2003, que instituiu uma imunidade para a situação antes prevista no artigo 155, §2º, XII, e, da CF.
2º) Art. 156, §3º, II, CF (ISS): muitos autores entendem que esse é o único caso de isenção heterônoma autorizado pela CF.
3º) Tratados e Convenções internacionais sobre isenções de tributos municipais, estaduais e distritais: quando a União celebra tratado atua como pj de direito internacional, não incidindo a vedação e por isso podem prever essas isenções. A União nesse caso não atua como ente, e sim como representante no âmbito internacional.
- Vide art. 151, II, CF
AULA 22: Imunidades Tributárias- Conceito e Regulamentação
- São regras constitucionais espalhadas pelo texto da CF, e garantias aos contribuintes na medida em que vedam atividade de tributação desempenhada pelo Estado.
- Não deve ser confundida com isenção ou anistia, são casos distintos.
- A imunidade é sempre um fenômeno (ontologicamente) constitucional, por sua vez, a isenção apesar de também afastar a cobrança do tributo é veiculada por lei (decisão do ente federativo). 
- Atua proibindo a competência tributária para instituição de um determinado tributo sobre determinada pessoa, situação ou bens.
- Conceito: trata-se da regra constitucional negativa de competência tributária que protege determinadas pessoas, situações ou bens elencados no texto constitucional com a finalidade de tutelar valores considerados importantes pelo ordenamento jurídico brasileiro. 
-Ela lida com a criação do tributo e não com a cobrança, a qual é derivada.
- A CF não utiliza o vernáculo imunidade, isso é construção da doutrina e jurisprudência. “Não incidirão” = imunidade,
- Regulamentação: reserva de lei complementar (146, II, CF)
AULA 23: Imunidades Recíprocas
- Previstas no art. 150, VI, “a”, da CF. Vedado a União, Estados Municípios e DF, instituir impostos sobre patrimônio, rendas e serviços uns dos outros. 
- É imunidade genérica já que só abrange os impostos.
- A imunidade recíproca visa proteger a autonomia e isonomia dos entes federativos e se qualifica como cláusula pétrea (art. 60, §4º, CF). Além disso, a imunidade abrange as pessoas jurídicas de direito público (adm direta e indireta), excluídas as pj de direito privado que compõe a administração indireta. Empresas públicas e sociedade de economia mista não fazem jus a imunidade. Aquelas que prestam serviço público mediante tarifa ou preço público (concessão e permissão) também não fazem jus a imunidade recíproca genérica. 
- A imunidade não desonera o promitente comprador.
AULA 24: Imunidade dos Templos de Qualquer Culto
- Previsão no art. 150, VI, “b”, da CF.
- Parece dirigir-se a proteção da entidade religiosa, contudo, a imunidade funciona como meio para proteção ao direito e garantia individual de professar a crença que lhe aprouver, em outras palavras, protege o direito fundamental a liberdade religiosa, de crença e de culto, prevista no art. 5º, VI a VI, da CF. Não é para que se desonere a entidade religiosa, e sim, para proteger o mecanismo pelo qual as pessoas podem exercer sua liberdade de crença.
Os prédios que abrigam as entidades religiosas estão imunes a impostos. 
- Vide §4º do art. 150, da CF. Patrimônio, rendas ou serviços essenciais a finalidade da entidade. Logo, o local onde reside o chefe da religião, onde se realize uma quermesse podem estar imunes.
AULA 25: Imunidade dos Partidos, Sindicatos e Entidades Educacionais e Assistenciais
- Previsto no art. 150, VI, “c”, da CF.
- Essa proteção do partido político (imediata), diz respeito sim a proteção (mediata) ao direito fundamental de associação política, de participação em um partido político.
- Observar a literalidade do artigo, a delimitação subjetiva da imunidade.
Patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.
- A imunidade é condicionada, ou seja, só farão jus a imunidade se cumprirem os requisitos estabelecidos em lei complementar (art. 146, II, CF). A lei complementar mencionada pela CF é o CTN, a qual estabelece os requisitos no seu artigo 14.
- Requisitos: não devem ter finalidade lucrativa, não podem distribuir parcela de seu patrimônio; tem de continuar a cumprir as obrigações acessórias.
AULA 26: Imunidade dos Partidos, Sindicatos e Entidades Educacionais à luz de Súmulas
- Vide Súmula 730, do STF: a imunidade abrange as entidades de assistência social, a princípio não abrange as de previdência social. Contudo, após decisão do STF as entidades fechadas de previdência só farão jus quando não houver contribuição por parte do beneficiário.
AULA 27: Imunidade dos Livros Jornais, Periódicos, Papel, Fonogramas e Videofonogramas Produzidos no Brasil
- Prevista no art. 150, VI, “d” e “e”, da CF.
- Não se trata de imunidade originária da CF.
- São chamadas de imunidades objetivas pela doutrina.
No momento em que a livraria vende um livro não recolhe ICMS, contudo, efetua pagamento do IPTU pelo seu estabelecimento, e recolhe o IR. 
- Essa imunidade significa a materialização da proteção a livre circulação de conhecimentos, de ideias (direito fundamental).
- Livros eletrônicos são imunes? Sim, a CF não protege o livro como objeto em si, protege essa circulação a profusão de conhecimentos.
- Existe imunidade para outros insumos ou abrange somente o papel destinado à impressão? Súmula 657, STF. 
- Quanto a proteção aos fonogramas e videofonogramas, esta tem como contexto proteger as obras produzidas por artistas brasileiros. Tem a ver com proteção a cultura nacional.
AULA 28: Impostos
-Natureza: imposto é uma espécie tributária, devendo estar adequado com o artigo 3º do CTN. Contudo, possui algumas diferenças com as outras espécies tributárias.
O que diferencia as espécies é o fato gerador da obrigação tributária, e nesse ponto o artigo 16, do CTN ganha importância.
O imposto é um tributo com fato gerador desvinculado, porque a conduta do contribuinte não se vincula a uma atividade estatal (caso da taxa e contribuição de melhoria).
- Vide artigo 145, I, da CF. A Constituição arrola a figura do imposto, mas não desdobra porque o tributo tem fato gerador desvinculado. A obrigação de pagar não tem relação com uma contraprestação estatal.
- Competência para instituir imposto é privativa. Ver essas competências que estão na CF e pesquisar quais são os impostos municipais, estaduais e federais (arts. 154,155 e 156).
- Princípio da não vinculação da receita deimpostos a órgão, fundo ou despesa: art. 167, IV, CF. A receita proveniente dos impostos não pode ser vinculada, deve haver margem de discricionariedade para os gastos, desde que observadas as regras constitucionais.
AULA 29: Imposto Residual e Imposto Extraordinário de Guerra
- Previstos no artigo 154, I e II, CF.
- Competência exclusiva da União.
- Impostos residuais: estão sob reserva de lei complementar, vale dizer que não podem ser tratadas por medida provisória. É residual porque não previsto no artigo 153, CF. Não podem ter base de cálculo ou fato gerador semelhante ao dos artigos 153, 155 e 156. Além disso, não pode onerar as diversas fases da cadeia econômica, tal como o ICMS.
- Imposto extraordinário de guerra: exceção a anterioridade; pode ser criado em caso de guerra externa ou de iminência de guerra externa. Poderá ser instituído em reprodução a uma base econômica já existente. Autoriza-se nessa hipótese o bis in iden, em razão de situação extraordinária. Deverão ser suprimidos gradativamente superadas as causas que levaram sua criação. 
AULA 30: Taxas: Conceito, competência e imunidade
- A taxa é espécie de tributo, a qual precisa estar dentro do conceito de tributo (art. 3º CTN). 
- Vide artigo 145, II, da CF.
- A competência é definida ao imposto, não havendo menção a outras espécies tributárias.
- Taxa é tributo vinculado, seu fato gerador é vinculado a uma contraprestação estatal direcionada ao contribuinte. Baseia-se na retributividade. 
Quem deverá cobrar? Depende do serviço público, do poder público, de quem tem a competência administrativa.
- Competência para taxa é comum, já que atribuída a União, estados, municípios, e DF em conjunto pela CF. Ao contrário dos impostos, por exemplo.
- Existe imunidade tributária específica a taxa (art. 5º, XXXIV, da CF) quais sejam direito de petição e de obtenção de certidão. 
- # taxa e tarifa: tarifa é preço público (contraprestações pecuniárias em caso de serviço público prestados pela iniciativa privada por meio de regime de concessão ou permissão), enquanto a taxa é espécie tributária que é contraprestação por serviço prestado pela própria Adm Pública. 
AULA 31: Taxas- Base de cálculo – Capacidade Contributiva
- Taxas são tributos vinculados, o seu fato gerador consiste numa atividade estatal direcionada de forma particular ao contribuinte.
- Entes federativos só podem instituir taxas que correspondam a uma atividade administrativa para a qual tenham recebido competência do texto constitucional e da legislação federal, estadual, municipal. (art. 80, CTN)
- A competência tributária comum depende da análise prévia da competência administrativa.
- Vide artigo 145, §2 da CF taxas não podem ter base de cálculo ou fato gerador que corresponda a imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas. A última vedação se dá porque a taxa é um tributo sinalagmático ou bilateral, não leva em consideração o patamar de riqueza do contribuinte e sim os gastos suportados pelo poder público para a prestação do serviço ou exercício do poder de polícia.
- Vide súmula 29, do STF: admite-se pequena variação na base de cálculo da taxa, desde que não seja idêntica a do imposto.
AULA 32: Taxa de Polícia
- A taxa se qualifica como tributo vinculado uma contraprestação estatal. (art. 145. II, da CF) 
- Contraprestação = poder de polícia ou serviço público específico e divisível.
- A doutrina classifica a taxa de polícia e a taxa de serviço.
- Art. 78, do CTN definiu o poder de polícia. Exercício de atividade administrativa concreta e singular direcionada ao administrado que tem a sua órbita de interesses jurídicos de alguma maneira provocada. O poder de polícia é prestação negativa na medida em que restringe a órbita jurídica do administrado, ele impõe uma limitação ao exercício de uma liberdade. O faz na tutela de um interesse público. 
- A doutrina entende que não basta que a estrutura administrativa esteja montada, é preciso que de fato essa atividade de fiscalização tenha sido desempenhada a um contribuinte para que possa ser recolhida a taxa. Contudo, o STF, vem entendendo que basta a existência e manutenção de uma estrutura adm para fiscalização para que o sujeito passivo tributário seja compelido ao recolhimento da taxa de polícia. )RE 416.601)
 AULA 33: Taxa de Serviço
- Taxa é contraprestação por uma comodidade oferecida pelo Poder Público.
- Não é qualquer serviço público que autoriza a instituição de taxas, somente serviços públicos específicos e divisíveis autorizam (uti singuli). Taxas não se prestam ao financiamento de serviços universais. Exemplo: segurança pública é financiada pelos impostos.
- Iluminação pública não pode ser financiada por taxa. (Súmula Vinculante 41)
- Taxas de limpeza pública e de conservação de vias são inconstitucionais, já que são serviços universais. 
- Vide art. 79, II e III, do CTN.
- Aqueles serviços de utilização compulsória podem ser cobrados ainda que o contribuinte não tenha utilizado efetivamente, basta que esteja a sua disposição.
- Vide Súmula vinculante 12. Vedada taxas de matrículas em universidade pública.
AULA 34: Contribuição de Melhoria
- Espécie tributária adequada ao conceito do art. 3º, do CTN.
- Vide art. 145, III, CF: competência comum entre União, Estados, municípios e DF.
- É tributo vinculado a um fazer estatal, contudo, diferente da taxa. No caso da taxa, o fato gerador é o exercício do poder de polícia a prestação de serviço público específico e divisível, ao passo que na contribuição, a contraprestação consiste em obra pública.
Dessa obra decorre a valorização de imóveis vizinhos a construção, o que autoriza a cobrança da contribuição de melhoria.
- A noção de justiça tributária que se vincula a contribuição de melhoria consiste no fato de que o poder público realiza a obra para constituir utilidade a toda uma coletividade, no entanto, é possível que em razão disso, acarrete a valorização de um imóvel privado. Essa valorização vem de obra pública com financiamento público e não da expertisse do proprietário em investir nesse imóvel. A partir daí, a contribuição de melhoria chama o proprietário para participar do financiamento da obra.
- Fato gerador misto = obra pública + valorização do imóvel privado.
Somente obras públicas, privada não autoriza (shopping center, por exemplo)
- A base de cálculo lida com os custos da obra e com a valorização do imóvel. Contudo, há dois limites (art. 81, CTN). O limite total é a despesa realizada pelo Poder Público, já o limite individual é o acréscimo de valor. Será o contribuinte chamado para prestar a contribuição de melhoria para contribuir com a despesa custeada pelo Poder Público, dividido entre os proprietários que tiveram a valorização do seu imóvel, respeitado o limite individual, já que qualquer excesso poderá consistir em confisco.
- Vide art. 82, CTN: requisitos formais e de cobrança para contribuição de melhoria. Devem esses requisitos estarem presentes na lei que instituiu a contribuição de melhoria.
AULA 35: Empréstimos Compulsórios
- Previsão no artigo 148, da CF, o qual deve estar de acordo com o conceito do art. 3º, do CTN.
- De acordo com o art. 4º do CTN, os empréstimos compulsórios não seriam tributo, contudo, ele é insuficiente na definição dos tributos, e por isso, precisa de interpretação à luz da CF, a qual trata os empréstimos compulsórios como espécie de tributo.
- Somente a União pode instituir empréstimos compulsórios (competência exclusiva).
- O empréstimo compulsório está sob reserva de lei complementar.
- O valor deverá ser devolvido ao contribuinte no futuro. 
- Vide art. 15, § único, do CTN: a lei fixará prazo do empréstimo e condições para seu resgate.
- Atenderá os casos de calamidade pública, guerra externa, ou sua iminência.
- É exceção a anterioridade comum e nonagesimal.
- Em caso de investimento em caráter urgente de interesse nacional, pode instituir empréstimo compulsório, contudo, este se submeterá a anterioridade.
- ATENÇÃO: art. 15, IIII , CTN nãofoi recepcionado pela CF.
AULA 36: Contribuições Especiais- Conceito; espécies
- Previstas no artigo 149, da CF.
- Mesma questão do CTN não prever essa modalidade como tributo, mas a CF o define. No Brasil, vigora a teoria pentapartida.
- Deve ser instituída para que a União atue em uma área específica. Finalidade instrumental. A contribuição é um mecanismo de atuação da União, já que o tributo é um elemento indutor de condutas. Finalidade extrafiscal.
- Áreas que autorizam: interesse das categorias profissionais ou econômicas, social, e econômica.
- Toda vez que instituir a lei deve dizer expressamente a que área o tributo se vincula.
- São de competência exclusiva da União, instituídas por lei ordinária.
- Natureza definida pela sua finalidade e não pela arrecadação.
AULA 37: Contribuição de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas
- Previsão no art. 149, da CF. São subespécie de contribuição especial juntamente com as sociais e as de intervenção no domínio econômico. Só podem ser instituídas se a união resolver atuar em determinada categoria de forma específica financiando entidade representativa de trabalhadores e profissionais liberais. São os sindicatos e conselhos de fiscalização.
- O Estado deve participar da organização das entidades representativas profissionais. A CF entende como positiva a mediação do Estado nas relações entre empregadores e empregados, e por isso, prevê esse tributo. 
- Vide art. 8º, IV, CF. A contribuição sindical é justamente aquela estipulada no art. 149 para o financiamento, portanto, das entidades sindicais. 
O mesmo artigo, inicialmente prevê outra contribuição (confederativa), contudo, esta não tem natureza tributária, diferentemente da sindical. (Súmula 140 do STF) 
Não confundir contribuição sindical com a confederativa!!
AULA 38: Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico
- Previsão no art. 149, da CF. São subespécie de contribuição especial, instituídas em caso de intervenção da União em domínio econômico, a CIDE funciona como instrumento de atuação em indução.
- A área econômica tem titularidade de iniciativa privada e é chamada de domínio econômico, por isso, quando atua nesse domínio a União atua em área que não é de sua titularidade, razão pela qual esse tributo é instituído.
- O art. 170, CF traz os princípios que regem a ordem econômica. A intervenção da União deverá seguir essa base principiológica.
- O art. 149, §2º, da CF, estabelece características essenciais da CIDE. Tem imunidade assegurada, hipótese de incidência explícita, autorização para alíquota ad valorem e especifica, equiparação da pessoa física como contribuinte e atribuição específica para que seja unifásica.
Exemplo: AFRMM- intervenção da União no desempenho da marinha mercante. Art. 177, §4º, CF, traz a importante figura da CIDE combustíveis, cujo fato gerador é a importação e exportação de petróleo e combustíveis, consistindo em exceção a legalidade e anterioridade comum. 
AULA 39: Contribuições Sociais
- Previsão no art. 149, da CF. Subespécie de contribuição especial. Contingentes populacionais a margem do mercado de trabalho necessitam de auxílio do Estado, de modo que a instituição desse tributo se dá por essa razão; garantia dos direitos sociais do art. 6º, CF (tais direitos correspondem a áreas sociais)
- A atuação na área social é o que gera a instituição da contribuição. 
- Toda vez que a União quiser atuar numa área social deve se quiser utilizar um tributo, utilizar da contribuição social, essa contribuição é, portanto, um mecanismo de atuação da União para o financiamento de uma área social determinada.
- §2º, do art. 149, da CF institui imunidade específica, hipótese de incidência, alíquota ad valorem e específica. O §3º equipara pessoa física a pessoa jurídica no caso de importação. Já, o §4º explica que serão monofásicas.
- Se divide em duas subespécies: contribuição para a seguridade social (financiamento da área específica da seguridade social- art. 194, CF) e contribuição para área social geral (segurança, assistência aos desamparados, educação, entre outros). Dependendo da área a natureza da contribuição será distinta e terá regime diferente. 
Exemplo: artigo 212, §5º, CF (contribuição gera- salário educação)
- Vide Súmula 732, do STF.
 
AULA 40: Contribuições Sociais para a Seguridade Social
- Vide art. 149, da CF: competência da União.
- Art. 195, da CF estabelece de que forma será custeada a seguridade social e arrola contribuições sociais destinadas a seguridade social, as chamadas contribuições sociais para a seguridade social. Serão assim classificadas as contribuições que se destinarem a previdência, saúde e assistência (art. 194, CF). 
- O regime jurídico delas é diferente residindo em dois pontos. Estão sujeitas a anterioridade especial (art. 195, §6º, CF- princípio da anterioridade especial), se submetem apenas a nonagesimal, e o financiamento pode ser ampliado, outras fontes podem ser instituídas (art. 195, §4º, CF)
- Contribuições ordinárias ou nominadas: institui bases (sujeito passivo)
I- Empregador, empresa ou entidade a ela equiparada
II- Trabalhador e demais segurados da previdência social
III- Concursos de prognósticos (loterias) 
IV- Importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar
- Contribuições residuais: outras fontes para expansão ( art. 195, §, 4º, CF)
Autorização para criação pela União, submetem-se a reserva de lei complementar, devem ter bases de cálculo distintas das contribuições enumeradas nos arts. 195, I, II, III, e IV, não cumulativa, e observa a anterioridade especial (somente a nonagesimal)
- Art. 239, CF prevê contribuição para o PIS que consiste em contribuição para a seguridade social.
- Há também contribuições para o sistema “S”, as quais financiam a assistência social.
- Regime previdenciário dos estados, DF e municípios: Art. 149, §1º, CF
AULA 41: Código Tributário Nacional
- É anterior a CF e produzida na época do regime militar.
- Publicado como lei ordinária, somente em 1967 recebeu a nomenclatura de Código Tributário Nacional.
- Art. 146, I e II, a e b, CF.
- Após 88, como o CTN cumpre o art. 146, recebeu o status de lei complementar, apesar de ser lei ordinária. Sua natureza é lei ordinária recepcionada pela CF com status de lei complementar.
- O CTN assim como a CF não cria tributo, os tributos são criados pelos entes federativos através de lei ordinária, via de regra. 
- Qual a função do CTN dentro do sistema tributário nacional? Traz normas gerais em matéria de legislação tributária, e soluciona os problemas previstos no artigo 146, do CTN. Tem normas que definem o conceito de relação jurídica tributária, suas características e requisitos de existência jurídica.
AULA 42: Obrigação Tributária
- Cabe ao CTN estabelecer normas gerais da relação tributária o que inclui a criação da obrigação.
- O CTN desdobra a obrigação tributária em duas espécies: principal e acessória.
- Obrigação principal: §1º, do art. 113, do CTN. Consiste no pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, obrigação de dar (dinheiro, seja a título de tributo ou de multa) deflagrada pelo fato gerador.
- Obrigação acessória: §2º, do art. 113, do CTN. Tem natureza jurídica de obrigação de fazer, fazer ou não fazer em prol da fiscalização tributária. Viabiliza arrecadação e fiscalização tributária.
- A obrigação acessória tem existência independente da obrigação principal.
- O descumprimento da obrigação acessória configura ilícito tributário que é punido com multa, o que dá origem a uma obrigação tributária principal. Não há conversão, o descumprimento é que faz surgir a obrigação principal. O descumprimento da obrigação acessória consiste em fato gerador para a multa que consistirá em obrigação principal.
AULA 43: Fato Gerador
- Vide art. 113, §1º, CTN. É com a ocorrência do fato gerador que surge a obrigação tributária principal.
- Fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência (situação de fato, evento concreto,conduta do contribuinte que faz surgir a OTP). Situação que ocorre no mundo dos fatos, tem significado econômico, pois deve revelar riqueza tributária. 
Exemplo: adquirir um veículo automotor (IPVA), ou imóvel urbano (IPTU), deixar de emitir nota fiscal (fato gerador ilícito, cuja consequência será o surgimento de uma obrigação principal, qual seja o pagamento de uma multa)
- Art. 116, do CTN: No inciso I há a situação de fato, a qual ocorrida será considerada para a produção de efeitos, já no inciso II há dependência jurídica, da norma jurídica do que os fatos ocorridos (a circulação só ocorre com a tradição)
Exemplo: inciso II- IR
- Norma geral anti-elisão (p.u, do art. 116, do CTN)
- O art. 117, do CTN trata dos atos e negócios jurídicos sujeitos a condição. Sendo resolutória considera praticado desde a prática do ato, enquanto na suspensiva, somente quando houver a implantação da condição.
- Eventuais irregularidades do negócio jurídico não afetam o fato gerador da obrigação tributária (interpretação objetiva do fato gerador)
AULA 44: Sujeitos da obrigação tributária
- Vide art. 119, do CTN.
- Não há distinção entre OTP e OTA, trata das duas.
- Sujeito ativo: PJ de direito público titular da competência para exigir o cumprimento. Como regra, o sujeito ativo é um dos entes federativos (União, estados, DF, e municípios) a depender daquele que é competente para a arrecadação, aquele que criou o tributo. 
O art. 7º, do CTN, diz que a competência é indelegável, contudo, pode ser delegada de uma pj para outra as funções de arrecadação e fiscalização.
- Sujeito passivo: é aquele obrigado ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. Pode ser contribuinte ou responsável. 
Contribuinte: aquele que pratica o fato gerador.
Responsável: aquele que mesmo não tendo praticado o fato gerador, é obrigado. 
Na acessória, é sujeito passivo aquele que é obrigado a um fazer, não fazer, ou tolerar que se faça em prol da fiscalização tributária.
- Vide art. 123, do CTN: convenções particulares não podem ser opostas perante a Fazenda Pública, quando modifiquem o sujeito passivo da obrigação tributária. Contudo, a lei pode dispor o contrário. IMPORTANTE !!
AULA 45: Solidariedade em Direito Tributário
- Vide art. 124, do CTN.
- Solidariedade significa pluralidade de pessoas ocupando o polo ativo e passivo, sendo obrigados ao todo (passiva) ou podendo cobrar o todo (ativa). No direito tributário, permite-se apenas a solidariedade passiva, já que a solidariedade ativa poderia gerar o bis in idem.
- 2 espécies de solidariedade:
Natural: inciso I, interesse comum na situação que constitua fato gerador da OTP. Exemplo: co-propriedade de imóvel urbano.
Legal: a lei determina uma vinculação solidária ainda que as pessoas não tenham interesse comum.
- Solidariedade tributária não comporta benefício de ordem.
- O art. 125, do CTN traz os efeitos:
I- O pagamento feito por um dos co-obrigados aproveita aos demais 
II- Isenção ou remissão exonera todos os obrigados, exceto se for instituída em favor de apenas um.
III- Interrupção ou suspensão da prescrição favorece ou prejudica os demais. 
- Alguns autores entendem ser a solidariedade responsabilidade tributária, o que parece errôneo. A solidariedade trata do polo passivo, enquanto a responsabilidade especificamente do sujeito passivo. A doutrina tem tratado de forma displicente o regime da solidariedade, quando nos termos do código a solidariedade não diz respeito a responsabilidade. Contudo, seria uma questão meramente acadêmica.
AULA 46: CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA E DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
- Capacidade passiva: aptidão que tem uma pessoa física ou jurídica para figura no polo passivo de uma relação jurídica tributária, a qual é disciplinada pelo art. 126, do CTN.
Independe da capacidade das pessoas naturais ou jurídicas na órbita civil. 
- Domicílio: não precisa ser igual ao civil, são autônomos. Consta o domicílio no art. 127, do CTN.
Regra: eleição.
Não havendo eleição será as hipóteses dos incisos, e não podendo ser aplicadas essas regras aplica-se o §1º.
Em caso de dificuldade na arrecadação e fiscalização a adm tributária poderá rejeitar o domicílio eleito, aplicando-se a regra do §1º.
AULA 47: RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
- O art. 121, do CTN estabelece o sujeito passivo da obrigação tributária.
- A figura do responsável é relacionado ao princípio da praticidade da arrecadação. 
- Responsável é aquele que se sujeita a posição de sujeito passivo da obrigação tributária sem ter praticado o fato gerador.
- O art. 128, do CTN estabelece os requisitos para que uma pessoa seja considerada responsável tributária.
- Responsabilidade por substituição: o contribuinte pratica o fato gerador, mas a arrecadação irá para outra pessoa. Exemplo: empresa que paga aos funcionários, este pratica o fato gerador, mas a responsabilidade surge para empresa.
- Responsabilidade por transferência: o contribuinte pratica o fato gerador, surge para ele o dever de recolher. Quando ele não recolhe por alguma razão, o pagamento é transferido. Exemplo: automóvel, em que o novo comprador tem que arcar por tributos não pagos pelo antigo.
AULA 48: RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES
- Art. 129 e ss, do CTN: lei seca
AULA 49: Responsabilidade de Terceiros e Responsabilidade por Infrações
- Vide arts. 134 e 135: responsabilidade por sucessão.
O art. 134 só é aplicado em caso de impossibilidade de pagamento pelo contribuinte, só assim pode ser acionado o terceiro. A responsabilidade do terceiro não será automática, exige-se um comportamento do contribuinte, ou ele interviu no ato ou tendo o dever de fazê-lo não o fez.
- A responsabilidade é subsidiária e não solidária. Exemplo: tabelião deve ficar atento para ver se houve o recolhimento do ITBI , se o contribuinte não fazer o pagamento o tabelião deve arcar.
- O terceiro responde por multas? Sim, mas apenas as de caráter moratório. 
- Responsabilidade pessoal: art. 135, do CTN. Não se passa ao contribuinte, autoriza a cobrança diretamente ao terceiro nesses casos. Cuidado com o inciso I, do art. 135.
- No que tange a responsabilidade por infrações o dispositivo é o 136, do CTN. Fixação da responsabilidade daquele que praticou uma infração. Não precisa saber se houve dolo ou culpa, irrelevante. Da mesma forma tanto faz natureza ou extensão do dano.
- O art. 137, do CTN trata da responsabilidade pessoal por infração.
- O art. 138, do CTN trata da denúncia espontânea com o depósito do montante. Há exclusão da reponsabilidade, ele efetua o pagamento do tributo + juros de mora, contudo, não deverá pagar a multa. Será espontânea, antes do início de qualquer ato de fiscalização.
AULA 50: Crédito Tributário e Lançamento
- Crédito tributário: arts. 139 a 141, do CTN. A relação tributária é dividida em duas partes: (i) obrigação principal e (ii) crédito tributário. O crédito está vinculado a obrigação, decorre da obrigação e tem mesma natureza que ela. 
A exigibilidade é obrigação do crédito (formalizado pelo lançamento) e não da obrigação.
Nos termos do art. 140, do CTN , nota-se uma relativa autonomia entre crédito tributário e obrigação , já que em algumas circunstâncias pode haver redução, suspensão, exclusão, extinção do crédito, as quais não atingem a obrigação. 
O crédito tributário só pode ser regulamentado pelo CTN, assim como majoração, redução, suspensão, exclusão, e extinção.
- Lançamento: procedimento administrativo que constitui o crédito tributário. Por meio do lançamento é que passa a existir o crédito. O lançamento formaliza o crédito.
Com o lançamento a dívida tributária passa a ser líquida, certa e exigível.
A doutrina critica ser um procedimento, já que há um dever da autoridade em efetuar o lançamento caso ocorra o fato gerador.
A obrigação nasce no momento do fato gerador, o lançamento declara essa obrigação e constitui o crédito.
Aplica-se a lei vigente no momento do fato gerador, contudo, pode -se aplicar lei do momento do lançamento, caso esta aumente poderes de fiscalização.
O art. 145, do CTN, trata da notificaçãoao sujeito passivo acerca do crédito constituído. Uma vez que o lançamento foi notificado, se pode modificar o lançamento em caso de impugnação do sujeito passivo, recurso de ofício ou iniciativa de ofício.
O art. 146, do CTN, prevê que se a autoridade mudar critérios de interpetração, isso só terá vigência ao mesmo passivo somente nos próximos fatos geradores. 
AULA 51: Modalidades de Lançamento
- Vide arts. 147 a 150, do CTN. O lançamento é um procedimento administrativo.
- Há três modalidades de lançamento que variam conforme a participação do sujeito passivo.
 Declaração ou misto: o sujeito passivo presta informações sobre matéria de fato a autoridade administrativa que instituirá o crédito. A retificação da declaração pelo sujeito passivo para diminuição só poderá ocorrer antes do lançamento. Erros serão retificados de ofício. O art. 148, do CTN trata do arbitramento, em caso de omissão ou má-fé nas informações prestadas, a autoridade determina o valor pq as declarações não merecem fé.
 De ofício ou direto : participação mínima do sujeito passivo. A autoridade já dispõe de todas as informações de fato e de direito , o art. 149 enumera as situações em que a autoridade deve lançar de ofício. Se divide em dois: (I) comum ou ordinário (quando a lei determina) e (ii) supletivo (quando o lançamento anterior falhou)
Enquanto não houver decadência a Fazenda pode revisar o lançamento.
Homologação: o sujeito passivo antecipa o pagamento e aguarda a homologação da Fazenda para a extinção do crédito (homologação expressa). O prazo será de 5 anos a contar da ocorrência do fato gerador (transcorrido esse prazo sem resposta do Fisco, o crédito é homologado e extinto- homologação tácita)
O pagamento antecipado extingue o crédito sob condição de vir a homologação. Vindo a homologação, ele estará extinto; não vindo, haverá o lançamento de ofício.
AULA 52: Suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário
- O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza que ela, porém possuem autonomia relativa. Enquanto não ocorrido o lançamento não pode ser o tributo ser exigido.
- O art. 151, do CTN , traz as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Isso significa que o dever de recolher a quantia é afastado temporariamente. 
- São duas circunstâncias que autorizam o CTN a instituir as causas de suspensão, quais sejam: (i) o Estado entende que por razão de interesse publico deve momentaneamente deixar de recolher o tributo (moratória ou parcelamento) e (ii) quando o contribuinte e o responsável tem o dever de impugnar o lançamento (outros incisos)
- O art. 97, VI, do CTN, determina que somente a lei pode estabelecer hipótese de suspensão; estão sujeitas a reserva legal. 
- Depósito do montante integral: inciso II, do art. 151, do CTN- transferência do valor relativo a dívida tributária a um terceiro que fará a administração desses valores, mas não haverá modificação de titularidade jurídica. O valor continua sendo de titularidade do sujeito passivo, contudo, a transferência faz com que o montante fique vinculado aos destinos do lançamento tributário. Como regra, o depósito é feito em instituição bancária. Vide Súmula 112, do STJ.
- Reclamações e recursos administrativos: o lançamento deve observar o contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV, CF). Caso o sujeito passivo não concorde com o lançamento pode impugnar através de reclamação, assim recurso e reclamação podem suspender a exigibilidade do crédito tributário.
- Concessão de medida liminar em MS: caso o sujeito passivo queira impugnar ao lançamento pela via judicial tendo direito liquido e certo poderá utilizar o MS. A liminar suspende a exigibilidade.
- Concessão de liminar ou tutela antecipada em outra espécie de ação judicial: caso o sujeito passivo não preencha o requisito do MS (direito líquido e certo) pode se valer de outras ações. Poderá ser deferida nessas ações liminar ou tutela antecipada que suspendem a exigibilidade do crédito tributário.
AULA 53: Moratória e parcelamento
- São causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, arroladas no art. 151, do CTN.
- São situações excepcionais que fazem surgir essas duas modalidades.
- Moratória: art. 152 a 155, do CTN. Trata-se da dilação do prazo para pagamento do tributo; prorroga-se o prazo para o pagamento do tributo ou da multa. Está a moratória sob reserva legal. 
Os requisitos estão no art. 153, do CTN. 
Pressupõe um lançamento já iniciado; caso não haja os requisitos há revogação da moratória, cobra-se ainda multa em caso de dolo.
- Parcelamento: art. 155- A, do CTN. Prorrogação do prazo para pagamento de forma parcelada (espécie de moratória). Enquanto na moratória o valor inteiro é deslocado, no parcelamento partes do valor são deslocadas. O parcelamento é concedido em lei específica. Não exclui juros e multas. Aplica-se subsidiariamente as regras previstas a moratória pelo CTN.
AULA 54: Extinção do Crédito Tributário
- Pagamento: art. 157 a 164, do CTN. Transferência efetiva da propriedade do sujeito passivo para o sujeito ativo da relação jurídica tributária na forma de dinheiro. Modificação na titularidade de uma determinada quantia em dinheiro.
Local: domicílio tributário 
Tempo : 30d depois da notificação do lançamento, caso não seja estabelecido um termo 
Efeitos da mora: acréscimo de juros + penalidade pecuniária pelo atraso.
Imputação do pagamento: art; 163, do CTN. Caso o sujeito passivo tenha dois ou + débitos vencidos em face de uma mesma PJ de direito público, a autoridade pública é quem fará a imputação. Não cabe ao sujeito passivo decidir sobre a extinção da dívida. 
Ordem:
I- Obrigação própria, responsabilidade
II- Contribuições de melhoria, taxas e impostas.
III- Crescente na prescrição
IV- Decrescente no montante
- Consignação em pagamento: art. 156, VIII, do CTN. 
AULA 55: Pagamento indevido
- O pagamento é modalidade de extinção do crédito tributário, o indevido é aquele que não devia ter ocorrido.
- A obrigação tem natureza ex lege e será o pagamento indevido toda vez que for contra a lei. Exemplo: quando recolhe a mais, instituição sem fins lucrativos que recolhe impostos de forma errônea.
- O artigo 165, do CTN, diz que o sujeito passivo tem direito a restituição em caso de pagamento indevido. As situações em que se considera o pagamento indevido estão previstas nos incisos desse dispositivo.
- O comerciante só tem direito a essa restituição se comprovar que assumiu o encargo (não atribuindo a mercadoria) ou se tenha autorização do consumidor. (art. 166, do CTN)
- O art. 167, do CTN, dá lugar também a restituição dos juros de mora e demais penalidades pecuniárias.
- Prazo decadencial (?) : 5 anos; hipótese I e II (contados da data da extinção); hipótese do III (data da decisão administrativa ou judicial)
- Prescreve em 2 (dois) anos a ação que anula a decisão adm denegatória.
- Interrupção do prazo prescricional pelo início da ação judicial, contudo, retoma a correr por 1 (um) ano- art. 169, p.u. CTN.
AULA 56: Decadência e prescrição
- São hipóteses de extinção do crédito tributário que decorre da inércia dos titulares em um determinado período de tempo (art. 156, V, do CTN)
Perda de diretos pela Fazenda Pública em função da inércia por um certo período de tempo.
Embora sejam comuns nos diversos ramos, no direito tributário produzem o mesmo efeito, qual seja, a extinção do crédito tributário, não obstante uma atinja o direito de ação (prescrição) e a outra o direito de lançar (decadência)
O prazo dos institutos é igual, em ambos os casos o período de 5 anos.
- O art. 173, do CTN, trata da decadência. Ela afeta o direito que a Fazenda tem de constituir o crédito tributário, ou seja, de fazer o lançamento.
Conta-se a partir da data de notificação (lançamento por ofício e declaração)
Conta-se o prazo a partir da ocorrência do fato gerador no caso do lançamento por homologação (150, §4º)
- O artigo 174, do CTN prevê a prescrição contando o prazo de 5 anos contados da constituição definitiva. Os casos de interrupção estãoprevistos no parágrafo único.
AULA 57: Outras modalidades de extinção do crédito tributário
- Compensação: encontro de contas que extingue a obrigação tributária. Os sujeitos são reciprocamente credores e devedores uns dos outros.
Exemplo: no caso de pagamento de indevido.
- Transação: Acordo que extingue o crédito tributario. Ajuste de vontade deve ter concessões mútuas. Importa extinção de litígio adm ou judicial.
- Remissão: perdão que extingue o crédito tributário (art. 172, do CTN)
- Conversão do depósito em renda
- Decisões administrativas que extinguem o crédito tributário
- Dação em pagamento em bens imóveis : o pagamento é efetuado com a entrega de um bem imóvel pelo sujeito passivo, ao invés de ser em dinheiro.
AULA 58: Exclusão do Crédito Tributário
- A exclusão é diferente da extinção e da suspensão do crédito tributário. Na suspensão o crédito existe, é válido, mas o dever de recolher é momentaneamente afastado. Na extinção o crédito existiu e foi encerrado. Na exclusão o crédito não chega a existir, não foi constituído em razão de isenção ou anistia.
- isenção tem relação com o tributo, e anistia com a multa (sanção)
- Pontos comuns entre anistia e isenção: somente podem ser estabelecidas por lei em sentido(reserva de legal) do ente federativo competente, tal lei tem de ser específica. Art. 150, VI, CF. 
O art. 111, do CTN, diz respeito a interpretação que deve ser literal tanto para anistia, quanto para isenção.
- O art. 175, § único do CTN, a isenção e anistia não excluem o cumprimento das obrigações acessórias. Lembrar que em tributários as obrigações são autônomas.
- Anistia: vide arts. 180 a 182, do CTN. É exclusão do crédito tributário veiculada por lei. Anistia significa perdão da infração tributária. Perdão da conduta que infringe norma tributária. Nesse caso, não haverá multa, ou seja, não há constituição do crédito que tem como objeto a multa.
Parte da doutrina conceitua como perdão da multa, outra parte, como perdão da infração observando que a multa pressupõe a infração.
Diz-se que o CTN ser refere a infração e não a multa.
Abrange as infrações anteriores a lei que a concede, a anistia apresenta efeitos retroativos.
Modalidades: 
Geral: a todas as pessoas.
Limitada: determinada a algumas situações.
Quando não efetivada em geral, será deferida por despacho da autoridade adm caso haja cumprimento dos requisitos previstos em lei. Quando o sujeito não detêm os requisitos a concessão da anistia pode ser anulada.
AULA 59: Isenção
- Isenção: exclusão do crédito, quando seu objeto é um tributo. Não se confunde com a imunidade que é uma regra constitucional de incompetência tributária, a isenção, por sua vez, pressupõe a competência, o ente pode tributar, mas por razões de política fiscal opta por não fazê-lo.
- Arts. 176 a 179, do CTN: a isenção decorre de lei que verse sobre os requisitos. Há uma imprecisão do art. 176, não há isenção concedida por contrato, a isenção sempre decorre de lei e tem fundamento legal.
É possível haver isenção regional se o território for demarcado por uma diminuição da capacidade contributiva.
 A isenção não é extensiva a taxas e contribuições de melhoria, e nem tributos que não existiam no momento da aprovação da lei de isenção, via de regra. 
A isenção pode ser modificada ou revogada por lei a qualquer tempo se for incondicionada e por prazo indeterminado, isso porque, a incondicionada não implica em ônus para o beneficiário.
A revogação se submete a anterioridade? O STF entende que a revogação é imediata. O tributo poderá ser cobrado imediatamente.
 Quando não efetivada em geral, será deferida por despacho da autoridade adm caso haja cumprimento dos requisitos previstos em lei. Quando o sujeito não detêm os requisitos a concessão da isenção pode ser anulada. Sempre que estiver terminando o prazo o contribuinte deve peticionar para a renovação.
AULA 60: Garantias do Crédito Tributário
- Quando o sujeito passivo queda-se inerte após a notificação, há algumas formas de garantias a que faz jus a Fazenda. O CTN enumera as garantias, mas não exclui outras. Contudo, as garantias tem que estar previstas em lei.
- A natureza da garantia não interfere na natureza do crédito e nem da obrigação. 
- A totalidade dos bens responde pelo crédito, pouco importando se estão gravados, excluindo apenas os que a lei declarar absolutamente impenhorável.
- No caso de execução fiscal pode haver indisponibilidade dos bens, caso o contribuinte não pague, não se manifeste, nem aponte bens a penhora.
AULA 61: Preferência do crédito tributário
- Num concurso de créditos, precisa saber qual deles tem preferência.
A dívida tributária deve ser paga com preferência a qualquer outra, exceto as relativas a legislação do trabalho ou acidente do trabalho.
Na falência o crédito tributário perde algumas posições quanto a preferência de sua inadimplência.
- Ver os artigo ipsis literis.
AULA 62: Fiscalização Tributária
- A fiscalização recai sobre qualquer pessoa, independente de ter praticado ou não o fato gerador.
- Ver os artigos.
AULA 63: Dívida Ativa e Certidões Negativas
- Não recolhido o crédito pela Fazenda Pública surge o interesse processual desta em ingressar com a execução fiscal.
Para ingressar com essa ação necessita de título executivo, essa inscrição do crédito é o que o torna exigível e tem vistas de extrair um título executivo extrajudicial.
- O art. 2020, do CTN, traz os elementos que devem estar contidos na CDA.
Faltando algum dos requisitos, a CDA é nula, contudo, esta poderá ser substituída até decisão de primeira instância do juiz da execução fiscal.
- A CDA goza de presunção de liquidez e certeza e tem efeito de prova pré- constituída. A presunção é relativa e pode ser impugnada.
- Certidão Negativa: prova de quitação de tributos, de que não há relação entre a Fazenda Pública e o sujeito passivo, não tem débito.
 - Certidão positiva com efeitos negativos: prova que o sujeito passivo mantem relação com o sujeito passivo, que há uma dívida tributária, contudo, tem efeitos de negativa, pois revela que a dívida não é exigível ou sendo exigível está garantida.
I) Quando houver crédito não vencido
II) Garantida a penhora na execução fiscal
III) Crédito cuja exigibilidade esteja suspensa.
- Responsabilidade por dolo na emissão da certidão.

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