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Prévia do material em texto

1. 
Os indígenas, chamados pelos portugueses de “negros da terra”, foram utilizados como mão de obra no processo de colonização e exploração econômica da América portuguesa. Sobre esse fato, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para verdadeiro e F para falso:
(  ) Com a introdução da mão de obra africana escravizada, o trabalho compulsório dos indígenas foi extinto em todo o território colonial português.
(  ) No processo de escravização dos indígenas, os colonos se valeram dos conflitos intertribais pré-existentes e de expedições de apresamento.
(  ) Houve diversos conflitos de interesse entre colonos e jesuítas no que diz respeito à escravização dos indígenas, tendo a coroa portuguesa que mediar esses conflitos por meio de várias leis indigenistas.
(  ) Os aldeamentos foram formas de organização social criadas pelos indígenas para se proteger das investidas econômicas e religiosas dos colonos e dos padres.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A ordem correta é: F – V – V – F.
 
As novas tendências historiográficas têm ressignificado o papel dos indígenas no processo de colonização e expansão europeia na América. Leia o trecho abaixo, retirado do livro Negros da terra (1994), de John Monteiro:
“No dia de Natal de 1562, Martim Afonso Tibiriçá perdeu sua última batalha, sucumbindo a uma das doenças infecciosas que grassavam entre os habitantes indígenas do Brasil na época. De certo modo, a vida e a morte deste importante guerreiro e chefe tupiniquim espelharam a própria marcha da expansão europeia na capitania de São Vicente no século XVI. Muitos anos antes, ele já havia incorporado a seu grupo – como genro – o primeiro branco e assistira à rápida ascensão deste como influente líder de índios e portugueses. Na década de 1530, Tibiriçá consentira na formação de uma aliança com os estranhos, certamente tendo em vista a vantagem que esta lhe proporcionaria sobre seus inimigos tradicionais. Com a chegada dos primeiros jesuítas, no meio do século, autorizara a edificação de uma capela rústica dentro de sua aldeia e permitira que os padres convertessem seu povo, ele próprio sendo o primeiro catequizado. Os jesuítas, por sua vez, expressaram sua reverência por este índio considerado exemplar sepultando-o no interior da modesta igreja de São Paulo de Piratininga.”
De acordo com a leitura do trecho acima, podemos afirmar que​​​​​​​:
D. 
existiram formas de interação entre indígenas e portugueses que evidenciam o protagonismo daqueles em processos de apropriação e negociação.
3. 
Ao chegar na América, um dos membros da esquadra de Cabral, Pero Vaz de Caminha, escreveu uma carta ao rei de Portugal narrando o episódio do “achamento” da terra e o que encontraram por ali. Leia um trecho dessa carta:
“Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. [...] Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.”
Levando-se em consideração o excerto acima e seus conhecimentos sobre a interação entre portugueses e indígenas, são feitas as seguintes afirmações:
I – O trecho evidencia que o único benefício buscado na exploração colonial da América era a conversão dos nativos.
II – O excerto da carta de Caminha mostra que a colonização está intrinsecamente relacionada a aspectos religiosos, não somente econômicos.
III – A salvação à qual Caminha faz referência diz respeito a evitar que o território seja ocupado por outras nações devido à riqueza das terras.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
. 
Resposta correta: Apenas II.
No período colonial, a relação entre os colonos e os jesuítas, durante o período em que estiveram na América portuguesa, foi conflitiva. A seguir, são citados alguns motivos para esses conflitos:
I – Os jesuítas se opunham à escravização dos indígenas, protegendo-os em aldeamentos.
II – A coroa portuguesa apoiava integralmente os colonos na escravização indígena.
III – Os confrontos entre colonos e jesuítas se davam pelas diferenças religiosas dos dois grupos.
Qual(is) está(ão) correto(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
Apenas I.
A Companhia de Jesus foi criada no contexto das reformas religiosas ocorridas na Europa no século XVI. Subordinadas diretamente ao papa, seu objetivo era atrair, por meio da conversão, mais fiéis para a Igreja Católica. Leia o trecho baixo, que trata dessa ordenação:
Os métodos utilizados pelos jesuítas diferiram-se das demais ordenações porque, além da ação catequizadora, fundaram ______________. Houve alguns confrontos com os colonos, principalmente com os bandeirantes, porque, em relação aos indígenas, os jesuítas tinham uma opinião ______________ à escravidão. As atividades desenvolvidas na colônia geraram _________________ para a Companhia, e, durante as reformas pombalinas, a coroa portuguesa determinou a _______________ da Companhia de Jesus em suas possessões americanas.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto é:
C. 
colégios – contrária – enriquecimento – expulsão.
O colonialismo se insere no quadro mais amplo das transformações ocorridas na Europa Ocidental durante o período que foi chamado de Idade Moderna. Compreender as relações estabelecidas entre os Estados Modernos europeus e suas colônias é fundamental para entender a modernidade. Assinale a alternativa que apresenta as mudanças ocorridas na Europa durante a Época Moderna:
Centralização do poder político, práticas econômicas mercantilistas, mentalidade individualista e racionalista.
O semiólogo argentino Walter Mignolo é um dos principais representantes do pensamento decolonial latino-americano e membro fundador do Grupo Modernidade/Colonialidade, responsável por ressignificar as análises sobre o período colonial da América e a Modernidade europeia. Em uma de suas principais obras, Mignolo afirma:
“O que de fato me interessa é a emergência do circuito comercial do Atlântico, no século XVI, que considero fundamental na história do capitalismo e da modernidade/colonialidade. Tampouco me interessa discutir se houve ou não comércio antes da emergência do circuito comercial do Atlântico, antes do século XVI, e sim o impacto que esse momento teve na formação do mundo moderno/colonial no qual se está vivendo e de cujas transformações planetárias somos testemunhas”.
Sobre o texto de Mignolo, são feitas as seguintes afirmações:
I – O excerto corrobora a tese de que o colonialismo foi indispensável para o desenvolvimento dos Estados Modernos e da ideia de modernidade europeia.
II – O trecho revela que a economia desenvolvida no Atlântico não significou alterações significativas nas monarquias europeias, apenas nos novos territórios descobertos.
III – A expansão marítima teria significado não somente incrementos econômicos, mas transformações nos âmbitos culturais e sociais da América e da Europa, em uma influência recíproca.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Você acertou!
D. 
Apenas I e III.
A economia do Antigo Regime português está diretamente relacionada às práticas coloniais e mercantilistas desenvolvidas na relação metrópole-colônia entre Portugal e suas possessões na África, na América e na Ásia. Sobre a América Portuguesa, Caio Prado Júnior, em Formação do Brasil contemporâneo, assim se expressou sobre o “sentido da colonização” no Brasil:
 “Se vamos à essência de nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros [...] e em seguida café, para o comércio europeu [...]. Foi com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para fora do País e sem atenção a considerações que não fossem do interesse daquele comércio, que se organizaram a sociedade e a economia brasileiras. Tudo se disporá naquele sentido: a estrutura, bem como as atividades do País”.
Em relação à historiografiasobre a economia do Antigo Regime português e ao trecho citado, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
(  ) Caio Prado Júnior seria representante de uma historiografia marxista ortodoxa, que estabelecia uma relação de dependência e subordinação da colônia perante a metrópole.
(  ) Como contraponto à tese de Caio Prado Júnior, uma historiografia mais contemporânea tem demonstrado que a economia da América Portuguesa tinha mercado interno, relativamente autônomo à lógica colonial.
(  ) Caio Prado Júnior apresenta as únicas funções que as colônias tinham para as metrópoles europeias: exportar matérias-primas e importar produtos manufaturados.
(  ) O autor despreza a extração de metais preciosos como parte da economia colonial porque a prata e o ouro não despertavam o interesse das metrópoles europeias.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
V – V – F – F.
4. 
O Império Português foi um dos mais extensos da Idade Moderna. Além de Portugal, as possessões imperiais ultramarinas incluíam colônias na África, na América e na Ásia, comercializando especiarias, produtos agrários e seres humanos. A colonização, em suas dimensões econômicas e sociais, somente foi possível a partir de um complexo sistema conhecido como “sistema de mercês”. Sobre esse sistema, são apresentadas as seguintes características:
I – Concessão de benefícios pelo rei, como terras e títulos, em troca de benfeitorias ao Estado pelos indivíduos.
II – Forma de ascensão social aberta aos camponeses e aos indivíduos empobrecidos.
III – Contrato estabelecido entre o Estado e os súditos para garantir a liberdade econômica.
IV – Correlata à descentralização do poder, já que muitos cargos administrativos eram concedidos via mercês.
Quais apresentam características do “sistema de mercês”?
Você acertou!
A. 
I e IV.
Se o Império Português se diferencia em relação às práticas econômicas e políticas dos demais Estados Modernos europeus, em relação à sociedade portuguesa do Antigo Regime ele apresenta muitas semelhanças. Assinale a alternativa que apresenta a principal semelhança entre a sociedade do Antigo Regime portuguesa e as demais monarquias europeias ocidentais:​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
A principal semelhança entre a sociedade do Antigo Regime portuguesa e as demais monarquias europeias ocidentais era a hierarquização dos estamentos, que refletia uma compreensão hierárquica do sagrado, da ordem natural e, portanto, da ordem social.
1. 
A Revolução de Avis, que se inicia como uma crise sucessória do trono de Portugal, representa um marco no expansionismo marítimo-comercial português. Assinale a alternativa que apresenta uma correta avaliação das consequências econômicas do processo revolucionário:​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
Com a Revolução de Avis e a posse de D. João, há uma aproximação entre os interesses do Estado português e os da burguesia comercial-mercantil, possibilitando a execução das grandes navegações.
2. 
Portugal foi o Estado europeu pioneiro na realização das grandes navegações intercontinentais. Existem vários motivos que explicam o pioneirismo português na expansão marítima do século XV. Sobre esse tema, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
(  ) Portugal foi um dos primeiros estados a constituiu-se como reino, processo diretamente relacionado à reconquista do território ocupado pelos muçulmanos.
(  ) Com a revogação do Tratado de Tordesilhas, os comerciantes portugueses puderam comerciar livremente, sem a interferência do Estado.
(  ) A conquista de Ceuta representa um marco nas grandes navegações do século XV e deu início a um processo de conquista de outros espaços na África.
(  ) As grandes navegações tinham, além de interesses comerciais, iniciativas de expansão da religião católica.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Resposta correta.
B. 
V – F – V – V.
3. 
À medida que Portugal alcançava mais longas distâncias em seu projeto de expansionismo marítimo-comercial, foram sendo instaladas em territórios africanos e asiáticos feitorias, um tipo de entreposto comercial que, além de proteger a região, facilitava o cumprimento das relações de compra e venda de produtos. Um dos objetivos dessa expansão era chegar à Índia, onde estavam os requisitados mercados de especiarias, pedras preciosas e seda.
Sobre a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498, são feitas as seguintes afirmações:
I – O interesse em alcançar o comércio indiano pelo mar se devia às longas distâncias terrestres e à busca de novas rotas em função da tomada de Constantinopla pelos turcos-otomanos.
II – Tratou-se de um mero acidente, pois Portugal tinha acesso aos produtos comerciados na Índia nas feitorias africanas.
III – Progressivamente, essa rota comercial foi sendo abandonada em função de uma série de problemas no cotidiano das navegações.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Apenas I e III.
4. 
A partir da expansão marítima ibérica, foram assinados diferentes tratados, com a mediação do papa, para se definirem os espaços e territórios pertencentes a cada uma das coroas. Primeiramente, foi assinada a Bula Intercoetera e, após a “descoberta" da América, o Tratado de Tordesilhas. Sobre esse último tratado, assinale a alternativa correta:​
Resposta correta.
A. 
Sabe-se que o interesse de Portugal era preservar as rotas comerciais do Atlântico Sul, mas a historiografia ainda aponta dúvidas quanto às possíveis reivindicações de Portugal incluir o território que, posteriormente, seria o Brasil.
5. 
Achamento, conquista, descobrimento... Ao longo do tempo, foram utilizadas diferentes expressões para se referir à chegada dos portugueses na América e ao domínio do território que, muito tempo depois, seria conhecido como Brasil. Sobre o “descobrimento” da América portuguesa – ou do Brasil –, são feitas as seguintes afirmações:
​​​​​​​
I – O único documento disponível para conhecer os meandros da chegada dos portugueses à América é a carta de Pero Vaz de Caminha, conservada no Arquivo da Torre do Tombo, em Lisboa.
II – Ainda que a carta de Caminha demonstre o potencial do território “descoberto” pelos portugueses, o interesse da coroa, durante algum tempo, prosseguiu no comércio estabelecido com a África e a Ásia.
III – O “descobrimento” do Brasil demonstra a consolidação de Portugal nas rotas de navegação do Atlântico Sul e será de fundamental importância para o desenvolvimento do comércio triangular entre a Europa, a África e a América, por meio da coroa portuguesa.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Você acertou!
D. 
Apenas II e III.
1. 
Existe uma relação intrínseca entre as práticas mercantilistas dos Estados Modernos europeus e o colonialismo, tendo sido as possessões fora da Europa as maiores fontes de riqueza dos países ibéricos, por exemplo. O historiador Fernando Novais se refere a esse processo como “Antigo Sistema Colonial”, e, no trecho a seguir, explicita um dos mecanismos de seu funcionamento.
“É no regime do comércio entre metrópoles e colônias que se situa o elemento essencial desse mecanismo. Reservando-se a exclusividade do comércio com o Ultramar, as metrópoles europeias na realidade organizaram um quadro institucional de relações tendentes a promover necessariamente um estímulo à acumulação primitiva de capital na economia metropolitana a expensas das economias periféricas coloniais. O chamado ‘monopólio colonial’ ou, mais corretamente e usando um termo da própria época, o regime do ‘exclusivo’ metropolitano constituía-se pois no mecanismo por excelência do sistema, através do qual se processava o ajustamento da expansão colonizadora aos processos da economia e da sociedade europeia em transição para o capitalismo integral.”
Esse viés interpretativo passou a ser questionado por uma historiografia contemporânea porque:​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
ignorava dinâmicas econômicas internas na colônia e estabelecia uma relaçãode hierarquia e dependência que, muitas vezes, não se verificou.
2. 
Durante muito tempo, consolidou-se, na historiografia, uma versão de que o território português na América permanecera abandonado durante três décadas. Contudo, novas produções têm relativizado a intepretação do abandono, chamando a atenção para outros aspectos das navegações portuguesas realizadas no início do século XVI, além dos interesses da colônia. Sobre essas questões, são feitas as seguintes afirmativas:
I – A atividade colonizadora do território americano não foi imediata, pois Portugal interessava-se mais na carreira das Índias e nos lucros dela advindos.
II – Durante esse período de “abandono”, diversas expedições de reconhecimento e de proteção do território foram enviadas à América.
III – Portugal, França e Holanda foram parceiras no processo de colonização do território americano, dividindo igualitariamente entre si o território a ser explorado e povoado.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Resposta correta.
C. 
Apenas I e II.
3. 
André Thevet foi um dos cronistas responsáveis por registrar a chegada dos franceses em território americano. É a partir de seus relatos e de outros que se tem informações sobre a colônia francesa em território americano português, chamada de França Antártica.
Leia este trecho de sua obra “As singularidades da França Antártica”, escrita em 1556:
“Depois de permanecermos ali pelo espaço de dois meses, durante os quais procedemos ao exame de todas as ilhas e sítios da terra firme, batizou-se toda a região circunvizinha, que fora por nós descoberta, de França Antártica. Em seguida, o senhor de Villegagnon, para se garantir contra possíveis ataques de selvagens, que se ofendiam com extrema facilidade e também contra os portugueses, se estes alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da melhor maneira que pode.”
A partir do relato de Thevet sobre os indígenas ocupantes do território do Rio de Janeiro, é correto afirmar que o olhar francês sobre os nativos é marcado pelo:
Resposta correta.
D. 
etnocentrismo.
4. 
Os holandeses ocuparam parte do território português na América, fundaram uma colônia e permaneceram na capitania de Pernambuco entre 1630 e 1654. Sobre a invasão e a colonização holandesa, são feitas as seguintes afirmativas. Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
(  ) A exploração do território português na América pelos holandeses relaciona-se a dois eventos ocorridos no continente europeu: a União Ibérica e a guerra de independência dos Países Baixos.
(  ) O principal motivo que levou aos holandeses a se dedicarem à colonização da América não era de cunho econômico, mas sim religioso, a fim de angariar mais fiéis para o calvinismo.
(  ) Os holandeses entraram em conflito com os senhores de engenho luso-brasileiros porque eram contrários à utilização de mão de obra escrava indígena e africana. Os protestantes defendiam o trabalho assalariado.
( ) Maurício de Nassau foi responsável pela reorganização da economia açucareira em Pernambuco, financiando as plantações e a instalação de engenhos e aprimorando as cidades e a vida cultural.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses é:​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
V – F – F – V.
5. 
A invasão holandesa do território português na América e sua colonização não podem ser entendidas sem levar em consideração a história e a atuação da Companhia das Índias Ocidentais.
A seguir, leia o trecho que faz referência a esse órgão:
A Companhia das Índias Ocidentais foi criada como forma de __________ os interesses holandeses no mercado de _______________, que foi afetado após a ________________. Em um primeiro momento, Nassau pode ser considerado como um _____________ dos interesses da Companhia no território americano.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto é:
Resposta correta.
E. 
resguardar – açúcar e escravos – União Ibérica – defensor.
1. 
Os historiadores João Fragoso e Manolo Florentino são representantes de uma corrente historiográfica que vem procurando romper com alguns esquematismos da historiografia sobre a América portuguesa, que entende a história colonial por um viés economicista, e propiciar novas interpretações sobre a economia e a sociedade coloniais brasileiras. Uma de suas contribuições foi inserir a ideia do sistema de mercês ou economia do dom para entender a relação entre a colônia e metrópole. Leia o trecho abaixo, retirado da obra “Arcaísmo como projeto”:
"O sistema de mercês [ou economia do dom] [...] a Coroa continuamente criava e recriava uma hierarquia social fortemente desigual, baseada em privilégios. Uma consequência dessas práticas foi a formação de uma aristocracia constituída não tanto por grandes proprietários, como na Inglaterra e França, mas principalmente por beneficiários dos favores reais.”
De acordo com o trecho acima, e com seus conhecimentos sobre a economia e a sociedade coloniais, é possível afirmar que a relação entre a colônia e a metrópole, no sistema de mercês, se dava:
Resposta correta.
B. 
através da doação de terras na colônia e privilégios aos que desempenhassem funções e tarefas para a coroa portuguesa.
. 
Ao longo de três séculos, a administração da América portuguesa foi realizada por meio de diferentes cargos e instituições. No Dicionário do Brasil Colonial, o verbete “Administração” traz o seguinte texto:
“Outro aspecto enfatizado é a indiferenciação, típica do Antigo Regime, entre as atribuições executivas, legislativas e judiciárias. Enfatizou-se que os diversos órgãos da Coroa desempenhavam funções de natureza mista, a exemplo do Tribunal da Relação, órgão judiciário, porém encarregado de um sem-número de funções legislativas e executivas. Além disso, tem sido ressaltada a importância estratégica da sobreposição de atribuições e competências entre os vários órgãos e agentes administrativos como algo intrínseco ao funcionamento da administração colonial”.
Assinale a alternativa correta sobre a administração colonial:​​​​​​​
Você acertou!
A. 
A sobreposição de atribuições e competências entre os vários agentes e órgãos gerou, em muitos casos, conflitos e dificuldades administrativas para os colonos.
3. 
As Câmaras Municipais foram instituições fundamentais na administração colonial, exercendo, em âmbito local, diversas funções. Sobre essa instituição e suas características, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para verdadeiro e F para falso.
(  ) Por meio da ocupação de cargos na Câmara, a elite podia encaminhar suas demandas às demais esferas administrativas da colônia e da metrópole e defender seus interesses.
( ) As Câmaras eram espaços exclusivos para elaboração de leis e regimentos, que deveriam ser cumpridos pelos habitantes das municipalidades.
(  ) Os homens bons, ou seja, aqueles que podiam ser eleitos para os cargos camarários, eram aqueles que reuniam as condições para pertencer a certo estrato social, com distinções e privilégios.
(  ) Os ocupantes dos cargos camarários eram eleitos por voto direto de todos os habitantes homens da colônia, excetuando-se os africanos escravizados e os indígenas.
A ordem correta para o preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
V – F – V – F.
4. 
D. João III introduziu no Brasil as capitanias hereditárias, loteando o território que ia de Pernambuco ao Rio da Prata. Entre os anos de 1534 e 1536, foram editadas as primeiras cartas de doação, que entregaram 15 lotes a 12 donatários. Sobre as capitanias hereditárias, são feitas as seguintes afirmações:
I – Constituíram uma forma de administração colonial implementada por Portugal no Brasil, em uma experiência inédita.
II – Guardavam raízes no sistema medieval do senhorio, na concessão de domínios de terra a particulares para o desenvolvimento econômico.
III – Foram um empreendimento que, em um primeiro momento, foi realizado sem ônus para o Estado, ou seja, apenas com o capital privado.
Qual(is) afirmativa(s) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Apenas II e III.
5. 
Em 1548, o reiportuguês D. João III implementou uma modificação na administração colonial do Brasil, com a introdução do Governo Geral. Sobre a substituição do sistema de capitanias hereditárias e a criação do Governo-Geral, leia o texto a seguir:
Ao substituir o sistema de capitanias hereditárias pelo Governo-Geral, a Coroa portuguesa ___________ as capitanias hereditárias. Essa substituição se deveu _____________ dos donatários, o que levou ______________ da economia açucareira. Assim, o Governo-Geral tinha como objetivo a _____________________ político-administrativa da América portuguesa.
A alternativa que apresenta os termos corretos para o preenchimento das lacunas na ordem em que são apresentadas é:
Você acertou!
D. 
manteve – à falta de recursos – à decadência – centralização.
O objetivo do Governo-Geral era a centralização político-administrativa da América portuguesa, de forma a possibilitar melhores condições para donatários (as capitanias hereditárias não foram extintas) desenvolverem suas atividades econômicas, evitando o que ocorreu com o primeiro modelo de capitanias — ao depender apenas do capital privado, houve ausência de recursos e queda na produção açucareira.
1. 
A economia colonial da América portuguesa organizou-se a partir de demandas e necessidades específicas, em função dos principais produtos de exportação e das relações de comércio estabelecidas na triangulação Portugal-América-África. Sobre a economia colonial, são feitas as seguintes afirmações:
I. No que diz respeito à agricultura, era comercializado com a Europa somente o excedente de produção da economia interna, caracteristicamente de subsistência.
II. A economia interna desenvolvia-se somente a partir do extrativismo, pois toda e qualquer lavoura estava destinada às exportações.
III. O mercado externo da América portuguesa foi condicionado às demandas internacionais, por isso houve a introdução do cultivo da cana no território luso-americano.
Quais alternativas estão corretas?
Resposta correta.
C. 
Apenas III.
A economia colonial da América portuguesa teve uma dinâmica externa, voltada para a exportação de produtos agrícolas cultivados em latifúndios, com utilização de mão de obra escrava, a partir da demanda existente no mercado exterior. Isso fez com que se implementassem lavouras de cana-de-açúcar no Brasil, em função da alta aceitação do açúcar no mercado europeu. Já a economia interna era destinada à subsistência dos habitantes da colônia, com o emprego de práticas de cultivo e extrativistas, suprindo as demandas internas.
2. 
O extrativismo é uma forma de economia com características próprias, empregada pela coroa portuguesa em seu território colonial americano. Sobre esse processo, assinale V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmativas a seguir.
(  ) A primeira forma de economia desenvolvida na América portuguesa foi o extrativismo do pau-brasil, com intensa colonização do litoral.
(  ) A mão de obra indígena foi indispensável para a extração do pau-brasil no litoral da colônia.
(  ) Outros reinos, além de Portugal, possuíam interesse no pau-brasil e se dedicavam a extrair a madeira do território português na América.
(  ) As práticas extrativistas se limitaram à extração do pau-brasil no litoral brasileiro, já que nenhum outro produto colonial interessava comercialmente aos europeus.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
F – V – V – F.
O extrativismo foi a primeira forma de economia desenvolvida na América portuguesa, em um processo que não implicou a colonização do território, ocorrida somente décadas depois do início da exploração extrativista. A mão de obra indígena foi fundamental para essa prática econômica, e seu trabalho era “remunerado” por meio do escambo, em que trocavam o corte das árvores e o transporte até os navios por quinquilharias europeias. Além de Portugal, outros reinos se interessavam pelo pau-brasil, como a França, que chegou a ocupar o território português na América. Mas o pau-brasil não foi o único produto de interesse econômico: as “drogas do sertão” também foram exploradas de forma extrativista e comercializadas no mercado interno e externo.
3. 
Considerando-se os aspectos econômicos da América portuguesa, pode-se afirmar que a história da colônia Brasil é a história do açúcar, fonte de lucro para muitos e de escravização e exploração para outros. Sobre a economia açucareira, leia o texto a seguir:
A produção de açúcar na América portuguesa estava voltada para o mercado _________. O cultivo da cana se dava em _______________, com utilização majoritária do trabalho ______________, em um sistema de _______________.
A alternativa que apresenta o correto preenchimento das lacunas é:​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
externo – latifúndios – escravo – monocultura.
A produção açucareira era voltada para o mercado externo, dentro da lógica colonial das metrópoles europeias. O cultivo da cana era realizado em grandes latifúndios, por meio da monocultura, e, quando realizada por pequenos agricultores, estes estavam subjugados pelos senhores de engenho. A mão de obra era majoritariamente escravizada, ainda que estivessem presentes outras relações de trabalho.
4. 
A economia colonial da América portuguesa tinha o açúcar como seu principal produto de exportação, devido ao grande apreço que a sociedade europeia tinha por essa iguaria. O texto abaixo aborda uma das dimensões dessa prática econômica:
“A cultura do açúcar criou formas de viver peculiares, que moldaram suas construções. A família dilatada, resultante de um patriarcalismo poligâmico, acrescida por afilhados, agregados e compadres, gerou programas arquitetônicos extensos e complexos. As condições de reclusão quase monásticas das mulheres, em especial das moças solteiras, que viviam confinadas nas alcovas e nas cozinhas povoadas de escravas domésticas, marcariam muito as casas-grandes. A privacidade era imposta por meio de expedientes arquitetônicos, como os quartos sem janelas, os pátios internos e as varandas periféricas, que estabeleciam uma comunicação resguardada entre o exterior e o interior da casa. Também as capelas guardam testemunhos dessa segregação, como janelas de treliças separando a capela-mor de uma das sacristias, onde as filhas donzelas assistiam à missa sem ser notadas.”
Com base na leitura do texto e em seus conhecimentos sobre o período colonial da América portuguesa, é correto afirmar que:​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
a economia açucareira criou formas peculiares de configurações familiares, de habitação e de sociabilidade, além de reproduzir, dentro dos engenhos, hierarquias de gênero e hierarquias sociais mais amplas do que a dicotomia “senhor de engenho” e “escravizado”.
A economia açucareira, principalmente na materialidade do engenho, reproduziu hierarquias de gênero e hierarquias sociais que foram expressas nas configurações familiares, na arquitetura e nas formas de sociabilidade. A dicotomia “senhor de engenho” e “escravizado” não é suficiente para compreender as diversas dinâmicas e funções existentes dentro de um engenho, que também era habitado por mulheres e por trabalhadores livres assalariados, por exemplo.
5. 
Os altos lucros obtidos pelas elites coloniais e metropolitanas, além de pela Coroa portuguesa, levaram ao incremento da economia colonial do açúcar no Nordeste. Com esse objetivo, foram inseridos animais nas cadeias de produção. Sobre esse processo, são feitas as seguintes afirmações:
I. A pecuária foi responsável pela expansão territorial e ocupação do sertão nordestino, a partir dos regramentos estabelecidos para sua criação.
II. O gado era utilizado somente para alimentação, já que, como força de tração, não traria nenhum benefício à produção do açúcar.
III. Os cavalos, animais de origem americana, foram muito importantes para o transporte de cargas entre os engenhos e os portos localizados no litoral.
Quais afirmativas estão corretas?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
Apenas I.
A pecuária foi uma das práticas responsáveis pela interiorizaçãoe ocupação do território no Nordeste brasileiro. Isso porque o gado se deslocava em busca de pastagem, e sua criação foi regulamentada, devendo ocorrer a 80 quilômetros do litoral. O gado era utilizado no engenho, como força animal para a moagem da cana, e servia de alimento, com a produção da carne de sol. Os cavalos, ainda que fossem utilizados como meio de transporte, não eram de origem americana, tendo sido introduzidos no território por europeus.
1. 
Os indígenas, chamados pelos portugueses de “negros da terra”, foram utilizados como mão de obra no processo de colonização e exploração econômica da América portuguesa. Sobre esse fato, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para verdadeiro e F para falso:
(  ) Com a introdução da mão de obra africana escravizada, o trabalho compulsório dos indígenas foi extinto em todo o território colonial português.
(  ) No processo de escravização dos indígenas, os colonos se valeram dos conflitos intertribais pré-existentes e de expedições de apresamento.
(  ) Houve diversos conflitos de interesse entre colonos e jesuítas no que diz respeito à escravização dos indígenas, tendo a coroa portuguesa que mediar esses conflitos por meio de várias leis indigenistas.
(  ) Os aldeamentos foram formas de organização social criadas pelos indígenas para se proteger das investidas econômicas e religiosas dos colonos e dos padres.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Resposta correta.
C. 
F – V – V – F.
A ordem correta é: F – V – V – F.
No processo de escravização dos indígenas, os colonos aproveitaram-se dos conflitos existentes entre as etnias para utilizar como escravizados os inimigos de guerra capturados, em aliança com outros grupos étnicos. Os jesuítas criaram os aldeamentos como forma de exercer seu papel de missionários do catolicismo na colônia e, por sua postura de defesa dos indígenas contra a escravidão, entraram em confronto com os colonos, o que fez com que a coroa portuguesa mediasse esse conflito por meio da promulgação de leis. Com a introdução da mão de obra africana escravizada, não houve um abandono do trabalho compulsório dos indígenas. 
2. 
As novas tendências historiográficas têm ressignificado o papel dos indígenas no processo de colonização e expansão europeia na América. Leia o trecho abaixo, retirado do livro Negros da terra (1994), de John Monteiro:
“No dia de Natal de 1562, Martim Afonso Tibiriçá perdeu sua última batalha, sucumbindo a uma das doenças infecciosas que grassavam entre os habitantes indígenas do Brasil na época. De certo modo, a vida e a morte deste importante guerreiro e chefe tupiniquim espelharam a própria marcha da expansão europeia na capitania de São Vicente no século XVI. Muitos anos antes, ele já havia incorporado a seu grupo – como genro – o primeiro branco e assistira à rápida ascensão deste como influente líder de índios e portugueses. Na década de 1530, Tibiriçá consentira na formação de uma aliança com os estranhos, certamente tendo em vista a vantagem que esta lhe proporcionaria sobre seus inimigos tradicionais. Com a chegada dos primeiros jesuítas, no meio do século, autorizara a edificação de uma capela rústica dentro de sua aldeia e permitira que os padres convertessem seu povo, ele próprio sendo o primeiro catequizado. Os jesuítas, por sua vez, expressaram sua reverência por este índio considerado exemplar sepultando-o no interior da modesta igreja de São Paulo de Piratininga.”
De acordo com a leitura do trecho acima, podemos afirmar que​​​​​​​:
Você acertou!
D. 
existiram formas de interação entre indígenas e portugueses que evidenciam o protagonismo daqueles em processos de apropriação e negociação.
O trecho em questão evidencia que o encontro entre europeus e nativos americanos não pode ser compreendido somente por meio da lógica do aculturamento e do extermínio. Ainda que estivessem presentes, não foram as únicas formas de relacionamento estabelecidas entre essas duas culturas. Por exemplo, há no excerto referências das vantagens angariadas pelos indígenas ao se apropriarem de aspectos culturais dos europeus, como estratégias nos confrontos com outros grupos étnicos e no relacionamento com os jesuítas. Essa tem sido uma das principais inovações da historiografia indígena.
3. 
Ao chegar na América, um dos membros da esquadra de Cabral, Pero Vaz de Caminha, escreveu uma carta ao rei de Portugal narrando o episódio do “achamento” da terra e o que encontraram por ali. Leia um trecho dessa carta:
“Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. [...] Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.”
Levando-se em consideração o excerto acima e seus conhecimentos sobre a interação entre portugueses e indígenas, são feitas as seguintes afirmações:
I – O trecho evidencia que o único benefício buscado na exploração colonial da América era a conversão dos nativos.
II – O excerto da carta de Caminha mostra que a colonização está intrinsecamente relacionada a aspectos religiosos, não somente econômicos.
III – A salvação à qual Caminha faz referência diz respeito a evitar que o território seja ocupado por outras nações devido à riqueza das terras.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
Apenas II.
O excerto da carta de Caminha evidencia que havia interesses econômicos por parte dos portugueses, contudo, na impossibilidade de saber mais a esse respeito em uma primeira incursão, o contato com os indígenas demonstrou a potencialidade de se angariarem mais fiéis para a Igreja Católica. Isso evidencia que o processo de colonização tem relação intrínseca com o aspecto religioso de expansão da fé católica, e a “salvação” prometida aos nativos diz respeito à sua conversão ao catolicismo.
4. 
No período colonial, a relação entre os colonos e os jesuítas, durante o período em que estiveram na América portuguesa, foi conflitiva. A seguir, são citados alguns motivos para esses conflitos:
I – Os jesuítas se opunham à escravização dos indígenas, protegendo-os em aldeamentos.
II – A coroa portuguesa apoiava integralmente os colonos na escravização indígena.
III – Os confrontos entre colonos e jesuítas se davam pelas diferenças religiosas dos dois grupos.
Qual(is) está(ão) correto(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
A. 
Apenas I.
Os jesuítas se opunham à escravização dos indígenas e apresentavam argumentos de ordem moral para justificar a ilegitimidade do trabalho compulsório dos nativos. A coroa portuguesa assumiu um papel de mediadora desses conflitos, ora beneficiando os colonos, ora assumindo as determinações papais de extinguir a escravidão indígena. Os conflitos entre os dois grupos se davam por questões relacionadas à economia (mão de obra escravizada), não por aspectos religiosos.
5. 
A Companhia de Jesus foi criada no contexto das reformas religiosas ocorridas na Europa no século XVI. Subordinadas diretamente ao papa, seu objetivo era atrair, por meio da conversão, mais fiéis para a Igreja Católica. Leia o trecho baixo, que trata dessa ordenação:
Os métodos utilizados pelos jesuítas diferiram-se das demais ordenações porque, além da ação catequizadora, fundaram ______________. Houve alguns confrontos com os colonos, principalmente com os bandeirantes, porque, em relação aos indígenas, os jesuítas tinham uma opinião ______________ à escravidão. As atividades desenvolvidas na colônia geraram _________________ para a Companhia, e, durante as reformas pombalinas, a coroa portuguesa determinou a _______________ da Companhia de Jesus em suas possessões americanas.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto é:
Resposta correta.
C. 
colégios – contrária – enriquecimento – expulsão.
Como diferencial das demais ordenações religiosas enviadas àAmérica, os jesuítas tinham os colégios,em que educavam e catequizavam os colonos e os indígenas. Quanto ao primeiro grupo, as relações, por vezes, eram conflituosas devido à posição dos jesuítas contrária à escravidão. Os jesuítas angariaram muitos bens para a Companhia, principalmente terras, e, em função dos problemas com os colonos e com a coroa, foram expulsos do território português na América.
1. 
O território que viria a ser conquistado pelos portugueses era ocupado por diferentes nações indígenas, desde a Região Amazônica, passando pelo cerrado e pela faixa litorânea. Sobre os esses povos, são feitas as seguintes afirmações:
I – Eram todos pertencentes a dois grupos distintos, os tupis e os tapuias, uma divisão existente antes da chegada dos portugueses à América.
II – Na faixa litorânea, tinham relativa homogeneidade, sendo característica a ocupação dos tupis-guaranis.
III – Nos primeiros contatos, estabeleceram relações de escambo com os portugueses, trocando sua mão de obra por quinquilharias europeias.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas II e III.
Os indígenas que ocupavam o território da América portuguesa eram heterogêneos, ainda que, na faixa litorânea, predominassem as nações tupi-guarani, conferindo certa homogeneidade nessa região. Como forma de empreender a colonização, os portugueses classificaram os indígenas em dois grupos, os tupis e os tapuias, ou seja, tratou-se de uma divisão estabelecida após a conquista do território. As primeiras relações estabelecidas entre portugueses e indígenas foram por meio do escambo, em que trocavam sua mão de obra na extração do pau-brasil por quinquilharias europeias.
2. 
Jean de Léry foi um cronista francês que visitou a colônia francesa instalada no território da América portuguesa. Em 1556, publicou seu livro, Viagem à terra do Brasil, em que narra a seguinte experiência:
“[...] Apesar de nossos esforços, nossos intérpretes conseguiram negociar somente poucos prisioneiros. Eu acrescento que isso não foi do agrado do captor de quem eu comprei uma mulher e seu filho de dois anos [...] O vendedor índio disse-me: - Eu não sei o que vai acontecer no futuro, pois desde que (os brancos) chegaram aqui nós não temos comido nem a metade de nossos prisioneiros [...]”.
A qual aspecto da história da conquista e expansão europeia na América o trecho faz referência?
Resposta correta.
B. 
À comercialização de prisioneiros de guerras intertribais, em detrimento da prática dos rituais antropofágicos.
O trecho descrito por Jean de Léry faz referência à comercialização de indígenas prisioneiros de guerra em conflitos intertribais, que, em vez de serem submetidos aos rituais antropofágicos, tão importantes para vencedores e vencidos, eram vendidos aos europeus. Assim, não se trata de observações sobre os problemas de comunicação, as dificuldades de comercialização de escravizados ou a escassez de alimentos, e sim do aproveitamento de uma prática cultural dos indígenas em benefício da colonização.
3. 
Os primeiros colonos a se estabelecerem no território da América portuguesa reconheceram a importância que a guerra tinha nas relações intertribais e, dessa forma, aproveitaram-se dos conflitos entre os indígenas em benefício próprio. Assinale a alternativa que apresenta a vantagem de que os portugueses poderiam usufruir dos confrontos intertribais:
Resposta correta.
A. 
Suprimento de mão de obra.
Os colonos portugueses aproveitaram-se dos confrontos intertribais de forma a se apropriar dos prisioneiros de guerra como mão de obra escravizada. Assim, em vez de serem submetidos aos rituais de antropofagia característicos das nações ocupantes do litoral brasileiro, os indígenas prisioneiros eram comerciados com os colonos portugueses.
4. 
Ao contatarem os povos indígenas que ocupavam o litoral da América portuguesa, uma das práticas culturais que mais chocou os europeus foi o ritual da antropofagia. Leia o texto a seguir, que trata dessa prática:
“Depois de capturado pelos guerreiros, o inimigo era conduzido à aldeia pelas mulheres, onde, mais tarde, encontraria a morte em ritual que era marcado pela vingança e coragem. [...] O dia da execução era uma grande festa. No centro da aldeia, os índios, sobretudo as índias, se alvoroçavam. Os vizinhos também estavam convidados, todos provariam da carne do oponente. No ritual, homens, mulheres e crianças lembravam e vingavam-se pelos parentes mortos” (RAMINELLI, 2005, p. 27-29).
Sobre o tema tratado no texto e o contato entre indígenas e europeus, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
(  ) Os rituais antropofágicos estavam vinculados às guerras intertribais e eram considerados importantes tanto para vencedores como para vencidos.
(  ) O paulatino abandono dessa prática pelos indígenas é uma evidência do abandono da selvageria e do ingresso na civilização.
(  ) A antropofagia, além de uma prática cultural, era uma forma de lidar com o problema da fome existente durante o período colonial.
(  ) A comercialização dos prisioneiros de guerra, em vez da realização dos rituais antropofágicos, foi uma vantagem conseguida pelos colonizadores.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Resposta correta.
E. 
V – F – F – V.
Os rituais antropofágicos vinculavam-se às guerras intertribais, sendo importantes para os vencedores e para os vencidos. Entretanto, os julgamentos de civilização e barbárie eram elaborados a partir dos pontos de vista de cada um dos grupos étnicos, cabendo a nós compreender. A partir do momento em que os prisioneiros de guerra passaram a ser comercializados como escravizados, há uma vantagem para os colonizadores, que utilizam de dinâmicas próprias dos indígenas em prol da colonização. Contudo, a prática não era utilizada como forma de alimentação, e sim como um ritual.
5. 
Durante o período colonial brasileiro, uma série de personagens elaborou relatos sobre os povos indígenas que ocupavam o território da América portuguesa. O senhor de engenho Gabriel Soares de Souza foi um deles. Em 1587, escreveu um livro sobre o Brasil, do qual foi extraído o seguinte trecho:
“Faltam-lhes três letras das do abc, que são f, l, r grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm f, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adorem; nem nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade e nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm l na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra r na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai [sic]”.
A partir de seus conhecimentos sobre a organização social indígena, avalie as afirmações:
I – O escritor Gabriel Soares de Souza estava correto em relação aos indígenas, já que, por não terem a figura do rei, não apresentavam nenhuma organização social.
II – A visão de Gabriel Soares de Souza expressa nesse trecho evidencia o etnocentrismo, pois, por terem uma organização social distinta da europeia, esta não foi considerada.
III – A ausência de obediência familiar expressa por Gabriel Soares de Souza é um indício da forma como os indígenas se organizavam familiarmente.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
Apenas II.
A percepção de Gabriel Soares de Souza evidencia o olhar etnocêntrico dos europeus, que, por não encontrarem nos povos indígenas as mesmas formas de organização política, religiosa e social praticadas na Europa, desconsideraram as formas específicas empregadas pelos indígenas. Assim, sua narrativa despreza as organizações familiares e de alianças como forma de constituição social dos indígenas, assim como as figuras de liderança representadas pelos caciques ou pajés.1. 
O contato estabelecido entre os diferentes povos africanos e os portugueses não ocorreu sem confrontos, tendo havido uma série de dificuldades no processo de escravização. No Brasil, as relações dos escravizados com os senhores também não estavam isentas de conflitos. Leia as afirmações abaixo, que tratam da resistência escrava:
I – A única forma dos escravizados rebelarem-se era por meio da fuga e da formação de quilombos, já que o cotidiano era totalmente controlado pelos senhores e seus funcionários.
II – Houve formas sutis de resistência dos escravizados, como a diminuição do ritmo de trabalho, a simulação de doenças ou do feitiço dos senhores.
III – As resistências visavam a negociar questões relativas ao trabalho e ao descanso, e não necessariamente ao término da escravidão.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas II e III.
Os escravizados rebelaram-se de diferentes formas, algumas mais sutis, como reduzindo o ritmo do trabalho, outras mais radicais, como a fuga; algumas eram individuais, outras coletivas, como a formação dos quilombos. Além disso, muitas resistências eram formas de negociação com os senhores, como em relação às horas trabalhadas ou ao tempo de descanso, e não necessariamente um fim da situação do cativeiro.
2. 
Os versos abaixo foram escritos por Heinrich Heine, poeta alemão que viveu no século XVIII:
“Seiscentas peças barganhei:
– Que pechincha! – no Senegal
A carne é rija, os músculos de aço,
Boa liga do melhor metal.
Em troca dei só aguardente,
Contas, latão – um peso morto!
Eu ganho oitocentos por cento
Se a metade chegar ao porto.”
Sobre o poema acima, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas.
(  ) “Seiscentas peças” faz referência ao número de senegalenses comercializados e evidencia a coisificação dos africanos escravizados.
(  ) “Boa liga do melhor metal” é um verso que faz referência aos metais preciosos comercializados na África.
(  ) “Em troca dei só aguardente, contas, latão” exemplifica as relações de escambo praticadas entre os traficantes estrangeiros e africanos.
(  ) “Eu ganho oitocentos por cento se a metade chegar ao porto” fala sobre as dificuldades de transporte do interior do continente africano para o litoral, antes de serem embarcados.
A ordem correta do preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:​​​​​​​
Você acertou!
C. 
V – F – V – F.
Todo o poema faz referência à comercialização de senegalenses escravizados. O primeiro verso evidencia a objetificação dos africanos, tratados como “peças”. Quando o autor afirma “boa liga do melhor metal”, não se trata de metais preciosos, mas sim da qualidade daquele escravizado. Quanto às trocas estabelecidas nessa relação comercial, a aguardente, as miçangas e o latão tinham boa aceitação na troca pelos escravizados, assim como o fumo. Por fim, quando o autor diz “Eu ganho oitocentos por cento se a metade chegar ao porto”, ao mesmo tempo que evidencia as precárias condições do transporte dos navios negreiros, falando sobre possíveis mortes, explicita os lucros que seriam obtidos.
3. 
A escravidão africana e o tráfico de africanos escravizados estavam inseridos no comércio atlântico, em uma triangulação continental, envolvendo África, América e Europa. Da mesma forma, havia dinâmicas específicas ocorridas no continente africano em relação à escravidão. Sobre isso, no verbete “escravidão” do Dicionário do Brasil Colonial (VAINFAS, 2000, p. 206), tem-se o seguinte trecho:
“As novas pesquisas ampliaram as percepções sobre a complexidade da dinâmica interna da colônia no tocante ao fator trabalho, mas [...] pouco esclareceram sobre as condições que, no interior da África, permitiram o fornecimento de escravos durante longo tempo a custos relativamente baixos.”
Em relação às condições internas que permitiram a escravidão e o tráfico transatlântico, são feitas as seguintes afirmações:
I – Os impérios e reinos africanos tiveram papel-chave na captura e revenda de escravizados, transformando a escravidão anteriormente praticada no continente.
II – A prática da escravidão no continente africano foi uma herança dos povos islâmicos, que passaram a ocupar o continente com a expansão de diferentes nações árabes.
III – A “escravidão doméstica”, anteriormente praticada no continente africano, foi transformada qualitativa e quantitativamente a partir do contato com os europeus.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
Apenas I e III.
Novas investigações têm demonstrado que Portugal e demais metrópoles europeias valeram-se de dinâmicas próprias das sociedades africanas, que utilizavam a escravidão doméstica, e passaram a negociar os escravizados com impérios e reinos, incrementando quantitativamente os processos de captura e revenda. Essa dinâmica da escravidão doméstica existia antes da entrada de povos islâmicos no continente. O aumento quantitativo da escravidão se relaciona diretamente com a mercantilização dos africanos escravizados, utilizados como mão de obra barata no colonialismo europeu.
4. 
O Brasil foi o local que mais recebeu africanos escravizados ao longo de mais de três séculos de escravismo. Em relação aos cativos trazidos ao Brasil, é correto afirmar que:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
desempenhavam diferentes atividades produtivas na colônia, de acordo com a região e ao longo do tempo, mas foram a principal mão de obra do cultivo da cana-de-açúcar.
Os africanos trazidos escravizados para o Brasil desempenharam diferentes atividades produtivas. Foram a principal mão de obra no cultivo da cana-de-açúcar, mas não se dedicaram somente a atividades agrícolas, tendo trabalhado nas cidades, na mineração, e nas casas dos senhores. Isso demonstra que a escravidão mudou ao longo do tempo e de acordo com a região do Brasil. Juntamente ao trabalho dos africanos escravizados, havia outras relações de trabalho, como os trabalhadores livres, libertos, os indígenas escravizados, etc.
5. 
O historiador Stuart Schwartz, em sua obra Segredos internos (1988), estudou os canaviais e engenhos do Recôncavo Baiano bem como as relações entre os senhores e os escravizados. Leia o trecho abaixo, sobre as relações de trabalho nessa conjuntura:
“O elemento crucial na manufatura do açúcar foram os escravos. Suas condições de vida e trabalho são fundamentais para explicar a natureza da sociedade que se originou da economia açucareira. [...] No século XVII, muitos senhores do engenho aparentemente aceitavam a teoria da administração da escravaria mencionada por Antonil, segundo a qual os cativos necessitavam de três P, a saber: pau, pão e pano” (SCHWARTZ, 1988, p. 122). 
A respeito da citação acima, são feitas as seguintes afirmações:
I – Havia um confronto entre a postura dos senhores de engenho quanto aos cativos e o que defendia a Igreja Católica em relação aos africanos escravizados.
II – As condições de vida dos escravizados eram satisfatórias, já que eram os bens mais caros dos senhores de engenho.
III – Para muitos setores coloniais, os escravizados deveriam ser tratados com o básico para sua sobrevivência e castigados sempre que necessário.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
Você acertou!
C. 
Apenas III.
A citação explicita uma coincidência de perspectivas entre os senhores de engenho e a Igreja Católica no tratamento dos africanos escravizados. Suas condições de vida eram muito difíceis, como retrata a expressão “pau, pão e pano”, o que significa que recebiam apenas o suficiente para sua sobrevivência e eram castigados sempre que necessário.
1. 
Durante a Idade Moderna, os reinos europeus tinham
práticas econômicas específicas, diretamente relacionadas
​​​​​​​ao colonialismo. Leia o trecho a seguir, retirado da carta de
Pero Vaz de Caminha, escrita após a descoberta do território
americano pelos portugueses:
“Senhor [El-Rei D. Manuel], [...] E hoje que é sexta-feira, primeiro dia de maio, saímos em terra com nossa bandeira; e fomos desembarcar no rio acima [...] Até agora não podemos saber se há ouro ou prata nela,ou outra coisa de metal [....] Contudo a terra em si é de muitos bons ares, frescos e temperados como dos de Entre-Douro e Minho.”
Assinale a alternativa correta:​​​​​​​
Resposta correta.
D. 
A partir do trecho, deduz-se o interesse de Portugal em metais preciosos, o que está em conformidade com as práticas coloniais e mercantilistas, além da concepção metalista de riqueza.
O trecho da carta de Pero Vaz de Caminha evidencia o interesse de Portugal na exploração de ouro e outros metais preciosos, o que está de acordo com o metalismo vigente na Europa no início da Idade Moderna, ou seja, de que as riquezas provêm na quantidade de metais preciosos acumulados. Além disso, a exploração dos territórios coloniais na busca de ouro está inserida na lógica colonial e mercantilista, práticas econômicas desenvolvidas pelos Estados europeus no período.
2. 
As práticas bandeirantistas, durante muito tempo, foram narradas
de forma épica e heroica para a criação de uma identidade coletiva, baseada nos valores da coragem e do voluntarismo. Contudo, os relatos da época e os trabalhos historiográficos mais recentes têm desmistificado essa imagem das bandeiras e dos bandeirantes.  Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.
(  ) Uma das funções das bandeiras era o apresamento de indígenas
e sua comercialização como escravizados, evidenciando que essas missões não eram apenas exploratórias do território.
(  ) As bandeiras foram grupos originalmente constituídos para a destruição dos quilombos e a captura dos africanos e afro-brasileiros fugidos; posteriormente, devido ao seu sucesso, tornaram-se tropas de aprisionamento indígena.
(  ) Os bandeirantes eram jesuítas que, em suas marchas pelo sertão da colônia, buscavam indígenas para serem aldeados e, dessa forma, convertidos à religião católica, aumentando o número de fiéis na conjuntura da Reforma Religiosa.
(  ) As práticas bandeirantistas foram responsáveis pela ampliação do território da América portuguesa, e, na expansão territorial, houve uma série de conflitos com a Coroa espanhola em relação à posse da terra e à soberania.
A ordem correta é:
Resposta correta.
E. 
V – F – F – V.
As desmistificações das bandeiras e dos bandeirantes implicaram no desvelamento das práticas de aprisionamento de indígenas e, muitas vezes, em seu extermínio. As bandeiras foram criadas de forma a possibilitar a captura de nativos para sua escravização, e, com seu sucesso, muitos bandeirantes foram contratados para destruir quilombos e capturar fugidos, mas esse não foi o motivo original de sua criação. Além disso, as bandeiras não tinham como objetivo principal a conversão dos indígenas, ou seja, um motivo religioso, e sim econômico. Por fim, as entradas realizadas no sertão colonial permitiram a expansão territorial de Portugal na América, o que levou a conflitos com a Espanha, em virtude do desrespeito às delimitações impostas pelo Tratado de Tordesilhas.
3. 
O poeta Claudio Manoel da Costa (1729-1789) escreveu, entre os anos de 1769 e 1773, o poema Vila Rica, como era chamada à época a atual cidade de Ouro Preto. Leia os versos a seguir, retirados desse poema:
“Vê os Pires, Camargos e Pedrosos,
Alvarengas, Godóis, Cabrais, Cardosos,
Lemos, Toledos, Pais, Guerras, Furtados,
e outros que, heróis assinalados
se fizeram no arrojo das conquistas.
​​​​​​​Ó sempre grandes e imortais paulistas!”
Sobre o poema e o contexto histórico ao qual faz referência, são feitas as seguintes afirmações:
I – Os sobrenomes elencados no poema fazem referência aos indígenas, que resistiram heroicamente às investidas dos bandeirantes em seus territórios.
II – “Fazer-se no arrojo das conquistas" diz respeito aos benefícios econômicos e simbólicos que certos homens obtiveram ao se dedicarem à realização das bandeiras.
III – “Ó sempre grandes e imortais paulistas!” é um verso de ufanismo em relação aos “paulistas”, nomenclatura também utilizada para se referir aos bandeirantes.
Qual(is) está(ão) correta(s)?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas II e III.
Os nomes citados no poema fazem referência aos paulistas, ou, mais especificamente, àqueles que se dedicaram à prática das bandeiras. Essas incursões nos territórios indígenas, seja para aprisionamento de cativos, seja para conquistas territoriais, geravam benefícios econômicos e sociais para os bandeirantes, pois eles desempenhavam atividades valoradas naquela conjuntura. Por isso, o último verso os trata com heroísmo e ufanismo, destacando sua importância para a riqueza da sociedade do Centro-Oeste e do Sudeste coloniais.
4. 
O jesuíta italiano André João Antonil, em sua obra Cultura e opulência do Brasil, escrita em 1711, assim descreveu, no aspecto social, a descoberta de ouro na região das Minas:
“Cada ano, vêm nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas e recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos [...]”.
Com a mineração, houve significativas mudanças na estrutura econômica e social da América portuguesa no século XVIII. Assinale a alternativa que evidencia, respectivamente, uma transformação no aspecto econômico e social:
Resposta correta.
A. 
O deslocamento do eixo comercial exportador do Nordeste açucareiro para o Sudeste minerador e uma complexificação da estrutura e hierarquia sociais.
A sociedade colonial brasileira do século XVIII passou por significativas transformações em decorrência da descoberta de metais preciosos nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste brasileiras. Do ponto de vista econômico, pode-se destacar o deslocamento do eixo comercial exportador do Nordeste, produtor de açúcar, para o Sudeste, em virtude da queda de preços de exportação em decorrência da competitividade internacional. E, do ponto de vista social, houve complexificação da estrutura e da hierarquia sociais, pois foram criados ofícios, e escravizados puderam comprar suas alforrias, consolidando um estrato de libertos, etc.
5. 
A descoberta de metais preciosos na América portuguesa no século XVIII ocorreu em um momento em que Portugal atravessava uma grave crise econômica. Para controlar a exploração de ouro na colônia e evitar a sonegação de impostos e o contrabando, uma série de medidas foi tomada pela Coroa. Sobre esse tema, assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.
(  ) A Igreja Católica foi a principal instituição a coibir a sonegação e o contrabando, já que o lucro e a usura eram considerados pecados, e a maioria da população era católica.
(  ) A Coroa criou diferentes impostos e obrigou os mineradores a utilizarem suas casas de fundição para, dessa forma, evitar que burlassem o fisco.
(  ) A concessão do monopólio de exploração do ouro para os paulistas gerou revolta nos grupos que recém haviam chegado à região das Minas, conhecida como Guerra dos Emboabas.
(  ) A extração do ouro e as práticas econômicas correlatas, como a agricultura de subsistência e o tráfico de africanos escravizados, extinguiram a produção açucareira no Nordeste.
A ordem correta é:
Resposta correta.
A. 
F – V – F – F.
A Coroa portuguesa desenvolveu inúmeras estratégias para coibir o contrabando e a sonegação de impostos em relação à mineração, ainda que não tivessem se validado da prática monopolista. Mesmo que a maioria da população fosse católica, e o lucro e a usura fossem considerados pecados, isso não abalava os interesses econômicos de diversos setores da sociedade. Assim, foram instituídos impostos, e os produtores foram obrigados a fundir o metal em casas de fundição da Coroa, para a tributação.
1. 
As práticas religiosas no Brasil têm suas especificidades, que podem ser explicadas pelas características de sua formação social desde o período colonial.
A seguir, leia o texto escrito pela historiadora Mary del Priore:
“Quem toma a estrada BR 166 no trecho que liga oRio de Janeiro à Bahia encontra, na altura do quilômetro 90, a Santinha da Serra: escondida no meio da exuberante Mata Atlântica que cobre a Serra dos Órgãos, perto de uma cascata, uma ermida singela abriga uma imagem de Nossa Senhora com estrela na testa e véu azul. Maria ou Iansã? As duas... A seus pés, velas coloridas e círios brancos, gamelas de barro com despachos, ex-votos de madeira narrando episódios milagrosos ocorridos na estrada. Nas mãos, flores de plástico, amuletos e terços.”
A partir do texto apresentado e sobre as práticas religiosas no Brasil durante o período colonial, é correto afirmar que estas se caracterizam:​​​​​​​
Resposta correta.
B. 
pelo sincretismo entre a religião católica e as religiosidades africanas, além das contribuições indígenas.
O relato da Santinha da Serra evidencia o sincretismo entre a religião católica e as religiosidades africanas e indígenas. Demonstra também que, assim como a cultura, a religião não é estática e sofre transformações ao longo do tempo. Por isso, não se pode falar em aculturação, mas em apropriações e ressignificações, em virtude de interesses conjunturais e necessidades específicas, como aconteceu no período colonial. O catolicismo era a única religião permitida na Colônia, ainda que a maioria da população não fosse europeia e católica, e mesmo com a proibição de outros cultos e a perseguição de seus praticantes pela Inquisição, houve resistência e certas práticas religiosas continuaram ocorrendo na colônia.
2. 
A Igreja Católica teve um papel muito importante no processo de colonização da América Portuguesa. Em relação ao catolicismo e às populações nativas, são feitas as seguintes afirmações:
I. No processo de colonização, o catolicismo era visto como símbolo civilizacional, enquanto os indígenas eram considerados bestiais e selvagens.
II. A principal ordem dedicada à catequese dos indígenas foi a Companhia de Jesus, pelo trabalho nos aldeamentos.
III. Os jesuítas acreditavam que era necessário preservar as práticas culturais e religiosas dos indígenas, como os rituais canibais e a nudez, como forma de melhor catequizá-los.
Quais estão corretas?​​​​​​​
Você acertou!
D. 
Apenas I e II.
A Igreja Católica desempenhou um importante papel no processo de colonização da América, ao difundir a fé cristã entre a população nativa. Essa difusão não foi apenas religiosa, mas também comportamental e moral, já que os cristãos se viam como disseminadores da civilização para esses povos, considerados “bárbaros”.
A Companhia de Jesus foi a principal ordem dedicada à catequese dos indígenas, atuando nos aldeamentos. Ainda que essa ordem permitisse certo sincretismo, como o respeito às danças e à língua, bania a nudez e as práticas antropofágicas.
3. 
As práticas religiosas durante o período colonial eram múltiplas, ainda que houvesse uma primazia da Igreja Católica, como parte do processo de colonização da América Portuguesa.
Sobre o catolicismo e a sociedade colonial, são feitas as seguintes afirmações. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
(  ) A Igreja Católica desempenhou um importante papel na colonização pela difusão da fé católica e cristianização dos indígenas, contribuindo para certas características da sociedade colonial.
(  ) As iniciativas da Igreja Católica de perseguir e reprimir outras religiões e cultos, por meio do Tribunal do Santo Ofício, limitaram-se à Europa, não atingindo a América Portuguesa.
(  ) As escolas e os colégios jesuítas e os sermões escritos por religiosos podem ser considerados, respectivamente, espaços de difusão da arte e da cultura e exemplos de uma literatura colonial.
(  ) Os interesses dos colonos e dos jesuítas eram similares em relação aos indígenas, o que fez com que esses grupos tivessem uma excelente relação durante o período colonial da América Portuguesa.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses é:​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
V – F – V – F.
Ao difundir o catolicismo na América Portuguesa, a Igreja Católica também contribuiu para a conformação de algumas características da sociedade colonial.
Com relação ao Tribunal do Santo Ofício, atuou no Brasil perseguindo e reprimindo os praticantes de outras religiões e cultos, reafirmando a presença do catolicismo.
Os jesuítas, a principal ordem religiosa católica a desempenhar funções na colônia, também foram difusores de aspectos artísticos, culturais e literários, em suas escolas e colégios, e os sermões de seus religiosos podem ser considerados parte da literatura brasileira. Contudo, a atuação dos jesuítas não se deu sem resistências ou confrontos com os interesses dos colonos, e a escravização dos indígenas foi um dos maiores pontos de divergência entre os religiosos, que a entendiam como uma limitação à prática catequética, e os colonos, que viam a mão de obra indígena limitada.
4. 
As irmandades foram importantes instituições, com múltiplas funções, atingindo seu ápice no século XVIII e primeiras décadas do século XIX, disseminando-se por todo o território colonial.
A seguir, leia o texto escrito pelo historiador Fabio Kuhn:
“Se as irmandades do Santíssimo impediam o acesso dos ‘homens de cor’ aos seus quadros, diversa era a situação quando tratamos das irmandades dedicadas à Nossa Senhora do Rosário. Nessas confrarias, brancos, pardos e negros conviviam lado a lado, tornando-se irmãos na devoção a este orago de grande popularidade.”
A partir do fragmento de texto e do conhecimento sobre as irmandades no período colonial, são feitas as seguintes afirmações:
I. Existiam irmandades de todas as religiões, católica, judaica e protestante, o que é uma evidência da diversidade e da tolerância religiosas do período colonial.
II. Além do caráter religioso, as irmandades tinham funções assistencialistas entre seus membros e eram espaços de sociabilidade de estratos sociais.
III. As irmandades dos “homens de cor” tinham especial atenção da administração colonial, pela possibilidade de rebelião e resistência de escravizados.
Quais estão corretas?​​​​​​​
Resposta correta.
E. 
Apenas II e III.
As irmandades eram instituições católicas que, além de funções religiosas, desempenhavam também funções assistencialistas. Não houve espaço para outras religiões na colônia lusitana, que reproduzia nos territórios ultramarinos o catolicismo do reino.
Nas irmandades se formaram importantes redes de sociabilidade, principalmente para grupos que não tinham outros locais para trocas, como africanos ou afro-brasileiros livres ou escravizados. Por isso, pode-se dizer que as irmandades dos “homens de cor” tinham uma maior atenção da administração colonial, por congregarem indivíduos que eram vistos como potencialmente perigosos.
5. 
As manifestações artísticas e culturais da América Portuguesa ficaram registradas na arquitetura, na escultura e na literatura produzidas durante o período colonial.
A seguir, analise as informações que tratam da arte e da cultura colonial e julgue cada uma com V para verdadeiro e F para falso.
(  ) Os artistas e os escritores coloniais pertenciam aos estratos mais altos da sociedade, pois apenas esses grupos frequentavam academias, escolas, colégios e irmandades, espaços de difusão da arte.
(  ) Os debates sobre a literatura brasileira durante o período colonial levam em consideração, além do local de nascimento do autor, o local de produção e a língua em que foi escrita, problematizando a noção de “literatura nacional”.
(  ) A poesia e a prosa do período colonial tinham apenas temáticas bucólicas e religiosas, deixando de lado questões políticas e críticas sociais.
(  ) Aleijadinho, um dos maiores escultores do período colonial, pertencia à elite da sociedade mineradora e utilizava os lucros obtidos no sistema mercantil para desenvolver sua arte.
Marque a alternativa que apresenta a ordem correta de preenchimento dos parênteses.​​​​​​​
Resposta correta.
C. 
V – V – F – F.
A arte e a cultura desenvolvidas na América Portuguesa tiveram origem na tensão entre as correntes europeias e as influências africana e indígena, ou, em outras palavras,entre a influência europeia e as dinâmicas locais. Assim, uma das discussões mais importantes quando se fala em “literatura brasileira” é levar em consideração, para o período, aspectos como a naturalidade, a língua e o local de nascimento de seus autores. Esses artistas nem sempre pertenciam aos mais altos estratos da sociedade, sendo alguns não brancos. Na poesia e na prosa coloniais, diversos temas foram abordados, inclusive os políticos, como forma de manifestar contradição à administração colonial ou à hipocrisia social. Por fim, em se tratando de Aleijadinho, ele foi um descendente de escravizados que, por meio de grupos de ajuda mútua, conseguiu desenvolver sua arte.
1. 
Apesar de o movimento iluminista criticar as bases do absolutismo, muitos monarcas promoveram reformas modernizantes em seus governos. Tomando como referência o caso de Portugal, assinale a alternativa que melhor explica o que foi o despotismo esclarecido.
Resposta correta.
E. 
Conjunto de medidas econômicas, administrativas e educacionais que buscavam modernizar o governo, ainda que de forma controlada e sem necessariamente atender às reivindicações da população.
O despotismo esclarecido não visava a acabar com o absolutismo, mas conciliar as reformas e preservar a ordem social e o absolutismo monárquico. No caso de Portugal, por mais que Pombal tenha adotado algumas medidas liberais, o governo de D. José I continuou sendo absolutista. As medidas modernizantes eram aplicadas à economia, à administração e ao sistema educacional. Todas essas medidas se estendiam também às colônias portuguesas, tendo grande impacto na administração colonial. As reformas eram feitas sem que houvesse participação popular, sendo considerados os interesses da nobreza e da burguesia.
2. 
Em Portugal, a primeira metade do século XVIII foi marcada pela crise econômica. Analise as afirmativas que dizem respeito aos motivos devido aos quais a economia portuguesa enfrentava um momento tão delicado.
I) As disputas entre França, Inglaterra e Holanda afetaram a economia portuguesa, uma vez que Portugal era dependente da Inglaterra, que tinha como principal rival a França.
II) A queda na arrecadação de impostos relacionados à produção aurífera foi um dos pontos mais sensíveis da crise econômica portuguesa.
III) Os processos de independência das colônias espanholas afetaram, ainda que indiretamente, a economia portuguesa, pois o comércio intercolonial foi interrompido.
IV) O Pacto Colonial foi encerrado, uma vez que o monopólio do comércio não garantia boa receita para os cofres portugueses por incentivarem o contrabando e a sonegação de impostos.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Resposta correta.
A. 
I e II.
Portugal enfrentava a concorrência de outras potências europeias que disputavam os domínios coloniais, e a economia portuguesa era dependente das riquezas coloniais, especialmente da produção de ouro, que declinou a partir de meados do século XVIII. Os processos de emancipação da América espanhola se deram no início do século XIX, não tendo relação com o contexto da crise portuguesa do século XVIII. O Pacto Colonial visava a fortalecer a economia portuguesa por meio da relação de exclusividade estabelecida entre a colônia e a metrópole.
3. 
Na segunda metade do século XVIII, Marquês de Pombal adotou diversas medidas para tentar superar a grave crise que atingia a economia portuguesa. Sobre a administração pombalina, analise as afirmações a seguir.
I) Para promover a centralização político-administrativa da colônia, Pombal contou com a ajuda dos jesuítas, que atuavam principalmente na administração dos territórios fronteiriços.
II) As Casas de Inspeção do Tabaco e do Açúcar foram criadas para facilitar a exportação desses produtos, bem como assegurar a qualidade deles.
III) Para garantir a cobrança dos impostos na América portuguesa e combater a sonegação e o contrabando, foi criado o Real Erário.
IV) As companhias de comércio do Grão-Pará e Maranhão e de Pernambuco e Paraíba foram criadas para que os colonos pudessem comercializar com mais autonomia em relação à Coroa.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Resposta correta.
B. 
II e III.
As medidas adotadas por Pombal visavam a reforçar o controle sobre a colônia portuguesa na América. Os jesuítas atuavam principalmente na educação e na catequização dos indígenas e colonos e foram expulsos dos territórios portugueses, pois atuavam de forma autônoma com relação à Coroa portuguesa, sendo considerados um risco para a centralização do poder real. O principal objetivo da criação da Casa de Inspeção do Tabaco e do Açúcar era solucionar dificuldades na exportação desses produtos e fiscalizar o peso e a qualidade dos rolos do tabaco e das caixas de açúcar. Já o Real Erário, ou Erário Régio, atuava na fiscalização das contas públicas, garantia na centralização e eficácia na cobrança de impostos, tentava impedir as sonegações e evitava o contrabando. Buscando ampliar o controle sobre as regiões do Norte e Nordeste, foram criadas as companhias de comércio do Grão-Pará e Maranhão e de Pernambuco e Paraíba. Dessa forma, o comércio passou a ser atividade exclusiva dos portugueses, retirando a autonomia dos colonos.
1. 
A economia portuguesa passava por uma crise financeira no final do século XVII quando o ouro foi descoberto na região de Minas Gerais, trazendo certo alívio para os cofres de Portugal.
Sobre os motivos que provocaram a crise econômica portuguesa, no final do século XVII e início do século XVIII, é correto afirmar que:
Resposta correta.
C. 
a queda no preço internacional do açúcar, que passou a sofrer com a concorrência do açúcar produzido pelos holandeses nas Antilhas. Além disso, Portugal tivera muitos gastos nas décadas anteriores para se libertar do domínio espanhol e também para expulsar os holandeses do Nordeste.
A abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal acontece após a chegada da família real ao Brasil, em 1808. A instalação de manufaturas na colônia fez parte de um conjunto de medidas adotadas pelo Marquês de Pombal, a partir de 1750. Antes disso, não era permitido ter manufaturas na colônia. O declínio do tráfico de escravos e a substituição da mão de obra escrava pela imigrante ocorreram a partir de 1850, com a promulgação da Lei Euzébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos para o Brasil. As revoltas nativistas não tinham quase nenhum objetivo em comum, e nenhuma das revoltas pretendia romper com Portugal, visto que a primeira manifestação colonial no sentido de tornar a colônia independente foi a Inconfidência Mineira. A crise portuguesa se verifica pela queda no preço do açúcar, promovida após a expulsão dos holandeses do Nordeste, quando estes passaram a produzir açúcar nas ilhas da América Central. Além disso, o fim da União Ibérica e a luta para expulsão dos holandeses geraram muitas despesas para os cofres portugueses.
Observe os dados relativos à produção aurífera no Brasil do século XVIII e analise as afirmativas a seguir: I) A arrecadação de ouro cresceu de forma exponencial até a primeira metade do século XVIII, no entanto, logo na década seguinte a arrecadação decaiu até atingir níveis semelhantes aos do início do século.
II) O aumento progressivo da produção de ouro até a década de 1740 se deve, entre outros fatores, ao afluxo de pessoas para a região de Minas Gerais, principalmente de escravos, que foram deslocados do Nordeste para a região Centro-Sul.
III) A queda acentuada na produção do ouro, a partir de 1750, se deve ao fato de terem sido iniciadas as plantações de café na região do Vale do Paraíba, produto de grande apreço no mercado internacional e que gerou concorrência com a produção do ouro.
IV) Dois fatores contribuíram para a queda na produção aurífera: os desvios e os contrabandos promovidos pela população e o desgaste natural dos veios auríferos.
Estão corretas as afirmativas:
Resposta correta.
B. 
I, II e IV.
A tabela deixa claro que até 1749 houve o crescimento progressivo na produção de ouro e que após 1750 a produção entrou em

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