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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS – CC/2002 Importante ressaltar que o “terceiro” no processo civil não é parte, porém ingressa na relação processual, e é determinado por “exclusão”. Em todo processo, além do Estado e das partes, poderá haver os terceiros. No titulo III do CPC/2015 começa a Intervenção de Terceiros No art. 119 do CPC/15, o código utiliza o verbo “assistir” como transitivo direito: “assistir” no sentido de ajudar. E o interesse do terceiro não deve ser um qualquer, deve ser qualificado (Terceiro juridicamente interessado). A doutrina diz que há interesse jurídico em dois casos 1) quando o terceiro é sujeito da relação jurídica deduzida no processo; e 2) quando o terceiro é sujeito de relação jurídica subordinada, dependente ou conexa à relação deduzida no processo. Logo, ele intervém no processo para ajudar uma das partes; e admitida a assistência o envolvido terá 15 dias para se manifestar nos autos de acordo com o art. 120 do CPC/15, e caso alguém alegue que o requente não possui interesse para a intervenção o juiz decidirá o assunto sem a suspensão do processo (art. 120, parágrafo único). A Sessão II do Código traz a assistência simples, iniciando-se no art. 121. A assistência simples “tem cabimento sempre que o assistente mantiver relação jurídica com o seu assistido (p. ex: alienação de ibjeto litigioso). O assistente atua como auxiliar da parte principal, embora com os mesmos poderes e sujeitando-se aos mesmos ônus do assistido. No caso de revelia, segue ele como substituto processual da parte. Por não ser o titular do direito não pode simples obstar atos de disposição de direitos (materiais e processuais) da parte assistida. (MATOS, C. E. F. D. Coleção sinopses jurídicas - processo civil - teoria geral do processo e processo de conhecimento. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 – biblioteca digital uninove) O art. 123 não traz no caput qual assistente estará sujeito àqueles efeitos. E sim que, o assistente não poderá após o trânsito em julgado discutir a justiça da decisão, salvo se interveio num momento em que já não era mais possível interferir decisivamente no resultado (situação do inciso I), ou se houve o que a doutrina chama de “má gestão processual”, o assistido perde propositadamente, por exemplo. (situação do inciso II); A Sessão III, inicia-se com o art. 124 que trata da assistência litisconsorcial; o assistente que mantiver relação jurídica com o adversário do assistido será considerado litisconsorte. (MATOS, C. E. F. D. Coleção sinopses jurídicas - processo civil - teoria geral do processo e processo de conhecimento. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 – biblioteca digital uninove) Entrando no capitulo II do CPC/15, abre-se os artigos referente a denunciação da lide. Iniciando com o art. 125, caput, que deixa explicito que a denunciação pode ser promovida por qualquer das partes, querendo a mesma. Os dois incisos do art. trazem as hipóteses de quando é cabível a denunciação da lide. E, caso não seja possível a denunciação da lide, ou, a parte não quis requerer, caberá, ainda, ação autônoma. Respeitando, assim, a garantia fundamental de jurisdição. (§1). Além disso, o código parece quere evitar o tumulto processual, quando deixa claro que se admite uma única denunciação sucessiva promovida pelo denunciado (§2). Quem for requerer a denunciação da lide terá que qualificar o denunciado para fins citatórios devendo ser realizado na forma e nos prazos do artigo 130 CPC/15 (Art. 126 CPC/15). Os procedimentos para o autor constam no art. 127 e para o réu no art. 128 CPC/15. Por força do chamamento ao processo, surge o “chamador” e o “chamado” um litisconsórcio (Capitulo III CPC/15). Quando proferir sentença, o juiz condenará ambos em beneficio do autor. O chamamento ao processo é diferente da denunciação da lide. “É a modalidade de intervenção de terceiros exclusiva do réu, na este qual traz aos autos os demais coobrigados pela divida objeto da demanda, para obtenção desde logo de condenação regressiva que lhe possibilite executa-los pelo que for obrigado em sentença pagar” (MATOS, C. E. F. D. Coleção sinopses jurídicas - processo civil - teoria geral do processo e processo de conhecimento. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 – biblioteca digital uninove) O Art. 130 deixa explicito que o chamamento ao processo é exclusivo ao réu, trazendo em seus incisos as hipóteses. A citação dos chamados será requerida pelo próprio chamador (réu) e deve ser promovida no prazo de 30 dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento (art. 131), e a sentença de procedência terá eficácia como título executivo em favor do réu que satisfazer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocas – art. 132. Capitulo IV – Do incidente de desconsideração da personalidade jurídica. Quando há uma sociedade, o patrimônio da mesma é distinto dos sócios, dessa forma, caso a empresa contraia uma divida ela será cobrada de acordo com o patrimônio da sociedade. Entretanto, em casos que não há mais bens na empresa, pode ocorrer a desconsideração da personalidade jurídica, na qual é afastada a autonomia patrimonial da empresa e as dividas são cobradas através dos sócios. Isso é previsto a partir do artigo 133 a 137 do CPC/15. Doutrinariamente “Visa a estender os efeitos patrimoniais de uma sentença condenatória a terceiros estranhos à lide. Pode ser direita, quando o interessado pretende afastar a responsabilidade da pessoa jurídica, para atingir o patrimônio dos seus sócios, ou inversa, quando se pretende atingir o patrimônio da pessoa jurídica, porque o socio não possui patrimônio pessoal, para evitar sua responsabilidade patrimonial” (MATOS, C. E. F. D. Coleção sinopses jurídicas - processo civil - teoria geral do processo e processo de conhecimento. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 – biblioteca digital uninove) E, por fim, no capítulo V, art. 138, o código traz a possibilidade do Amicus Curiae. O “Amigo da corte” é o terceiro que funcionará como um auxiliar do juiz no momento de proferir a decisão. “Quando, por força da relevância da matéria versada, da especificidade do tema objeto da demanda ou da repercussão social da controvérsia, é admitida no processo a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada e com representatividade adequada” (MATOS, C. E. F. D. Coleção sinopses jurídicas - processo civil - teoria geral do processo e processo de conhecimento. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 – biblioteca digital uninove)
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