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ROTEIRO DE LEITURA O UragUai – BasíliO da gama 1 O URAGUAI – BASÍLIO DA GAMA O AUTOR • Basílio da gama (1741-1795). • aos 16 anos ingressa na Companhia de Jesus, permanecendo até 1760. • Vai para a itália, onde participa da arcádia romana, sob o pseudônimo de Termindo sipílio. • 1768: preso em Portugal por decreto do marquês de Pombal. • 1769: escreve “Epitalâmio da excelentíssima senhora dona Maria Amália”, para a filha de Pombal, e “O Uraguai”. CARACTERÍSTICAS DA OBRA • Pertencente ao arcadismo ou Neoclassicismo ou Pré-romantismo. • Fundo filosófico iluminista. • Elogio à politica pombalina. • Uso de notas explicativas que fazem parte do texto. • Na temática o livro também foge ao modelo épico quando suaviza os atos heroicos da guerra. • descrição das paisagens naturais, bucolismo, o campo. • racionalidade europeia X primitivismo do índio. • Exaltação ao índio. indianismo. Pré-romantismo. • O Uraguai tem 1377 versos brancos (sem rimas), sem estrofação regular, divididos em cinco cantos, tais características diferem do modelo camoniano. APRESENTAÇÃO • Pelo Tratado de Madri, firmado entre Portugal e Espanha, em 1750, a Colônia dos sete Povos das missões do Uruguai, pertencente à Espanha, deveria passar a ser de Portugal, que, como contrapartida, cederia à Espanha sua Colônia do santíssimo sacramento. • 1752: gomes Freire de andrade, Conde de Bobadela, comanda as tropas que guerrearam até 1756, sem o sucesso esperado, contra os jesuítas e índios que se encontravam nos sete povos das missões. • louvação ao marquês de Pombal e sua família. • 1755: Terremoto de lisboa, reconstruída pelo marquês de Pombal. DEDICATÓRIA E EPÍGRAFE • “at specus, et Caci detecta apparuit ingens • regia, et umbrosae penitus patuere cavernae.” • “mas a caverna, e o imenso reino de Caco apareceu descoberto, e o sombrio inferno se abriu por completo”. • Dedicatória: Ao Conde de Oeiras, futuro marquês de Pombal. ENREDO E PERSONAGENS • general gomes Freire de andrade (chefe das tropas portuguesas). • general Catâneo (chefe das tropas espanholas). • Cacambo (chefe indígena). • Lindóia (esposa de Cacambo); Tanajura (indígena feiticeira). • Caitutu (guerreiro indígena; irmão de Lindóia). • Sepé Tiarajú (guerreiro índio); • Balda (jesuíta administrador de sete Povos das missões). • Baldeta (protegido de Balda.): índio mestiço com europeu. Nome: _________________________________________________ N.º: ___________ série: 3.ª Turma: _________ Turno: _________ Unidade: BJ ___________________ ROTEIRO DE LEITURA 2 O UragUai – BasíliO da gama CANTO I • a obra é dedicada a Francisco Xavier de mendonça Furtado, irmão do futuro marquês de Pombal. • gomes Freire de andrade aguarda o reforço dos espanhóis (General Catâneo). • Quando Catâneo chega, andrade narra o histórico do tratado de Madri e a resistência de índios e jesuítas. • Narra o ataque ao forte português em rio Pardo, a guerra contra os índios e a inundação do rio Jacuí. CANTO II • Portugueses e espanhóis caminham em direção aos sete Povos das missões. • andrade se encontra com sepé Tiarajú e Cacambo. • Cacambo: diz que as armas podem dar lugar à razão. (iluminismo). • andrade: diz que os jesuítas é que são culpados e que quer livrar os índios. • sepé: diz que as terras são dos índios. • Começa a guerra. Baldeta aparece. • sepé é morto, e os índios fogem derrotados. CANTO III • andrade vai em direção aos sete Povos das missões. • sepé aparece no sonho de Cacambo e sugere a ele que ateie fogo no acampamento dos portugueses. • Cacambo volta para a tribo e dá a notícia ao padre Balda. • A história de Cacambo e Lindóia. • Balda mata Cacambo com licor envenenado. • Lindóia recorre a Tanajura para rever seu amor, entretanto, acaba vendo o terremoto de lisboa (1755), a reconstrução feita pelo marquês de Pombal e a expulsão dos jesuítas. CANTO IV • início dos festejos do casamento de Baldeta e Lindóia. • A morte de Lindóia. • Balda ordena que não se enterre Lindóia. • retirada dos índios para outro povoado. CANTO V • andrade chega até a cidade destruída. • Os jesuítas fogem abandonando os índios. • andrade se mostra benévolo com os índios. • Fim da “república jesuítica” no Brasil. TEXTO (CANTO I) ali Catâneo ao general pedia Que do princípio lhe dissesse as causas da nova guerra e do fatal tumulto. se aos Padres seguem os rebeldes povos? Quem os governa em paz e na peleja? Vossa fica a Colônia, e ficam nossos sete povos, que os Bárbaros habitam Naquela oriental vasta campina Que o fértil Uraguai discorre e banha. Quem podia esperar que uns índios rudes, sem disciplina, sem valor, sem armas, se atravessassem no caminho aos nossos, E que lhes disputassem o terreno! (...)
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