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1 UBM - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA CURSO DE PSICOLOGIA ACONSELHAMENTO PSICOLOGICO - Profª Neidecy T. Nascimento ACONSELHAMENTO PSICOLOGICO: A ENTREVISTA Aula 3 1 1 2 1 1 3 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Encontro entre duas pessoas, com vistas a que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, utilizando-se para isto de uma conversação de natureza técnico-profissional. Procedimento utilizado na investigação social para coleta de dados, com a finalidade de fornecer subsídios para diagnósticos, análises, pesquisas, ou mesmo com a finalidade de discutir e buscar soluções para alguma problemática de natureza social 1 1 4 “Técnica de conversação” que tem como objetivo fundamental possibilitar ao psicólogo buscar informações ou dados a respeito de seu cliente, paciente, aluno, candidato, instituição, etc Medina (1995) considera que a entrevista é uma forma de se alcançar o interrelacionamento humano, uma vez que é uma técnica de interação. Na comunicação tem uma INTERPENETRAÇÃO informativa que rompe com isolamentos individuais, grupais e sociais, pois distribui democraticamente a informação. Ela se faz presente como recurso na escola, no hospital, nas empresas, no campo jurídico, no campo esportivo, além da própria clínica, onde também poderá ser usada de diferentes formas. 2 CONCEITOS COMPLEMENTARES 1 1 5 A maior parte das informações obtidas em uma entrevista clínica baseia-se no relato do paciente, juntamente com a observação clínica do terapeuta. É importante considerar outras fontes de informações, tais como relatos de pessoas significativas, registros anteriores do caso ou entrevista estruturada suplementar. 3 DADOS COMPLEMENTARES 1 1 6 A interlocução é bidirecional Pressupõe a relação face-face com trocas verbais. Centrada no entrevistado O relacionamento tem caráter profissional e não íntimo Contrato terapeutico Há papéis específicos previamente definidos: aconselhador ou terapeuta e cliente ou aconselhando. 3 DADOS COMPLEMENTARES 1 1 7 Local dos atendimentos Horario das sessões Número de sessões Linha de atendimento Menor de idade necessita de autorização dos responsáveis Como se dará o trabalho: inicio, progressão, encerramento Entrevista de anamnese, enquadramento, sessões de aconselhamento, encerramento com a devolutiva. Remuneração pelos serviços prestados. 4 CONTRATO 1 1 8 Permite o acesso às representações mais íntimas: História de vida do sujeito Conflitos Representações Crenças Sonhos Fantasias Significações Estados afetivo-emocionais Valores Expectativas ..... 5 AO QUE A ENTREVISTA LEVA... 1 1 9 6 SETTING FISICO DA ENTREVISTA Confortável, tanto para o paciente quanto para o terapeuta. Consultório bem mobiliado. Temperatura agradável. Evitar interrupções, e quando previstas deverá ser colocada para o paciente. Sigilo e privacidade, o que é difícil quando o atendimento ocorre a beira do leito. A linha terapêutica determina o arranjo físico, a abordagem do cliente, a forma de coletar dados, ... Barulhos, musica, celular, ... Filmagem não Gravação não é habitual 1 1 10 “O entrevistador controla a entrevista, porém quem a dirige é o entrevistado” SAIBA QUE ... 1 1 11 7 CONCEPÇÃO TECNICA DA ENTREVISTA Bleger (1960) define a entrevista psicológica como sendo "um campo de trabalho no qual se investiga a conduta e a personalidade de seres humanos". Gil (1999) compreende a entrevista como uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação. A entrevista psicológica pode ser também um processo grupal, isto é, com um ou mais entrevistadores e/ou entrevistados. 1 1 12 7 CONCEPÇÃO TECNICA DA ENTREVISTA A Escuta A observação As reações O que está encoberto Reações organicas Estimulos Podemos testar limites, contrapor, buscar esclarecimentos e exemplos Anotar o que se estabelece na relação do atendimento Detalhes da historia de vida Buscar o superficial e o profundo Registrar o mais rapido possivel 1 1 13 8 O ENTREVISTADOR 1 DOMINIO DA TECNICA Saber o que e como fazer 2 RESPEITO Levar o paciente a reconhecer que é capaz de modificar-se e participar de forma ativa do processo, dentro do seu tempo. 3 CONSIDERAÇÃO POSITIVA Aceitar o paciente, apesar do seu perfil, comportamentos ou ações negativas. 4 EMPATIA Capacidade de compreender o paciente a partir da perspectiva própria do mesmo. 5 AUTENTICIDADE, CALOR Liberdade de ser o que é, SEM FALSIDADE. 6 CORDIALIDADE Ser aberto, responsivo e positivo dentro da relação . 7 FLEXIBILIDADE De acordo com os objetivos 1 1 14 8 O ENTREVISTADOR 8 ESTAR PRESENTE 9 AJUDAR O ENTREVISTADO A SE SENTIR À VONTADE E CRIAR UMA ALIANÇA DE TRABALHO 10 FACILITAR A EXPRESSÃO DO ACONSELHANDO 11 BUSCAR ESCLARECIMENTOS 12 SABER CONFRONTAR 13 RECONHECER AS DEFESAS DO CLIENTE 14 ASSUMIR A INICIATIVA DO PROCESSO 15 SABER TOLERAR SUA PROPRIA ANSIEDADE 1 1 15 9 OBJETIVOS DA ENTREVISTA Diagnóstica – Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do paciente, bem como as indicações terapêuticas adequadas De Encaminhamento – Logo no início da entrevista, deve ficar claro para o entrevistado, que a mesma tem como objetivo indicar seu tratamento, e que este não será conduzido pelo entrevistador. desenvolva um vínculo forte, uma vez que pode dificultar o processo de encaminha De Coleta de dados – garimpar dados para configurar determinados tipos de trabalho: seleção de candidatos, desligamento de funcionarios, viagens, projetos, concursos, De Psicoterápica – Procura colocar em prática estratégia de intervenção psicológica nas diversas abordagens -, para acompanhar o paciente, esclarecer suas dificuldades, tentando ajudá-lo à solucionar seus problemas Pesquisa – Investiga temas em áreas das mais diversas ciências 1 1 16 10 TIPOS DE ENTREVISTA Entrevista Informal (livre ou não-estruturada) - obter a visão geral. Entrevista Focalizada (semi-estruturada ou semidirigida) – foco em um assunto restrito. Entrevista por Pautas (não diretiva - semi-estruturada ou semidirigida) – procura deixar o entrevistado falar mais livremente. Entrevista Estruturada (fechada) – se desenvolve numa relação fixa de roteiro 1 1
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