Buscar

DETERMINAÇÃO DA DIPIRONA POR ESPECTROFOTOMETRIA NO UV

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 
INSTITUTO DE QUÍMICA 
Docente: Prof. Dr. Paulo Sergio de Souza 
Discente: Marcio Neres de Souza Junior 
Disciplina: Introdução aos Métodos Instrumentais de Análise 
DETERMINAÇÃO DA DIPIRONA POR 
ESPECTROFOTOMETRIA NO UV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 de setembro de 2021 
Goiânia – GO 
OBJETIVO 
Tem-se como objetivo determinar a concentração de dipirona no medicamento 
DIPIRONA MONOIDRATADA da marca Medley que possui concentração de 500 
mg/ml segundo o fabricante, utilizando-se da técnica de análise espectrofotométrica 
na região do ultravioleta. 
PARTE EXPERIMENTAL 
I – PREPARO DO PADRÃO PRIMÁRIO 
A solução padrão primário foi feita em estoque de 1000 mL contendo dipirona 
a uma concentração de 100 mg/L, utilizando-se dipirona sódica monoidratada e ácido 
clorídrico a uma concentração de 0,100 mol/L 
II – SOLUÇÕES PADRÃO SECUNDÁRIAS 
Para o preparo do padrão secundário, preparou-se cinco soluções 
secundárias nas concentrações: 2; 4; 6; 8 e 10 mg/L. Nesses padrões, adicionou-se 
um volume específico do padrão primário para cada concentração (1 ;2 ;3 ;4 e 5 mL) 
em um balão de 50 mL e completou-se o volume com ácido clorídrico com a 
concentração de 0,100 mol/L. 
III – PREPARO DA AMOSTRA 
Utilizando-se o dipirona monoidratada (500 mg/mL), fez uma diluição da 
mesma de 500 mg/ mL para 1000 mg/L, colocando em um balão de 50mL uma 
quantidade de 100µL da amostra concentrada e completando-se o volume com ácido 
clorídrico a 0,100 mol/L, gerando assim uma solução de estoque. 
A partir desta solução de estoque, fez-se aliquotas em duplicata com o 
volume de 250 µL e transferiu para dois balões volumétricos de 50 mL distintos, de 
modo a preparar duas amostras. Completou-se então o volume restante com ácido 
clorídrico, gerando assim nossas soluções de análise que em teoria apresentam a 
concentração de 5 mg/L . 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Para se determinar qual seria o comprimento de onda de maior 
absorbância, realizou-se a varredura espectral, e o comprimento de onda de maior 
absorbância foi o de 258 nm conforme descrito na Figura 1. 
 
Figura 1. Varredura espectral. 
A partir da varredura espectral, obteve-se a maior absorbância que foi para o 
comprimento de onda 258 nm, e portanto, fixou-se para as demais análises que 
posteriormente seriam executadas. Na Tabela 1, está descrita os valores de 
absorbância, que foram obtidos a partir da varredura espectral. 
Dipirona mg/L 𝑋1 
0 0 
2 0,045 
4 0,089 
6 0,136 
8 0,186 
10 0,236 
Tabela 1: Valores de absorbância aferidos para cada concentração de dipirona. 
Após obter-se os valores de absorbância das soluções padrões secundárias, 
construiu-se uma curva analítica conforme descrito na Figura 2. 
 
 
Figura 2: Curva Analítica obtida a partir da absorbância e concentração para a dipirona. 
A partir da curva analítica, o coeficiente de correlação (R2) foi de 0,99922 e a 
equação da reta obtida foi: 
 𝑦 = −0,00252 + 0,02357 ∗ 𝑥 
Após a obtenção da curva de calibração, fez a analise das amostras de 
dipirona monoidratada previamente preparadas e a absorbância obtida 
encontra-se na Tabela 2. 
Amostra 𝑿𝟏 
Dipirona A: 100μL/50mL 0,118 
Dipirona B: 100μL/50mL 0,119 
Tabela 2: Valores de absorbância aferidos para cada concentração de dipirona em amostras de 
dipirona monoidratada. 
Utilizando-se a curva analítica foi possível constatar as concentrações de 
dipirona pois, sabendo o coeficiente linear (a) e o coeficiente angular (b) da equação 
da reta é possível calcular a concentração de dipirona presentes nas 
amostras A e B, preparadas a partir do medicamento. 
Sabe-se que: 
𝑦 = −0,00252 + 0,02357 ∗ 𝑥 
Onde: 
y = Absorbância média para cada amostra; 
x = Concentração; 
Tem- se: 
Amostra A: 
𝑦 = −0,00252 + 0,02357 ∗ 𝑥 
y= 0,118; 
𝑥 =
0,118 + 0,00252
0,02357
 
x=5,11 mg/L 
Calcula-se então a massa de dipirona adicionados em 50 mL de solução: 
C’V’=C’’V’’ 
C’=
5,11∗50
0,250
 
C’=1022 mg/L 
X = 1,022 g/L de dipirona. 
Tendo o valor da massa dipirona em 50 mL, calculou-se a massa para o 
volume adicionada para a primeira diluição e assim determina-se a massa de dipirona 
presente na amostra do medicamento analisado: 
C’V’=C’’V’’ 
C’=
1022∗50
0,100
 
C’=511000 mg/L 
X = 511 g/L de dipirona. 
Amostra B: 
𝑦 = −0,00252 + 0,02357 ∗ 𝑥 
y= 0,119; 
𝑥 =
0,119 + 0,00252
0,02357
 
x=5,15 mg/L 
Calcula-se então a massa de dipirona adicionados em 50 mL de solução: 
C’V’=C’’V’’ 
C’=
5,15∗50
0,250
 
C’=1030 mg/L 
X = 1,030 g/L de dipirona. 
Tendo o valor da massa dipirona em 50 mL, calculou-se a massa para o 
volume adicionada para a primeira diluição e assim determina-se a massa de dipirona 
presente na amostra do medicamento analisado: 
C’V’=C’’V’’ 
C’=
1030∗50
0,100
 
C’=515000 mg/L 
X = 515 g/L de dipirona. 
Após os cálculos de massas de dipirona na amostra, fez os cálculos dos erros 
relativos de cada uma das amostras. 
%𝑬𝒓𝒓𝒐 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂𝑨 
𝐸 =
511 − 500
500
∗ 100 
𝐸 = 2,2% 
%𝑬𝒓𝒓𝒐 𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂𝑩 
𝐸 =
515 − 500
500
∗ 100 
𝐸 = 3% 
 
CONCLUSÃO 
Após da analisar os resultados encontrados, conclui-se que a determinação de 
ferro no medicamento dipirona monoidratada pela técnica de espectrofotometria na 
região do UV mostrou-se extremamente confiável, satisfatória e de fácil execução. 
 Encontrou-se nas amostras A e B os valores de 511 e 511 mg/mL de dipirona 
respectivamente, estando assim de acordo com a descrição do rótulo do 
medicamento e analisando os valores dos erros encontrados que são de 2,2% e 3% 
relativamente, pode-se afirmar que o medicamento se enquadra nas leis sanitárias 
atuais do país. 
REFERÊNCIAS 
Almeida, Joseane Maria de. Espectrofotometria UV-Vis, 2018. Disponível em: 
https://www.ufjf.br/baccan/files/2010/10/Aula-2-UV-Vis-1o-Sem-2018-parte-1.pdf. 
Terra, Luciana de Assis. UV-Vis e Fluorescência: teoria e aplicações, 2018. 
Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/516/o/UFCAT-UV-
Vis_e_Fluoresc%C3%AAncia__teoria_e_aplica%C3%A7%C3%B5es.pdf.

Outros materiais