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Resumo de Fitoterapia

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Fitoterapia 
Aula 5: Analise da Politica Nacional de 
plantas medicinais e Fitoterápicos: 
→ ‘A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo 
das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promoveram 
a Conferência Internacional sobre Atenção Primária em 
Saúde em Alma-Ata (Genebra, 1978).’ 
→ ‘É recomendado aos estados-membros proceder a: 
formulação de políticas e regulamentações nacionais 
referentes à utilização de remédios tradicionais de 
eficácia comprovada e exploração das possibilidades de 
se incorporar os detentores de conhecimento tradicional 
às atividades de atenção primária em saúde, 
fornecendolhes treinamento correspondente (OMS, 
1979).’ 
→ ‘Embora a medicina moderna esteja bem 
desenvolvida na maior parte do mundo, a OMS 
reconhece que grande parte da população dos países 
em desenvolvimento depende da medicina tradicional 
para sua atenção primária, tendo em vista que 80% 
desta população utilizam práticas tradicionais nos seus 
cuidados básicos de saúde e 85% destes utilizam plantas 
ou preparações destas.’ 
Importânte: Se for levar na pratica, essa afirmação é falsa, 
pois, vemos que na prática é muito difício vê 80% da 
população dependente dessa medicina. 
→ ‘Estima-se que aproximadamente 40% dos 
medicamentos atualmente disponíveis foram 
desenvolvidos direta ou indiretamente a partir de fontes 
naturais, assim subdivididos: 25% de plantas, 12% de 
microorganismos e 3% de animais (CALIXTO, 2001).’ 
→ ‘As potencialidades de uso das plantas medicinais 
encontramse longe de estar esgotadas, afirmação 
endossada pelos novos paradigmas de desenvolvimento 
social e econômico baseados nos recursos renováveis.’ 
→ ‘O Brasil é signatário da (Convenção sobre 
Diversidade Biológica) (CDB), acordo estabelecido no 
âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) e 
integrado por 188 países cujos objetivos são a 
conservação da diversidade biológica, a utilização 
sustentável de seus componentes e a repartição justa e 
eqüitativa dos benefícios derivados da utilização dos 
recursos genéticos.’ 
→ O Brasil é o país que detém a maior parcela da 
biodiversidade, em torno de 15 a 20% do total mundial, 
com destaque para as plantas superiores, nas quais 
detém aproximadamente 24% da biodiversidade.’ 
→ ‘Neste sentido, compreende-se que o Brasil, com seu 
amplo patrimônio genético e sua diversidade cultural, tem 
em mãos a oportunidade para estabelecer um modelo 
de desenvolvimento próprio e soberano na área de 
saúde e uso de plantas medicinais e fitoterápicos, que 
prime pelo uso sustentável dos componentes da 
biodiversidade e respeite os princípios éticos e 
compromissos internacionais assumidos, notadamente a 
CDB, e assim, promover a geração de riquezas com 
inclusão social.’ 
→ ‘Uso caseiro e comunitário, passando pela área de 
manipulação farmacêutica de medicamentos até o uso e 
fabricação de medicamentos industrializados.’ 
→ ‘O Brasil possui 4,8 milhões de estabelecimentos 
agropecuários e, desse total, mais de 4,1 milhões (85,1%) 
são de agricultores familiares, que respondem pela maior 
parte dos empregos no meio rural e por grande parte 
dos alimentos produzidos diariamente.’ 
→ ‘A agricultura familiar é uma das prioridades do 
governo federal e apresenta como vantagens a 
disponibilidade de terra e trabalho, a detenção de 
conhecimentos tradicionais, a experiência acumulada na 
relação com a biodiversidade e as práticas 
agroecológicas voltadas ao atendimento dos mercados 
locais e regionais, bem como potencial de agregação de 
valor e renda nas cadeias e nos arranjos produtivos de 
plantas medicinais e fitoterápicos.’ 
→ ‘Outras estratégias de inclusão social das comunidades 
integrantes da cadeia e dos arranjos produtivos locais a 
serem estimulados pelo governo federal são os 
programas de transferência de renda, combate ao 
trabalho infantil e segurança alimentar.’ 
‘Atualmente, os fitoterápicos constituem importante 
fonte de inovação em saúde, sendo objeto de interesses 
empresariais privados e fator de competitividade do 
Complexo Produtivo da Saúde. Esse contexto impõe a 
necessidade de uma ação transversal voltada ao 
fortalecimento da base produtiva e de inovação local e à 
competitividade da indústria nacional.’ 
→ ‘Por outro lado, o desenvolvimento do setor de 
plantas medicinais e fitoterápicos pode se configurar 
como importante estratégia para o enfrentamento das 
desigualdades regionais existentes em nosso país, 
podendo prover a necessária oportunidade de inserção 
socioeconômica das populações de territórios 
caracterizados pelo baixo dinamismo econômico e 
indicadores sociais precários. É nessa linha que medidas 
de estruturação de cadeias e arranjos produtivos locais 
voltados à exploração agrícola e comercial de plantas 
medicinais e fitoterápicos podem contribuir para a 
diminuição de discrepâncias de concentração de renda 
entre as regiões do país, com impacto maior nas regiões 
com menos oportunidades para inclusão econômica e 
social. A exemplo disso, a Região Amazônica e o 
Semiárido brasileiro possuem uma rica biodiversidade que 
se contrapõe à existência de grandes bolsões de 
pobreza, caracterizando-se como espaços promissores 
para o desenvolvimento de iniciativas dessa natureza.’ 
→ ‘A ampliação das opções terapêuticas ofertadas aos 
usuários do Sistema Único de Saúde, com garantia de 
acesso a plantas medicinais, fitoterápicos e serviços 
relacionados à fitoterapia, com segurança, eficácia e 
qualidade, na perspectiva da integralidade da atenção à 
saúde, é uma importante estratégia com vistas à 
melhoria da atenção à saúde da população e à inclusão 
social.’ 
‘A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada no ano de 
1986, trouxe, entre suas recomendações, a “introdução 
de práticas alternativas de assistência à saúde no âmbito 
dos serviços de saúde, possibilitando ao usuário o acesso 
democrático de escolher a terapêutica preferida” 
‘Por sua vez, a então Secretaria de Vigilância Sanitária do 
Ministério da Saúde instituiu e normatizou o registro de 
produtos fitoterápicos no ano de 1995.’ 
‘Essas ações se concretizaram em 2004 na Política 
Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), na Política 
Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 
(PNCTIS) e na Agenda Nacional de Prioridades de 
Pesquisa em Saúde (ANPPS). A Política Nacional de 
Práticas Integrativas e Complementares no SUS 
(PNPICS), publicada em 2006, foi a última do grande ciclo 
de políticas nesse tema.’ 
Pesquisa em Saúde foi construída como um instrumento 
para orientar os investimentos do gestor federal da saúde 
em pesquisas de interesse para o SUS e traz três eixos 
temáticos importantes para a implementação da 
presente política: Complexo Produtivo da Saúde; 
Avaliação de Tecnologias e Economia da Saúde, além de 
Assistência Farmacêutica. 
e. Essa política traz dentre suas diretrizes para plantas 
medicinais e fitoterapia a elaboração da Relação Nacional 
de Plantas Medicinais e de Fitoterápicos; e o provimento 
do acesso a plantas medicinais e fitoterápicos aos 
usuários do SUS. 
Objetivos: 
• Garantir à população brasileira o acesso seguro 
e o uso racional de plantas medicinais e 
fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da 
biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia 
produtiva e da indústria nacional. 
• Construir o marco regulatório para produção, 
distribuição e uso de plantas medicinais e 
fitoterápicos a partir dos modelos e experiências 
existentes no Brasil e em outros países. 
• Promover o uso sustentável da biodiversidade e 
a repartição dos benefícios decorrentes do 
acesso aos recursos genéticos de plantas 
medicinais e ao conhecimento tradicional 
associado. 
Diretrizes: 
• Regulamentar o cultivo; o manejo sustentável; a 
produção, a distribuição, e o uso de plantas 
medicinais e fitoterápicos, considerando as 
experiências da sociedade civil nas suas 
diferentes formas de organização. 
• Promover a Formação técnico-científica e 
capacitação no setor deplantas medicinais e 
fitoterápicos. 
• Incentivar a formação e capacitação de recursos 
humanos para o desenvolvimento de pesquisas, 
tecnologias e inovação em plantas medicinais e 
fitoterápicos. 
• Promover a interação entre o setor público e a 
iniciativa privada, universidades, centros de 
pesquisa e Organizações Não Governamentais 
na área de plantas medicinais e desenvolvimento 
de fitoterápicos 
• Promover a inclusão da agricultura familiar nas 
cadeias e nos arranjos produtivos das plantas 
medicinais, insumos e fitoterápicos. 
• Estimular a produção de fitoterápicos em escala 
industrial. 
• Incrementar as exportações de fitoterápicos e 
insumos relacionados, priorizando aqueles de 
maior valor agregado 
• Estabelecer mecanismos de incentivo para a 
inserção da cadeia produtiva de fitoterápicos no 
processo de fortalecimento da industria 
farmacêutica nacional. 
Regulamento da Anvisa 
Fitoterápicos: neles devem ter os estudos clínicos da 
fase 1, fase 2 e fase 3 
Produto tradicional Fitoterápico: não precisa de estudo 
clínico. 
- Para quem quiser trabalhar com uma planta medicinal 
ou uma espécie vegetal, deverá seguir a RDC (Resolução 
de diretoria colegiada) Nº 26, de 13 de maio de 2014. 
 
ANVISA: 
RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 26, 
DE 13 DE MAIO DE 2014 
- Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos 
e o registro e a notificação de produtos tradicionais 
fitoterápicos. 
Art. 2º Esta Resolução se aplica a produtos 
industrializados que se enquadram nas categorias de 
medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais 
fitoterápicos. 
§ 2º São considerados produtos tradicionais 
fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo 
de matérias-primas ativas vegetais cuja 
segurança e efetividade sejam baseadas em 
dados de uso seguro e efetivo publicados na 
literatura técnico-científica e que sejam 
concebidos para serem utilizados sem a vigilância 
de um médico para fins de diagnóstico, de 
prescrição ou de monitorização. 
 
§ 3º Os produtos tradicionais fitoterápicos não 
podem se referir a doenças, distúrbios, 
condições ou ações consideradas graves, não 
podem conter matérias-primas em 
concentração de risco tóxico conhecido e não 
devem ser administrados pelas vias injetável e 
oftálmica. 
§ 4º Não se considera medicamento fitoterápico 
ou produto tradicional fitoterápico aquele que 
inclua na sua composição substâncias ativas 
isoladas ou altamente purificadas, sejam elas 
sintéticas, semissintéticas ou naturais e nem as 
associações dessas com outros extratos, sejam 
eles vegetais ou de outras fontes, como a animal. 
§ 5º Os medicamentos fitoterápicos são 
passíveis de registro e os produtos tradicionais 
fitoterápicos são passíveis de registro ou 
notificação. 
§ 7º Conforme previsto no Art. 22 do Decreto 
n o 8.077, de 14 de agosto de 2013, as plantas 
medicinais sob a forma de droga vegetal, 
doravante denominadas chás medicinais, serão 
dispensadas de registro, devendo ser notificadas 
de acordo com o descrito nesta Resolução na 
categoria de produto tradicional fitoterápico. 
§ 8º Os chás medicinais notificados não podem 
conter excipientes em suas formulações, sendo 
constituídos apenas de drogas vegetais. 
§ 9º Não são objeto de registro ou notificação 
as preparações elaboradas pelos povos e 
comunidades tradicionais do país sem fins 
lucrativos e não industrializadas. 
 
O que é FAV? 
- Insumo farmacêutico ativo vegetal (IFAV): matéria-prima 
ativa vegetal, ou seja, droga ou derivado vegetal, utilizada 
no processo de fabricação de um fitoterápico; 
 
CAPÍTULO II DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS 
FITOTERÁPICOS E PRODUTOS TRADICIONAIS 
FITOTERÁPICOS NACIONAIS 
 
Seção I 
Das medidas antecedentes ao registro 
Art. 4º O solicitante do registro deverá requerer à 
Farmacopeia Brasileira a inclusão dos constituintes do 
fitoterápico na lista da Denominação Comum Brasileira 
(DCB) caso esses ainda não estejam presentes nessa 
lista. 
Seção II 
Documentação 
Art. 5º Todos os documentos deverão ser 
encaminhados em via impressa numerada, com 
assinatura do responsável técnico nos Formulários de 
Petição (FP), laudos, relatórios, declarações e na folha final 
do processo. 
§ 1º O solicitante do registro deverá adicionar à 
documentação impressa CDROM ou DVD 
contendo arquivo eletrônico em formato pdf. 
Art. 7º A empresa deverá protocolar um 
processo para cada medicamento fitoterápico ou 
produto tradicional fitoterápico, apresentando os 
seguintes documentos: 
I - formulários de petição, FP1 e FP2, 
devidamente preenchidos, carimbados e 
assinados; 
II - comprovante de pagamento da Taxa 
de Fiscalização de Vigilância Sanitária - TFVS e 
respectiva Guia de Recolhimento da União-GRU, 
ou isenção, quando for o caso; 
III - cópia da autorização de 
funcionamento, emitida pela Anvisa para a 
empresa solicitante do registro do medicamento; 
IV - cópia do Certificado de Boas Práticas 
de Fabricação e Controle (CBPFC), válido, 
emitido pela Anvisa, para a linha de produção na 
qual o fitoterápico será fabricado, ou ainda, cópia 
do protocolo de solicitação de inspeção para fins 
de emissão do certificado de BPFC; 
V - relatório técnico separado para cada 
forma farmacêutica; e 
VI - cópia do Certificado de 
Responsabilidade Técnica (CRT), atualizado, 
emitido pelo Conselho Regional de Farmácia. 
§ 1º As empresas fabricantes de medicamentos 
fitoterápicos devem possuir CBPF para medicamentos, 
conforme RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, que dispõe 
sobre as boas práticas de fabricação de medicamentos, 
ou suas atualizações; enquanto as empresas fabricantes 
de produtos tradicionais fitoterápicos devem possuir 
CBPF para medicamentos ou CBPF para produtos 
tradicionais fitoterápicos, conforme RDC nº 13, de 14 de 
março de 2013, que dispõe sobre as boas práticas de 
fabricação de produtos tradicionais fitoterápicos, ou suas 
atualizações. 
§ 2º Logo após a folha de rosto do peticionamento, deve 
ser inserido um índice dos documentos a serem 
apresentados, os quais devem ser juntados à petição na 
ordem disposta nesta Resolução. 
§ 3º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão 
do pedido de registro, mas impedirá sua aprovação. 
Seção III 
Relatório técnico 
Art. 8º O relatório técnico deve conter as seguintes 
informações: 
I - dados das matérias-primas vegetais, incluindo: 
a) nomenclatura botânica completa; e 
b) parte da planta utilizada; 
II - layout dos rótulos das embalagens primária e 
secundária; 
III - layout de bula para medicamento fitoterápico ou 
folheto informativo para produto tradicional fitoterápico; 
V - relatório do estudo de estabilidade; 
VI - relatório de produção; 
VII - relatório de controle da qualidade; 
VIII - relatório de segurança e eficácia/efetividade, quando 
aplicável; 
IX - descrição de sistema de farmacovigilância, conforme 
RDC nº 4, de 10 de fevereiro de 2009, que dispõe sobre 
as normas de farmacovigilância para os detentores de 
registro de medicamentos de uso humano, ou suas 
atualizações; e 
X - laudo de controle da qualidade de um lote do 
fitoterápico para cada um dos fornecedores qualificados, 
sendo aceitos, no máximo, três fornecedores de IFAV 
por forma farmacêutica a ser registrada. 
Seção IV 
Relatório do estudo de estabilidade 
Art. 9º A empresa solicitante do registro ou notificação 
deverá apresentar relatório do estudo de estabilidade 
acelerado concluído acompanhado do estudo de 
estabilidade de longa duração em andamento de três 
lotes-piloto, ou estudos de estabilidade de longa duração 
já concluídos, todos de acordo com a Resolução - RE nº 
1, de 29 de julho de 2005, que publicou o Guia para a 
realização de estudos de estabilidade, ou suas 
atualizações. 
Seção V 
Relatório de produção e controle da 
qualidade 
Art. 10. O relatório de produção deve conter as seguintes 
informações: 
I - forma farmacêutica; 
II - descrição detalhada da fórmula conformea 
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em sua 
ausência, a Denominação Comum Internacional (DCI) ou 
a denominação utilizada no Chemical Abstracts Service 
(CAS), nessa ordem de prioridade; 
III - descrição da quantidade de cada componente 
expressa no Sistema Internacional de unidades (SI) por 
unidade farmacotécnica, indicando sua função na fórmula; 
IV - definição dos tamanhos mínimo e máximo dos lotes 
industriais a serem produzidos; 
V - descrição de todas as etapas do processo de 
produção, por meio de fluxograma, contemplando os 
equipamentos utilizados e o detalhamento da capacidade 
máxima individual; 
VI - metodologia do controle em processo; e 
VII - descrição dos critérios de identificação do lote 
industrial. 
Art. 11. O relatório de controle da qualidade deve 
apresentar as seguintes informações: 
II - laudo de análise de todas as matérias-primas utilizadas 
e do produto acabado, contendo o método utilizado, 
especificação e resultados obtidos; 
IV - especificações do material de embalagem primária; 
e 
V - controle dos excipientes utilizados na produção do 
medicamento fitoterápico ou do produto tradicional 
fitoterápico por método estabelecido em farmacopeia 
reconhecida. Na hipótese de o método não ser 
estabelecido em farmacopeia reconhecida pela Anvisa, 
deve-se descrever detalhadamente todas as 
metodologias utilizadas no controle da qualidade. 
Subseção I 
Da droga vegetal 
Art. 13. Deve ser apresentado laudo de análise da droga 
vegetal, indicando o método utilizado, especificação e 
resultados obtidos para um lote dos ensaios abaixo 
descritos: 
I - caracterização (cor); 
II - identificação macroscópica e microscópica; 
III - descrição da droga vegetal em farmacopeias 
reconhecidas pela Anvisa, ou, em sua ausência, em outra 
documentação técnico-científica, ou laudo de 
identificação emitido por profissional habilitado; 
VI - detalhes da coleta/colheita e das condições de cultivo, 
quando cultivada; 
VII - métodos de estabilização, quando empregado, 
secagem e conservação utilizados, com seus devidos 
controles, quando aplicável; 
VIII - método para eliminação de contaminantes, quando 
empregado, e a pesquisa de eventuais alterações; 
IX - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva 
imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela Anvisa, 
com comparação que possa garantir a identidade da 
droga vegetal; e 
X - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle 
biológico. 
§ 5º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser 
apresentada, por meio de petição específica, para os 
fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles 
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais 
oriundas da agricultura orgânica. 
§ 6º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de 
resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada em todas 
as petições de registro e pós-registro em que seja 
solicitado laudo de controle de qualidade, à exceção da 
isenção prevista no parágrafo anterior. 
§ 7º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no 
Brasil que não comprovarem o sistema orgânico de 
obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise 
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme previsto 
em Farmacopeia oficial, além dos constantes da “Lista de 
agrotóxicos selecionados para análise”. 
§ 8º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá 
apresentar, adicionalmente, a análise de outros resíduos 
de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região 
de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante ou 
fornecedor, nas mesmas situações previstas nos 
parágrafos 5o e 6o. 
§ 9º Para os casos em que for detectada a presença de 
resíduos de agrotóxicos, deverá ser demonstrada sua 
inocuidade 
Art. 14. Quando a droga vegetal for adquirida de 
fornecedores, o fabricante do fitoterápico deverá enviar 
laudo do fornecedor, contendo obrigatoriamente as 
informações constantes no art. 8º, inciso I, e art. 13, incisos 
IV, VI, VII e VIII, e laudo de análise da droga vegetal 
realizado pelo fabricante do fitoterápico, contendo os 
demais requisitos do art. 13. 
Subseção II 
Do derivado vegetal 
Art. 15. Quando a empresa fabricante do fitoterápico 
utilizar derivados vegetais no seu processo de fabricação, 
deve ser apresentado laudo de análise do derivado 
vegetal, indicando o método utilizado, especificação e 
resultados obtidos para um lote dos ensaios abaixo 
descritos: 
b) para extratos secos: determinação de água, 
solubilidade e densidade aparente; 
VI - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva 
imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela Anvisa, 
com comparação que possa garantir a identidade do 
derivado vegetal; e 
VII - análise quantitativa dos marcadores ou controle 
biológico. 
§ 2º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve 
ser tecnicamente justificada. 
§ 8º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no 
Brasil que não comprovarem o sistema orgânico de 
obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise 
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme previsto 
em Farmacopeia oficial além dos constantes da “Lista de 
agrotóxicos selecionados para análise”. 
Subseção III 
Do produto acabado 
Art. 16. Deve ser apresentado laudo de análise do produto 
acabado, indicando o método utilizado, especificação e 
resultados obtidos para um lote dos ensaios abaixo 
descritos: 
I - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva 
imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela Anvisa, 
com comparação que possa garantir a identidade das 
matériasprimas vegetais; 
II - análise quantitativa dos marcadores específicos de 
cada espécie ou controle biológico; e 
§ 3º Para associações de espécies vegetais em que a 
identificação de marcadores não seja possível para 
alguma espécie no produto acabado, devem ser 
apresentados: 
a - a justificativa da impossibilidade técnica de 
identificação na associação de um marcador específico 
de determinada espécie; 
Seção VI 
Relatório de segurança e eficácia/efetividade 
Subseção I 
Dos medicamentos fitoterápicos 
Art. 17. A segurança e a eficácia dos medicamentos 
fitoterápicos devem ser comprovadas por uma das 
opções seguintes: 
I - ensaios não clínicos e clínicos de segurança e eficácia; 
ou 
II - registro simplificado, que deverá ser comprovado por: 
a) presença na Lista de medicamentos fitoterápicos de 
registro simplificado, conforme Instrução Normativa-IN n° 
2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações; ou 
b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso 
bem estabelecido da Comunidade Europeia (Community 
herbal monographs with well-established use) elaboradas 
pelo Comitê de Produtos Medicinais Fitoterápicos 
(Committe on Herbal Medicinal Products - HMPC) da 
European Medicines Agency (EMA). 
Subseção II 
Dos produtos tradicionais fitoterápicos 
Art. 22. A segurança e a efetividade dos produtos 
tradicionais fitoterápicos devem ser comprovadas por 
uma das opções seguintes: 
I - comprovação de uso seguro e efetivo para um 
período mínimo de 30 anos; ou 
II - registro simplificado, que deverá ser comprovado por: 
a) presença na Lista de produtos tradicionais fitoterápicos 
de registro simplificado, conforme IN n° 2, de 13 de maio 
de 2014, ou suas atualizações; ou 
b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso 
tradicional da Comunidade Europeia (Community herbal 
monographs with traditional use) elaboradas pelo HMPC 
do EMA. 
Aula 6: 
Comatrografia 
Cromatografia é um processo de separação e 
identificação de componentes de uma mistura. 
Essa técnica é baseada na migração dos compostos 
da mistura, os quais apresentam diferentes interações 
através de duas fases. 
• Fase móvel: fase em que os componentes a 
serem isolados "correm" por um solvente fluido, 
que pode ser líquido ou gasoso. 
• Fase estacionária: fase fixa em que o 
componente que está sendo separado ou 
identificado irá se fixar na superfície de outro 
material líquido ou sólido. 
Para compreendera cromatografia, você precisa saber 
dois conceitos básicos: 
• Eluição: é a corrida cromatográfica. 
• Eluente: é a fase móvel, um tipo de solvente que 
vai interagir com as amostras e promover a 
separação dos componentes. 
O processo cromatográfico consiste na passagem da 
fase móvel sobre a fase estacionária, dentro de uma 
coluna ou sobre uma placa. Assim, os componentes da 
mistura são separados pela diferença de afinidade através 
das duas fases. 
Cada um dos componentes da mistura é seletivamente 
retido pela fase estacionária, resultando em migrações 
diferenciais destes componentes. 
A cromatografia serve para identificação de substâncias, 
purificação de compostos e separação de componentes 
de misturas. 
 
 
Aula 7: Fitoterapia na atenção primária à 
saúde. 
Planta Medicinal: 
Todo vegetal que contém, em um ou mais 
órgãos, substancias que podem ser utilizadas com fins 
terapêuticos ou preventivos, ou que são precursores de 
síntese químico-farmacêutica. 
As plantas medicinais são utilizadas por 60 – 80% 
da população mundial, na atenção primária em saúde 
(BRASIL, 2006). 
Crescimento da Fitoterapia: 
Cresce em função da busca pelo natural e com 
menos riscos de efeitos colaterais para recuperação da 
saúde; 
Efeito mais lento e gradual, sendo mais fisiológico 
e natural; 
A obtenção de princípios ativos isolados oriundos 
de plantas medicinais é uma importante fonte de 
medicamentos para tratamento de doenças. 
Resolução-RDC nº 48 de 16 de março de 2004: Dispõe 
sobre o registro de medicamentos fitoterápicos: 
Fitoterápico – medicamento obtido empregando-se 
exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É 
caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos 
de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e 
constância de sua qualidade. 
Sua eficácia e segurança é validada através de 
levantamentos etnofarmacológicos, documentações 
técnico-científicas em publicação ou ensaios clínicos 
(Fase 3). 
Fitoterápicos cientificamente validados: 
Requerem: 
1 – Validação da eficácia através de estudos 
experimentais (pré-clínicos) e clínicos; 
2 – Estudos toxicológicos pré-clinicos para estabelecer 
os possíveis efeitos adversos. 
Conceito de princípio ativo: 
Substancia ou classe química, quimicamente 
caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e 
responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos 
terapêuticos do medicamento fitoterápico. 
Fitoterapia Popular: 
A Fitoterapia popular utilizada pelos mais antigos, 
benzedeiras e raizeiros nos fornece informações 
conflitantes ( vários nomes populares para a mesma 
planta). 
Embora limitada como ferramenta terapêutica 
para o uso direto do profissional de saúde, precisamos 
estar cientes de que a fitoterapia popular é parte 
integrante dos programas públicos de fitoterapia, e a nos 
profissionais caberá reconhecer sua potencia no 
fortalecimento, por exemplo, do vínculo e da educação 
em saúde. (BRASIL, 2012). 
Fitoterapia Tradicional: 
A fitoterapia tradicional conta com registro 
escrito de seu pratica, que, a depender de sua origem, 
já existe há décadas, séculos ou mesmo milênios. 
Atenção primária em saúde: 
Os cuidados primários em saúde são cuidados 
essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias 
praticas, cientificamente bem fundamentadas e 
socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de 
indivíduos e familiares da comunidade, a um custo que a 
comunidade e o país podem manter (OMS, 1979). 
Fitoterapia na APS: 
O Brasil por meio do SUS tem estimulado a 
implantação da prática da fitoterapia por meio da políticas 
e programas que visam ‘garantir à população brasileira o 
acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e 
fitoterápicos’(BRASIL, 2006ª, 2006b, 2009). 
As diretrizes são propostas pela Política Nacional 
de Plantas Medicinais e Fitoterápicas (PNPMF) (Brasil, 
2006b) e as ações pelo Programa Nacional de Fitoterapia 
(BRASIL, 2009). 
Fitoterapia científica ocidental: 
É o estudo integrado do emprego clínico de 
plantas medicinais e fitoterápicas para finalidades 
terapêuticas, diagnósticas ou profiláticas, com base em 
dados e evidências científicas, mesmo que se partido 
inicialmente de conhecimento populares e tradicionais. 
Movimento que cresceu na Europa mais 
especificamente na Alemanha, com a finalidade de 
recuperar a importância da fitoterapia, mediante a 
realização de inúmeros estudos pré-clínicos e clínicos a 
partir de plantas tradicionais europeias, orientais, africanas, 
etc., sendo a fitoterapia praticamente reinaugurada e 
rebatizada com o nome de fitoterapia racional (SCHULZ, 
HANSEL; TYLER, 2002), ou como chamamos fitoterapia 
científica ocidental. (BRASIL, 2012) 
A importância na aplicação da fitoterapia na APS: 
A inserção de fitoterápicos e plantas medicinais 
na APS melhora o acesso a outras possibilidades 
terapêuticas, desenvolvimento local, além de estimular 
ações de educação em saúde. 
As ações com as plantas medicinais e fitoterapia, 
acontecem prioritariamente na Saúde da Família, pelos 
fundamentos e princípios desse nível de 
atenção/estratégia e pela característica da pratica da 
Fitoterapia, que envolve interação entre saberes, 
parceria no cuidado, ações de promoção e prevenção 
(BRASIL 2012b). 
O trabalho em parceria com as comunidades 
promove diminuição das barreiras de acesso e melhora 
a utilização dos serviços. 
A diretrizes da Estratégia Saúde da Família 
apontam para a ampliação do acesso e da utilização dos 
serviços de APS como porta de entrada ao sistema e 
propõem que as USS (Universidade de Vassouras) 
estejam próximas do local de moradia das pessoas, 
promovendo a vinculação populacional e a 
responsabilidade pelo território (BRASIL, 2011ª). 
• Estimular a participação dos usuários ampliando 
sua autonomia e capacidade na construção do 
cuidado à saúde, tanto sua quanto das pessoas 
e coletividades do território, e no enfrentamento 
dos determinantes e condicionantes de saúde; 
• Incentivar e valorizar o uso tradicional das plantas 
medicinais para equilíbrio a saúde. 
• Inserir uso tradicional das plantas medicinais, 
como tema gerador, a partir dos grupos de 
promoção da saúde, seja para criança, jovens, 
adultos ou idosos ou de forma intergeracional. 
Categorias terapêuticas para fitoterápicos: 
Categoria 1 – Indicações para as quais os fitoterápicos são 
a opção terapêutica de 1ª escolha e, para as quais, como 
alternativa, não existiriam medicamentos sintéticos. Ex: 
hepatites tóxicas, hiperplasia benigna de próstata, entre 
outros. 
Categoria 2 – Indicações para as quais os medicamentos 
sintéticos podem ser substituídos por fitoterápicos. Ex: 
estados leves de ansiedade e/ou depressão reativa, 
dispepsia não ulcerosa neoplásica, infecções urinárias 
inespecíficas, entre outros. 
Categoria 3 – Indicações nas quais os fitoterápicos 
podem ser usados como coadjuvantes para uma terapia 
básica. Ex: outras doenças hepáticas e das vias 
respiratórias, entre outras. 
Categoria 4 – Indicações nas quais o uso dos 
fitoterápicos não é adequado, caracterizado até mesmo 
erro médico, pela possibilidade de retardar ou impedir 
uma terapia racional com medicamentos sintéticos, mais 
adequados. Ex: tratamento primário do câncer. 
A importância na aplicação da fitoterapia na APS: 
• Fornecer suporte às práticas de manipulação e 
dispensação de fitoterápicos nos Programas de 
Fitoterapia do SUS. 
• Formulações farmacopeicas (padronizadas) 
• Estoque mínimo em Farmácias de Manipulação 
e Farmácias Vivas. 
Relação Nacional da Plantas Medicinais de 
Interesse ao SUS: 
Constituída de espécie vegetais com potencial 
de avançar nas etapas de cadeia produtiva e de gerar 
produtos de interesse ao SUS. 
Aula 8: 
→ PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS NA 
PANDEMIA 
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, 
(12/2008) – Portaria 2960/2008 
Objetivo de inserir, com segurança, eficácia e 
qualidade, plantas medicinais, fitoterápicose serviços 
relacionados à Fitoterapia no SUS. O programa busca 
também promover e reconhecer as práticas populares 
e tradicionais de uso de plantas medicinais e remédios 
caseiros. 
Relação Nacional de Plantas Medicinais de 
Interesse ao SUS (Renisus) – (02/2009) Orientar estudos 
que possam subsidiar a elaboração da relação de 
fitoterápicos disponíveis para uso da população, com 
segurança e eficácia para o tratamento de determinadas 
doenças. 
 
→ Artigo: “Comparando Perika St. John’s Wort e 
Sertraline para tratamento de estresse pós-traumático 
em ratos.” 
→ O transtorno de estresse pós-traumático (PTSD) é 
uma condição de saúde mental grave que afeta alguns 
indivíduos que testemunharam ou experimentaram um 
risco de vida ou traumático evento, como um desastre 
natural, combate ou agressão sexual. 
→ Camundongos t C57BL / 6J exibiram uma mudança 
maior na amplitude do ASR após a exposição ao odor de 
predador para estabelecer PTSD do que todas as outras 
cepas testadas. Ratos eram cerca de 6 semanas de idade 
no início do experimento e foram alojados em gaiolas de 
plástico com uma tampa de metal ralada, onde eles 
tiveram livre acesso a comida e água durante o estudo. 
→ O teste de resposta de sobressalto acústico (ASR) de 
linha de base foi realizado no Dia 1 do experimento. O rato 
foi colocado em um suporte de arame que restringia seu 
movimento, e o suporte foi colocado em uma plataforma 
de acelerômetro dentro de uma câmara de teste de 
melamina. Um período de habituação de 5 minutos (som 
de fundo de ruído branco de 68 dB SPL apenas) foi 
seguido por um bloco de 20 tentativas nas quais rajadas 
de ruído branco (110 dB SPL, duração de 40 ms) foram 
apresentados em intervalos imprevisíveis (intertrial de 15-
30 s intervalo). Os níveis de som foram calibrados usando 
um medidor de nível de som Ivie IE-30A tipo I (Ivie 
Technologies Inc., Lehi, UT). O movimento do mouse na 
plataforma produziu uma voltagem que foi registrado por 
software computadorizado (Med Associates, Inc., Fairfax, 
VT) como o ASR resposta. A medida primária para este 
experimento foi a amplitude do pico ASR, em média em 
todos os 20 testes. Uma medida secundária foi uma 
contagem de boli (massa) fecal produzidos enquanto o 
camundongo estava na câmara de teste, pois um 
número maior de boli pode ser indicativo de aumento da 
ansiedade em animais de teste 
→ Esta hipótese foi parcialmente apoiada em que os 
ratos tratado com erva de São João mostrou uma 
diminuição estatisticamente significativa na amplitude do 
ASR, mas os ratos tratados com sertralina não diferiram 
significativamente dos controles. 
→ Os efeitos pequenos e não significativos da sertralina 
nos sintomas do tipo PTSD foram inesperados e podem 
estar relacionados a fatores como dosagem e duração 
do tratamento. 
→ Esforços foram feitos para fornecer doses 
ecologicamente válidas de sertralina e SWJ, mas a dose 
fornecida estava no limite inferior do recomendado dose 
para humanos e doses mais altas podem ser usadas em 
pesquisas futuras 
→ Os mecanismos potenciais subjacentes à eficácia do 
SJW devem ser considerados. Sete grupos de 
compostos medicamente ativos foram identificados em 
SJW, mas dois compostos, hipericina e hiperforina, são 
considerados os principais componentes ativos (Klemow 
et al. 2011). No passado, acreditava-se que a hipericina era 
o composto mais importante para reduzir a depressão e 
a ansiedade, depois que a hipericina demonstrou agir 
como um inibidor da recaptação de monoaminas 
(incluindo serotonina, norepinefrina e dopamina). 
→ Estudos subsequentes mostraram que a hipericina é 
apenas uma recaptação fraca de monoamina inibidor e, 
portanto, improvável que seja o principal componente 
responsável pelos efeitos antidepressivos e ansiolíticos da 
SJW. Estudos recentes sugerem fortemente que a 
hiperforina, e não a hipericina, é o componente mais 
importante que contribui para os efeitos antidepressivos 
e ansiolíticos da SJW (Zanoli, 2004; Klemow et al. 2011). 
Hyperforin é um potente inibidor de recaptação de 
serotonina, dopamina, noradrenalina, GABA e L-
glutamato da fenda sináptica. 
→Além de inibir a recaptação de monoamina, SJW ativa 
receptores de adenosina e ácido gama-aminobutírico, 
diminui a regulação beta-adrenérgica receptores, e 
regula positivamente os receptores de serotonina - e 
todos esses mecanismos podem contribuir para a 
sensação de calma e contentamento. 
→A maioria dos produtos de erva de São João que 
estão atualmente no mercado são padronizados para 
hipericina (anteriormente considerada o componente 
mais importante) e contém pouco, se houver, hiperforina. 
Assim, é importante ressaltar que o produto escolhido 
para este estudo foi Perika St. John’s wort (Nature’s Way 
Products, Inc., Lehi, UT), que contém um extrato 
patenteado, WS5570, que é uma forma estabilizada de 
hiperforina. 
 
 
 
 
Erva de são João 
 
A erva-de-são-joão ou hipérico tem o nome 
científico Hypericum perforatum e pertence à família 
Guttiferae. Durante séculos a planta tem tido empregada 
como laxante, diuréticos, antitérmico, cicatrizante, 
nevralgias, insônias, dores de cabeça, gastrite, 
hemorroidas, tétano, doenças mentais e até mesmo para 
alguns tipos de câncer. Contudo, seu principal e mais 
efetivo benefício é no combate a depressão. 
➢ Nutrientes da erva-de-são-joão: 
A erva-de-são-joão conta com óleo essencial, 
taninos, resinas, pectina, flavonoides, prociandina, 
catequinas, fitoesteróis, vitamina C, carotenos, 
aminoácidos e saponinas. Sendo que a principal 
substância responsável pelos benefícios é a hipericina e 
seus fitocomplexos. Ela possui ação calmante e por isso 
os pesquisadores acreditam que é capaz de combater a 
depressão. A erva-de-são-joão também conta com 
hiperforina, substância que muitos pesquisadores 
acreditam ser a principal responsável pelos efeitos 
negativos da planta, como alguns distúrbios mentais 
constatados em estudos. Por isso, já são elaborados 
extratos da erva-de-são-joão com apenas traços da 
hiperforina. 
➢ Benefício em estudo da Erva-de-são-joão: 
Ajuda a combater a depressão: A erva-são-joão é muito 
utilizada no tratamento da depressão leve e moderada. 
Na Alemanha, ela é o antidepressivo mais utilizado, 
representando mais 25% dos antidepressivos prescritos. 
A maioria dos pesquisadores acredita que as hipericinas 
presentes na planta sejam responsáveis pela atividade 
antidepressiva, mas o mecanismo ainda não é totalmente 
conhecido. Contudo, a planta só deve ser utilizada após 
orientação médica, pois ela possui uma série de efeitos 
colaterais e pode causar problemas de saúde. 
 
 
Sertralina: 
Sertralina é um medicamento utilizado no tratamento da 
depressão, ataques de pânico, transtorno obsessivo-
compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, 
transtorno de ansiedade social (fobia social) e uma forma 
grave de síndrome pré-menstrual (transtorno disfórico 
pré-menstrual). 
Contudo, como todo medicamento, é importante 
conhecer todos os efeitos colaterais, precauções e a 
maneira exata de tomar para evitar danos ao organismo. 
- A sertralina é um tipo de antidepressivo conhecido 
como inibidor seletivo da recaptação da serotonina 
(ISRS). 
Ao contrário de muitos antidepressivos mais antigos, este 
medicamento não apresenta tantos efeitos colaterais 
negativos. Por isso, muitas pessoas se recuperam 
da depressão com ele. 
 
Aula 10: Artigo 
“Triagem em silico de inibidores da GABA 
aminotransferase dos constituintes da Valeriana officinalis 
por atração molecular e estudo de simulação de 
dinâmica molecular.” 
→ Uma redução na concentração de GABA tem sido 
implicado em muitos distúrbios neurológicos tais como 
epilepsia, doença de Huntington, doença de Parkinson, 
doença de Alzheimer e discinesia. Inibição da 
neurotransmissão inibitória mediada por GABA foi 
relatado para desempenhar um papel crítico na 
patogênese de epilepsia. A morte neuronal seletiva de 
neurônios GABAérgicosdo estriado é a característica 
patológica característica da Doença de Huntington. 
→ A raiz de Valeriana (Valeriana officinalis) tem sido 
usada na medicina fitoterápica para tratar uma ampla 
gama de distúrbios, incluindo insônia, ansiedade, distúrbios 
de humor e condições de estresse psicológico. Foi 
relatado que a valeriana contém uma variedade de 
constituintes bioativos, como alcalóides, flavononas, 
terpenos e iridoides. Foi relatado que a valeriana 
potencializa a transmissão neuronal GABA-érgica no 
cérebro através do aumento da liberação de GABA e 
inibição da degradação de GABA através da inibição de 
GABA-AT em estudos de animais. 
→ Também foi relatado que compostos de valeriana, 
como ácido valerênico e valerenol exibem alostéricos 
https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18560-erva-de-sao-joao
https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18560-erva-de-sao-joao
https://www.vittude.com/blog/antidepressivos/
https://www.vittude.com/blog/depressao/
modulação dos receptores GABA. No entanto, o 
mecanismo de cada constituinte da valeriana na 
modulação GABA-AT não foi claramente demonstrado. 
→ Foi demonstrado que a inibição competitiva de 
GABA-AT aumenta a concentração de GABA no 
cérebro. Foi relatado que GABA mostra ação 
anticonvulsivante. 
→ Vigabatrina é o mais inibidor GABA-AT eficaz com 
propriedade anticonvulsivante. Vigabatrina tem sido usada 
como um tratamento eficaz para epilepsias que são 
resistentes a outros agentes anticonvulsivantes. 
→ O ácido valpróico, um anticonversante, também 
possui propriedade inibidora de GABA-AT em alta 
concentração. Os inibidores competitivos de GABA-AT 
atualmente disponíveis têm foi relatado que exibe uma 
ampla gama de toxicidades. Portanto, é necessário 
desenvolver novos inibidores GABA-AT com menos 
toxicidades. 
→ No presente estudo, a abordagem de triagem em 
sílico, foi aplicado para analisar os efeitos inibitórios de 18 
constituintes de valeriana em GABA-AT humano. Como 
a estrutura 3D do GABA-AT humano não foi relatada, a 
estrutura 3D do GABA-AT humano foi criada por 
homologia modelagem a partir da enzima suína. Análise 
computacional foi realizado por meio de atração 
molecular e dinâmico simulação e novos inibidores 
candidatos de GABA-AT da valeriana foram obtidos 
através da comparação com inibidores conhecidos. 
→ Entre os constituintes do químico o documento de 
revisão de informações para valeriana, estruturas 3D de 
18 constituintes foram obtidos do servidor PubChem. 
 
→ Resultados da atração molecular. As melhores 
posições de atração foram obtidas nas simulações de 
atração molecular e as interações foram indicadas. com 
as respectivas cores em vigabatrina (a), ácido valpróico 
(b), acetoxivaleranona (c), didrovaltrato (d), ácido 
isovalérico (e) e valeranona (f). 
 
 
→ O resultado de atração mostra que vigabatrina, um 
conhecido inibidor GABA-AT, é mais ativo com valores 
de energia mais baixos, seguido por ácido valpróico, outro 
inibidor GABA-AT conhecido usado no presente estudo. 
Dos compostos de valeriana, ácido isovalérico mostrou a 
interação mais ativa com GABA-AT seguido por 
acetoxivaleranona, didrovaltrato e valeranona. Embora 
não seja tão ativo quanto a vigabtrina, compostos de 
valeriana, como ácido isovalérico e didrovaltrato podem 
ter bom potencial terapêutico contra GABA-AT. Vários 
compostos, embora pouco ativos, podem ter efeitos 
aditivos quando são usados juntos, apoiando que o 
extrato de raiz de valeriana tem efeitos anti-ansiolíticos e 
sedativos. 
→ Interação em Lys357 foi cuidadosamente examinada. 
Vigabatrina mostrou múltiplas formações de ligações de 
hidrogênio com os resíduos de GABA-AT, como Gln329, 
Lys357 e Phe217. 
→ Tendo em vista que a valeriana tem sido usada há 
milênios como antianxiolítico e sedativo, o presente 
estudo foi realizado para delinear os compostos de 
valeriana responsáveis pela inibição de GABA-AT, que 
degrada GABA. 
→Inibição de GABA-AT por compostos de valeriana 
foram comparados com GABA-AT conhecido inibidores 
como vigabatrina e ácido valpróico, usando atração 
molecular e simulações de dinâmica molecular. 
→ Alguns compostos de valeriana, como ácido 
isovalérico e didrovaltrato mostraram propriedade de 
inibição de GABA-AT, embora sejam menos ativo em 
comparação com vigabatrina, mas comparável com 
valpróico ácido. 
→ Efeitos anti-ansiolíticos e sedativos do extrato total de 
raiz de valeriana na medicina tradicional pode ter sido 
atribuída ao efeito aditivo de vários compostos com baixo 
atividade. 
→ Este estudo sugere claramente que os compostos 
de valeriana podem ser recursos valiosos para o 
desenvolvimento de inibidores de GABA-AT. 
 
Valeriana officinalis L. 
 
IDENTIFICAÇÃO 
Família: Caprifoliaceae. 
Nomenclatura popular: Valeriana. 
Parte utilizada/órgão vegetal: Raízes. 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Usado como sedativo 
moderado, hipnótico e no tratamento de distúrbios do 
sono associados à ansiedade. 
CONTRAINDICAÇÕES: Contraindicado para menores de 
12 anos, grávidas, lactantes e pacientes com histórico de 
hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos 
componentes do fitoterápico. 
PRECAUÇÕES DE USO: Esse fitoterápico pode causar 
sonolência, não sendo, portanto, recomendável a sua 
administração antes de dirigir, operar máquinas ou 
realizar qualquer atividade de risco que necessite atenção. 
EFEITOS ADVERSOS: Os efeitos adversos relatados 
pelos voluntários participantes dos ensaios clínicos e 
tratados com os diferentes extratos secos padronizados 
de V. officinalis foram raros, leves e similares àqueles 
apresentados pelos grupos tratados com o placebo. Tais 
efeitos adversos incluem tontura, desconforto 
gastrointes- tinal, alergias de contato, cefaleia e midríase. 
Com o uso em longo prazo, os seguintes sintomas 
podem ocorrer: cefaleia, cansaço, insônia, midríase e 
desordens cardíacas. O uso de altas doses de V. officinalis 
por muitos anos aumentou a possibilida- de de ocorrência 
de síndrome de abstinência com a retirada abrupta do 
fitoterápico. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Esse fitoterápico 
pode potencializar o efeito de outros depressores do 
SNC. Em estudos em animais verificou-se que V. officinalis 
possui efeito aditivo quando utilizada em combinação 
com barbitúricos, anestésicos ou benzodiazepínicos e 
outros fármacos depressores do SNC. O extrato aquoso 
aumentou o tempo de sono com o tiopental (via oral em 
camundongo) e o extrato etanólico prolongou a anestesia 
promovida por tiopental (em camundongo) devido a sua 
afinidade aos receptores barbitúricos, e o extrato de V. 
officinalis e valepotriatos com receptores GABA e 
benzodiazepínicos (in vitro) e à diminuição dos efeitos 
causados pela retirada do diazepam por uma dose 
suficientemente grande de valepotriatos (em ratos), 
extratos de V. officinalis contendo valepotriatos, podendo 
auxiliar na síndrome de abstinência pela retirada do uso 
do diazepam. Evitar o uso de V. officinalis com a ingestão 
de bebidas alcoólicas pela possível exacerbação dos 
efeitos sedativos. Interações clínicas relevantes com 
drogas metabo- lizadas por CYP 2D6, CYP 3A4/5, CYP 
1A2 ou CYP 2E1 não foram observadas.(18) FORMAS 
FARMACÊUTICAS Cápsulas ou comprimidos contendo 
a droga vegetal (raízes secas) ou extratos (hidroetanólico 
40-70% (v/v); extratos aquosos) e tintura. Armazenar em 
frascos hermeticamente fechados, ao abrigo da luz e em 
local sob controle de temperatura. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E POSOLOGIA (DOSE E 
INTERVALO): Oral. Pode ser utilizado para maiores de 12 
anos, adultos e idosos. 
Se for prescrito o extrato hidroetanólico acima des- crito: 
o equivalente a duas a três gramas. 
- Droga vegetal: de 0,3 a 1 g da droga vegetal para usar 
o pó em cápsula. Como droga vegetal para preparação 
do decocto: 1 a 3 g. 
- Extrato aquoso: 1 a 3 g. 
- Tinturas (1:5, etanol 70%) 1 a 3 mL. 
- Alcoolatura: de 2 a 5 mL. 
- Extrato seco: de 45 a 125 mg de dose diária. 
- Posologia - como sedativo leve: 1 a 3vezes ao dia. Para 
distúrbios do sono: dose única antes de dormir mais uma 
dose no início da noite caso seja necessário. Dose 
máxima diária: 4 vezes ao dia. 
TEMPO DE UTILIZAÇÃO Para alcançar um efeito ótimo 
de tratamento, o uso continuado é recomendado 
durante 2-4 semanas, não sendo indicado o tratamento 
agudo. Se os sintomas persistirem ou se agravar após 2 
semanas de uso contínuo, o médico deve ser consultado. 
SUPERDOSAGEM: Em casos de superdosagem (doses 
de raiz superiores a 20 g) podem ocorrer sintomas 
adversos leves como fadiga, câimbras abdominais, 
tensionamento do tórax, tontura, tremores e midríase 
que desapareceram no período de 24 horas após 
descontinuação do uso .Altas doses de V. officinalis 
podem causar bradicardias, arritmias e redução do 
peristaltismo intestinal. 
PRESCRIÇÃO: Fitoterápico, somente sob prescrição 
médica. 
PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS: Monoterpenos, 
sesquiterpenos, epóxi-iridóides e valepotriatos. 
INFORMAÇÕES SOBRE SEGURANÇA E EFICÁCIA: 
Ensaios não-clínicos 
Farmacológicos: 
 Em experimentos em animais, foram observadas: Ação 
depressora central, sedativa, ansiolítica, espas- molítica e 
relaxante muscular. Os ácidos valerênicos in vitro 
diminuíram a degradação do ácido gama aminobutírico 
(GABA). Em experimentos em animais houve aumento 
do GABA na fenda sináptica via inibição da recaptação e 
aumento da secreção do neurotransmissor, podendo ser 
esse um dos efeitos que causam a atividade sedativa. 
Outro mecanismo que pode contribuir para essa 
atividade é a presença de altos níveis de glutamina no 
extrato, que tem a capacidade de cruzar a barreira 
hematoencefálica, sendo captada pelo terminal nervoso 
e convertida em GABA. 
Toxicológicos: 
Extratos etanólicos de raizes de Valeriana officinalis 
causaram baixa toxicidade em roedores durante os 
testes agudos e de toxicidade de dose repetida ao longo 
do período de 4-8 semanas. 
Ensaios clínicos 
Farmacológicos: 
Em estudo randomizado, controlado por placebo, os 
pacientes receberam 600 mg de extrato da raiz de V. 
officinalis padronizado em 0,4 a 0,6% de ácido valerênico 
(n = 61) ou placebo (n = 60) uma hora antes de dormir 
por 28 noites consecutivas. Dos pacientes que utilizaram 
a V. officinalis 66% apresentaram efeito terapêutico bom 
ou muito bom ao final do tratamento, comparado a 29% 
igualmente positivos do placebo. 
Toxicológicos: 
Vários estudos com extratos de valeriana foram 
realizados para avaliar a possível influência sobre a vigília. 
De acordo com esses estudos, altas doses do extrato da 
raiz de valeriana podem causar sedação leve depois das 
primeiras horas da administração, mas, diferentemente 
dos benzodiazepínicos, não reduz a vigília no dia seguinte. 
Não foram encontrados dados descritos na literatura de 
resultados hematológicos ou bioquímicos. 
 
Aula 11: Artigo 
“Atividade virucida em vitro de Echinaforce®, um 
Preparação de Echinacea purpurea, contra coronavírus, 
incluindo resfriado comum coronavírus 229E e SARS-
CoV-2.” 
→ Por muito tempo, pensou-se que os coronavírus 
(CoVs) causavam apenas leve respiração e 
gastrointestinal sintomas em humanos, mas surtos de 
Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) -CoV, 
Respiratória Aguda Grave Síndrome (SARS) -CoV-1, e o 
recentemente identificado SARS-CoV-2 cimentaram seu 
potencial zoonótico e sua capacidade de causar 
morbidade e mortalidade graves, com taxas de letalidade 
variando de 4 a 35%. Atualmente não profilaxia ou 
tratamento específico está disponível para infecções por 
CoV. Portanto, investigamos o vírus viricida e o antiviral 
potencial de Echinacea purpurea (Echinaforce®). 
→ Estes resultados mostram que Echinaforce® é 
virucida contra HCoV-229E, em contato direto e em um 
modelo de cultura de células organotípicas. Além disso, 
MERS-CoV e SARS-CoV-1 e SARS-CoV-2 foram 
inativados em concentrações semelhantes do extrato. 
Portanto, hipotetizamos que as preparações de 
Echinacea purpurea, como Echinaforce®, pode ser 
eficaz como tratamento profilático para todos os CoVs 
devido às suas semelhanças estruturais. 
→ Pertencem à família Coronavirus, e são capazes de 
infectar uma grande variedade de hosts. CoVs são 
capazes de causar doenças em (HCoVs) têm sido 
tradicionalmente considerados causadores apenas 
sintomas leves gastrointestinais e do trato respiratório. 
→ Eles replicam na nasofaringe e geralmente causam 
leve, URTIs autolimitados com curtos períodos de 
incubação, embora infecções respiratórias do trato 
inferior e pneumonia foram ocasionalmente descritos. 
Até o surgimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SARS) - CoV-1 em 2002, pensava-se que os HCoVs 
eram principalmente responsável pelo resfriado comum. 
→ SARS-CoV-1 foi introduzido na espécie humana em 
2002, causando um impacto mundial pandemia, 
culminando em 8.422 infecções e 916 mortes. MERS-CoV 
é endêmica em camelos dromedários e leva a infecções 
do trato respiratório inferior em humanos com uma taxa 
atual de letalidade de 35,5% 
→ As plantas Echinacea têm sido tradicionalmente 
usadas no Norte América para a prevenção e tratamento 
do resfriado e sintomas de gripe e agora são um dos 
mais usados plantas medicinais na América do Norte e na 
Europa. 
→ Echinaforce® é uma preparação padronizada 
extraída de plantas Echinacae purpurea recém-colhidas 
com uma solução alcoólica de 65%. 
→ Echinaforce® como prevenção e tratamento de 
infecções do trato respiratório foi investigado em estudos 
pré-clínicos e clínicos e seus efeitos benéficos 
documentado. 
→ O mecanismo de ação específico é não totalmente 
compreendido, mas estudos in vitro indicam que 
Echinaforce® inibe vírus respiratórios envelopados, 
incluindo influenza A e B, vírus sincicial respiratório (RSV) 
ou vírus parainfluenza, por meio de interação direta com 
vírus inteiros e proteínas do envelope viral. Em geral, a 
atividade intracelular de Echinacea foi observado para 
alguns vírus (por exemplo, vírus influenza e herpes 
simplex), mas não outros (por exemplo, RSV), e apenas 
em concentrações superiores às necessárias para a 
inativação extracelular. Além disso, foi demonstrado que 
a Echinacea interfere com a liberação de citocinas 
mediada por vírus e uma vez que os sintomas típicos do 
resfriado comum, ou seja, espirros, tosse e corrimento 
nasal são os resultados de a estimulação de citocinas pró-
inflamatórias, a redução da liberação de citocinas pode 
ajudar a facilitar tal sintomas. 
→ Em um randomizado, duplo-cego, multicêntrico, 
ensaio clínico de não inferioridade Echinaforce® 
demonstrou ser não inferior ao Oseltamivir em pacientes 
com doença semelhante à influenza. 
→ Além disso, utilizamos um sistema de cultura de 
células respiratórias organotípicas (MucilAir ™) de 
origem nasal para investigar o efeito protetor de 
Echinaforce® contra HCoV-229E em um sistema de 
cultura que imita de perto o epitélio das vias aéreas 
humanas in vivo. No estudo atual, observamos uma 
redução irreversível da infecciosidade de quatro 
coronavirus. 
→ Echinaforce® (A.Vogel AG, Roggwil, Suíça - 
doravante referido como Echinaforce) é derivado da 
extração hidroetanólica (65% v / v de etanol) de recém 
colheu Echinacea purpurea usando Boas Práticas de 
Fabricação (GMP). 
→ Tabela 1: Substâncias farmacologicamente ativas em 
Echinaforce (lote: 1023117). Os dados são apresentados 
como a média de quatro determinações independentes. 
 
→ Epitélio das vias aéreas humanas reconstituído in vitro 
(MucilAir ™), epitélio das vias aéreas humanas 
reconstituído (MucilAir ™) de células epiteliais nasais 
foram adquiridas de Epithelix Sàrl, Genebra, Suíça. Células 
de três diferentes saudáveis doadores foram usados em 
todos os experimentos para contabilizar variabilidade de 
doadores e experimentos foram realizados quatro vezes, 
em duplicatas. Durante a manutenção, cultura basal meio 
(MucilAir ™, 500 μl / 24 poços) foi trocado a cada 2-3 
dias enquanto o lado apical era lavado suavemente (2–4 
vezes) com 200 μl de mídia para removerresíduos 
muco. 
→ As células Huh-7 foram incubadas com 0, 1, 10 ou 50 
μg / ml de Echinaforce em meio de cultura de células 
por 3 dias a 33 ° C. Posteriormente, o meio contendo 
Echinaforce foi removido e células infectadas com 100 
TCID50 HCoV-229E (MOI de 0,005) durante 1 h a 33 ° 
C. O meio foi substituído e as células ainda incubadas 
durante 48 h a 33 ° C e o título do vírus no sobrenadante 
determinado por ensaio de diluição limitante. 
→ As células Huh-7 foram infectadas com 100 TCID50 
HCoV-229E (MOI de 0,005) por 1 h a 33 ° C e após a 
lavagem do células duas vezes com meio de cultura 
completo; meio contendo 0, 1, 10 ou 50 μg / ml de 
Echinaforce foi adicionado. Células foram incubados a 33 
° C por 72 horas e o título do vírus no sobrenadante foi 
determinado 24 e 72 horas após a infecção por ensaio 
de diluição limitante. 
→ O epitélio foi pré-tratado apicalmente incubando as 
inserções com 100 μl de MucilAir ™ meio de cultura 
contendo 1, 10 ou 50 μg / ml de Echinaforce por 1 h a 33 
° C. 
→ interface ar-líquido foi restabelecida e culturas ainda 
incubadas a 33 ° C. 
→ Os títulos de vírus na lavagem apical foram 
determinados limitando ensaio de diluição. 
→O tratamento de células com Echinaforce não inibe a 
replicação do HCoV-229E. A exposição direta de HCoV-
229E ao extrato levou a um inativação permanente que 
não podia ser revertida por lavagem extensa. * p = 
0,0129, ** p = 0,0095. b Pré-tratamento de três dias de 
células Huh-7 com Echinaforce não inibe a replicação do 
vírus. c O tratamento de células Huh-7 uma hora após a 
infecção (hpi) resultou apenas em títulos virais mais 
baixos no concentração mais alta (50 μg / ml). Linha 
tracejada: limite de detecção, 10 TCID50 / ml, n.d: não 
detectado no limite de detecção. Os dados mostrados 
são representante de três experimentos independentes 
(média ± dp). 
 
→ Echinaforce inibe a infecção de HCoV-229E em 
culturas organotípicas das vias aéreas. a Para simular 
infecção natural, epitelial nasal organotípico as culturas 
foram infectadas com gotículas de HCoV-229E do lado 
apical. b O título viral nas secreções apicais foi 
determinado a 24, 48 e 72 hpi. O pré-tratamento apical 
com 50 μg / ml levou à inibição completa da replicação 
do vírus em 5 de 8 culturas a 72 hpi, enquanto 10 μg / 
ml mostraram inibição completa apenas em 1 de 8 
culturas. Para ambas as concentrações de tratamento, foi 
observada uma redução do título médio em comparação 
com controles não tratados. 
 
→ Terapêuticas antivirais amplas são de grande 
interesse para a medicina, pois as drogas com 
especificidade muito alta dependem de e identificação 
precisa de patógenos e pode falhar em atingir variantes 
genéticas ou vírus emergentes. 
→ Antivirais eficazes de amplo espectro reduzir a 
gravidade da doença e reduziria a transmissão, 
diminuindo assim a carga geral e a morbidade desses 
vírus. 
→ As preparações à base de ervas de Echinacea 
tradicionalmente tem sido usado para prevenir e tratar 
sintomas de resfriados e gripe e ainda são amplamente 
utilizados. 
→ Observamos uma inativação dependente da dose de 
HCoV-229E após a exposição direta ao extrato e 
redução de 50% da infecciosidade de HCoV-229E. 
→ Fig. 4 Os vírus de RNA envelopados são inativados 
por tratamento direto com Echinaforce. um MERS-CoV 
é altamente sensível ao Echinaforce direto tratamento, 
com redução significativa no título viral observada em 10 
μg / ml e inativação completa em 50 μg / ml. * p = 
0,0144 (em comparação com 0 μg / ml) ou p = 0,0394 
(em comparação com 1 μg / ml) (b) SARS-CoV-1 é 
completamente inativado na concentração mais alta com 
uma redução leve, mas significativa no título viral após 
exposição a 10 μg / ml. * p <0,0001. c O SARS-CoV-2 
também foi completamente inativado após o tratamento 
com 50 μg / ml. * p = 0,0452. D A exposição a 50 μg / 
ml de Echinaforce leva à inativação completa do vírus da 
febre amarela (YFV) * p = 0,0067. e vírus Vaccinia e (f) 
parvovírus de camundongo (MVM) não foram sensíveis 
ao Echinaforce. Nenhum efeito foi observado na 
viabilidade celular (eixo y direito, (a), (b), (c) e (d)). Os dados 
mostrados são representativos de dois experimentos 
independentes. 
 
→ Mecanismo de ação de diferentes extratos de 
Echinacea atualmente não são claras, entretanto, para a 
maioria dos vírus, Echinaforce parece exercer seu efeito 
sobre o contato direto, levando a uma inativação 
permanente dos vírions. 
→ No estudo atual, mostramos que quatro humanos 
coronavírus (HCoV-229E, MERS-CoV, SARS-CoV-1 e 
SARS-CoV-2) são inativados por Echinaforce em vitro. 
→ Devido ao seu modo geral de ação, o romance 
coronavírus zoonóticos, como mostrado para SARS-
CoV-2, também pode ser sensível ao Echinaforce, 
potencialmente fornecendo um tratamento profilático 
acessível e barato para outras infecções emergentes por 
coronavírus.

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