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1 Jaíne Miotto Candaten Patologias da mama e ginecológica No que se refere na propedêutica mamária, o teste triplo é baseado no Exame Clínico das Mamas (ECM), Mamografia (MMG) e Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF). A mamografia é o único método de rastreio para o CA de mama e a PAAF é o 1º passo na investigação de um nódulo mamário por ser capaz de diferenciar uma lesão cística de uma lesão sólida. o Mastite Aguda: associado à amamentação - lesões da pele do mamilo. Staphylococcus aureus Granulomatosa (crônica): sistêmica, lobular, amamentação ou doenças auto-imunes (lúpus) o Necrose gordurosa Esteatonecrose – massas palpáveis indolor. História prévia de trauma mamário ou cirurgia Processo inflamatório crônico rico em neutrófilos, com cristais de colesterol o Ectasia ductal Massa periareolar, descarga papilar espessa. Ocorre geralmente em multíparas. 2 Jaíne Miotto Candaten o Alterações fibrocísticas Alterações não proliferativas Cistos, fibrose, adenose, metaplasia apócrina – adensamentos, nodulações. As alterações geralmente são multifocais e bilaterais. Adenose: aumento no nº de ácino no lóbulo Metaplasia apócrina (as células de revestimento são grandes e poligonais, com citoplasma granular e eosinofílico abundante, e núcleos pequenos, redondos e cromáticos) Alterações proliferativas sem atipia Hiperplasia epitelial, adenose esclerosante (fibrose acentuada que comprime e distorce o epitélio proliferativo), cicatriz radiada, papiloma, microcalcificações na mamografia. Na clínica: nódulo palpável. Há pouco risco de carcinoma no futuro. Dentro do ducto está cheio de células Hiperplasia epitelial Adenose esclerosante Papiloma Alterações proliferativas com atipia Hiperplasia ductal e lobular com atipia – aumento do risco de neoplasia (baixo, mas existe) 3 Jaíne Miotto Candaten o Carcinomas Neoplasias mais comum em mulheres, 2º em mortalidade Incidência ascendente após os 30 anos. Rastreamento – aumento na taxa de tumores em estadio I Patogenia: superexpressão do proto-oncogene HER2/NEU, RAS, MYC, BRCA1 E BRCA 2 (10% dos casos); desequilíbrio hormonal (excesso de estrogênio endógeno). Aumento das taxas em países em desenvolvimento – mudança no estilo de vida Densidade mamária – quantidade de parênquima Adenocarcinomas – ductos e lóbulos 95% Carcinoma ''in situ'': células neoplásicas limitadas a ductos e lóbulos – mamografia – microcalcificações Carcinoma ductal e lobular ''in situ'' Microcalcificações agrupadas e grosseiras. BI-RAS3, BI-RADS 4. Carcinoma ductal in situ do tipo cômedo Flecha → necrose Carcinoma ductal in situ tipo cribiforme Carcinoma infiltrante – Ductais infiltrantes → carcinoma invasivo tipo não especial Pele com aspecto de casca de laranja 4 Jaíne Miotto Candaten Lesão com densidade alta, de bordos radiados Brancacenta, firme, ductos pequenos HER 2 + Sistema de classificação baseado em Bloom e Richardson: As pontuações são atribuídas para a proporção de formação de túbulos (pontuação de 1 - 3 com 3 sendo má formação de túbulos), o grau de pleomorfismo nuclear (1 - 3 com 3 mostrando um alto grau de pleomorfismo) e a contagem mitótica (1 - 3, 3 sendo uma contagem mitótica alta, o número exato depende do tamanho do campo microscópico). As pontuações são combinadas para dar uma nota de 1 (pontuação total de 3 para 5), 2 (pontuação 6 ou 7) ou 3 (pontuação 8 ou 9), onde os tumores de grau 1 são os mais diferenciados e os de grau 3 são os menos diferenciados. o Fibroadenoma: Neoplasia benigna estromal mais comum. 20 a 30 anos, massas bilaterais, palpáveis Macro: nódulos bem delimitados, superfície sólida, branco-acinzentada. 5 Jaíne Miotto Candaten Micro: proliferação de estroma e distorção glandular o Papiloma intraductal Benigno. Localizado próximo ao mamilo. Aspecto em couve-flor. Capacidade de secreção Diagnóstico diferencial com carcinoma. 6 Jaíne Miotto Candaten o Corpo uterino e ovários Endometrite Inflamação do endométrio. Pode ser aguda (resposta neutrofílica) ou crônica (resposta linfoplasmocitária). Pode ser causada por produtos retidos da concepção, posteriormente ao aborto ou parto, ou à presença de corpo estranho, como DIU. Clinica: febre, dor abdominal, alterações menstruais. Existe risco aumentado de infertilidade e gravidez ectópica. Adenomiose Crescimento da camada basal do endométrio para dentro do miométrio. Ninhos de estroma endometrial, glândula ou ambos são encontrados profundamente no miométrio interpostos entre os feixes musculares e isso induz hipertrofia reativa do miométrio, resultando em um útero globular alargado. Clínica: adenomiose acentuada pode manifestar menorragia, dismenorreia e dor pélvica antes do início da menstruação. Não há sangramento cíclico. Endometriose Presença de glândulas e estroma endometriais em local fora do endomiométrio. Macro: nódulos ou implantes marrom-avermelhados (onde o sangue se acumula). E se os ovários estão acometidos, há cistos de chocolate (cistos grandes e cheios de sangue que ficam marrons). Pólipos endometriais Únicos ou múltiplos, sangramento anormal, menopausa. Risco baixo de malignização. Glândulas dilatadas Hiperplasia endometrial Aumento no número de glândulas por estimulação estrogênica prolongada. Hiperplasia típica x atípica – PTEN mutado O risco de desenvolver carcinoma está relacionado com a presença de atipia celular. 7 Jaíne Miotto Candaten Carcinoma endometrial Endometrioide (80%): hiperplasia na perimenopausa, estimulação estrogênica. Fatores de risco: obesidade, diabetes, hipertensão, síndrome de Lynch. Mutação nos genes PTEN e KRAS Seroso: mulheres idosas, atrofia do endométrio, mutação no TP53 Endometrioide Grau 1, 2 e 3 Tipos histológicos: diferenciação escamosa, mucinosa e tubária. Seroso É auto grau. Pode formar tufos e papilas; atipia citológica. Leiomiomas Tumores benignos que surgem das células musculares lisas do miométrio. Massas firmes branco-acinzentadas nitidamente circunscritas com superfície de corte em espiral. Leiomiossarcoma Tumores malignos que surgem das células mesenquimais do miométrio. Quase sempre são solitários e ocorrem mais frequentemente em mulheres na pós- menopausa. Massas necrosadas moles e hemorrágicas. Atipia citológica e atividade mitótica. Tumor de ovário 8 Jaíne Miotto Candaten Maioria benignos. Lesões borderline. Classificados quanto a célula de origem: epitelial, germinativa e estromal. Tumores epiteliais: Serosos, mucinoso e endometrioides – benignos, bordelines e malignos Fatores de risco: nuliparidade, menarca precoce, menopausa tardia, idade avançada, história familiar, ancestral Ashkenazi, síndrome de Lynch, mutação BRCA1, BRCA2, antecedente pessoal de CA de mama. As lesões benignas são geralmente císticas (cistadenoma) e podem ter um componente estromal de acompanhamento (cistadenofibroma). Os tumores malignos também podem ser císticos (cistadenocarcinoma) ou sólidos (carcinoma). Serosos: mais comuns. B) Cistadenoma seroso A) Tumor seroso borderline Carcinoma seroso do ovário A A 9 Jaíne Miotto Candaten Mucinosos: benignos (mais comuns), borderline, malignos Germinativos Maioria são teratomas. Disgerminomas, coriocarcinomas, vitelínico Disgerminomas Teratoma Estroma Células granuloma, fibroma, fibrotecomas, tecomas Ovário gigante perto do útero pequeno. Ovário é sede de metástase, a mais comum é tumor de Krukenberg
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