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Legislação Empresarial

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Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO 
EMPRESARIAL
Professora Me. Mariane Helena Lopes Benedito
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; BENEDITO, Mariane Helena Lopes. 
 
 Legislação Empresarial. Mariane Helena Lopes Benedito. 
 Reimpressão 2021.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 200 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Legislação. 2. Administração . 3. Empresarial. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0722-0
CDD - 22 ed. 343
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação
Kátia Coelho
Diretoria de Pós-graduação 
Bruno do Val Jorge
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas
Gerência de de Contratos e Operações
Jislaine Cristina da Silva
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisora de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel
Coordenador de Conteúdo
Patrícia Rodrigues da Silva
Design Educacional
Giovana Cardoso
Iconografia
Isabela Soares Silva
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Ellen Jeane da Silva
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Pedro Afonso Barth
Alisson André Pepato
Ilustração
Marta Kakitani
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
CU
RR
ÍC
U
LO
Professora Me. Mariane Helena Lopes Benedito
Mestre em Ciências Jurídicas com ênfase em Direitos da Personalidade pelo 
Centro Universitário Cesumar (Unicesumar/2012). Tem pós-graduação em 
Direito Aplicado pela Escola da Magistratura do Paraná (2009). Tem graduação 
em Direito (Unicesumar/2008). Professora da Unicesumar desde 2010, 
atuando nos cursos de Administração, Direito, Gestão de Recursos Humanos, 
Jornalismo, Pilotagem de Aviões e Publicidade e Propaganda na modalidade 
presencial. No ensino a distância, atua nos cursos de Administração, Gestão de 
Recursos Humanos e Processos Gerenciais, Serviço Social, Gestão Hospitalar, 
Economia, Gestão de Cooperativas e trabalha também na pós graduação.
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e 
publicações, acesse seu currículo, disponível no endereço a seguir:
<http://lattes.cnpq.br/1815582404405502>.
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, caro(a) aluno(a)! Com base neste livro didático, estudaremos algumas áreas do Di-
reito. A disciplina se propõe a fornecer as bases necessárias para que você possa enten-
der as matérias (Empresarial, Tributário, Trabalho e Consumidor) que serão estudadas e 
que serão importantes no exercício de sua profissão.
O Direito está presente em todos os eventos do nosso cotidiano. Por exemplo, quando, 
ao sairmos de casa, apagamos todas as luzes. Apesar de não percebermos, o que existe 
nessa relação é um contrato de prestação de serviços fornecidos pela companhia de 
energia elétrica. Por relações como essa, conhecer o Direito é essencial para a tomada 
de decisões, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. 
Neste livro, estudaremos grandes áreas do Direito, as quais são de suma importância para 
o seu conhecimento e aplicação enquanto um(a) futuro(a) profissional de Administração. 
Inicialmente, na Unidade I, faremos uma breve introdução sobre o que é o Direito, com-
preendendo a sua finalidade e seus objetivos, bem como divisões e classificações.
Na Unidade II, estudaremos o Direito Empresarial, analisando quem pode ser considerado 
empresário ou não, de que forma a pessoa pode ser considerada empresária, bem como 
as modalidades de sociedade e os títulos de crédito que existem na nossa legislação. A 
seguir, na Unidade III, estudaremos o Direito Tributário, compreendendo que o tributo é 
o gênero que se subdivide em espécies que são: imposto, taxa, contribuição de melhoria, 
contribuição social e empréstimo compulsório e analisaremos cada uma delas.
Na Unidade IV, falaremos um pouco sobre Direito do Trabalho, a área de mais importân-
cia e grande discussão dentro de uma organização empresarial. Veremos a diferença en-
tre empregado e empregador, a forma de remunerar oempregado pela função desem-
penhada, em que medida vai o poder de direção do empregador, entre outros aspectos 
relevantes e pertinentes ao conteúdo. Por fim, na Unidade V, estudaremos o Direito do 
Consumidor, conhecendo um pouco melhor os direitos e deveres que o Código do Con-
sumidor criou tanto para o consumidor final quanto para o próprio fornecedor.
Espero que, por meio deste material, você possa conhecer um pouco mais sobre seus 
direitos, bem como conhecer melhor a legislação para poder desempenhar o melhor 
trabalho possível dentro de uma organização empresarial.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
DIREITO E MORAL E DIREITO CONSTITUCIONAL
15 Introdução
16 Conceito de Direito 
18 Direito Objetivo e Direito Subjetivo 
19 Distinção entre Direito e Moral 
20 Ramos do Direito 
21 Fontes do Direito 
24 Aplicação das Normas de Direito 
26 Eficácia 
29 Princípios Gerais do Direito 
31 Direito Constitucional 
34 Divisão dos Poderes 
37 Direitos e Garantias Individuais 
45 Considerações Finais 
52 Referências 
53 Gabarito 
SUMÁRIO
10
UNIDADE II
DIREITO EMPRESARIAL
57 Introdução
58 Desenvolvimento do Direito Empresarial no Brasil 
59 Autonomia, Importância e Conceito de Direito Empresarial 
60 Objeto do Direito Empresarial 
60 Conceito e Caracterização do Empresário 
62 Conceito de Empresa 
63 Capacidade de ser Empresário 
68 Sociedades Comerciais 
71 Títulos de Crédito 
77 Direito Falimentar 
80 Considerações Finais 
88 Referências 
89 Gabarito 
UNIDADE III
DIREITO TRIBUTÁRIO
93 Introdução
94 Conceito e Denominação 
94 Princípios Tributários 
96 Tributo 
SUMÁRIO
11
102 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
104 Fato Gerador 
104 Sujeito Ativo e Sujeito Passivo 
105 Obrigação Tributária 
106 Crédito Tributário 
107 Lançamento 
107 Exclusão do Crédito Tributário 
108 Dívida Ativa 
109 Considerações Finais 
117 Referências 
118 Gabarito 
UNIDADE IV
DIREITO DO TRABALHO
121 Introdução
122 A Evolução no Brasil 
125 Autonomia do Direito do Trabalho 
126 Princípios do Direito do Trabalho 
129 Direito Individual do Trabalho 
130 Contrato de Trabalho pela Consolidação das Leis do Trabalho 
135 Empregado 
140 Empregador 
SUMÁRIO
12
145 Remuneração
152 Formas de Rescisão de Contrato de Trabalho e Direitos do Empregado 
158 Considerações Finais 
166 Referências 
167 Gabarito 
UNIDADE V
DIREITO DO CONSUMIDOR
171 Introdução
172 Finalidade 
173 Objetivo 
174 Princípios do Direito do Consumidor 
177 Consumidor 
178 Fornecedor 
184 Responsabilidade Civil nas Relações de Consumo 
186 Responsabilidade pelo vício do Produto e do Serviço 
189 Considerações Finais 
196 Referências 
197 Gabarito 
198 Conclusão
U
N
ID
A
D
E I
Professora Me. Mariane Helena Lopes
DIREITO E MORAL E DIREITO 
CONSTITUCIONAL
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Demonstrar a diferença entre Direito e Moral.
 ■ Compreender o Direito na sociedade.
 ■ Compreender a evolução do Direito Constitucional.
 ■ Analisar alguns tópicos relacionados à Constituição Federal brasileira. 
 ■ Conhecer os direitos previstos na Constituição Federal. 
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Conceito de Direito
 ■ Direito Objetivo e Direito Subjetivo
 ■ Distinção entre Direito e Moral
 ■ Ramos do Direito
 ■ Fontes do Direito
 ■ Aplicação das Normas de Direito
 ■ Eficácia
 ■ Princípios Gerais do Direito
 ■ Direito Constitucional
 ■ Divisão dos Poderes
 ■ Direitos e Garantias Fundamentais
INTRODUÇÃO
Nesta primeira unidade, estudaremos o conceito de Direito, qual a importância do 
Direito para a nossa sociedade e para regulamentar a vida humana em sociedade. 
Nesse primeiro momento, é importante entendermos como o Direito funciona 
e de que forma ele se divide. Além disso, precisamos saber onde o Direito está 
posto, ou seja, de que forma encontramos as leis, que são as normas de conduta 
a serem seguidas pela sociedade. 
Compreender a divisão entre Direito e Moral também é um ponto funda-
mental, uma vez que, na maioria das vezes, as pessoas confundem os dois, pois 
em muitas situações eles se completam. Veremos também a divisão do Direito 
em ramos que facilitarão o nosso estudo e fazem com que a compreensão da 
matéria seja mais fácil. 
Analisaremos as fontes do Direito: as principais são leis, jurisprudência, 
costume jurídico e doutrina jurídica, existindo outras fontes, mas de menor 
importância para esta disciplina. Ainda, no Direito temos que conhecer a melhor 
forma de se aplicar uma legislação a um caso concreto. Tal quesito será demons-
trado de duas maneiras: como pode ser feito tanto com a interpretação quanto 
com a integração. Cabe chamarmos a atenção para a integração, pois ela, no caso 
da equidade e da analogia, só pode ser feita pelo magistrado, no momento em 
que o caso concreto é levado a seu conhecimento.
Após essa parte introdutória, passaremos a estudar o Direito Constitucional, 
a principal e mais importante área do Direito. É a partir da Constituição Federal 
que todas as demais fontes no nosso ordenamento jurídico devem ser criadas. Caso 
alguma fonte seja criada em contradição com a Constituição Federal, esta não 
pode ser aplicada em nossa sociedade, devendo ser considerada inconstitucional.
Por fim, veremos alguns direitos e deveres individuais e coletivos previstos 
na Constituição Federal.
Bons estudos!
Introdução
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DIREITO E MORAL E DIREITO CONSTITUCIONAL
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
CONCEITO DE DIREITO
A palavra direito vem do latim directu, que tem como significado colocado 
em linha reta, alinhado, direito, reto, da qualidade do que é conforme a regra 
(MARTINS, 2013). Existem vários significados para a palavra Direito, tais como 
norma, lei, regra, faculdade, o que é devido à pessoa, fenômeno social entre 
outros. Ao se falar em conceituar, significa que se procurará limitar o signifi-
cado, bem como o sentido de cada palavra posta.
Para Luis Alberto Warat, uma boa definição de Direito depende dos seguin-
tes requisitos: “a) não deve ser circular; b) não deve ser elaborada em linguagem 
ambígua, obscura ou figurada; c) não deve ser demasiado ampla, nem restrita; 
d) não deve ser negativa quando puder ser positiva (WARAT, 1977, p. 6)
Muitas vezes, o conceito de Direito deve ser elaborado pela Filosofia do 
Direito, podendo fazer críticas necessárias para esse fim. Aristóteles mencio-
nava que o homem é um animal político, destinado a viver em sociedade. Por 
essa razão, havia a necessidade de regras para que pudesse viver em harmonia, 
evitando a desordem em sociedade (MARTINS, 2013). Ou seja, para Aristóteles 
as regras foram necessárias a fim de fazer com que a sociedade pudesse ser har-
mônica e ainda fosse possível em sua organização. Miguel Reale define o Direito 
como “a vinculação bilateral atributiva da conduta para a realização ordenada 
dos valores de convivência” (REALE, 1972, p. 617).
O Direito pode ser definido como o conjunto de princípios, regras e insti-
tuições destinados a regulamentar a vida humana em sociedade.
Nesse ponto, quando se fala em regulamentar a vida humana em sociedade, 
deve-se fazer uma reflexão: o Direito está em todo lugar? Posso falar que ele 
existe apenas onde existe a sociedade?
Conceito de Direito
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17
Vamos desmembrar a definição anterior para compreendermos melhor o 
Direito. Inicialmente, podemos defini-la como conjunto. De fato, o Direito repre-
senta um conjunto por ser composto de várias partes organizadas, formando assimum sistema. Como iremos estudar mais adiante, observaremos que o Direito é 
dividido em vários ramos, cada um sobre um determinado assunto. Nesta dis-
ciplina, estudaremos os seguintes ramos: Direito Constitucional, Direito Civil, 
Direito Administrativo, Direito Internacional e Direito Penal.
O Direito possui também princípios próprios como qualquer ciência, mesmo 
que não exata. Dentre eles, pode-se citar o da dignidade humana, boa-fé, publici-
dade, razoabilidade, proporcionalidade dentre outros que estudaremos adiante. 
Dentro do Direito encontramos as instituições, que são entidades que perdu-
ram no tempo, como, por exemplo: os sindicatos, os órgãos do Poder Judiciário, 
do Poder Executivo etc.
É necessário pontuar que o Direito tem como objetivo a regulamentação 
da vida humana em sociedade, estabelecendo, para tal fim, normas de conduta 
que devem ser seguidas. Além disso, e por meio do Direito que se realizará ou 
se obterá a Justiça. Para finalizar, ele é um meio para a realização ou obtenção 
de um fim, que é a Justiça. Por mais que esta muitas vezes pareça utópica, é para 
essa finalidade que o Direito existe na sociedade.
Para que o Direito seja cumprido em sociedade, o Estado (aqui, quando se 
fala em Estado, deve-se compreender como país), com o uso do seu poder impe-
rativo, prevê a sanção (punição). A sanção no Direito existe para que a norma 
criada seja cumprida quando a submissão a ela não ocorre espontaneamente.
O Direito, como afirma Sérgio Pinto Martins (2013), tem em uma das mãos 
a balança e na outra a espada. A balança serve para sopesar o Direito, e a espada 
visa fazer cumprir as suas determinações. A espada sem a balança é a despro-
porção. A balança sem a espada é um direito ineficaz. As duas devem caminhar 
juntas. A proporção do emprego da espada e da balança tem de ser igual para 
não se criar desigualdades. 
DIREITO E MORAL E DIREITO CONSTITUCIONAL
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
O Direito tem três dimensões: 1º) os fatos que ocorrem na sociedade; 2º) a 
valoração que se dá a esses fatos; 3º) a norma, que pretende regular as condutas 
das pessoas, com base nos fatos e valores. Há uma interação dos fatos, valores e 
normas. O Direito é uma ordem de fatos integrada em uma ordem de valores. 
Dessa integração de um fato surge a norma (REALE, 1940), que seria a chamada 
tridimensionalidade do Direito.
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO 
O Direito Objetivo, nas palavras de Sérgio Pinto Martins (2013, p. 5), “é o com-
plexo de normas que são impostas às pessoas, tendo caráter de universalidade, 
para regular suas relações”. Ou seja, o Direito Objetivo é aquele criado pelo 
Estado e aplicado a toda a coletividade. Independente da vontade do indivíduo, 
ele existe. Podemos citar como exemplo o Direito Constitucional, que é apli-
cado igualmente a todos.
Já o Direito Subjetivo é a faculdade, a escolha de a pessoa postular seu direito, 
objetivando a realização de seus interesses, uma vez que não foram cumpridos.
No caso do Direito Subjetivo, diferentemente do Direito Objetivo, ele depen-
derá da vontade do indivíduo para existir, ou seja, é necessária a manifestação 
de vontade para a aplicação de um direito. O exemplo deste seria o Direito do 
Consumidor. Quando se compra um produto e ele apresenta algum defeito, 
dependerá da manifestação da vontade daquele que comprou para que o pro-
duto seja trocado ou o negócio seja desfeito.
Tanto o direito subjetivo quanto o objetivo são aspectos da mesma realidade, 
podendo ser encarada de uma ou de outra forma. O primeiro é a expressão da 
vontade individual, enquanto o segundo é a vontade geral. Pode-se dizer que o 
interesse também configura o direito subjetivo, já que se trata de um poder atri-
buído à vontade do indivíduo para a satisfação dos seus próprios interesses, que 
são protegidos pela lei, vale dizer, pelo direito objetivo.
Distinção entre Direito e Moral
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DISTINÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL
Para continuarmos nosso estudo sobre o Direito, precisamos estabelecer a dis-
tinção entre o que é Direito e o que é Moral. A Moral possui um conceito que 
varia com o tempo, em razão de questões políticas, sociais e econômicas, que 
vão sendo alteradas de acordo com a história e com a sociedade que é estudada.
A Moral é unilateral, pois não há punição, uma vez que a norma foi des-
cumprida. Já no Direito, há uma bilateralidade, uma vez que há uma imposição 
do comportamento do indivíduo na sociedade e, quando este é descumprido, 
há uma sanção (punição) por parte do Estado.
Para melhor compreender, veja a tabela a seguir com a distinção feita por 
Miguel Reale (1972, p. 626).
Quadro 1 - Diferenças entre Moral e Direito
ASPECTO MORAL DIREITO
Quanto à valoração do 
ato
a) unilateral.
b) visa à intenção, par-
tindo da exteriorização 
do ato.
a) bilateral.
b) visa à exteriorização do 
ato, partindo da intenção.
Quanto à forma a) é autônoma, prove-
niente da vontade das 
partes.
b) não há coação.
a) pode vir de fora da vontade 
das partes (heterônomo).
b) é coercível.
Quanto ao objeto a) visa ao bem indivi-
dual ou aos valores da 
pessoa.
a) visa ao bem social ou aos 
valores de convivência.
Fonte: adaptado de Martins (2013).
Assim, observamos que o Direito e a Moral, apesar de parecerem a mesma coisa 
em muitos momentos, apresentam diferenças bastante marcantes. A diferença 
entre eles fica clara quando se fala na punição e na criação da norma de cada 
um deles.
DIREITO E MORAL E DIREITO CONSTITUCIONAL
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
RAMOS DO DIREITO
Existe uma vasta classificação da ciência do Direito. A primeira que vamos tra-
balhar é a classificação em direito natural e direito positivo. 
O Direito natural nasce a partir do momento em que surge o homem, apa-
recendo, portanto, naturalmente para regular a vida humana em sociedade, de 
acordo com as regras da natureza (MARTINS, 2013). Pode-se dizer que seria 
uma norma criada pela natureza e não pelo homem, logo não pode ser criada 
pelo Estado. Seriam princípios gerais e universais para regular os direitos e 
deveres do homem. O Direito natural é aquele que fixa regras de validade uni-
versal, não consubstanciadas em regras impostas ao indivíduo pelo Estado. Em 
verdade, ele se impõe a todos os povos pela força dos princípios supremos dos 
quais resulta, como, por exemplo, o direito de reproduzir, o direito de viver etc. 
(FÜHRER; MILARÉ, 2009). 
Já o Direito positivo compreende o conjunto de regras estabelecidas por 
meio do poder político em vigor num determinado país e em uma determinada 
época (FÜHRER; MILARÉ, 2009). Ou seja, “o Direito positivo é apenas a norma 
legal, emanada pelo Estado e não de outras fontes do Direito. Ele estabelece o 
que é útil, sendo conhecido por meio de uma declaração de vontade alheia, que 
é a promulgação” (MARTINS, 2013, p. 8).
O Direito público é aquele que regula as relações em que o Estado é parte; o 
segundo é o que disciplina as relações entre particulares, nas quais predomina, 
de modo imediato, o interesse de ordem privada (REIS; REIS, 2006). Ainda, 
pode-se definir o Direito público como o ramo que: 
[...] regula as relações em que predominam os interesses gerais da so-
ciedade, considerada como um todo. Nas relações de Direito Público, o 
Estado participa como sujeito ativo (titular do poder jurídico) ou como 
sujeito passivo (destinatário do dever jurídico), mas sempre como 
órgão da sociedade e, portanto, sem perder a posição de supremacia 
ou poder de império. (REIS; REIS, 2006, p. 8).
Fontes do Direito
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O Direito privado é aquele que:
[...] regulaas relações em que predominam os interesses particulares 
ou a esfera privada. Nas relações jurídicas de Direito Privado o Estado 
pode participar como sujeito ativo ou passivo, em regime de coorde-
nação com os particulares, isto é, dispensando sua supremacia ou po-
der de império. (REIS; REIS, 2006, p. 8).
Assim, conclui-se que o Direito público envolve a organização de um Estado, 
em que são estabelecidas as normas de ordem pública, enquanto o direito pri-
vado diz respeito ao interesse dos particulares, decorrentes da manifestação de 
vontade dos interessados.
FONTES DO DIREITO
Ao se falar em fontes, deve-se ter em mente as diversas formas pelas quais nasce o 
Direito. Como visto, o Direito é uma criação do Estado, de acordo com as neces-
sidades da sociedade. Por essa razão, a própria sociedade determinará de onde 
provém ou emanam as regras que a disciplinará.
As fontes primárias do Direito são: lei, costumes, doutrina e jurisprudência. 
Passaremos a estudar cada uma delas.
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LEI
Essa é a fonte do direito de maior 
importância em nosso país e em nosso 
ordenamento jurídico. Assim, deve-se 
buscar na lei a forma correta de proce-
der em nossas relações sociais.
O Art. 5º, II da Constituição 
Federal estabelece que “ninguém 
será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude 
de lei”. Tal fonte é uma regra de con-
duta editada pelo Poder Legislativo, 
no qual estão presentes os representantes do povo, ou seja, são os vereadores 
(nível municipal), os deputados estaduais (nível estadual) e os deputados fede-
rais (nível federal).
A característica da lei é a generalidade. Ela se aplica de uma maneira geral 
a todos, não fazendo qualquer tipo de distinção.
Para conhecer as leis que estão em vigor em nosso país, uma excelente fonte 
de consulta é o site do Planalto. Nesse espaço você tem acesso a todo o ma-
terial legislativo produzido em nosso país. Além disso, consegue também 
se manter informado sobre as alterações legislativas, leis que deixaram de 
existir (revogadas) e leis que passaram a existir (vigentes) em nossa socie-
dade. Para consultar acesse o link: <http://www2.planalto.gov.br/acervo/
legislacao>.
Fonte: a autora.
Fontes do Direito
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COSTUME
O costume é o comportamento praticado reiteradamente pela sociedade, 
que acaba se tornando uma lei, sendo então incorporada ao ordenamento jurí-
dico brasileiro, ou seja, antes mesmo de se tornar uma lei já é considerado uma 
fonte do direito. Como dito anteriormente, a principal fonte do direito é a lei. 
Todavia, em alguns casos ainda não há regulamentação, sendo necessário buscar 
a solução para esses casos nas regras que a sociedade vem praticando de forma 
reiterada. Deve-se salientar que o costume não poderá ser aplicado se for con-
trário a uma determinação expressa em lei.
A aplicação do costume varia conforme o ramo do Direito. Por exemplo, no 
Direito Comercial, o costume tem importância. Já no Direito Penal, o costume 
é totalmente proibido, pois, conforme prevê o Código Penal e como será estu-
dado em nossa última unidade, não há crime sem lei que o defina.
Deve-se salientar que o costume não poderá ser aplicado se for contrário a 
uma determinação expressa em lei.
DOUTRINA
A doutrina consiste na opinião dos juristas, que 
são os estudiosos do Direito sobre determinado 
assunto. Seria o conjunto sistemático de teorias 
sobre o Direito elaborado pelos juristas. Pode-se 
dizer que é um produto da reflexão e do estudo 
que os grandes juristas desenvolvem sobre o 
Direito (COTRIM, 2009).
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JURISPRUDÊNCIA
Ao lado da doutrina, a jurisprudência realiza a interpretação do direito. Enquanto 
a doutrina é a interpretação do direito feita pelos juristas, a jurisprudência é a 
interpretação do Direito feita pelos Tribunais do nosso país.
A principal fonte é a lei, porém, ela deve ser interpretada e esta é feita tanto 
pelos juristas quanto pelos Tribunais, no momento em que eles julgam os casos 
concretos. Dessa forma, a jurisprudência acaba sendo utilizada como uma refe-
rência para a pessoa ingressar com uma ação, ajudando assim a fundamentar 
seu pedido.
APLICAÇÃO DAS NORMAS DE DIREITO
Ao aplicar uma lei, o juiz busca atender aos fins sociais a que ela se dirige e às 
exigências do bem comum. Passaremos a estudar a interpretação e a integração 
das normas, compreendendo assim como se aplica uma lei ao caso concreto.
INTERPRETAÇÃO
Quando se fala em interpretar a norma, significa compreender o que o legis-
lador quis dizer com a criação da norma. Quanto às fontes que interpretam a 
norma, elas podem ser: autêntica, doutrinária e jurisprudencial. Com relação aos 
meios: gramatical, lógica, histórica e sistemática. E, por fim, quanto aos resulta-
dos: declarativa, extensiva, restritiva e finalística.
Vamos analisar as várias formas de interpretação da norma jurídica 
(MARTINS, 2013, p. 21-22):
Aplicação das Normas de Direito
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A. Gramatical, literal ou filológica: é a verificação do sentido grama-
tical da norma criada. Analisa-se o alcance das palavras no texto 
da lei. 
B. Lógica: estabelece-se uma conexão entre vários textos legais a se-
rem interpretados e aplicados ao caso concreto.
C. Teleológica ou finalística: a interpretação da norma é dada de acor-
do com o fim esperado pelo legislador.
D. Sistemática: é feita a interpretação de acordo com o sistema que a 
norma está inserida, não interpretando isoladamente a lei.
E. Extensiva ou ampliativa: dá-se um sentido mais amplo à norma do 
que ela normalmente teria.
F. Restritiva ou limitativa: dá-se um sentido mais restrito, limitando-
-se à interpretação da norma jurídica.
G. Histórica: deve-se analisar a evolução histórica dos fatos, o pensa-
mento do legislador não só à época da edição da lei, mas também 
de acordo com sua exposição de motivos.
H. Autêntica: é realizada pelo próprio órgão que criou a lei, no mo-
mento em que ela declara o sentido, alcance e conteúdo por meio 
de norma.
I. Sociológica: constata-se a realidade e a necessidade social na ela-
boração da lei e em sua aplicação.
No Direito, não há uma única interpretação fora do que foi mencionado na 
citação anterior. Ou seja, dessa forma devem ser seguidos os métodos de inter-
pretação supracitados.
INTEGRAÇÃO
A integração é quando o intérprete da lei fica autorizado a suprir as lacunas exis-
tentes na norma jurídica por meio da utilização de técnicas jurídicas, que são: 
analogia, equidade e princípios gerais do direito.
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A analogia é um meio de preenchimento das lacunas deixadas pelo legis-
lador no momento de criação de uma lei. É quando o juiz, ao analisar o caso 
concreto, aplica uma lei semelhante ao caso.
A equidade significa justiça, o bom senso. Nesse caso, o juiz aplicará ao caso 
concreto a solução que considerar como adequada de acordo com o seu enten-
dimento, com o que ele considerar correto. Ela tem como significado completar 
a lacuna da lei, porém é vedado qualquer julgamento que for contra a lei. 
Tanto a analogia quanto a equidade serão utilizadas exclusivamente pelo juiz 
para fundamentar sua decisão quando a lei apresentar alguma lacuna.
Já os princípios gerais do direito serão analisados separadamente no decor-
rer desta unidade, devido à sua complexidade.
EFICÁCIA
A eficácia pode ser conceituada como“a produção de efeitos jurídicos concretos 
ao regular as relações” (MARTINS, 2013, p. 25). Compreende na aplicabilidade 
da norma se ela é obedecida ou não pelas pessoas. A eficácia jurídica é a pos-
sibilidade de a norma ser aplicada ao caso concreto, gerando efeitos jurídicos. 
Essa eficácia pode ser dividida em no tempo e no espaço, que estudaremos a 
seguir (MARTINS, 2013).
EFICÁCIA NO TEMPO
Significa a entrada da lei em vigor, ou seja, quando a lei passará a existir na socie-
dade. Geralmente, a lei entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial 
da União (DOU). Caso a lei não apresente nenhum prazo, esta começará a vigo-
rar 45 dias depois de oficialmente publicada. (MARTINS, 2013).
Eficácia
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Com a publicação da lei no Diário Oficial da União, objetiva-se torná-la 
pública para toda a sociedade, não podendo ser alegado o seu desconhecimento.
Caso a lei não tenha uma vigência temporária, ou seja, não apresente um 
prazo máximo em que ela existirá na sociedade, ela só poderá deixar de existir 
até que outra lei a modifique ou a revogue.
A lei posterior pode revogar a anterior nas seguintes situações (MARTINS, 
2013, p. 58):
A. Expressamente o declare: revogam-se as disposições em contrário, 
ou quando revoga especificamente outra lei ou Artigo de lei;
B. For incompatível como, por exemplo, quando prescrever conduta 
totalmente contrária à especificada na lei anterior;
C. Regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
Caso a nova lei estabeleça disposições gerais ou especiais iguais as já existen-
tes, não revoga nem modifica a lei anterior. Uma vez que a lei passou a ter vigor, 
terá efeito imediato e geral, respeitando sempre o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada.
O ato jurídico perfeito é aquele já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que ela se efetuou. O direito adquirido é o que integra o patrimônio 
jurídico da pessoa, por já ter implementado todas as condições para adquirir o 
direito, podendo exercê-lo a qualquer momento. E, por fim, a coisa julgada que 
é a decisão judicial que já não cabe mais recurso, não podendo ser modificada 
(MARTINS, 2013).
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EFICÁCIA NO ESPAÇO
A eficácia no espaço diz respeito ao território em que será aplicada a norma. “Ela 
se aplica ao Brasil, tanto para os natos como para os estrangeiros que aqui resi-
dam” (MARTINS, 2013, p. 27). A eficácia no espaço também resolverá os casos 
em que acontecer alguma atitude contrária à lei, analisando se naquele territó-
rio será aplicada a lei brasileira ou uma lei estrangeira. 
 Para ilustrar, imagine a seguinte situação: o indivíduo A entrou na embai-
xada brasileira na Holanda e acabou matando o sujeito B. Nesse caso, ainda que 
a embaixada esteja localizada na Holanda, será aplicada a lei brasileira, pois o 
órgão oficial é brasileiro, sendo considerada uma extensão do nosso território.
Princípios Gerais do Direito
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PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO
Antes de começarmos a falar das funções ou de cada um dos princípios, preci-
samos entender o que é princípio. Este deve ser considerado como o alicerce do 
Direito, uma vez que são as proposições básicas, o fundamento, a base que infor-
mará e orientará as normas jurídicas.
FUNÇÕES GERAIS DO PRINCÍPIO
As funções dos princípios são: informadora, normativa e interpretativa. A pri-
meira função tem como finalidade a inspiração ou orientação ao legislador, 
servindo para basear a criação de uma norma e como sustentáculo para o orde-
namento jurídico (MARTINS, 2013).
A segunda função – normativa – atuará nos casos concretos quando não 
houver uma disposição específica para disciplinar determinada situação. E, por 
fim, a terceira e última função servirá de critério orientador para os intérpre-
tes e aplicadores da lei. Auxiliará na interpretação da norma e também tem sua 
exata compreensão. Em nosso ordenamento jurídico, os princípios só serão uti-
lizados quando não houver uma norma legal, convencional ou contratual. Será 
o último elo a que o intérprete para solucionar o caso concreto.
ALGUNS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO
1º) Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana: é um dos objetivos 
do nosso país. O Art. 5º, X da Constituição Federal assegura a inviola-
bilidade à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas, 
assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decor-
rente de sua violação.
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2º) Princípio da função social: regula a vida humana em sociedade, esta-
belecendo as regras de conduta que devem ser respeitadas por todos. 
3º) Princípio da razoabilidade: as pessoas devem agir com razoabilidade, 
o que também acontece com as normas jurídicas.
4º) Princípio da proporcionalidade: não se pode impor condutas a não 
ser que seja em estrito cumprimento do interesse público. Não se pode 
agir com excessos, nem de forma insuficiente.
5º) Princípio do enriquecimento sem causa: uma pessoa não poderá 
locupletar-se de outra, enriquecendo às custas dela, sem que haja causa 
para tanto.
6º) Princípio da proibição do abuso do direito ou do lícito exercício regu-
lar do próprio direito: tal princípio é fundamental ao Direito. Nesse caso, 
não se constituem atos ilícitos os praticados no exercício regular de um 
direito reconhecido.
Com relação ao princípio da dignidade da pessoa humana, sabe-se que 
deve ser seguido à risca. Você acredita que isso acontece no Brasil?
Direito Constitucional
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Para estudarmos algumas áreas específicas 
do Direito, precisamos conhecer o Direito 
Constitucional, que é o ramo mais impor-
tante de todo o nosso ordenamento jurídico. 
Isso porque a Constituição Federal de 1988 é 
a fonte principal e que regulamenta todas as 
demais áreas. 
Antes de começarmos a estudar o Direito 
Constitucional, é preciso fazer a análise do Art. 
1º da Constituição Federal, que dispõe que a 
República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos estados, municípios e 
do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamento a soberania, a cidadania, a 
dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, 
e o pluralismo político.
A Constituição é a lei máxima e fundamental do Estado. Ela ocupa o ponto 
mais alto da hierarquia das normas, recebendo, por esse motivo, nomes como: Lei 
Suprema, Lei Maior, Carta Magna, Lei das Leis ou Lei Fundamental (COTRIM, 
2009).
O Direito Constitucional é o ramo do Direito Público responsável por estu-
dar as regras estruturadoras do Estado, garantidoras dos direitos e liberdades 
individuais (JACQUES, 1954).
A Constituição pode ser conceituada como um conjunto de princípios e regras 
relativos à estrutura e ao funcionamento do Estado. Ela é uma norma escrita ou 
costumeira, que regula a forma de Estado e governo, bem como a sua organização 
(MARTINS, 2013). Por isso, na Constituição Federal brasileira, são encontradas 
várias regras de Direito Civil, Tributário, Administrativo, Internacional, Penal, do 
Trabalho, da Seguridade Social entre outras, ou seja, ela traz um pouco de cada 
ramo do direito. Além disso, ela possui um conteúdo específico, previamente 
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identificável, do que seja ou não próprio de uma Constituição. Seu conteúdo é 
elástico, variando de acordo com a vontade política do povo.
Gilberto Cotrim (2009, p. 19) define a Constituição como:
É a declaração da vontade política de um povo, manifestada por meio 
de seus representantes cujos mandatos resultam de eleição popular. É 
uma declaração solene expressa mediante um conjunto de normas ju-
rídicas superiores a todas as outras que estabelece os direitos e deveres 
fundamentais das pessoas, das entidades e dos poderes públicos.
Conclui-se que a Constituição é um documento político, dirigida a todas as pes-
soas, tendo, geralmente, uma linguagem comum e não técnica para que todos 
possam compreender.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Passaremos a estudar alguns dos princípios constitucionais previstos na 
Constituição Federal:
1º) Princípio da supremacia da Constituição: a norma constitucional é 
superior, devendo ser obedecida por todas as demais normas.
2º) Princípio da unidade da Constituição: ela deve ser interpretada na 
sua unidade, ou seja, no seu conjunto. A interpretação deve ser feita de 
forma a evitar contradições.
3ª) Princípio da máxima efetividade da Constituição: as normas consti-
tucionais devem ter o máximo de eficácia na sua aplicação.
4º) Princípio da interpretação conforme a Constituição: caso a norma 
tenha mais de uma interpretação, deve-se dar preferência àquela que esti-
ver de acordo com a Constituição.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O preâmbulo da Constituição Federal dispõe que:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Na-
cional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado 
a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, 
a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça 
como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem 
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, pro-
mulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da Repú-
blica Federativa do Brasil (BRASIL,1988, preâmbulo). 
Quando se fala em preâmbulo, deve-se entender como uma indicação das inten-
ções da Constituição brasileira.
Os fundamentos da República Federativa do Brasil são: a) soberania; b) cida-
dania; c) dignidade da pessoa humana; d) valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa; e) pluralismo político, sendo vedada a existência de um partido único.
Já os objetivos fundamentais são: a) construir uma sociedade livre, justa e 
solidária; b) garantir o desenvolvimento nacional; c) erradicar a pobreza e a mar-
ginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; d) promover o bem 
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação.
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DIVISÃO DOS PODERES
A base da organização do governo está no Art. 2º da Constituição Federal, que 
prevê: “são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, 
o Executivo e o Judiciário” (BRASIL, 1988).
Qual é a função dos poderes? Segundo Führer e Milaré (2009, p. 73). “Os 
Poderes são os órgãos que realizam as diversas funções atribuídas ao Estado, 
quais sejam, as funções: legislativas, administrativas e jurisdicionais”. A fórmula 
ideal para o funcionamento do Estado é de que suas operações fundamentais 
sejam repartidas entre vários órgãos autônomos, cada um atuando na sua esfera 
de atribuição.
Divisão dos Poderes
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PODER EXECUTIVO
É o órgão incumbido de executar as leis e administrar o país. Ele é exercido 
pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. O mandato 
do Presidente da República é de quatro anos, com início no dia 1º de janeiro 
do ano seguinte de sua eleição. A reeleição é permitida em um único período.
O presidente pode cometer crimes como: a) de responsabilidade definidos 
em lei especial; b) comuns, previstos na legislação ordinária.
A acusação contra o Presidente da República, para ser admitida, precisa de 
dois terços de aprovação na Câmara dos Deputados e, após isso, será subme-
tido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais 
comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade (Art. 86 
da Constituição Federal).
Para ser eleito, o candidato a presidente e vice-presidente da República deve-
rão ter a idade mínima de 35 anos. O governador e o vice-governador de Estado 
e Distrito Federal deverão ter no mínimo 30 anos. O prefeito e o vice-prefeito 
deverão ter no mínimo 21 anos.
DIREITO E MORAL E DIREITO CONSTITUCIONAL
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PODER JUDICIÁRIO
O Poder Judiciário tem a função de 
legislar e administrar, bem como a 
função de dizer o direito, aplicando 
ao caso concreto, mediante um pro-
cesso regularmente instaurado, por 
iniciativa do interessado. É o Poder 
Judiciário que dirá como as normas 
serão aplicadas. Desse modo, assim 
ele demonstrará a forma correta de 
interpretação das leis existentes em 
nosso ordenamento jurídico.
PODER LEGISLATIVO
Em nível federal, o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que 
se compõe de duas casas, o Senado e a Câmara dos Deputados, ambos eleitos 
pelos habitantes dos respectivos estados.
Cada estado e o Distrito Federal, de acordo com os Arts. 44 e 45 da Constituição 
Federal elegerá três senadores, com dois suplentes cada, com mandato de oito 
anos, sendo renovada a representação a cada quatro anos de forma alternada.
O número total de deputados, bem como a representação por estado e pelo 
Distrito Federal, será estabelecido por Lei Complementar, proporcionalmente 
à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, 
para que nenhuma unidade da fede-
ração tenha menos de oito e mais de 
setenta deputados (PALAIA, 2011).
Os deputados são escolhidos 
pelo sistema proporcional.Cada 
estado da federação, bem como o 
Direitos e Garantias Individuais
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Distrito Federal, não poderá ter menos de oito e mais de 70 representantes. O 
mandato dos deputados tem duração de quatro anos e, para se elegerem, devem 
ter idade mínima de 21 anos. Já no caso dos senadores, estes são eleitos pelo 
sistema majoritário, sendo três para cada estado e para o Distrito Federal. Os 
mandatos têm duração de oito anos e para se elegerem devem ter idade mínima 
de 35 anos (MARTINS, 2013).
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS
Eles foram estabelecidos para coibir os abusos praticados pelas autoridades. Os 
direitos não se confundem com as garantias. Os direitos são aspectos e mani-
festações da personalidade humana, em sua existência subjetiva ou em suas 
situações de relação com a sociedade ou ainda os indivíduos que a compõem. 
Já as garantias são os instrumentos para o exercício do direito consagrados na 
Constituição (MARTINS, 2013).
Os direitos e deveres são individuais e coletivos. São garantias expressas na 
Constituição, pois não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios 
por ela adotados ou dos tratados internacionais em que o Brasil é parte (Art. 5º, 
§2º da Constituição Federal).
A Constituição Federal, em seu Art. 5º, assegura que:
1. Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos ter-
mos da Constituição. Poderá haver tratamento diferenciadose as-
sim a Constituição estabelecer;
2. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo a não ser em 
virtude de lei. É o princípio da legalidade;
3. Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano 
ou degradante;
4. É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
DIREITO E MORAL E DIREITO CONSTITUCIONAL
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5. É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além 
da indenização por dano material, moral ou à imagem;
6. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegu-
rado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da 
lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias;
7. É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa 
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
8. É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa 
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para exi-
mir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir 
prestação alternativa, fixada em lei;
9. É livre a expressão da atividade intelectual, Artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença;
10. São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material 
ou moral decorrente de sua violação;
11. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo pe-
netrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial;
12. É inviolável o sigilo da correspondência as comunicações telegrá-
ficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei esta-
belecer para fins de investigação criminal ou instrução processual 
penal. A norma que trata do assunto é a Lei nº 9.296/96;
13. É livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendi-
das as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
14. É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo 
da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
15. É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, po-
dendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer 
ou dele sair com seus bens;
16. Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais aber-
tos ao público, independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo 
local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
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17. É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de ca-
ráter paramilitar;
18. A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas in-
dependem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em 
seu funcionamento. As sociedades cooperativas são reguladas na 
Lei nº 5.764/71;
19. As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou 
ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no 
primeiro caso, o trânsito em julgado;
20. Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer as-
sociado;
21. As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudi-
cialmente;
22. É garantido o direito de propriedade;
23. A propriedade atenderá a sua função social;
24. A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por neces-
sidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa 
e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos 
na Constituição;
25. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente po-
derá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário 
indenização ulterior, se houver dano;
26. A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que tra-
balhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento 
de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei 
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
27. Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação 
ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tem-
po que a lei fixar;
28. São assegurados, nos termos da lei: (a) a proteção às participações 
individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz 
humanas, inclusive nas atividades desportivas; (b) o direito de fis-
calização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou 
de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas;
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Reprodução proibida. A
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29. A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio tem-
porário para sua utilização, bem como proteção às criações indus-
triais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros 
signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvi-
mento tecnológico e econômico do país;
30. É garantido o direito de herança;
31. A sucessão de bens de estrangeiros situados no país será regulada 
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, 
sempre que não lhes seja favorável a lei pessoal do de cujus;
32. O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. O 
Código de Defesa do Consumidor é a Lei nº 8.078/90;
33. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo de lei, sob pena de responsabilidade, ressalva-
das aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da socieda-
de e do Estado;
34. São a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas: (a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de 
direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de 
certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e escla-
recimento de situações de interesse pessoal;
35. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ame-
aça a direito;
36. A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito 
e a coisa julgada. Direito adquirido é o que faz parte do patrimô-
nio jurídico da pessoa, que implementou todas as condições para 
esse fim, podendo exercê-lo a qualquer momento. Na expectativa 
de direito, a pessoa não reuniu todas as condições para adquirir o 
direito no curso do tempo. Ato jurídico perfeito é o que se formou 
sob o império da lei velha e não pode ser modificado. A lei não 
pode ser retroativa. Devem ser respeitadas as situações estabele-
cidas na vigência de lei anterior, em razão da estabilidade e segu-
rança jurídicas. Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão 
judicial de que já não caiba mais recurso. Há coisa julgada “quando 
se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba 
recurso”. Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna 
imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordi-
nário ou extraordinário.
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37. Não haverá juízo ou tribunal de exceção;
38. É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der 
a lei, assegurados: (a) a plenitude de defesa; (b) o sigilo das vo-
tações; (c) a soberania dos veredictos; (d) a competência para o 
julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
39. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal;
40. A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
41. A lei punirá qualquer discriminaçãoatentatória dos direitos e li-
berdades fundamentais;
42. A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, 
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
43. A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e dro-
gas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evita-los, se omitirem;
44. Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos ar-
mados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado 
Democrático;
45. Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obri-
gação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, 
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles assegura-
das, até o limite do valor do patrimônio transferido;
46. A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, 
as seguintes: (a) privação ou restrição da liberdade; (b) perda de 
bens; (c) multa; (d) prestação social alternativa; (e) suspensão ou 
interdição de direitos;
47. Não haverá penas: (a) de morte, salvo em caso de guerra declarada; 
(b) de caráter perpétuo; (c) de trabalhos forçados; (d) de banimen-
to; (e) cruéis;
48. A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo 
com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
49. É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
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50. Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam per-
manecer com seus filhos durante o período de amamentação;
51. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso 
de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de com-
provado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, na forma da lei;
52. Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político 
ou de opinião;
53. Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente;
54. Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal;
55. Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusa-
dos em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com 
os meios e recursos a ela inerentes;
56. São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilíci-
tos;
57. Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória;
58. O civilmente identificado não será submetido a identificação cri-
minal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
59. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não 
for intentada no prazo legal;
60. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quan-
do a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
61. Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem es-
crita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo 
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei;
62. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão co-
municados imediatamente ao juiz competente e à família do preso 
ou à pessoa por ele indicada;
63. O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de per-
manecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de 
advogado;
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64. O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão 
ou por seu interrogatório policial;
65. A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judi-
ciária;
66. Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admi-
tir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
67. Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo ina-
dimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e 
a do depositário infiel;
68. Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
69. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líqui-
do e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quan-
do o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público;
70. O mandado de segurança coletivo deve ser impetrado por: (a) 
partido político com representação no Congresso Nacional; (b) 
organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa 
dos interesses de seus membros ou associados.
71. Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberda-
des constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania;
72. Conceder-se-á habeas data: (a) para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de regis-
tros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de cará-
ter público; (b) para a retificação de dados, quando não se prefira 
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
73. Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que 
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio am-
biente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucum-
bência.
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Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E44
74. O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos.
75. O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como 
o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
76. São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
(a) o registro civil de nascimento; (b) a certidão de óbito;
77. São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma 
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania;
78. A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a ra-
zoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade 
de sua tramitação (BRASIL, 1988, art. 5). 
São direitos sociais previstos na Constituição Federal: a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.
Considerações Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), na primeira unidade estudamos quais as funções e como se 
divide o Direito. Diferenciamos ainda o Direito da Moral. Neste estudo, pude-
mos constatar que o Direito surge por uma imposição do Estado, que o cria a 
partir da necessidade da própria sociedade, devendo avançar conforme a evolu-
ção da mesma. Já a moral surge a partir da cultura, da religião da criação de cada 
pessoa, não existindo uma punição e nem mesmo sendo imposta pelo Estado.
Além disso, precisamos entender que o Direito é essencial para a sociedade, 
uma vez que nela, por termos pessoas, origens e crenças diferentes, os conflitos 
podem existir, necessitando assim de uma regulamentação para resolver esses 
pequenos conflitos.
Para que o Direito seja conhecido por todos da sociedade, ele possui fon-
tes de consulta em que as pessoas podem assim conhecer e se informar sobre as 
leis vigentes em nosso país, bem como a posição adotada pelos nossos tribunais.
Visto isso, passamos a analisar o Direito Constitucional.Esse ramo do Direito 
é importante, visto que serve como base para todos os demais ramos jurídicos, 
ou seja, uma vez que alguma norma é criada contrária à Constituição Federal, 
ela é considerada inconstitucional, não podendo existir em nossa sociedade, até 
porque não deveria nem mesmo ter sido criada.
Na sequência, analisamos os Poderes do nosso Estado, que são previstos 
também pela Constituição Federal. São eles: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Cada um tem sua limitação de poder, seu campo de atuação e seu responsável, 
sendo sempre fiscalizado pelos demais.
Vimos ainda que a Constituição brasileira traz uma série de artigos, prevendo 
um pouco de cada ramo do Direito. Ela aborda quais são os fundamentos e os 
objetivos do nosso Estado e, por fim, os direitos e garantias fundamentais pre-
vistos no Art. 5º da Carta Magna.
Vamos nos aprofundar ainda mais na Legislação Empresarial? 
46 
1. O Direito pode ser definido como o conjunto de princípios, regras e instituições 
destinados a regulamentar a vida humana em sociedade. Para que o Direito seja 
cumprido em sociedade, o Estado, com o uso do seu poder imperativo, prevê a 
sanção (punição). Com o intuito de facilitar a compreensão do Direito, este é di-
vidido em algumas áreas. Vimos que uma dessas divisões é em Direito Objetivo e 
Direito Subjetivo. Com relação a essa divisão, analise as afirmativas a seguir 
e assinale a alternativa correta:
I. O Direito Objetivo é aquele criado pelo Estado e aplicado a toda a sociedade.
II. O Direito Subjetivo é a faculdade, a escolha de a pessoa postular seu direito, 
objetivando a realização de seus interesses.
III. O Direito Objetivo dependerá da vontade do indivíduo para existir.
IV. O Direito Subjetivo é um complexo de normas que são impostas às pessoas.
a. Estão corretas somente as afirmativas I e II.
b. Estão corretas somente as afirmativas I e IV.
c. Estão corretas somente as afirmativas III e IV.
d. Estão corretas somente as afirmativas II e III.
e. Todas as afirmativas estão corretas.
2. O Direito é uma ciência bilateral, pois precisa de duas pessoas para existir, além 
de impor um comportamento do indivíduo na sociedade e, quando for descum-
prido, haverá uma sanção por parte do Estado. Já que o Direito é uma ciência, 
existe uma vasta classificação do mesmo. Com relação a essa classificação, 
analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. O Direito Natural nasce a partir do momento em que surge o homem, apare-
cendo naturalmente para regular a vida humana em sociedade.
II. O Direito Positivo é um conjunto de regras estabelecidas por meio do poder 
político em vigor num determinado país e numa determinada época.
III. O Direito Público envolve a organização de um Estado, onde são estabelecidas 
as normas de ordem pública.
IV. O Direito Privado diz respeito ao interesse dos particulares, decorrente da ma-
nifestação de vontade dos interessados.
47 
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas II, III e IV estão corretas.
e. Todas as afirmativas estão corretas.
3. Ao aplicar uma lei, o juiz busca atender aos fins sociais a que ela se dirige e às exi-
gências do bem comum. Para se aplicar uma norma, muitas vezes o juiz precisa 
analisar o caso e interpretar a norma com o intuito de compreender o que o le-
gislador quis dizer com sua criação. Sobre as formas de interpretação, analise 
as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Histórica: constata-se a realidade e a necessidade social na elaboração da lei e 
em sua aplicação.
II. Restritiva: é aquela realizada pelo próprio órgão que criou a lei, no momento 
em que ela declara o sentido, alcance e conteúdo por meio de norma.
III. Lógica: estabelece-se uma conexão entre vários textos legais a serem interpre-
tados e aplicados ao caso concreto.
IV. Gramatical: é a verificação do sentido gramatical da norma criada.
a. Estão corretas somente as afirmativas I, II e IV.
b. Estão corretas somente as afirmativas I e II.
c. Estão corretas somente as afirmativas II, III e IV.
d. Estão corretas somente as afirmativas III e IV.
e. Todas as afirmativas estão corretas.
4. Como o próprio nome diz, o princípio é a base de tudo. Pode-se dizer que ele é 
o alicerce do Direito. A atuação do princípio no Direito se inicia antes de a regra 
ser feita, ou numa fase pré-jurídica. Ou seja, em verdade os princípios acabam in-
fluenciando a elaboração da regra. Em nossa disciplina estudamos alguns princí-
pios gerais de Direito. Sobre esses princípios, assinale a alternativa incorreta:
48 
a. O princípio do respeito à dignidade da pessoa humana é um dos objetivos do 
nosso país.
b. O princípio da proporcionalidade é aquele em que não se pode impor condu-
tas a não ser que seja em estrito cumprimento do interesse público.
c. O princípio da razoabilidade é aquele em que as pessoas devem agir com razo-
abilidade, o que também acontece com as normas jurídicas.
d. O princípio da função social é aquele que regula a vida humana em sociedade, 
estabelecendo regras de conduta que devem ser respeitadas por todos.
e. O princípio normativo é aquele em que o Poder Legislativo atuará nos casos 
concretos quando não houver uma disposição específica para disciplinar de-
terminada atuação.
5. A Constituição Federal, em seu art. 2º, prevê que “são poderes da União, indepen-
dentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. A fórmula 
ideal para o funcionamento do Estado é que suas operações fundamentais se-
jam repartidas entre vários órgãos autônomos, cada um atuando em sua esfera 
de atribuição. No Brasil existem três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Sobre esses poderes, assinale a alternativa incorreta:
a. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos 
Ministros de Estado.
b. O Poder Judiciário dirá como as normas serão aplicadas, e assim demonstrará 
qual a forma correta de interpretação das leis.
c. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que é composto so-
mente pelo Senado Federal, sendo eleito pelos habitantes dos respectivos es-
tados.
d. Os deputados são escolhidos pelo sistema proporcional e cada estado da fe-
deração, bem como o Distrito Federal, não poderá ter menos de oito e mais de 
70 representantes.
e. O vereador é um representante do povo na Câmara dos Vereadores.
49 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS DO CIDADÃO
[...] Igualdade -Todas as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer na-
tureza. Os brasileiros e os estrangeiros residentes no país têm a garantia de proteção ao 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Igualdade de gênero - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
Princípio da legalidade - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei.
Integridade - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou de-
gradante.
Liberdade de opinião e expressão - É livre a manifestação do pensamento e a expressão 
da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença, sendo vedado o anonimato.
Liberdade e assistência religiosa - É garantida a liberdade de consciência e de crença, 
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e mantida, na forma da lei, a pro-
teção aos locais de culto e a suas liturgias. É assegurada, nos termos da lei, a prestação 
de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.
Direito à intimidade e à inviolabilidade do domicílio - São protegidas a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas. A casa é abrigo inviolável do indivíduo; nin-
guém pode nela penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Sigilo das comunicações - É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicaçõestelegráficas, de dados e telefônicas, exceto, no último caso, por ordem judicial.
Liberdade de informação - É assegurado a todos o acesso à informação, resguardando-
-se o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
Direito de reunião e associação - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em 
locais abertos ao público. É plena a liberdade de associação para fins lícitos. Ninguém 
pode ser obrigado a associar-se ou a permanecer associado.
Direito de propriedade - É garantido o direito de propriedade, que atenda à sua função 
social. A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utili-
dade pública, mediante justa e prévia indenização.
Direito de informação e petição - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos in-
formações de seu interesse. São assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas, o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegali-
dade ou abuso de poder, e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa 
de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
50 
Estado de direito - A lei não pode prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e 
a coisa julgada. É reconhecida a instituição do júri, assegurando-se a plenitude de defe-
sa; o sigilo das votações; a soberania dos veredictos e a competência para o julgamento 
dos crimes dolosos contra a vida. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena 
sem prévia determinação legal. A lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o 
réu.
Racismo - Constitui crime inafiançável e imprescritível.
Crimes hediondos - A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo 
e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os execu-
tores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
Delitos e penas - Não haverá penas de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos força-
dos, de banimento e cruéis. A pena é cumprida em estabelecimentos distintos, de acor-
do com a natureza do delito, a idade e o sexo do condenado. É assegurado aos presos o 
respeito à integridade física e moral. Serão asseguradas às presidiárias condições para 
que possam permanecer com seus filhos durante a amamentação.
Extradição - Nenhum brasileiro nato será extraditado. Não será concedida extradição de 
estrangeiro por crime político ou de opinião.
Fonte: Senado Federal ([2017], on-line)1.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Instituições de Direito Público e Privado
Sérgio Pinto Martins 
Editora: Atlas 
Ano: 2004
Sinopse: a obra citada é excelente para nos auxiliar a 
entender melhor o Direito. É uma obra simples, com 
linguagem fácil, voltada para aqueles que não têm formação 
jurídica, mas têm interesse em conhecer melhor a estrutura e 
o funcionamento do nosso país. 
 O Náufrago 
Ano: 2001
Sinopse: narra a história de um empregado da FedEx 
que sofre um acidente aéreo e vai parar numa ilha 
desabitada no meio do Pacífico Sul. É incomum no 
cinema em Hollywood que, durante a maior parte do 
filme, só haja um personagem humano. 
Comentário: o filme é um bom exemplo de onde existe 
o Direito, de fato. No momento em que Tom Hanks fica 
sozinho na ilha, não existe nenhuma regulamentação 
sobre a vida em sociedade. A partir do momento 
em que ele volta para a civilização, deve se adaptar 
novamente à regulamentação que ali existe
https://pt.wikipedia.org/wiki/FedEx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_a%C3%A9reo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Pac%C3%ADfico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hollywood
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Bra-
sília-DF. Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
COTRIM, G. V. Direito fundamental: Instituições de Direito Público e Privado. São 
Paulo: Saraiva, 2009.
FUHRER, M. C. A.; MILARÉ, É. Manual de Direito Público e Privado. São Paulo: R dos 
Tribunais, 2009.
JACQUES, P. Curso de direito constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 1954.
LENZA, P. Direito Constitucional esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2010.
MARTINS, S. P. Instituições de Direito Público e Privado. São Paulo: Atlas, 2013.
MENDES, K. R. Curso de Direito da Saúde. São Paulo: Saraiva, 2013.
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REFERÊNCIAS ON-LINE
1 Em: <https://www.senado.gov.br/noticias/jornal/cidadania/DireitosCidadao/
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REFERÊNCIAS
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5. C
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Professora Me. Mariane Helena Lopes
DIREITO EMPRESARIAL
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Compreender o Direito Empresarial.
 ■ Analisar modelos societários.
 ■ Analisar títulos de crédito.
 ■ Conhecer o direito falimentar.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Desenvolvimento do Direito Empresarial no Brasil 
 ■ Autonomia, importância e conceito de Direito Empresarial
 ■ Objeto do Direito Empresarial 
 ■ Conceito e Caracterização do Empresário
 ■ Conceito de empresa
 ■ Capacidade para ser empresário
 ■ Sociedades comerciais
 ■ Títulos de crédito
 ■ Direito falimentar
Introdução
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INTRODUÇÃO
Com o Código Civil de 2002 e a revogação de parte do Código Comercial de 
1850, no Brasil, alguns autores vêm utilizando a expressão “Direito Empresarial” 
em vez de “Direito Comercial”. Podemos dizer que o Direito Empresarial é o 
mesmo que Direito Comercial, mas o primeiro é mais amplo, alcançando todo 
o exercício profissional de atividade econômica organizada para produção ou 
circulação de bens ou de serviços, exceto a produção intelectual.
Nesta unidade, estudaremos como as empresas surgem, os modelos socie-
tários que podem ser escolhidos pelos futuros empresários, bem como de que 
forma cada uma delas funcionará. Vamos ver que cada modelo possui um limite 
de responsabilidade diferente. Como verificaremos ao longo da unidade para 
que a sociedade comece a existir ela deve ser devidamente registrada no órgão 
competente.
O registro de uma sociedade empresarial é importante visto que, a partir do 
momento que o registro é feito, o patrimônio da empresa passa a ser separado da 
pessoa que o criou. Ou seja, como o patrimônio da pessoa jurídica é separado 
ele responderá somente pelas dívidas da empresa e vice e versa. 
Veremos ainda que os títulos de crédito existentes poderão ser emitidos em 
situações, momentos e ocasiões diferentes. Até mesmo em alguns casos, o que é 
feito na prática não existe na teoria. Contudo, eles não necessitam de compro-
vação da obrigação para que tenham validade. Basta o título propriamente dito.
Por fim, verificaremos como funciona o direito falimentar, que se divide em 
recuperação extrajudicial, judicial e falência. Quando uma empresa está passando 
por dificuldades, ela pode solicitar sua recuperação, fazendo de tudo para que 
não feche e, se ainda assim não conseguir continuar com a atividade, poderá, 
em último caso, decretar a sua falência.
Bons estudos!
DIREITO EMPRESARIAL
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E58
DESENVOLVIMENTO DO DIREITO EMPRESARIAL NO 
BRASIL
No período Brasil Colônia, as relações jurídicas brasileiras eram reguladas pelas 
Ordenações Portuguesas, sob influência do Direito Canônico e Direito Romano 
(TEIXEIRA, 2011). Em 1808, com a chegada da Família Real ao Brasil, surgiu a 
necessidade

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