Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Diagnóstico em endodontia Exame subjetivo Anamnese Queixa principal História médica e odontológica Exame objetivo Inspeção intra oral Palpação Palpação apical Percussão horizontal e vertical Palpação É uma manobra que pode ser intra e extrabucal para se aferir o grau de sensibilidade dolorosa do paciente em determinada região Em casos de necrose pulpar, com envolvimento inflamatório periapical, o paciente pode relatar sensibilidade ao toque Palpação apical Consiste em se tatear a região apical do elemento dentário examinado, fazendo-o delicadamente com a ponta do dedo indicador, verificando se há resposta dolorosa ou, pelo tato, a presença de alterações patológicas de sua forma Percussão vertical e horizontal Realizada cm o cabo do espelho clínico, aplicando força suave e perpendicular e paralelo ao longo eixo do dente para avaliar se existe alguma alteração inflamatória em torno do ligamento periodontal A percussão vertical positiva tem sido associada à inflamação de origem endodôntica, enquanto a dor relacionada com a percussão horizontal diz respeito a alterações periodontais Exame periodontal Avalia cor e vermelhidão, textura, presença de cálculo, exsudato, sangramento e mobilidade Mobilidade dentária O método de avaliação da mobilidade dentária envolve um procedimento clínico simples, empregando-se dois instrumentos metálicos apoiados com firmeza na superfície dentária ou utilizando um instrumento metálico e um dedo Aplica-se força na tentativa de movimentar o elemento dentário em todas as direções (a mobilidade patológica ocorre, com mais frequência, no sentido vestibulolingual). (a) Grau 1: ligeiramente maior que a normal; (b) Grau 2: moderadamente maior que a normal; (c) Grau 3: mobilidade grave vestibulolingual e mesiodistal, combinada com deslocamento vertical Exame Radiográfico Importante para observar estruturas anatômicas, fraturas, iatrogenias, rastreamento de fístula, presença de lesão periapical e reabsorções ósseas Testes de sensibilidade Teste pelo frio Ao realizar esse teste, o profissional usa algum artifício para retirar calor do dente, empregando o bastão de gelo ou a neve carbônica (gelo seco), ou sprays. Passo a passo 1. Isolamento relativo da região 2. Secar o dente a ser avaliado 3. Mecha de algodão pequena 4. Aplicar na região cervical do dente (vestibular por 5s) 5. Não permitir contato com a gengiva Diagnósticos Necrose pulpar: Não houve resposta Polpa normal: Resposta suave e que cessa logo após a remoção do estímulo Pulpite reversível: Resposta brusca, fugaz que cessa logo após a remoção do estímulo Pulpite irrerversível: Resposta exacerbada que permanece mesmo após a remoção do estímulo Teste pelo calor O calor é transferido ao dente por intermédio de substância ou instrumento previamente aquecido. Tem sido relatado o emprego de água morna, aquecimento da superfície dental com taça de borracha ou um bastão de gutapercha aquecida, que é o mais usado. Desvantagens de teste térmico Ocorrência de falso-negativo em casos de Calcificações Trauma recente Rizogênese incompleta Restaurações extensas Classificação das alterações pulpares Polpa normal Pulpite reversível Pulpite irreversível Sintomática Assintomática Necroe pulpar Previamente tratado Terapia previamente iniciada Classificação das alterações do periodonto apical Tecidos perirradiculares normais Periodontite apical sintomática Periodontite apical assintomática Abscesso apical agudo - Intraoral (intra-ósseo, subperiósteo e submucosa) - Extraoral Abscesso apical crônico Osteíte condensante Polpa e tecidos perirradiculares normais Resposta suave e transitória ao teste de SENSIBILIDADE AO FRIO com alívio em 1 a 2 segundos após a remoção do estímulo Palpação e percussão – Resposta negativa obs: Sempre testar primeiro dentes homólogos e/ou vizinhos para que o paciente se familiarize com a resposta pulpar normal Radiograficamente – Integridade da lâmina dura e espaço periodontal semelhante a longo de toda a região perirradicular Pulpite reversível Dor brusca, provocada, que desaparece segundos após a remoção do estímulo (frio ou doce) Polpa organizada, com sangramento vermelho vivo e brilhante, consiste e resistente ao corte Casos de dentina exposta e/ou presença de restaurações ou cáries extensas sem exposição pulpar Reparação tecidual ocorre uma vez que se remove o agente desencadeante do processo Características Frio – positivo Fugaz Teste de cavidade Evoca dor Percussão e palpação Negativo Achado farmacológico Alivio com analgésicos Radiograficamente Normal Pulpite irrerversível Dor aguda, demora a cessar, espontânea, irradiada e pulsátil Pode ter aumentado da dor com frio e alivio com quente ou vice-versa caracterizando a fase inicial ou tardia, respectivamente Aumenta dor ao deitar Percussão e palpação negativas Não cessa com o uso de analgésicos e/ou AINES Sintomática Presença de cáries ou restaurações extensas Presença de contaminação bacteriana Exposição pulpar por trauma dental Polpa com sangramento discreto e coloração vermelho escuro e opaco, consistência pastosa e sem resistência ao corte Radiograficamente Presença de lesão cariosa extensa que sugere exposição pulpar Espaço do ligamento periodontal pode estar ligeiramente aumentado Assintomática Pode provir de uma pulpite aguda Causada por cárie ou trauma que resulte em exposição pulpar Pode apresentar dor apenas à mastigação Inflamação crônica da polpa pode resultar na formação de pólipo – pulpite crônica hiperplasiva, agressão bacteriana de baixa intensidade Se o agente agressor não for eliminado.. Necrose pulpar Caracteriza a morte pulpar Pode não apresentar sintomas dolorosos Pode ser sinalizado pelo escurecimento dental Não responde ao frio e, às vezes, responde dolorosamente ao calor e percussão Radiograficamente Presença de lesão cariosa extensa, como fraturada e/ou restaurações extensas Espaço do ligamento periodontal pode estar normal, ligeiramente aumentado ou presença de lesão perirradicular Alterações perirradiculares Periodontite apical sintomática Resposta inflamatória no ligamento periodontal tanto em dentes com polpa viva inflamada (origem traumática) quanto em elementos com polpa necrosada (origem infecciosa) Aumento da permeabilidade vascular e, consequente edema Elevação da pressão hidrostática – compressão das fibras nervosas – Dor Dor intensa, latejante e localizada Sensação de “dente crescido”, exacerbada à mastigação Exemplos: Restaurações com sobrecontorno oclusal Contato prematuro Más oclusões e forças ortodônticas excessivas Sobreinstrumentação dos canais Extrusão de debris, restos necróticos e microorganismos além do ápice Injeção acidental de substâncias químicas irritantes Obs: Então sempre realizar testes de sensibilidade para avaliar a condição pulpar Testes Testes pulpares Negativo Percussão Positiva Palpação À depender da extensão da resposta inflamatória Radiograficamente Pode haver ou não espessamento do ligamento periodontal ou radiolucidez perirradicular apical Se não tratar.. Maior resistência do hospedeiro Virulência do agente agressor Periodontite apical assintomática Sem sinais e sintomas Presença de cárie profunda ou restauração extensa Rx: Ligamento periodontal espessado ou não Testes Testes pulpares Negativos Percussão e palpação Negativo Abscesso perirradicular agudo Exacerbação, caracterizada por inflamação purulenta, se a reaçãoinflamatória não foi capaz de eliminar o agente agressor (bactérias altamente virulentas) Não dura mais que 72 a 96 horas Dor espontânea, pulsátil, lancinante e localizada (abscesso intra-ósseo) Pode apresentar envolvimento sistêmico Características Tumefação intra e/ou extra oral, flutuante ou não Cárie ou restauração extensa e profunda Pode apresentar mobilidade dentária e ligeira extrusão Testes Testes pulpares Negativo Percussão e palpação Positiva Radiograficamente Pode haver espessamento do ligamento periodontal e/ou imagem perirradicular difusa, mal-definida Classificação Intra-ósseo Palpação fundo de sulco Ausência de aumento de volume Subperiósteo Aumento de volume intra-oral Submucoso Expressivo e rápido aumento de exsudato “Ponto de flutuação” Edema extra-oral Abcesso perirradicular Crônico Cronificação do abscesso perirradicular agudo; OU formação de exsudato purulento no interior de um granuloma Pus procura via de drenagem formando um trajeto fistuloso Geralmente assintomático Pode agudizar – Abcesso fênix Características Presença de cárie e/ou restaurações extensa Pode ser feito rastreamento de fístulas Rx: Área de destruição óssea perirradicular com limites não bem definidos Testes Testes pulpares: Negativo Percussão e palpação: Negativo Sensibilidade Pulpar Percussão Palpação Sugestão de diagnóstico + Alívio após remoção da causa - - Polpa normal + Alivio após remoção do estímulo/ Dor provocada - - Pulpite reversível + Dor: Exacerbada/ Dor espontânea - - Pulpite irrerversível sintomática + Resposta moderada/ Dor intermitente - - Pulpite irrerversível assintomática - -/+ -/+ Necrose pulpar - Extremamente doloroso/ Sensação dente crescido -/+ Periodontite apical sintomática - + + Abscesso apical agudo - - - Abscesso apical crônico - - - Granuloma/Cistos Perirradiculares
Compartilhar