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Anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs)

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AINES MILENA BAVARESCO 
 
INTRODUÇÃO 
o Os anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) 
constituem uma das classes de fármacos mais 
difundidas em todo mundo, utilizados no tratamento da 
dor aguda e crônica decorrente de processo 
inflamatório. 
 
o O processo inflamatório é uma resposta normal do 
organismo secundário a uma lesão tecidual, 
constituindo- -se um fenômeno complexo, dinâmico e 
multimediado, que pode ter como desencadeante 
qualquer agente lesivo, como físico (queimadura, 
radiação, trauma), biológico (reações imunológicas, 
infecções) ou químico (substância cáustica). 
 
o Essa reação é uma tentativa de inativar ou destruir os 
invasores do tecido e prepará-lo para o reparo. 
 
o Observa-se durante o processo inflamatório uma 
cascata de reações e eventos bioquímicos, vasculares e 
celulares, que serão explicados a seguir. 
 
o Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) são 
medicamentos analgésicos simples, que, junto com o 
paracetamol, compõem o 1º degrau da escada de dor da 
Organização Mundial da Saúde. 
 
FISIOLOGIA DA INFLAMAÇÃO 
o A inflamação aguda é a resposta inicial a lesão celular e 
tecidual, predominando fenômenos de aumento de 
permeabilidade vascular e migração de leucócitos, 
particularmente neutrófilos. 
 
o As manifestações externas da inflamação, chamadas de 
sinais cardinais, são: calor (aquecimento), rubor 
(vermelhidão), tumor (inchaço), dor e perda de função. 
 
o Se a reação for intensa, pode haver envolvimento 
regional dos linfonodos e resposta sistêmica na forma 
de neutrofilia e febre, caracterizando a reação da fase 
aguda da inflamação. 
 
o Todas estas respostas são mediadas por substâncias 
oriundas do plasma, das células do conjuntivo, do 
endotélio, dos leucócitos e plaquetas, que regulam a 
inflamação e chamadas genericamente de mediadores 
químicos da inflamação. 
 
o Dentre esses mediadores químicos tem se destaque as 
prostaglandinas que tem ação no aumento da 
permeabilidade capilar, atuam como fatores 
quimiotáticos, atraindo leucócitos em direção ao local 
da lesão ou infecção. 
 
o O principal precursor das prostaglandinas é o ácido 
araquidônico (AA), que tem origem dos fosfolipídios das 
membranas celulares destruídas após lesão celular e 
transformados em diversos ácidos pela fosfolipase, 
sendo esse evento o início base do processo 
inflamatório. 
 
o Os produtos derivados do metabolismo do AA 
influenciam uma variedade de processos biológicos, 
incluindo a inflamação e a hemostasia. 
 
o Os metabólitos do AA também chamados eicosanoides 
podem mediar praticamente cada etapa da inflamação. 
 
o A produção dos metabólitos do ácido araquidônico 
pode ser feita através de duas vias: via ciclo-oxigenase 
e via lipoxigenase. 
 
o VIA CICLO-OXIGENASE: envolve duas isoformas (COX-1 
e COX-2) e é responsável pela síntese das 
prostaglandinas (PGs), tromboxanos e prostaciclinas. As 
diferenças e particularidades entre as duas COX serão 
comentadas a frente, mas é importante destacar que a 
diferença na estrutura dessas enzimas permitiu o 
surgimento de inibidores seletivos da COX-2, evitando a 
interferência com os processos fisiológicos mediados 
pela COX-1. 
 
o VIA LIPOXIGENASE: responsável pela síntese final de 
moléculas como os leucotrienos, porém não está 
diretamente relacionada à ação dos anti-inflamatórios. 
 
ANTI-INFLMATÓRIOS NÃO 
ESTEROIDAIS 
ANTI-INFLMATÓRIOS NÃO 
ESTEROIDAIS 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
FARMACOCINÉTICA 
o A maioria dos AINEs são administrados oralmente, com 
as exceções do cetorolaco e do parecoxibe 
(administração intravenosa), e do diclofenaco 
(administração oral, intravenosa e retal). 
 
o Os AINEs compõem um grupo heterogêneo de 
compostos, que consiste de um ou mais anéis 
aromáticos ligados a um grupamento ácido funcional. 
 
o São ácidos orgânicos fracos que atuam principalmente 
nos tecidos inflamados e se ligam, significativamente, à 
albumina plasmática. 
 
o Pacientes com hipoalbuminemia (devido, por exemplo, 
a cirrose ou artrite reumatóide ativa) têm maiores 
concentrações da forma livre da droga, que 
corresponde à sua forma ativa. 
 
o Sua absorção é rápida (entre 1 a 4 horas) e completa no 
sistema gastrointestinal, depois de administração oral. 
 
o Não atravessam imediatamente a barreira 
hematoencefálica e são metabolizados principalmente 
pelo fígado. 
 
o Os AINEs têm alta biodisponibilidade devido a um 
limitado metabolismo hepático de primeira passagem. 
A biotransformação é, em grande parte, hepática, com 
metabólitos excretados na urina. 
 
o Essencialmente, todos AINEs são convertidos em 
metabólitos inativos pelo fígado e são, 
predominantemente, excretados pela urina, embora o 
sulindaco também possa ser metabolizado no rim. 
 
o Alguns AINEs e seus metabólitos têm excreção biliar. As 
meias-vidas dos AINEs variam, mas em geral podem ser 
divididas em: 
- ação curta -> menos de seis horas, incluindo 
ibuprofeno, diclofenaco, cetoprofeno e indometacina. 
- ação prolongada -> mais de seis horas, incluindo 
naproxeno, celecoxibe , meloxicam , nabumetona e 
piroxicam ). 
 
o Os AINEs mais lipossolúveis como, cetoprofeno, 
naproxeno e ibuprofeno, penetram no sistema nervoso 
central mais facilmente e estão associados com leves 
alterações no humor e na função cognitiva. 
 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
o Os efeitos terapêuticos e colaterais dos AINES resultam 
principalmente da inibição das enzimas COX, 
prejudicando, assim, a transformação final do ácido 
araquidônico em prostaglandinas, prostaciclina e 
tromboxanos. 
 
o A PGD2 é o principal metabólito da via da cicloxigenase 
nos mastócitos; em conjunto com PGE2 e PGF2-alfa (que 
se distribuem mais amplamente), causa vasodilatação e 
potencializa a formação de edema. 
 
o As PGs, além de promoverem vasodilatação, também 
estão envolvidas na patogenia da dor e febre na 
inflamação; a PGE2 aumenta a sensibilidade à dor a uma 
variedade de outros estímulos e interage com citocinas 
para causar febre. 
 
o As prostaglandinas sensibilizam os nociceptores 
(hiperalgesia) e estimulam os centros hipotalâmicos de 
termorregulação. 
 
o A prostaglandina I2 (prostaciclina) predomina no 
endotélio vascular e atua causando vasodilatação e 
inibição da adesividade plaquetária. 
 
o O tromboxano A2, predominante nas plaquetas, causa 
efeitos contrários como vasoconstrição e agregação 
plaquetária. Os leucotrienos aumentam a 
permeabilidade vascular e atraem os leucócitos para o 
sítio da lesão. 
 
o A histamina e a bradicinina aumentam a permeabilidade 
capilar e ativam os receptores nocigênicos. Há duas 
formas da enzima cicloxigenase, denominadas COX-1 e 
COX-2. A COX-1, dita como constitutiva, é produzida em 
resposta a um estímulo inflamatório e 
constitutivamente na maioria dos tecidos, onde 
estimula a produção de prostaglandinas que exercem 
função homeostática (por exemplo, equilíbrio 
hidroeletrolítico nos rins e citoproteção no trato 
gastrintestinal). 
 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
o A COX-2, em contraste, é induzida por estímulos 
inflamatórios, mas está ausente da maioria dos tecidos 
normais. 
 
o Portanto, os inibidores da COX-2 foram desenvolvidos 
com a expectativa de que eles inibissem a inflamação 
prejudicial mas não bloqueassem os efeitos protetores 
das prostaglandinas produzidas constitutivamente. 
 
o Entretanto, essas distinções entre os papéis das duas 
cicloxigenases não são absolutas. 
 
o Além disso, os inibidores da COX-2 podem aumentar o 
risco para doença cerebrovascular e cardiovascular, 
provavelmente porque prejudicam a produção, pela 
célula endotelial, da prostaciclina PGI2, um inibidor de 
agregação plaquetária, mas conserva intacta a produção 
pelas plaquetas, mediada pela COX-1 de TXA2, um 
mediador de agregação das plaquetas. 
 
o Os glicocorticoides, que são agentesanti-inflamatórios 
potentes, atuam em parte inibindo a atividade da 
fosfolipase A2, inibindo, assim, a liberação de AA dos 
lipídios de membrana. Recentemente foi descoberta 
uma variante do gene da COX-1, descrito como COX-3. 
 
o Essa parece ser expressa em altos níveis no sistema 
nervoso central e pode ser encontrada também no 
coração e na aorta. 
 
o Essa enzima é seletivamente inibida por drogas 
analgésicas e antipiréticas, como paracetamol e 
dipirona, e é potencialmente inibida por alguns AINEs. 
 
o Essa inibição pode representar um mecanismo primário 
central pelo qual essas drogas diminuem a dor e 
possivelmente a febre. 
 
o A relevância dessa isoforma ainda não está clara. A 
aspirina e os demais AINEs inibem a síntese de PG 
mediante a inativação da COX. A aspirina acetila as 
isoenzimas (COX-1 e COX-2) covalentemente, 
inativando-as de forma irreversível e não seletiva. 
 
o A maioria dos AINEs age de forma reversível e não 
seletiva sobre as mesmas enzimas. 
 
o Convém salientar que tanto a aspirina quanto os outros 
AINEs não bloqueiam a via da lipoxigenase, não 
inibindo, desta forma, a produção de leucotrienos. 
 
o Portanto, os AINEs reduzem, mas não eliminam 
completamente os sinais e sintomas inflamatórios. 
 
 
FARMACODINÂMICA E EFEITOS 
COLATERAIS 
GASTROINTESTINAIS 
o A principal limitação no uso dos AINES são os seus 
efeitos gastrointestinais que estão entre os mais graves. 
 
o Os efeitos colaterais podem variar desde leve dispepsia 
até hemorragia maciça causada por úlcera gástrica 
perfurada, como resultado de inibição da produção de 
prostaciclina. 
 
o Vale notar que os efeitos colaterais gastrintestinais não 
se resumem apenas ao estômago. 
 
o As prostaciclinas têm vários efeitos gástricos protetores; 
elas reduzem a quantidade de ácido estomacal 
produzido e mantêm uma camada de mucosa protetora, 
aumentando a produção de mucosa e melhorando o 
fluxo sanguíneo local. 
 
o A irritação gástrica também pode ser causada por 
irritação direta dos próprios medicamentos. Embora os 
inibidores de COX-2 sejam mais específicos para a 
enzima COX-2, alguns ainda retêm certa inibição de 
COX-1, causando risco de sangramento gastrintestinal, 
embora menos que AINEs não-específicos. 
 
RENAIS 
o Sob condições fisiológicas normais, a prostaciclina e o 
óxido nítrico levam ao relaxamento do músculo liso no 
endotélio vascular e, portanto, à vasodilatação. 
 
o As prostaciclinas desempenham papel essencial na 
regulação do tônus arterial aferente e eferente no 
glomérulo, conhecido por desempenhar um papel vital 
na preservação da função renal em estados 
hipovolêmicos. 
 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
o A inibição de produção de prostaciclinas pode levar a 
uma taxa menor de filtração glomerular, retenção de sal 
e água, e lesão renal aguda. 
 
o Esses mecanismos são particularmente importantes em 
pacientes com hipovolemia e insuficiência cardíaca 
crônica que sejam sensíveis a mudanças na pressão de 
perfusão renal. 
 
RESPIRATÓRIOS 
o Até 10% dos pacientes com asma têm doença 
exacerbada pelos AINEs. Um mecanismo de ação 
proposto é que a inibição do metabolismo do ácido 
araquidônico pela COX leve ao aumento na produção de 
leucotrienos. 
 
o Os leucotrienos têm ações broncoconstritoras diretas. 
 
CARDIOVASCUL ARES 
o Inibidores específicos de COX-2 ou ‘coxibes’ foram 
introduzidos no mercado para evitar os efeitos 
colaterais comuns e graves sobre o trato gastrintestinal 
alto pela inibição da COX-1 por AINEs não-específicos. 
 
o Contudo, as preocupações acerca de sua segurança 
cardiovascular limitaram seu uso disseminado. Há um 
aumento dependente da dose no risco de eventos 
trombóticos, tanto cardíacos quanto cerebrais. 
 
o O rofecoxibe e o valdecoxibe foram retirados do 
mercado devido ao aumento do número de eventos 
cardiovasculares associados especificamente a essas 2 
drogas. 
 
o O risco é mais alto em pacientes com doença 
cardiovascular pré-existente, e, portanto, o uso de 
inibidores de COX-2 é contraindicado para pacientes 
com insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica, 
e doença vascular periférica e cerebrovascular. 
 
HEMATOL ÓGICOS 
o Em plaquetas, a COX metaboliza o ácido araquidônico 
em tromboxano A2, o que leva à maior adesividade de 
plaquetas e vasoconstrição. 
 
o Em contraste, no músculo liso vascular, forma-se a 
prostaciclina, que causa vasodilatação e reduz 
agregação de plaquetas. 
 
o A hemostasia resulta do equilíbrio delicado entre esses 
sistemas. Assim, os AINEs levam à redução da função e 
adesividade das plaquetas, e a um maior tempo de 
sangramento. 
 
o A aspirina merece menção especial, pois inibe 
irreversivelmente a COX de plaquetas. Como resultado, 
as plaquetas se tornam ineficientes durante todo o seu 
ciclo de vida de 10 dias. 
 
CICATRIZAÇÃO ÓSSEA 
o Há um risco teórico de que os AINEs, em particular os 
inibidores de COX-2, causem redução da taxa de 
cicatrização óssea e aumento da incidência de não-
consolidação de fraturas. 
 
o Após uma fratura, há maior produção de 
prostaglandinas como parte da resposta inflamatória, o 
que aumenta o fluxo sanguíneo local. 
 
o Acredita- -se que o bloqueio desse mecanismo seja 
prejudicial à cicatrização dos ossos; contudo, 
atualmente, não há provas científicas de alta qualidade 
para confirmar isso. 
 
POPULAÇÕES ESPECIAIS 
o Os AINEs, na prática perioperatória, podem ser 
prescritos como medicação pré-anestésica, 
administrados intraoperatoriamente, e continuados no 
pós-operatorio como parte de um regime analgésico 
multimodal. 
 
o A prescrição de AINEs deve ser na dose efetiva mais 
baixa possível e pelo mais curto período de tempo, para 
evitar quaisquer potenciais efeitos colaterais. 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
o Eles são seguros para a maioria dos pacientes no 
período perioperatório; contudo, há certas condições 
que exigem menção especial. 
 
o Em cirurgias com alto risco de sangramento, como 
cirurgia vascular, ou quando o sangramento puder 
resultar em desfecho catastrófico, como neurocirurgia e 
cirurgia oftálmica, a decisão de se prescrever AINEs deve 
ser feita caso a caso e em conjunto com os conselhos da 
equipe cirúrgica. 
 
o Pacientes que estejam sofrendo de doença grave, como 
septicemia ou pancreatite grave, dependem mais da 
vasodilatação arteriolar renal das prostaglandinas para 
manter a perfusão renal. 
 
o Se este mecanismo for removido pelo uso de um AINE, 
isso pode levar a um maior risco de insuficiência renal 
aguda. 
 
o Embora os AINEs possam afetar a função das plaquetas 
por até 7 dias, e a aspirina por todo o ciclo de vida da 
plaqueta, não há aumento do risco de hematoma 
epidural e, portanto, não há contraindicações a 
pacientes que receberão anestesia regional ou bloqueio 
do neuroeixo. 
 
o Como discutido anteriormente, devido ao efeito nas 
arteríolas renais, os AINEs devem ser prescritos com 
cuidado a pacientes que tomam medicamentos IECAs, 
devido ao risco de lesão renal aguda. 
 
CLASSES 
INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA 
COX-2 
DERIVADO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO: 
MEDICAMENTOS: 
o Ácido Acetilsalicílico (Aspirina), Salicilato de Sódio, 
Salicilato de Metila, Diflunisal, Flunfenisal, 
Sulfassalazina, Olsalazina. 
 
o O AAS (aspirina) e a mesalazina são os principais 
representantes deste grupo. 
 
o O AAS que é um dos mais conhecidos e foi um dos 
primeiros a ser sintetizado, apesar de ser considerado 
um anti-inflamatório, atualmente é pouco utilizado com 
essa finalidade, já que vem sendo muito prescrito para 
situações cardiovasculares. 
 
o Isso se deve à sua capacidade de inibir de forma 
irreversível a COX-1 plaquetária, inibindo sua agregação. 
 
o Já a mesalazina, também conhecida como ácido5-
aminossalicílico, é um fármaco anti-inflamatório usado 
no tratamentode doenças inflamatórias intestinais leve 
a moderada. 
 
o Trata-se de um aminossalicilato que não causam 
hemorragias gástricas nem são absorvidos para o 
sangue, pois têm ação tópica. Atua inibindo COX-1 e 
COX-2 e, também, a produção de citocinas ao bloquear 
o NF-KB. 
 
ABSORÇÃO: 
o ocorre no estômago (em pequena quantidade), mas 
principalmente no intestino delgado. O pico de 
concentração plasmática é atingido em 
aproximadamente 2 horas. 
 
DISTRIBUIÇÃO: 
o Os salicilatos podem ser encontrados livres na 
circulação ou ligados às proteínas plasmáticas, 
principalmente albumina. 
 
o A ligação do salicilato à albumina é dose-dependente, 
portanto, a meia-vida da droga aumenta com a dose. 
 
o A ligação pode sofrer competição com outras 
substâncias, como a penicilina, bilirrubina, ácido úrico, 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
metotrexato, tiopental, sulfonamidas, varfarina e 
outras. 
 
o A fração livre do salicilato se distribui rapidamente, 
atravessando a barreira placentária e podendo penetrar 
no líquido cerebrospinal. 
 
METABOL IZAÇÃO E EXCREÇÃO: 
o Ocorre em diversos tecidos, mas principalmente no 
fígado; quanto a excreção, a principal via é renal. 
 
INDICAÇÕES CL ÍNICAS: 
o O ASS é utilizado principalmente como antiagregante 
plaquetário no tratamento ou na profilaxia do infarto 
agudo do miocárdio e de outros eventos 
tromboembólicos. 
 
o A mesalazina, sob a forma de comprimidos de libertação 
prolongada, está indicada como anti-inflamatório para 
redução da inflamação das mucosas gastrointestinais na 
retocolite ulcerativa (RCU) leve a moderada, tanto na 
indução quanto na manutenção da remissão, e da 
doença de Crohn (DC) leve a moderada. 
 
o É utilizada também na prevenção e redução de recidivas 
dessas doenças. 
 
o Os salicilatos, em geral, também são utilizados no 
tratamento de gota, febre reumatoide, osteoartrite e 
artrite reumatóde, além de condições que necessitem 
de analgesia, como cefaleia, artralgia e mialgia. 
 
TOXICIDADE: 
o A toxicidade desses fármacos ocorre principalmente 
sobre o aparelho gastrointestinal, rins 
(nefrotoxicidade), fígado, medula óssea, sangue, 
equilíbrio ácido-básico e sistema imunológico. 
 
o Pode aumentar a incidência da síndrome de Reye, que é 
uma condição rara que ocorre em crianças, 
caracterizada por encefalopatia hepática após doença 
viral aguda, com alta mortalidade. 
 
o O AAS compartilha os mesmos efeitos adversos 
descritos para os outros antiinflamatórios, sendo os 
gastrointestinais os mais proeminentes, orientar a 
administração acompanhando as refeições para 
diminuir a dispepsia. 
 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
o pode aumentar potencialmente o efeito da varfarina, 
fenitoína e ácido valproico, além disso antagoniza o 
efeito de alguns anti-hipertensivos. 
 
DERIVADOS DO PARA -AMINOFENOL: 
MEDICAMENTO: 
o Paracetamol (Acetaminofeno). Esses medicamentos, 
representados principalmente pelo paracetamol, não 
tem grande poder anti-inflamatório, tendo atuação 
principal na dor leve a moderada e, com menor 
potência, na febre. 
ABSORÇÃO E METABOL IZAÇÃO: 
o absorvido no trato gastrintestinal, tem pico de 
concentração plasmática em 30-60 minutos, porém 
meia-vida de cerca de 2 horas. 
 
o Sofre metabolização hepática, o que pode produzir 
intermediários altamente reativos para os hepatócitos. 
 
o É bastante seguro em doses terapêuticas, mas sob 
determinadas condições pode ser muito hepatotóxico. 
 
o A excreção desses fármacos é feita pincipalmente por 
via renal. 
 
INDICAÇÕES CL ÍNICAS 
o Tem o efeito de inibir a síntese das prostaglandinas no 
SNC, resultando em suas ações antipiréticas e 
analgésicas. 
 
o Tem pouco efeito sobre as COX em tecido periférico, o 
que contribui para pouca atividade anti-inflamatória. 
 
o É a droga antipirética/analgésica em crianças com 
infecções virais ou varicela (por não estar relacionado à 
Sindrome de Reye, como o AAS). 
 
o Tem efeito muito fraco sobre as plaquetas, sendo uma 
opção em pacientes com alteração de coagulação. 
 
TOXICIDADE: 
o As doses terapêuticas desse grupo causam poucos 
efeitos colaterais; podem ocorrer algumas reações de 
hipersensibilidade, que geralmente são de natureza 
eritematosa ou urticariforme, pode ocorrer o 
surgimento de leucopenia e pancitopenia transitórias 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
com o uso de paracetamol. Porém, quando há 
intoxicação os efeitos são mais severos, como lesão 
hepática; esses casos podem evoluir até insuficiência 
hepática fulminante, principalmente em pacientes sob 
maior risco (hepatopatas, portadores de hepatites virais 
ou com história de alcoolismo). 
 
o As doses diárias tóxicas do paracetamol são 150 mg/kg 
nas crianças e 7,5g em adultos. 
 
o Em pacientes previamente hígidos, os sintomas da 
intoxicação só costumam aparecer em doses superiores 
à 250 mg/kg em crianças e 12g em adultos, no período 
de 24 a 48 horas. 
 
o Pacientes com disfunção hepática prévia ou uso crônico 
de álcool ou drogas (que também induzem o citocromo 
P450) podem sofrer toxicidade com doses menores. 
 
CONTRAINDICAÇÕES: 
o Pacientes com hipersensibilidade e alguns pacientes 
com insuficiência renal ou hepática. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO INDOLACÉTICO 
MEDICAMENTOS: 
o Indometacina, Sulindaco, Etodolaco O principal fármaco 
representante desse grupo é a indometacina. 
 
o Geralmente não são utilizados como antipiréticos e, 
apesar de sua potência anti-inflamatória, a toxicidade 
limita o uso. 
 
ABSORÇÃO, METABOL ISMO E EXCREÇÃO: 
o Sofre rápida absorção gastrointestinal após 
administração oral e alcança o pico de concentração 
plasmática em cerca de 2 horas. 
 
o Possui grande afinidade com as proteínas plasmáticas, a 
metabolização é hepática e a excreção pode ser através 
das fezes, urina ou bile. 
 
INDICAÇÕES CL ÍNICAS: 
o A indometacina é um dos fármacos mais potentes na 
inibição das ciclo-oxigenases. 
 
o Utilizada mais comumente na artrite reumatoide, 
espondilite anquilosante, crise aguda de gota, 
osteoartrite de quadril e fechamento do ducto arterial 
patente em neonatos. Devido aos graves efeitos 
colaterais, a indometacina não é recomendada como 
analgésico ou antitérmico. 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
o Antagoniza os efeitos natriuréticos e anti-hipertensivos 
da furosemida e dos diuréticos tiazídicos, além disso, 
reduz os efeitos anti-hipertensivos dos 
betabloqueadores e dos inibidores da enzima 
conversora de angiotensina (IECA). 
 
EFEITOS ADVERSOS: 
o Os principais estão relacionados com o sistema nervoso 
e digestório: cefaleia frontal, vertigem, tontura, 
confusão mental, alucinações, dor epigástrica, anorexia, 
dispepsia, náuseas e vômitos, sangramento 
gastrointestinal, úlceras pépticas, diarreia, delírio e 
outros. 
 
o Além desses efeitos, pode surgir (incomum) 
neutropenia, trombocitopenia, anemia aplásica, reação 
de hipersensibilidade, prurido e crises agudas de asma. 
 
CONTRAINDICAÇÕES: 
o Comorbidades psiquiátricas, epilepsia, parkinsonismo, 
gestantes, lactentes, pacientes com doenças renais e 
lesões ulcerativas no estômago ou duodeno. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO 
MEDICAMENTOS: 
o Ibuprofeno, Naproxeno, Flurbiprofeno, Cetoprofeno, 
Fenoprofeno, Oxaprozino, Indoprofeno, Ácido 
Tiaprofênico. 
 
o Nesse grupo, os fármacos mais utilizados são: 
ibuprofeno, naproxeno, oxaprozina e cetoprofeno. 
 
ABSORÇÃO, METABOL IZAÇÃO E EXCREÇÃO: 
o A absorção é por via oral, sendo reduzida se houver 
ingesta de alimentos concomitante. 
 
o Têm afinidade pelas proteínas plasmáticas, sendo 
metabolizado no fígado e excretados principalmente via 
urina. 
 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
INDICAÇÕES CL ÍNICAS: 
o Podem ser utilizados para o tratamento da AR, 
osteoartrite, espondilite anquilosante, artrite gotosa, 
sinovites, tenossinovites, tendinites,processos 
inflamatórios odontológicos e dismenorreia. 
 
o Além disso são eficazes como analgésicos em lesões 
traumáticas, musculoesqueléticas, lombalgia, dor pós-
operatória e como antipiréticos. 
 
EFEITOS ADVERSOS: 
o os mais comuns são do trato GI, como dispepsia ou até 
sangramento; efeitos no SNC, como cefaleia, zumbidos 
e tontura. 
 
CONTRAINDICAÇÃO: 
o Não recomendado em pacientes com: doença 
gastrointestinal alta, história de úlcera péptica, 
insuficiência renal, gestantes, lactantes e pacientes 
tratados com cumarínicos, uma vez que aumenta o 
tempo de protrombina. 
 
TOXICIDADE: 
o Os principais efeitos são relacionados ao trato 
gastrointestinal, como: desconforto epigástrico, 
náuseas, vômitos, diarreia, azia, sensação de plenitude, 
constipação etc. gastrointestinal, como: desconforto 
epigástrico, náuseas, vômitos, diarreia, azia, sensação 
de plenitude, constipação etc. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO HETEROARIL ACÉTICO . 
MEDICAMENTOS: 
o Tolmetino, Cetorolaco, Diclofenaco. Dentre os fármacos 
desse grupo, o principal representante é o diclofenaco 
de sódio. 
 
A BSORÇÃO, METABOL IZAÇÃO E EXCREÇÃO: 
o O diclofenaco é absorvido rapidamente após 
administração por via oral ou parenteral, sendo o pico 
de concentração máxima em 2 a 3 horas. 
 
o Tem importante afinidade com as proteínas plasmáticas 
e sua meia-vida é de 1 a 2 horas, sofrendo 
metabolização a nível hepático e sendo eliminado 
principalmente pela urina. 
o Possui metabolismo de primeira passagem, reduzindo 
sua biodisponibilidade em cerca de 50%, porém tem boa 
distribuição tecidual, se acumulando principalmente no 
líquido sinovial. 
 
INDICAÇÕES CL ÍNICAS: 
o Por ser um potente inibidor da COX, o diclofenaco é 
muito utilizado no tratamento de doenças reumáticas 
inflamatórias e degenerativas como a artrite 
reumatoide, osteoartirte, espondiloartrite e espondilite 
anquilosante. 
 
o É usado também em casos de dores da coluna vertebral, 
dor pós-traumática e pós-operatória. O cetorolaco tem 
efeito anti- -inflamatório moderado, mas é um potente 
analgésico, disponível via oral, intramuscular ou 
preparação oftálmica. 
 
EFEITOS ADVERSOS: 
o Úlceras gástricas, perfuração da parede intestinal, 
hepatotoxicidade, irritabilidade, convulsões, diplopia e 
erupções cutâneas. 
 
CONTRAINDICAÇÕES: 
o Pacientes portadores de úlcera péptica, reação de 
hipersensibilidade, hepatopata, criança, gestante e 
lactantes. 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
o podem aumentar a concentração sérica de lítio, 
digoxina e metotrexato quando administrados juntos. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓLICO 
MEDICAMENTOS: 
o Piroxicam, Meloxicam, Tenoxicam, Sudoxicam, 
Isoxicam, Ampiroxicam, Droxicam, Lornoxicam, 
Cinoxicam, Ampiroxicam, Pivoxicam. 
 
o Dentre os fármacos dessa classe, os principais são o 
piroxicam e meloxicam. 
 
o Este último, apesar de ser um fármaco antigo, revelou 
ter certa seletividade para a COX-2. 
 
 
 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
ABSORÇÃO, METABOL IZAÇÃO E EXCREÇÃO: 
o Rapidamente absorvidos por via oral, com grande 
afinidade pelas proteínas plasmáticas. 
 
o Apresentam meia-vida longa, o que permite 
administração uma vez ao dia. São excretados 
principalmente através da urina e das fezes. 
 
INDICAÇÕES CL ÍNICAS: 
o AR, osteoartrite, atrite reumatoide juvenil, espondilite 
anquilosante, dor pós-operatória, traumatismo, 
lombociatalgia e distensões ligamentares. 
 
EFEITOS COL ATERAIS: 
o Os principais são os gastrointestinais, como a úlcera 
péptica, mas podem apresentar cefaleia, mal-estar, 
zumbidos, rash, edema, prurido, insônia, depressão, 
parestesias, alucinações, aumento de creatinina e 
outros. 
 
CONTRAINDICAÇÕES: 
o Não recomendado para pacientes com úlcera péptica 
ativa, história de hipersensibilidade, gestante, lactante 
e muita cautela quando o paciente for portador de 
alterações da coagulação. 
 
o Os supositórios não devem ser usados por pacientes 
portadores de processos inflamatórios no reto ou ânus 
ou em pacientes com história recente de sangramento 
anal ou retal. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍLICO 
MEDICAMENTOS: 
o Ácido Mefenâmico, Ácido Meclofenâmico, Ácido 
Flufenâmico, Ácido Tolfenâmico, Ácido Etofenâmico. 
 
o Dentro dessa classe, os medicamentos mais utilizados 
são os ácidos mefenâmico, meclofenamato, 
flufenâmico, essas drogas não apresentam vantagens 
em relação aos outros anti-inflamatórios. 
 
ABSORÇÃO, METABOL IZAÇÃO E EXCREÇÃO: 
o absorção via oral, atingindo o pico plasmático em cerca 
de 30 minutos a 2 horas; a excreção desses fármacos é 
por meio da urina e uma pequena porcentagem é 
eliminada nas fezes. 
 
INDICAÇÕES CL ÍNICAS: 
o Possuem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e 
antipiréticas. Podem ser usados para dores de pequena 
a moderada intensidade, e o tratamento não deve 
exceder 1 semana. 
 
CONTRAINDICAÇÕES: 
o Não recomendado para pacientes com inflamação ou 
ulceração gastrointestinal e naqueles com 
comprometimento da função renal. 
 
o Além disso, pacientes asmáticos devem usar com 
cautela, pois esses medicamentos podem exacerbar 
essa condição, pacientes gestantes e menores de 14 
anos não devem fazem uso dessa classe. 
 
TOXICIDADE: 
o Os efeitos colaterais mais comuns são os sintomas 
gastrointestinais, como náuseas, vômitos, dispepsia, 
cefaleia, vertigem, mal-estar, diarreia, esteatorreia, dor 
abdominal e constipação, sangramento gastrointestinal, 
anemia hemolítica, agranulocitose, púrpura 
trombocitopênica e anemia megaloblástica são raros 
dor abdominal e constipação. 
 
o Sangramento gastrointestinal, anemia hemolítica, 
agranulocitose, púrpura trombocitopênica e anemia 
megaloblástica são raros. 
 
DERIVADOS DA PIRAZOLONA 
MEDICAMENTOS: 
o Dipirona, Fenilbutazona, Apazona, Sulfimpirazona. 
Metamizol ou, comercialmente, dipirona, é seu maior 
representante e é utilizado principalmente como 
analgésico e antipirético. 
 
o Embora ainda esteja disponível em balcão de um modo 
geral em todo o mundo, em alguns países (nos Estados 
Unidos e na maioria dos países da União Europeia), sua 
venda é proibida, pelo risco de agranulocitose. 
 
 
 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
ABSORÇÃO, METABOL IZAÇÃO E EXCREÇÃO: 
o Absorção depende do método de administração, mas 
quando administrado oral tem absorção no trato 
gastrointestinal. 
 
o Sua meia-vida plasmática é de 4 em 4 horas e a dose 
máxima diária é 4 gramas. Metabolização hepática e 
excreção renal. 
 
INDICAÇÃO CL ÍNICA: 
o É indicado usualmente como analgésico e antipirético. A 
dipirona tem como ação primária antipirética e 
secundária analgésica. 
 
CONTRAINDICAÇÃO: 
o Hipersensibilidade prévia, como agranulocitose ou 
anafilaxia, ao metamizol, porfiria aguda, hematopoiese 
prejudicada, como devido ao tratamento com agentes 
quimioterápicos, terceiro trimestre de gravidez, 
lactação, crianças com massa corporal abaixo de 16 kg e 
história de asma induzida por aspirina. 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
o Anticoagulantes orais (afinadores sanguíneos), 
carbonato de lítio, captopril, triantereno e anti-
hipertensivos podem também interagir com metamizol, 
como outras pirazolonas por interagir adversamente 
com tais substâncias. 
 
 
INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2 
DERIVADO DO FURANONAS DARIL 
MEDICAMENTO S: 
o Rofecoxib, Celecoxib. O principal fármaco desse grupo é 
o celecoxib, inibidor altamente seletivo pela COX-2 (de 
forma reversível), o que facilita o manejo das 
inflamações crônicas, além da redução na toxicidade 
gastroduodenal. 
 
ABSORÇÃO, METABOL IZAÇÃO E EXCREÇÃO: 
o Bem absorvido por via oral, com concentração máxima 
em torno de 3 horas. 
 
o Metabolizado no fígado através do citocromo P450, com 
excreção nas fezes e urina. 
o Tem meia-vida de 11 horas, sendo normalmente 
administrado uma vez ao dia, maspode ser 
administrado duas vezes ao dia. 
 
INDICAÇÃO CL ÍNICA: 
o AR, osteoartrite, atrite reumatoide juvenil, espondilite 
anquilosante, dismenorreia e outros processos 
inflamatórios articulares. 
 
EFEITOS ADVERSOS: 
o cefaleia, dispepsia, diarreia e dor abdominal. Alguns 
estudos demonstraram que o uso de celecoxib pode 
estar relacionado com o desenvolvimento de eventos 
cardiovasculares trombóticos, como IAM, angina 
instável, trombos cardíacos, AVC e ataque isquêmico 
transitório (AIT) e lesão renal. 
 
CONTRAINDICAÇÃO: 
o deve ser evitado em pacientes com doença hepática, 
cardíaca ou renal grave, hipovolemia e pacientes 
alérgicos a sulfonamidas. 
 
o Interações medicamentosas, pode elevar os níveis do 
propranolol, alguns antidepressivos (amitriptilina) e 
neurolépticos (risperidona), alguns fármacos como 
fluconazol e fluvastatina podem aumentar os níveis 
plasmáticos de celecoxibe. 
 
DERIVADO DA SULFONANILIDA 
MEDICAMENTO: 
o Nimesulida. A nimesulida é um inibidor seletivo da COX-
2 e apresenta ações analgésicas, antiinflamatórias e 
antipiréticas. 
 
o Além da inibição seletiva da COX-2, neutraliza a 
formação de radicais livres de oxigênio produzidos 
durante o processo inflamatório. 
 
ABSORÇÃO, METABOL IZAÇÃO E EXCREÇÃO: 
o A nimesulida sofre rápida absorção gastrointestinal, 
alcançando o pico de concentração plasmática dentro 
de I a 2 horas. 
 
o Sofre metabolização hepática, circulação êntero-
hepática, e é eliminada pelas fezes (73%) e pela urina 
(24%). 
AINES MILENA BAVARESCO 
 
INDICAÇÃO CL ÍNICA: 
o Indicado no tratamento de estados febris, processos 
inflamatórios relacionados com a liberação de 
prostaglandinas, notadamente osteoarticulares e 
musculoesqueléticas, e como analgésico em cefaleias, 
mialgias, e no alívio da dor pós-operatória. 
 
EFEITOS ADVERSOS: 
o Em virtude da atividade seletiva sobre a COX2, 
apresenta menor incidência de efeitos colaterais 
gastrointestinais. 
 
o Mas pode causar dor de cabeça, sonolência, tontura, 
urticária, coceira, icterícia, perda de apetite, dor de 
estômago, enjoo, vômito, diarreia, diminuição do 
volume urinário, urina escura, diminuição da 
temperatura do corpo e asma. 
 
CONTRAINDICAÇÃO: 
o Não deve ser usado por pacientes portadores de 
hemorragias gastrointestinais, úlcera duodenal ou 
gástrica, patologias hepáticas e com insuficiência renal.

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