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SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Compreender a morfofisiologia do SRM e seus hormônios. Entender o eixo HHG Descrever a puberdade masculina associando aos homônios e a classificação de Tanner. Compreender os métodos contraceptivos* 1. 2. 3. 4. OBJETIVOS *outro resumo Espermatogônia (2n) situadas na membrana basal dos túbulos seminíferos, são como células tronco que algumas irão sofrer mitose e outras ficarão indiferenciadas servindo de reservatório. Espermatócito primário(2n) perdem contato com a membrana basal, espremem-se através das junções oclusivas da barreira hematotesticular, sofrem alterações de desenvolvimento e diferenciam-se. Cada espermatócito primário replica seu DNA e então começa a meiose I, gerando duas células iguais. Espermatócitos secundários (n) Cada espermatócito secundário tem 23 cromossomos, o número haploide ( n ). Cada cromossomo dentro de um espermatócito secundário, no entanto, é constituído por 2 cromátides (2 cópias do DNA) ainda ligadas por um centrômero. Não há replicação de DNA nos espermatócitos secundários, sofrem meiose II dividindo o material genético. Espermatócitos secundários (n) 4 ESPERMÁTIDES (n) meiose I reducional meiose II equacional e sp e rm io g ê n e se A espermiogênese é o desenvolvimento de espermátides haploides em espermatozoides. Não ocorre divisão celular na espermiogênese; cada espermátide se torna um espermatozoide único. Durante este processo, as espermátides esféricas se transformam no espermatozoide delgado e alongado. Um acrossomo forma-se no topo do núcleo, que se condensa e se alonga, um flagelo se desenvolve, e as mitocôndrias se multiplicam. mitose Sistema Reprodutor Masculino Desde o terceiro trimestre de gestação até os 6 meses de vida, há uma ativação parcial do sistema hipotálamo-hipófise-gônadas (HHG) que ocasiona algumas manifestações clínicas como telarca, trofismo genital e acne neonatal (minipuberdade). A partir dos 6 meses de idade há uma redução significativa dos níveis de hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo- estimulante (FSH), que permanecem baixos até o início da puberdade. Em dado momento, os fatores chamados permissivos (neuropeptídios, leptina, insulina, IGF-1 e estímulos oriundos de centros cerebrais superiores) atuam sobre o sistema HHG provocando aumento da frequência e amplitude da produção de hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH) que ativa receptores específicos localizados na adenoipófise, desencadeando aumento da produção de (FSH e LH). A liberação de FSH e LH estimula ovários e testículos a produzirem os esteroides sexuais que induzirão todo o processo de modificações corporais, capacitando o organismo para as funções reprodutivas. Puberdade no menino Além do Eixo, outros mecanismos sinérgicos devem atuar para que haja o desenvolvimento normal da puberdade. Como o a produção de androgênios pelas glândulas adrenais, controlada pelo ACTH, é anterior à produção de esteroides go-nadais, ocorrendo entre 6 e 8 anos de idade (adrenarca). Sendo responsável por modificações no odor das secreções, aumento da oleosidade da pele e aparecimento e manutenção da pilificação axilar e púbica durante a puberdade. A puberdade masculina tem início mais tardia que da menina, por volta dos 9 anos. No menino, observa-se como primeira manifestação o aumento de volume testicular atingindo 4 mL ou cm3. Além da ativação gonadal e do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, o crescimento na adolescência envolve mudanças na composição corporal e desenvolvimento dos sistemas cardiovascular e circulatório e, na fase final do processo, desaceleração e parada do crescimento. No menino, ocorre acentuação do crescimento biacromial (entre os acrômios), aumento da massa muscular, da força e da resistência física. A primeira ejaculação ocorre mais tardiamente, quando os testículos atingem 10 a 12 mL de volume, algumas vezes durante o sono (polução noturna). Mais da metade dos meninos tem ginecomastia puberal transitória, que é o inchaço do tecido mamário, tendendo a desaparecer entre 1 e 2 anos. No final da puberdade ocorre alteração no timbre da voz pela ação hormonal na laringe. O desenvolvimento e a maturação sexual podem ser acompanhados utilizando-se os critérios de Marshall e Tanner, pois, em condições normais, há uma sequência cronológica de modificações. Para o sexo masculino, o desenvolvimento da bolsa escrotal e do pênis (G). Ativação do eixo O desenvolvimento e a maturação sexual podem ser acompanhados utilizando-se os critérios de Marshall e Tanner, pois, em condições normais, há uma sequência cronológica de modificações. Para o sexo masculino, o desenvolvimento da bolsa escrotal e do pênis (G). Desenvolvimento genital G1- Testículos, escroto e pênis de tamanho e proporções infantis. G2- Aumento inicial do volume testicular (3 a 4mL). Pele do escroto muda de textura e torna-se avermelhada. Aumento do pênis pequeno ou ausente. G3- Crescimento do pênis em comprimento. Maior aumento dos testículos e escroto. G4- Aumento do pênis, principalmente em diâmetro, e desenvolvimento da glande. Maior crescimento de testículos e escroto, cuja pele se torna mais enrugada e pigmentada. G5- Desenvolvimento completo da genitália, que assume características adultas. Puberdade no menino Na fase pós-natal, o hormônio do crescimento (GH) estimula o crescimento por sua ação direta na diferenciação celu- lar, na placa de crescimento e no hepatócito, onde aumenta a secreção de fator de crescimento insulina-símile (IGF-1). Já fase inicial da puberdade, além da elevação dos níveis séricos dos esteroides sexuais, há um aumento na frequência e na amplitude dos pulsos de GH, com aumento de duas a até dez vezes a quantidade de GH secretada a cada pulso, o que aumenta a produção de IGF-1 pelo fígado. Entretanto, durante a puberdade, em ambos os sexos, os esteroides sexuais, principalmente os estrógenos, são essen- ciais para acelerar o crescimento por meio da ação em receptores específicos da placa epifisária, promovendo crescimento, mas também decretando o fechamento das epífises. Por isso o adolescente tem um crescimento desproporcional, primeiro pelas porções distais dando a ele um aspecto peculiar. Depois do crescimento dos pés e mãos, ocorre o crescimento das extremidades proximais, depois tronco. Sistema Reprodutor Masculino O eixo HHG no homem também atua por meios dos hormônios gonadotróficos LH e FSH, os quais atuam cada um de uma forma, mas em conjunto com a testosterona: O LH estimula as células intersticiais (Leydig) que estão localizadas entre os túbulos seminíferos a secretar o hormônio testosterona. Este hormônio esteroide é sintetizado a partir do colesterol nos testículos e é o principal androgênio. É lipossolúvel e se difunde facilmente das células intersticiais para o líquido intersticial e, em seguida, para o sangue. A testosterona, via feedback negativo, suprime a secreção de LH na adeno- hipófise e suprime a secreção de GnRH no hipotálamo. O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese. O FSH e a testosterona atuam sinergicamente nas células sustentaculares (Sertolli) estimulando a secreção da proteína de ligação a androgênios (ABP) no lúmen dos túbulos seminíferos e no líquido intersticial em torno das células espermatogênicas. A ABP se liga à testosterona, mantendo a sua concentração elevada. A testosterona estimula as etapas finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos. Uma vez alcançado o grau de espermatogênese necessário para as funções reprodutivas masculinas, as células sustentaculares liberam inibina , um hormônio proteico assim chamado por inibir a secreção de FSH pela adeno-hipófise. Se a espermatogênese ocorrer muito lentamente, menos inibina é liberada, o que possibilita maior secreção de FSH e aumento da espermatogênese Controle testicular Controle testicular Resumindo, um sistema de feedback negativo controla a produção de testosterona. Pois a alta concentração dela inibe o GnRH do hipotálamo, que entãoreduz a quantidade de LH sendo estimulada e liberada pela adeno- hipófise. Menos LH significa menor produção de testosterona nas células de Leydig, caindo a concentração sérica da testosterona. Sistema Reprodutor Masculino NÃO FARMACOLÓGICOS Métodos Contraceptivos Estes métodos fundamentam-se no ciclo menstrual da mulher e nas características biológicas da reprodução humana, que permitem a identificação de um período específico em que existe a possibilidade de fecundação. O cobre é responsável pelo aumento da produção de prostaglandinas e pela inibição de enzimas endometriais. Estas mudanças afetam adversamente o transporte de esperma, de modo a prevenir a fertilização. Os íons de cobre também têm um efeito direto na motilidade espermática, reduzindo a capacidade de penetração no muco cervical. A ovulação não é afetada em usuárias do cobre DIU de cobre. Os métodos de barreira são aqueles que bloqueam a ascensão do sptz para a cavidade uterina. Como exemplos de métodos de barreira mecânica, citamos o preservativo masculino e o feminino; de barreira química, os espermaticidas e as esponjas, e de barreira mista, o diafragma e o capuz cervical. Todos estes métodos de barreira, além do efeito contraceptivo, podem ajudar a prevenir contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), mas, somente o condom feminino e o masculino oferecem uma alta proteção contra estas doenças, inclusive o HIV/AIDS. O DIU, Dispositivo Intrauterino apresenta alguns modelos em mercado brasileiro, que pode ser de cobre (Cu) ou cobre com prata (Ag). O DIU T380A é o dispositivo de cobre mais eficaz disponível, sendo os DIUs de cobre altamente eficazes em prevenir a gravidez, o Tcu380A pode ser eficaz até 12 anos. Os dispositivos intrauterinos têm múltiplos mecanismos de ação, o principal é a prevenção da fertilização. O DIU não medicado depende de uma reação de corpo estranho para sua ação contraceptiva, trata-se de reação inflamatória estéril que produz lesão tecidual mínima, porém suficiente para ser espermicida. A presença de um corpo estranho e de cobre na cavidade endometrial causa mudanças bioquímicas e morfológicas no endométrio, além de produzir modificações no muco cervical. O DIU de cobre é associado à resposta inflamatória aumentada com acréscimo de citocinas citotóxicas. Métodos Baseados na Percepção Sistema Reprodutor Masculino FARMACOLÓGICOS Métodos Contraceptivos uma boa lubrificação vaginal. Como resultado dessas várias ações contraceptivas, a taxa de eficácia do SIU- LNG é muito alta. Existem também o DIU com hormônio, o Sistema Intrauterino Liberador de Levonorgestrel (SIU-LNG) que possui um reservatório com 52 mg de levonorgestrel, mede 32 mm de comprimento e libera 20 µg de levonorgestrel por dia inicialmente, depois se estabiliza em 11 µg/dia ao final de cinco anos, que é o tempo preconizado de uso do SIU-LNG. Segundo Luukkainen, os principais mecanismos de ação colaboraram para se obter um contraceptivo com menos efeitos colaterais e com eficácia excepcional, durante cinco anos de uso2 . Os principais são: muco cervical espesso e hostil à penetração do espermatozoide, inibindo a sua motilidade no colo, no endométrio e nas tubas uterinas, prevenindo a fertilização; alta concentração de levonorgestrel no endométrio, impedindo a resposta ao estradiol circulante; forte efeito antiproliferativo no endométrio. inibição da atividade mitótica do endométrio; mantém a produção estrogênica, o que possibilita
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