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Banco Central - Pensamento Econômico

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Gabriel Bruck Machado
Banco Central do Brasil
POLÍTICA/ ECONOMIA BRASIL CONTEMPORÂNEO
Prof Eduardo Raposo
Rio de Janeiro, 2021
BANCO CENTRAL
O trabalho tem como objetivo elucidar o papel do Banco Central na economia
brasileira, partindo da sua história de criação e dos seus principais recursos técnicos
para cumprir sua função institucional. Além disso, também será abordado as
principais diferenças entre os ciclos econômicos e os políticos e a importância da
autonomia para preservação da estabilidade da moeda.
Antes do Banco Central:
Embora o Banco Central e o conselho monetário nacional tenham sido criados de
fato em 1964 pela lei (4595/64) no governo Castelo Branco, o embrião da instituição
começou com a Superintendência da Moeda e do Crédito. A SUMOC, concebida no
final do período do Estado Novo em 1945, tinha como objetivo criar as bases para
a formação de um Banco Central. Nessa época a Superintendência dividia as
atribuições com o Banco do Brasil. A SUMOC representou um grande passo na
racionalização da política monetária nacional, mas por não ter autonomia
estruturada teve seu papel limitado por ações políticas.
Funções do Banco Central:
“Art. 1º O Banco Central do Brasil tem por objetivo
fundamental assegurar a estabilidade de preços. “ Lei nº
4.595
O Banco central, em geral, desempenha as seguintes funções:
Monopólio sobre a emissão de moeda; banco do governo; banco dos bancos;
supervisor do sistema financeiro; executor da política monetária; e executor da
política cambial e depositário das reservas internacionais.
O Conselho Monetário Nacional:
“O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do
Sistema Financeiro Nacional e tem a responsabilidade de
formular a política da moeda e do crédito, objetivando a
estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e
social do País.” - Conselho Monetário Nacional, Secretaria
Especial de Tesouro e Orçamento, disponível em:
<https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/cmn>
É a partir do que é determinado pelo conselho monetário nacional que o banco
central atuará, utilizando dos instrumentos técnicos necessários para atingir as
metas. Atualmente participam do conselho: Ministro da Economia, Presidente do
Bacen, Secretário Especial da Fazenda.
Exemplos: coordenação de políticas orçamentárias, definição das metas
inflacionárias
Inflação:
É o aumento generalizado dos preços de bens e serviços, o que implica em uma
redução do poder compra do dinheiro. O índice de referência utilizado pelo governo
é o IPCA. Quando a inflação foge do controle ocorrem grandes impactos em toda
economia, gerando incertezas que corroboram para diminuição dos investimentos. É
principalmente os mais pobres que sofrem com esse processo por não contarem
com mecanismos de proteção.
/
Principal instrumento do Banco Central:
Manter a inflação dentro da meta é a principal função do Banco Central. O
instrumento de política monetária é a taxa Selic, decidida pelo Copom .
Comitê de Política Monetária (COPOM):
Órgão do Banco Central responsável pelas decisões sobre a taxa básica de juros, a
Selic. Formado pelo presidente do Banco Central e os diretores. Reunião acontece
a cada 45 dias.
A Casa da Moeda:
É a empresa estatal responsável pela impressão do papel moeda oficial do Brasil.
Autonomia do Banco Central :
Os ciclos econômicos são diferentes dos ciclos políticos, por isso faz se importante
manter um corpo técnico com visão de longo prazo e responsabilidade para
https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/cmn
preservar a estabilidade da moeda. Quando não há um banco central com
autonomia para cumprir com suas metas, a economia fica à mercê do jogo político,
podendo um candidato diminuir os juros mais do que necessário trazendo benefício
no curto prazo a fim de ser reeleito. Essas medidas feitas artificialmente podem em
horizonte de tempo maior criar enormes problemas sociais.
- “O Bacen é o guardião da moeda - acrescentei
- o guardião da moeda sou eu - retrucou Costa Silva”
(Campos,1994:669)
Governos desenvolvimentistas tendem a utilizar de estímulos para fomentar a
economia, como a inserção de moeda na economia. Nessas épocas o Banco
Central perde seu protagonismo, em contrapartida quando há governos
estabilizadores ganha destaque. Um exemplo disso é durante a ditadura militar, no
período de Castelo Branco foi criado Banco Central e o Conselho Monetário
Nacional com certa autonomia, mas em seguida com a posse de Costa e Silva e na
sequência com Médici e Geisel a instituição se submeteu a política de crescimento
econômico ( período do milagre econômico). As consequências no final da ditadura
foram grande aumento da dívida pública, hiperinflação e instabilidade no país.
LEI COMPLEMENTAR Nº 179, DE 24 DE FEVEREIRO DE 2021
No dia 27/08/2021 o STF validou a lei sobre autonomia do Banco Central, dentre as
principais mudanças estão:
Define a estabilidade de preços como objetivo fundamental do Banco Central. Sem
prejuízo de seu objetivo fundamental, a instituição também terá por objetivos zelar
pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do
nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego.
Determina mandatos fixos e não coincidentes de 4 anos para os diretores e para o
presidente. Esses mandatos se sobrepõem apenas parcialmente ao mandato
presidencial.
Estabelece que a exoneração de diretores e presidente da instituição só se dará em
casos justificados, e com aprovação, por maioria absoluta, do Senado Federal.
Mantém os poderes legítimos do corpo político para sabatinar os diretores e o
presidente e definir as metas mais específicas para a política monetária.
Define o Banco Central como autarquia de natureza especial caracterizada pela
ausência de vinculação a Ministério
Garante a transparência e a prestação de contas, já que o presidente do Banco
Central deverá apresentar, no Senado Federal, em arguição pública, no primeiro e
no segundo semestres de cada ano, relatório de inflação e relatório de estabilidade
financeira, explicando as decisões tomadas no semestre anterior.
Referências bibliográficas:
Banco Central do Brasil. Bcb.gov.br. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/>.
Acesso em: 18 Oct. 2021.
 DE VASCONCELOS, Eduardo; YURI, Raposo ; II, Kasahara. Instituições Fortes,
Moeda Estável e Banco Central do Brasil Autônomo. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/dados/a/DJZYgfLtyv8mPDysDxtmP8G/?format=pdf&lang=pt
>. Acesso em: 18 Oct. 2021.

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