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v OBS: AS QUESTÕES QUE ESTÃO DE VERMELHO NÃO FAZEM PARTE DA PART.1, ELAS ESTARÃO NA PART.2! 1- O que você entende por moagem? Quais são os objetivos diretos da moagem? Explique cada um. Moagem é o último estágio do processo de fragmentação. É a área da fragmentação que requer maiores investimentos e maior gasto de energia, operação chave para o bom desempenho de uma instalação de tratamento. No estágio de moagem os tamanhos das partículas são reduzidos pela combinação de impacto e abrasão, muito pouco de compressão, podendo ser realizado a seco ou a úmido. Redução de tamanhos entre duas superfícies independentes onde não é desejado: • Submoagem: produto grosso, com baixo grau de liberação, recuperação do bem mineral inferior ao desejado. Deve ser evitada porque gasta muita energia por conta da remoagem do material. • Sobremoagem: reduz o tamanho das partículas desnecessariamente, a o aumento do consumo de energia e as perdas no processo. Aumenta a produção de superfinos que provoca a perda de energia. Objetivos da moagem: • Obtenção de grau de liberação necessário para se efetuar uma operação de concentração. Onde separar é dar caminhos diferentes para às partículas uteis das não úteis, e liberar é desunir, tornar livre as partículas uteis das não úteis. • Aumentar a superfície específica dos minerais de um minério expondo-os com mais facilidade ao ataque por reagentes químicos. (Demonstração por Calculo) • Adequação granulometria para transporte continuo e subsequente. Exemplo: Minero duto. • Adequação granulometria para comercialização imediata. Exemplo: Brita, Giz, Talco para alvura do papel. • Adequação granulometria para processos subsequentes de concentração. Exemplo: Concentração magnética e flotação. 2- Quais os processos de moagem? Fale sobre cada um deles, tais como suas características, vantagens e desvantagens. Úmido: É normalmente usada para minérios que irão passar por etapa de classificação e/ou concentração por via úmida. Vantagens: • Facilita o escoamento da polpa através do moinho; • maior facilidade de controle operacional; Prova de Moagem (part.1) - Tratamento de minérios I Por Douglas Almeida • menor consumo de energia; • menor poluição; • maior capacidade por unidade de volume do moinho; • torna possível o meio de transporte por bombas, calhas e canos, torna possível peneiramento e classificação a úmido e • a água dissipa o calor gerado na moagem. Desvantagem: • Maior desgaste dos corpos moedores e do revestimento interno, devido principalmente à corrosão. Seco: Usado quando os processos subsequentes são a seco e o produto final deve ser fornecido a seco (talco, cimento, etc.) Exige equipamentos auxiliares para abater poeiras e para transporte do material. Provoca sérios problemas de aquecimento do moinho. Características de um processo de moagem: • Exige investimentos elevados; • Necessita-se de um mecanismo capaz de obter partículas de pequenas dimensões; • Necessita-se de uma grande superfície específica de contato com as partículas; • Forças utilizadas para a fragmentação das partículas são pequenas; • Os moinhos devem ser capazes de distribuir uma grande quantidade de energia sobre um grande volume de partículas. 3- Explique como funcionam os moinhos autógenos, semi-autógenos e seixos, dando suas características, vantagens e desvantagens. Moinhos autógenos: • Utilizam a rotação para efetuar de cominuição, mas ao invés de utilizarem meio moedor com barras ou bolas de aço, a cominuição é alcançada pela ação de umas partículas de minério sobre as outras; • Utiliza um minério de granulometria mais grosseira, geralmente retirado do circuito de britagem ou direto da mina como meio moedor; • Normalmente operados em altas velocidades, acima de 90% da velocidade crítica; • O moinho autógeno primário pode alcançar uma redução de tamanho de 25 cm para 0,1 mm; • A abrasão é considerada como o principal mecanismo de cominuição, havendo também impacto devido à rotação; • Iniciou sua fabricação em 1950 e atingiu maior utilização em 1980; • Este tipo de moagem é largamente utilizado na Escandinávia e África do Sul; • Volume de carga – 25 – 35% do volume do moinho. Vantagens: • Baixo custo de capital; • Facilidade de moer material úmido; • Circuitos de moagem simples; • Grandes tamanhos de equipamentos disponíveis; • Baixa potência requerida; • mínimo gasto com meio moedor; • alcança alta relação de redução. Desvantagens: • Para moagem primária o custo de energia é mais alto que na moagem convencional, entre 25 e 100%. Para moagem secundária o custo unitário de energia é comparável com o da moagem convencional. • Minérios em que os grãos estão fortemente ligados, ao invés de ocorrer à liberação de grãos individuais, a abrasão causa desintegração dos grãos aumentando a proporção de finos, usualmente prejudiciais ao processamento. Moinhos semi-autógenos e seixos: • Meio moedor é a combinação do minério com uma reduzida carga de bolas de aço e/ou seixos. • A prática indica maior eficiência para um volume de bolas e/ou seixos na faixa de 6 a 10% do volume do moinho. • Este tipo de moinho é utilizado atualmente na moagem a seco de asbesto, talco e mica. • A utilização da carga de bolas junto com os seixos moedores minimiza o problema de fragmentação de material com fração mais resistente à moagem, mas traz algumas desvantagens: causa um aumento no desgaste no revestimento do moinho, consumo de bolas e a diminuição da flexibilidade de moagem. 4- Para menor gasto de energia e menor eficiência da moagem, eventos indesejáveis à moagem devem ser evitados. Quais são estes eventos? Explique cada um deles. Submoagem: produto grosso, com baixo grau de liberação, recuperação do bem mineral inferior ao desejado. Deve ser evitada porque gasta muita energia por conta da remoagem do material. Sobremoagem: reduz o tamanho das partículas desnecessariamente, a o aumento do consumo de energia e as perdas no processo. Aumenta a produção de superfinos que provoca a perda de energia. 5- Qual a classificação de moinhos de barras segundo sua descarga? Explique (de preferência com desenho) e dê a utilização para cada um deles. Moinho com descarga periférica central: Alimentação pelos dois lados e descarga pelo centro. Oferece um produto grosseiro com baixa percentagem de finos e baixa relação de redução. Este moinho pode ser utilizado para moagem a seco ou a úmido. Aplicação: beneficiamento de areias. Moinho com descarga no extremo oposto á alimentação: (Moinho com descarga periférica final) a alimentação é feita por uma das extremidades e a descarga do produto moído pelo outra, através de várias aberturas periféricas. Este moinho pode ser utilizado para moagem a seco e a úmido, envolvendo produtos moderadamente grossos. Moinhos com descarga por transbordo: São os mais usados na indústria mineral, e só podem realizar moagem a úmido. Sua principal função é adequar o material para alimentação do moinho de bolas. A fim de criar um gradiente de fluxo dentro do moinho, o mancal pertencente ao lado da descarga do moinho deve ter de 10 a 20 cm a mais de diâmetro do que o da entrada da alimentação. 6- Quando se está em processo de moagem, quais são as características deste processo que devemos levar em conta? Explique cada. • Exige investimentos elevados; • necessita-se de um mecanismo capaz de obter partículas de pequenas dimensões; • necessita-se de uma grande superfície específica de contato com as partículas; • Forças utilizadas para a fragmentação das partículas são pequenas; • os moinhos devem ser capazes de distribuir uma grande quantidade de energia sobre um grande volume de partículas. 7- Explique ofuncionamento e as características (TODAS) dos moinhos de barras e de bolas. Moinho de barras: Funcionamento: • Espaços entre as barras de tamanho decrescente da alimentação para a descarga do moinho. • Partículas movem-se até que suas dimensões se equiparam às dos espaços. • Ficam retidas entre as barras até serem fraturadas. • As forças de cominuição são mais acentuadas sobre as partículas grossas. • Partículas finas preenchem os vazios intersticiais das barras. • Os espaços intersticiais entre as barras têm aproximadamente a metade do tamanho daqueles obtidos com moinhos de bolas nas mesmas condições. • Menores quantidades de material podem ser contidas entre as barras, prevenindo a sobremoagem. Características: • Utilizam barras cilíndricas como corpos moedores. Podem ser alimentados com materiais de até 50 mm e fornece um produto tão fino quanto 500 µm, a relação de redução na faixa de 15 a 20:1. A moagem geralmente é feita a úmido. • As barras usadas são de aço carbono (0,95 a 1 % de C). No caso da moagem de silvita recomenda-se utilizar barras de aço inoxidável. • Os moinhos até 4,5 m de diâmetro e 6 m de comprimento. A capacidade de fluxo de transporte aumenta com o quadrado do diâmetro ao passo que a potência aumenta com o expoente 2,5 do diâmetro. Outro problema o comprimento das barras (empenos e quebras). • O atravessamento das barras é evitado mantendo-se a relação comprimento das barras/diâmetro do moinho > 1,3. Normalmente esta relação situa-se na faixa de 1,4 a 1,6. Os moinhos de barra geralmente operam entre 50 e 65% da velocidade crítica. A densidade da polpa está normalmente entre 65 e 85% de sólidos em peso, sendo que alimentações mais finas requerem polpa de densidade mais baixa. Portanto, os moinhos de barra são adequados para a preparação da alimentação para concentradores gravíticos, determinados processos de flotação com problemas de lamas e moinhos de bolas. Este moinho geralmente trabalha em circuito aberto, com volume de carga entre 30 – 50 Moinho de Bolas: Funcionamento: • As bolas têm maior área superficial por unidade de peso do que as barras, tornando-se mais adequadas à moagem fina. O termo moinho de bolas é restrito àqueles que têm a relação comprimento/diâmetro de 1,5 a 1 e até menor. • Moinhos longos com relação L/D de 3 a 5, usando bolas com meio moedor, são geralmente compartimentados, sendo que em cada compartimento têm-se um diâmetro de bolas diferente. Características: • Volume de carga – 40 – 50% • % da velocidade crítica – 65 a 85% • Produto fino • Trabalha usualmente em circuito fechado. • Relação de redução bem mais elevada que o de barras. • A densidade da polpa de alimentação deve ser tão alta quanto possível • As bolas são de aço forjado (alto carbono) ou aço liga e o consumo varia de 0,1 a 1 kg por tonelada de minério dependendo da dureza do minério, grau de moagem e qualidade do corpo moedor. O consumo do corpo moedor pode atingir até 40 % do total do custo de moagem. • Na moagem primária a carga é graduada de 5 a 10 cm de diâmetro de bolas, enquanto na moagem secundária é de 5 a 2 cm. 8- Faça uma figura com as zonas internas do moinho. Explique o que ocorre em cada uma delas. Zona A (zona de cisalhamento ou zona de trajetória circular): as bolas movimentam umas sobre as outras em camadas concêntricas, a fragmentação é realizada por cisalhamento e um pouco por compressão, principalmente quando o corpo moedor é barras. Zona B: bolas rolam para baixo e realizam fragmentação por impacto e cisalhamento (regime cascata). Um pouco acima temos a zona de catarata (zona de trajetória parabólica). Zona C (zona de impacto): as bolas caem sobre a carga, fragmentando por impacto (regime de catarata). Velocidades grandes – bolas caem sobre o revestimento. Velocidades médias – favorecendo a moagem por impacto. Velocidades baixas – zona de catarata anulada predomina moagem por atrito. 9- O que são os moinhos multi-câmaras? Faça um esquema e explique o funcionamento do moinho dando suas vantagens e desvantagens. São praticamente dois ou mais moinhos montados sobre o mesmo cilindro com câmaras separadas por diafragma. A primeira câmara pode utilizar barras ou bolas grossas e as demais bolas finas ou cylpebs. Vantagens e desvantagens de usar moinhos multi-câmaras: Vantagens: • Economia de espaço horizontal na usina e • Energia e investimento de capital mais barato. Desvantagem: • Mudança de qualquer variável operacional tal como a velocidade. 10- Dê os regimes de funcionamento interno do moinho e explique cada um deles, mostrando em esquema (desenho) onde ocorrem, os regimes de funcionamento, fatores que influenciam os regimes e os tipos de mecanismo de fragmentação do moinho em cada regime. Cascata Velocidades baixas e/ou revestimentos lisos - os corpos moedores girem uns sobre os outros em camadas concêntricas acarretando a moagem por atrito e compressão. Esse regime de moagem favorece a produção de finos e o elevado desgaste dos revestimentos. Catarata Velocidade de operação elevada e/ou revestimentos mais agressivos - os corpos moedores são projetados descrevendo uma trajetória parabólica e batendo contra a carcaça fragmentação por impacto A moagem por impacto assume maior proporção e o produto terá uma granulometria mais grossa, com menor desgaste dos revestimentos. Velocidades mais elevadas corpos moedores cairão diretamente sobre o revestimento, em posição anterior à carga do moinho. Fatores que também influenciam o regime do moinho: • O revestimento também favorece a um ou outro regime: - Revestimento mais liso – cascata; - Revestimento mais rugoso – catarata • Maior carga de bolas favorece o regime catarata, o mesmo acontecendo com a utilização de bolas maiores; • A utilização de barras no lugar de bolas também favorece o regime de catarata, se a velocidade for mantida, o que não acontece na prática, pois, os moinhos de barra são mais lentos que os de bolas. 11- O que é a velocidade crítica de um moinho? Demostre o modo de calcular a mesma faixa de operação de um moinho. É a menor velocidade do moinho a partir da qual ocorre a centrifugação da carga (ponto de mudança de trajetória circular para parabólica e/ou ponto onde a força centrífuga se iguala ao peso): operação entre 60 a 85% da Velocidade Crítica. (precisa fazer conta) 12- Quais são os objetivos dos revestimentos dos moinhos? Dê os seus tipos em relação a sua forma e material. Explique cada um deles e sobre cada material utilizado. Os moinhos são revestidos internamente por (aços especiais, ferro fundido, borracha, combinação borracha-aços e raramente de cerâmica para usos especiais), para: • Proteger a carcaça • Diminuir escorregamento da carga moedora adequar levantamento e trajetória da carga moedora • Adequar levantamento e trajetória da carga moedora Tipos de Revestimentos Moinhos de barras (os mais usados são); • ondas simples de aço de liga fundida ou de ferro fundido, são resistentes a abrasão; • placas e barras resinadas, tipo “lift barr”; • tipo Noranda; • tipo Noranda modificado; Para moinhos de pequena dimensão podem ser usados revestimento de borracha. Moagem fina utilizar revestimento liso, moagem grossa revestimento com maior rugosidade. Moinho de bolas (os mais usados são): • Onda dupla para moagem fina com bolas de até 60 mm de diâmetro; • Onda simples moagem grossa com bolas de diâmetro superiores a 60 mm. Revestimento de moinhos primários com bolas grandes (90 a 100 mm) • São recomendados revestimentos de onda arredondada e assimétrica. Altura da onda de ½ a 1 vez o diâmetro da bola, devendo o espaçamento ser igual a 1,5 vezes o diâmetro das bolas. OBS.:Revestimento de borracha – aplicável para moagem fina e material muito abrasivo, não deve ser usado na moagem a seco devido à temperatura elevada.
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