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FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS E TRATAMENTO DA MANIA

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@_darlamendes
Fármacologia 2
FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS E TRATAMENTO DA MANIA
INTRODUÇÃO
A psicose é sintoma que permeia diversas síndromes nas quais a principal é associada ao senso distorcido da realidade, ou seja, a psicose está associada ao senso distorcido da realidade. Existem alguns transtornos de humor com características psicóticas como, por exemplo, a própria depressão, a psicose induzida por substancias, à demência com características psicóticas, delirium com características psicóticas. Todas essas patologias mentais elas tem como principal componente a psicose, um senso distorcido da realidade.
No âmbito desse senso distorcido o individuo vai apresentar alucinações, delírios, discursos desorganizado, comportamento desorganizado e agitado, apatia, avolição, alogia, déficits cognitivos;
 Alucinação – imaginar e ver a situação inexistente, podendo também ser alucinações auditivas. 
 Delírio – associado aos pensamentos a partir de crenças;
Os indivíduos que têm qualquer um desses quadros, eles não conseguem seguir um foco, possui discurso desorganizado, não consegue persistir em objetivos, o comportamento é desorganizado e agitado. Para essas pessoas nada vai ter valor e nada vai chamar a atenção, além de terem déficits cognitivos com incapacidade de fixar memória, fixar novas aprendizagens e tudo será mais difícil para esses sujeitos. 
A HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA
Esses delírios e alucinações vêm de uma neurotransmissão excessiva de dopamina. Nesses indivíduos as sinapses dopaminérgicas são em varias regiões do sistema nervoso, do neuroeixo e são de forma excessivas. 
Existem duas classes farmacológicas para diminuir alguns desses sintomas como os fármacos mais antigos chamados de fármacos típicos ou de 1° geração (clorpromazina e haloperidol) e os fármacos atípicos ou de 2° geração.
Poucos desses fármacos de 1° geração são receptores de D2, que consiste em um receptor de dopamina. O antagonismo do receptor D2 vai tentar dar uma aliviada na dopamina, na sinapse pela dopamina. 
Os fármacos de 2° geração possuem uma diferença enorme dos fármacos de 1° geração, onde os de 2° geração atuam também em outros receptores de serotonina como, por exemplo, o 5-HT2A e atuando sobre outros receptores e não fortemente e exclusivamente sobre o D2, eles conseguem ter o melhor padrão de efeitos colaterais. Portanto, não é porque antagonizou dopamina e assim bloqueou D2 é que o problema vai ser resolvido, na realidade isso é algo maléfico, pois quanto mais intenso os fármacos de 1° geração interagem com o receptor D2 mais o individuo tem um conjunto de efeitos colaterais. Em termos de efeito colateral, até mesmo os fármacos de 2° geração apresentam efeitos colaterais graves. 
Quanto mais intenso os fármacos de 1° geração agem, mais efeitos colaterais surgem. 
Fármacos típicos: Clorpromazina e haloperidol são receptores de D2
Antagonismo de receptores de DA pós-sinápticos;
Fármacos atípicos: clozapina receptor 5-HT2A menor potencial de sintomas extrapiramidais!
Os fármacos de 2° geração, que aruam sobre o 5-HT2A tem uma menor tendência de desenvolver efeitos colaterais ruins, no entanto, ainda assim apresentam efeitos. 
Os agonistas parciais do receptor D2 modulam a neurotransmissão dopaminérgicoa;
DIETILAMIDA DO ÁCIDO LISÉRGICO - LSD
O LSD foi muito utilizado a algum tempo atrás como droga recreativa. O LSD possui um efeito avatar; 
Os indivíduos que faziam uso dessa droga viam as cores de forma mais viva, enxergavam as notas musicais e essas traziam sensações diversas para as pessoas. 
Efeito psicotomimético do LSD na hipótese dopaminérgica;
Na figura observa-se dois terminais, um pré-sináptico e outro pós-sináptico. O terminal pré-sináptico é um neurônio que está secretando dopamina, logo é uma secreção dopaminérgica. A dopamina está sendo sintetizada dentro do neurônio, é armazenada temporariamente em uma vesícula em limites de ‘DA’, e essa vesícula se funde com a membrana do terminal pré-sináptico do terminal axônio e a dopamina é jogada na fenda sináptica. Essa dopamina vai agir tanto sobre D2 como no D1R que são receptores de dopamina. O receptor D2R é acoplado a proteína G-inibitória, então quando o receptor D2 recebe a dopamina, ele leva o terminal pós-sináptico a diminuição da produção de LB5. Já o receptor D1 quando recebe a dopamina ele faz o contrario, ou seja, ele ativa a proteína Gi estimulatória.
Deve bloquear o receptor D2, pois quando a dopamina chegar ela não vai conseguir diminuir o _______ e não vai conseguir aumentar a via de trifosfato de inositol e é essa reação que se busca para que o indivíduo possa parar de ver as alucinações. 
Os fármacos antipsicóticos de 1° geração agem, sobretudo antagonizando a dopamina que provavelmente chegaria e levaria aos efeitos. 
 Logo são fármacos que antagonizam D2.
O individuo psicótico só tem os seus sintomas devido à presença excessiva de dopamina. 
REVISÃO DA FISIOPATOLOGIA RELEVANTE
Nem toda psicose é esquizofrenia;
A neurotransmissão dopaminérgica excessiva, portanto a serva das psicoses é o inicio de tudo.
 A via mesolímbica emite neurônios dopaminérgicos para todo o sistema nervoso central, logo a maioria dos fármacos que são utilizados para controlar essa neurotransmissão age na via mesolímbica.
DELIRIUM, DEMÊNCIA E PDP
Delirium é uma doença muito vista em idosos ou pessoas que ficam por muito tempo hospitalizado. Devido muito tempo hospitalizado os sujeitos acabam perdendo a noção da realidade. 
Esse delirium também pode ser visto em idosos que fazem uso de medicamentos colinérgicos, pois no caso de delírio, não necessariamente, a doença acontece somente pela dopamina ela também ocorre devido a transmissão colinérgica desregulada;
Muito comum em indivíduos hospitalizados por infecção, desequilíbrio eletrolítico, comprometimento metabólico, medicamento anticolinérgico;
Deficiência na neurotransmissão colinérgica muscarínica associada à Idade, doença ou medicamentos;
Tanto o Alzheimer quanto o Parkinson são doenças associadas a neurotransmissão colinérgica, logo quem tem essas doenças podem também apresentar sintomas psicóticos. 
Para o tratamento de PDP, psicose derivado do Parkinson, só existe um fármaco que é a Primavanserina. 
Primavanserina no tratamento da PDP é um agonista inverso seletivo de 5-HT2A;
ESQUIZOFRENIA
Esses indivíduos possuem uma genética complexa e fisiopatologia não bem esclarecida;
Indivíduos, filhos de pais esquizofrênicos eles podem ter a doença, um dos fatores de risco da esquizofrenia é o histórico familiar; 
Fetos que sofreram agressões infecciosas ou nutricionais do no segundo trimestre podem também ter associação ao desenvolvimento de esquizofrenia, podem ainda ter associação a complicações neonatais, ao abuso de substancias no final da adolescência e inicio da vida adulta; 
A doença pode se apresentar de mais de 150 formas diferentes uma vez que tem mais de 150 genes que colaboram para o risco, ou seja, possui um fator genético complexo; 
A maioria desses genes está associado a migração neuronal, a proteínas envolvidas na sinaptogenese, na aderência celular, expansão de neuritos, dentre outros;
· Características da doença:
METAS GERAIS DA FARMACOTERAPIA
Em casos de delírio, demência, transtorno psicótico médio, essas pessoas vão realizar o tratamento por algum tempo e depois vão fazer o desmame do fármaco e tudo volta ao normal. 
A classe desses fármacos pode ser utilizada temporariamente dependendo do ciclo da psicose, por exemplo, a psicose induzida por substâncias;
O tratamento antipsicótico é de curto prazo sintomas transitórios; 
Nessas doenças o individuo vai tomar o fármaco, vai melhorar dos sintomas e vai parar o tratamento, sendo assim o tratamento é de curto prazo. 
Pacientes bipolares e a extensão do tratamento controle da mania;
· Tratamento antipsicótico de longo prazo
Existem doenças que o individuo vai precisar utilizar o medicamento pelo resto da vida, como na esquizofrenia. 
O tratamento com os fármacos não vai resolver a vida desses sujeitos, o que vai haver é a melhoria dos sintomaspositivos como a alucinação e delírio, porém outros sintomas não melhoram. 
Sintomas positivos transtorno delirante, esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo, PDP;
O tratamento continuo com antipsicóticos reduz as taxas de recidiva em 1 não de 80%, entre pacientes não medicados, para cerca de 15%;
O problema a adesão ao tratamento é o fato dos fármacos terem muito efeitos adversos, entretanto as vezes é necessário enfrentar esses efeitos; 
A adesão precária aumenta o risco de recidiva e tem sido relacionada aos efeitos adversos dos fármacos, disfunção cognitiva;
Diminuição da agitação e hostilidade angustia e perigo real para o paciente;
A escolha do fármaco se baseia nos seguintes critérios como os efeitos adversos, porque o paciente pode ter ganho de peso, aumento da glicose, colesterol desregulado e entre outros efeitos.
FARMACOS IMPORTANTES 
Os mais importantes: 
· De primeira geração: O Clorpromazina pode ser utilizado para enxaqueca; e Haloperidol;
De segunda geração: Olanzapina e Clozapina. 
TRATAMENTO ANTIPSICÓTICO DE CURTO PRAZO
· Delirium e demência
Doses baixas;
Agentes típicos ou atípicos com atividade antimuscarínica limitada;
Psicose aguda: benefícios de 60 a 120 minutos após utilização;
MANIA
A fase maníaca é uma das fases do transtorno bipolar, na fase de mania é possível o individuo começar a ter sintomas de psicose; 
Transtorno bipolar possui duas fases: depressiva e maníaca. 
Todos os atípicos: exceto, clozapina, iloperidona, brexpiprazol, lurasidona;
Antipsicóticos típicos são evitados pelo risco de SEP;
Os fármacos para tratamento de mania provoca a diminuição da agitação psicomotora, irritabilidade e melhoria do sono ocorre em 7 dias;
Geralmente no tratamento da mania os fármacos são utilização com lítio que é um estabilizador de humor ou ácido valpróico que também é um estabilizador de humor;
O maior problema é o ganho de peso (olanzapina e clozapina) para as pessoas que fazem o uso psicótico;
DEPRESSÃO MAIOR (DM)
Uso combinado com antidepressivos;
 antipsicóticos + antidepressivo 
Beneficio antidepressivo adjuvante;
Maioria não deve ser utilizados como monoterapia (exceto
loxapina, lurasidona e quetiapina);
ESQUIZOFRENIA
O beneficio mais importante desses fármacos é a redução do isolamento social, além da redução do comportamento agitado, desorganizado ou hostil;
Redução das alucinações e organização dos pensamentos;
Os antipsicóticos atípicos não são mais efetivos do que os típicos, então por que têm preferência?
Rigidez muscular, bradicinesia, bradifrenia, tremor r acatisia.
FARMACOLOGIA
Nem sempre é vantajoso só antagonizar a dopamina;
Os fármacos de 1° geração só agem sob D2 e os fármacos de 2° geração agem sob D2 e agem sob outros receptores que também estão associados a alucinações, delírios; 
A utilização de fármaco que age somente sob D2 pode representar ou aquele individuo passe a ter efeitos adversos frequentemente, sendo esses efeitos graves; 
Efeito graves:
 Acatisia: inquietação subjetiva e objetiva; não ansiedade ou “agitação”.
 Distania aguda: espasmos dos músculos da língua, da face, do pescoço e do dorso;
 Síndrome neuroléptica maligna: rigidez extrema, febre, pressão arterial instável, mioglobinemia; pode ser fatal;
EFEITOS ADVERSOS
OUTROS FINS TERAPÊUTICOS
Transtornos de ansiedade:
TOC – risperidona;
TAG – monoterapia: quetiapina; adjuvante: risperidona;
Síndrome de Tourette - aripiprazol é o único aprovado;
Autismo: risperidona e aripiprazol;
Antieméticos;
METABOLISMO DOS FÁRMACOS
Observar o metabolismo de asenapina, risperidona, olanzapina, haloperidol. 
TRATAMENTO DA MANIA
Mania é caracterizada por um período de humor elevado onde ela pode ser expansivo ou irritável; 
Nessa época de tratamento a atividade sexual do individuo é muito frequente, podendo ser varias vezes por dia;
Aumento de energia e atividade dirigida para metas;
Vai ocorrer uma redução da necessidade de sono, se deixar passa até 2, 3, 4 dias tirando apenas cochilo de meia hora;
Pode ser induzida por medicamentos como agonistas de DA, antidepressivos e estimulantes; 
Induzida por substâncias de abuso (cocaína e anfetaminas);
Transtorno bipolar do tipo I e tipo II também são tratados com esses fármacos, sobretudo pela fase da mania (hipomania);
TRATAMENTO DE TRANSTORNO BIPOLAR
Para tratamento de transtorno bipolar geralmente se associa um psicótico a um estabilizador de humor, como é o caso de lítio;
O lítio não foi feito para ser um fármaco, no entanto, ele foi descoberto e hoje é muito utilizado para estabilização de humor em pacientes bipolares; 
Assim como também o valproato, carbamazepina e lamotrigina (são anticonvulsivante);
LÍTIO
O lítio age na inibição da enzima inositol monofosfatase; 
Carbonato de Lítio e Citrato de Lítio;
Facilita a liberação de 5-HT;
 Estabilização de humor:
• Valproato: mio-inositol-1-fosfato-sintase;
• Carbamazepina: Depleção de inositol;
• Lítio e valproato: redução da renovação do ácido araquidônico nos fosfolipídeos de membrana no cérebro;
FARMACOTERAPIA DO TRANSTORNO BIPOLAR
O paciente bipolar tem que ser identificado e tratado rapidamente devido o risco de suicídio;
O impacto da bipolaridade é muito grande tanto na família quanto na pessoa bipolar;
Função renal e cardíaca normal;
Redução de suicídio em paciente bipolares;
Eficaz em depressão que não responde a antidepressivos
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