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Fichamento do Livro História da Educação e da Pedagogia

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ISERJ
PEDAGOGIA
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
PROFESSOR MARCELO NICOLAU
ALESSANDRA L. DOS SANTOS
FICHAMENTO :LUZURIAGA, Lorenzo. História da Educação e da Pedagogia. 
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1963
“A história da educação é parte da história cultural, tal como esta, por sua vez, é parte da história geral [...] não é, pois, matéria apenas do passado, se não que o presente também lhe pertence como corte ou secção no desenvolvimento da vida humana. Por outro lado, a história da cultura se refere antes aos produtos da mente do homem, tais como se manifestam na arte, na técnica, na ciência na moral ou na religião e em suas instituições correspondentes. A educação é uma dessas manifestações culturais e também tem sua história.” (p.1)
“Por educação entendemos, antes do mais, a influência intencional e sistemática sobre o ser juvenil, com o propósito de formá-lo e desenvolvê-lo.” (p.1)
“Educação e pedagogia, estão como prática para a teoria, realidade para ideal, experiência para pensamento, não como entidades independentes, mas onde das em unidade indivisível, como o anverso e o reverso da moeda. “(p.2)
“A sociedade a que a educação se refere não é, com efeito algo estático, definitivamente constituído, mas em continuar da mudança e continuar do desenvolvimento.” (p.2)
“A história da pedagogia está intimamente relacionada com as ciências do espírito e, tal como a história delas, é relativamente recente. Ao passo que a história da educação principia com a vida do homem e da sociedade, a da pedagogia só começa com a reflexão filosófica, isto é, como pensamento helênico, principalmente com Sócrates e Platão.” (P.3)
“Do exposto depreende-se que a história da educação e da pedagogia não é apenas produto do pensamento e da ação dos pedagogistas e da gente da escola, mas está integrada por muitos fatores históricos - culturais e sociais - dos quais os mais importantes são: “(p.3)
“A situação histórica geral de cada povo e de cada época, isto é a posição ocupada pela educação nos sucessos históricos [...] cuja história se desenrola mais pacificamente.” (p.3)
“O caráter da cultura. Hão influir na educação da época, segundo se destaquem, as manifestações espirituais - política ou religião, direito ou filosofia. Assim a educação clássica é essencialmente política; a medieval, religiosa; a do século XVII, realista; a do século XVIII, racionalista etc.” (p.3)
“A estrutura social. A educação terá eixo aquele caráter, segundo as classes sociais, a Constituição familiar, a vida comunal e os grupos profissionais predominantes. Assim a educação ateniense era só para os homens livres; a da Idade Média para os clérigos e guerreiros principalmente; a da Renascença, para os cortesãos etc. “(p.3)
“A orientação política. Seja um momento histórico de um povo, imperial como na Roma do primeiro século, regional como na Europa do século XV absolutista como na Alemanha do século 18 ou revolucionários como na França do mesmo século assim também será educação.”
“A vida econômica a educação varia segundo a estrutura econômica a posição geográfica o tipo de produção assim a educação primitiva era principalmente agrícola e pastoril eu 16 gremial ia do século XIX comercial industrial.”
“Os ideais de educação condicionados em cada época a concepção do mundo e da vida ao cavalheiresco da idade média correspondente corresponde o ideal da educação do nobre a do humanismo educação do erudito.”
“A concepção estritamente pedagógica baseada nas ideias educacionais mais importantes a educação censória lista de Locke e MUI diversa da idealista de feet e naturalista de Rousseau da intelectualista de Herbart a pragmática de the way da cultural de spranger.”
“A personalidade e a atuação dos grandes educadores são decisivas para reducação disso são exemplos cada um em seu gênero Sócrates e Platão Lutero Inácio de Loyola comenius pestalozzi e froebel.”
“As reformas das autoridades oficiais como as levadas a cabo por Frederico o Grande na Prússia Napoleão na França Horace menos Estados Unidos Sarmiento na Argentina já realidade educacional.”
“Vemos assim como educação está influenciada por fatores de todo gênero a educação, porém plus reciprocidade da mente em todos com efeito sempre que se tem pretendido realizar mudança essencial na vida da sociedade ou do estado tem se apelado para a educação.”
“No desenvolvimento histórico da educação podem se observar diferentes fases [...] “tudo não obstante podem-se distinguir na história da educação as seguintes fases principais:”
“1ª) A educação primitiva dos povos originais anteriores à história propriamente dita e que podemos caracterizar como educação natural pois nela a influência espontânea direta predomina sobre a intencional nesta fase ovos ou estados e sim apenas pequenos grupos humanos despertos dispersos na face da Terra tampouco se pode estabelecer aqui rigorosa cronologia.” (p.5)
“2ª) A educação oriental ou, seja, a dos povos em que já existem civilizações desenvolvidas, geralmente de caráter autocrático, erudito e religioso. Compreende países mui diversos, como Egito, índia, Arábia, China e o povo hebreu, entre outros. É difícil estabelecer cronologia exata, mas podemos dizer que esta fase abarca do século xxx ao século X antes de Cristo, ou cerca de vinte séculos. “
“3ª) A educação clássica, em que começa a civilização ocidental e que tem sobretudo caráter humano e cívico. Compreende Grécia e Roma, as quais, apesar das diferenças, têm muitos traços comuns. Sua vida cultural autônoma desenvolve-se principalmente entre os séculos x a. C. e v da era cristã, ou, seja, no espaço de uns quinze séculos.”
“4ª) A educação medieval, na qual se desenvolve essencialmente o cristianismo, já principiado na fase anterior, agora a alcançar a todos os povos da Europa, do século v ao século xv, quando já começa outra fase, sem que, contudo, termine a educação cristã, a qual chega até nossos dias.”
“5ª) A educação humanista, a principiar no Renascimento, no século XV, embora antes já houvesse sinais dela. Esta fase representa retorno à cultura clássica, mas, ainda mais, o surgir de uma nova forma de vida, baseada na natureza, na arte e na ciência.”
 “6ª) A educação cristã reformada. Assim como se produz no século XV renascença cultural humanista, surge no século XVI, como produto dessa renascença, uma reforma religiosa. Ocasiona, dum lado, o nascimento das confissões protestantes, doutro, a reforma da igreja católica. É o que geralmente se chama Reforma e Contrarreforma, e cada uma já alcança (como as fases sucessivas) assim os povos da Europa como os da América.”
“7ª) A educação realista, em que se iniciam propriamente os métodos da educação moderna, baseados nos da filosofia e ciências novas (de Galileu e Copérnico, de Newton e Descartes). Esta fase começa no século XVII e se desenvolve até nossos dias; e dá lugar a alguns dos maiores representantes da didática (Ratke e Comenius).
“8ª) A educação racionalista e naturalista. Própria do século XVIII, no qual culmina com a chamada “ilustração” ou, seja, o movimento cultural iniciado na Renascença. É o século de Condorget e Rousseau, em cujo final começa o movimento idealista na pedagogia, com Pestalozzi por -mais alto representante.”
“9ª) A educação nacional, iniciada no século anterior com a Revolução Francesa, chega ao máximo desenvolvimento no século XIX e promove intervenção cada vez maior do Estado na educação, formação de consciência nacional, patriótica, em todo o mundo civilizado e estabelecimento da escola primária universal, gratuita e obrigatória.”
“10ª) A educação democrática. Posto seja muito difícil caracterizar a educação do século XX, seu traço mais marcante será talvez a tendência para educação democrática, que faz da livre personalidade humana o eixo das atividades, independentemente de posição econômica e social, e proporciona a maior educação possível ao maior número possível de indivíduos.”
“A história da educação e da pedagogia não é estudada somente nas obras pedagógicas, mas tem raio muito mais amplo, no campo das diversas manifestaçõesda cultura. 
Socorre-se das seguintes fontes principais:”
“As obras religiosas fundamentais, como os Vedas da Índia, os livros de Buda e de Confúcio, o Antigo e o Novo Testamento, o Alcorão e o Talmud, as obras de Santo A gostinho e de Santo Tomás, de Santa Teresa e de São João da Cruz, de Lutero e de Calvino, de Pascal de Kierkegaard etc. Todas as quais influíram na história da cultura e, portanto, na da educação.”
“As obras literárias clássicas, como o Mahabarata e o Ramayana, a Ilíada e a Odisséia, a Divina Comédia e o D. Quixote, e as obras de Shakespeare e de Goethe, de Molière e de Lope de Vega, todas as quais refletem cenas sociais e tipos humanos influentes na educação.”
“As obras mestras do pensamento universal, como a República e os Diálogos, de Platão , a Ética e a Política, de Aristóteles, a Cidade de Deus, de Santo Agostinho, os Ensaios de Montaigne, o Discurso do método, de Descartes, a Crítica da razão prática de Kant, Sobre a Liberdade, de Stuart Mill, Origem das espécies, de Darwin, O Capital, de Karl Marx, Assim falava Zaratustra, de Nietzsche, A evolução criadora, de Bergson, etc., obras que, sem serem pedagógicas, deixaram traço profundo na história da cultura e da educação.”
“As obras fundamentais da Pedagogia, como Educação dorador, de Quintilian o, tratado do ensino, de Vives, Didática Magna, de Comenius, Emilo, de Rousseau, Como Gertrudes instrui a seus filhos, de Pestalozzi, Pedagogia geral, de Herbart, A educação do homem, de Froebel, Democracia e educação, de Dewey, etc., — bases nas quais se apoiam a educação e a pedagogia.”
“As biografias e autobiografias dos grandes homens, como as Vidas paralelas, de Plutarco, as Confissões de Santo Agostinho, as Confissões de Rousseau, o Canto do cisne de Pestalozzi, Poesia e realidade, de Goethe, a Autobiografia de Stuart Mijll, História da minha vida, da surda-muda-cega Helen Keller, obras que representam tipos humanos em sua formação e desenvolvimento em mais alto grau e outras de menor tomo, mas igualmente interessantes quanto representam tipos de valor médio.”
“O estudo da história da educação e da pedagogia é imprescindível ao conhecimento da educação atual, pois esta é um produto histórico e, não, invenção exclusiva de nosso tempo. A educação presente é, com efeito, do mesmo passo, fase do passado e preparação do futuro. É como um corte transversal que se fizesse no intérmino evolver histórico da educação.”
“No mesmo sentido, diz o filósofo Karl Jaspers: “É a história que nos abre mais vasto horizonte, que nos transmite os valores tradicionais capazes de nos fundamentar a vida. Liberta-nos do estado de dependência em que nos achamos, inscientes disso em relação a nossa época e nos ensina a ver as possibilidades mais elevadas e as criações inesquecíveis do homem ...Nossa experiência atual, melhor a compreendemos no espelho da história, e o que ela nos transmite adquire vida à luz de nosso tempo. Nossa vida prossegue, enquanto o passado e o presente não deixam de iluminar-se reciprocamente”. 
“Por outro lado, o estudo da história da educação constitui excelente meio de melhorar a educação atual, porque nos informa das dificuldades que as reformas da educação têm encontrado, dos perigos das ideias utópicas, irrealizáveis, e das resistências anacrônicas, reacionárias, que a educação tem experimentado. “O passado com seus intentos felizes e seus malogros — diz Dilthey — ensina tanto a pedagogistas como a políticos”.
A história da educação, também, ao desvendar-nos os grandes horizontes ideais da humanidade, as conquistas da técnica pedagógica e os perfis dos grandes educadores, impede-nos de cair na estreiteza da especialização e na rotina do profissionalismo. Obriga-nos, ao mesmo tempo, a maior rigor no pensar e a fundamentação teórica de nosso trabalho. “Em lugar de não considerar mais que o homem de um instante — diz Durkheim o que cumpre é considerá-lo em função do futuro. Em vez de encerrarmo-nos em nossa época, cumpre, ao contrário, sair dela, para que nos subtraiamos de nós mesmos, de nossas opiniões estreitas, parciais e partidárias. E é precisamente para isso que deve servir o estudo histórico do ensino”.
Finalmente, a respeito do valor da história da educação diz Spranger: “Não é apenas, em absoluto, trabalho estéril, de antiquário. A história da educação é antes, quando devidamente cultivada, quem dá aquela amplitude, aquela clareza e aquela elevação da consciência cultural sem as quais a educação não passaria de ofício muito estreito. Não pode reunir unicamente opiniões estranhas e organizações escolares de épocas extintas, senão que lhe cumpre ser autenticamente história da cultura”.

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