delgado é formado por: 1. Duodeno: absorção e digestão, atuação do suco pancreático e bile. 2. Jejuno: absorção e digestão. 3. Íleo: absorção e digestão. O intestino grosso é formado por: 1. Ceco: digestão enzimática e retenção de água. 2. Cólon: digestão enzimática e retenção de água. 3. Reto: digestão enzimática e retenção de água. Fezes mais duras. As células presentes no intestino são basais, apical e criptal. Ocorre a descamação natural dessas células, porém, em casos de parvovirose ocorre destruição da cripta e das vilosidades do intestino. Na síndrome de má absorção ocorre substituição por tecido conjuntivo, a raça Rottweiler é predisposta a apresentar essa síndrome, animal não consegue ficar ‘’gordo’’. · Tipos de fezes: · Fezes com estrias de sangue: algum ponto está com sangramento, e quando as fezes passam sai essas estrias. · Vermes: redondos (lombrigas), alongados (Ancilostoma e Toxocara), chatos (Dipylidium – pulga-). Realizar o teste de Willis para ambos os vermes, e o teste de Faust para protozoários (Giárdia). · Borra de café: em casos de gastrite crônica o sangramento é pequeno nas fezes e intermitente. · Pixe: pequenos volumes, sangramento mais intenso, pegajoso. · Pudim de leite com cereja: pequenos volumes, amareladas, sangramento final de defecação (tenesmo- força para defecar – colite). · Tipos de diarreia: Intestino Delgado. Pudim – colite, Intestino Grosso. · Principais causas de enterites: · Dietéticas: quando é fornecido ração premiu de alta caloria para um animal com baixo gasto energético. · Autoimunes: emocional. · Neoplasias: linfoma intestinal (vários tipos, é comum em gatos e o prognostico é ruim). · Enterites infecciosas e parasitárias: pode ser causada por vírus (coronavirose, parvovirose, cinomose, rotavirose, adenovirose, panleucopenia felina); bactérias (E.coli, clostridium, salmonela, campylobacter); fungos (raro); parasitos (toxocara, ancilostoma, dipylidium, giardíase, coccidiose). · Tratamento: eliminar a causa e tratamento suporte. · Problemas relacionados com dieta: intolerância ao leite, carne de vaca, glúten, alta ingestão de alimentos gordurosos. · Tratamento: mudança na alimentação. · Intussuscepção: é a invaginação de uma parte do intestino em outra. Acontece geralmente na junção íleo-cólica. Comum em animais jovens (principalmente cães) devido ao aumento do peristaltismo, ou sequela de uma diarreia. Animal sente muita dor (posição de suplica, abdômen agudo), depressão e colapso. · Diagnostico: radiografia, U.S (aspecto de anel de cebola), palpação (fica maior, parecendo rolha, porém, nem sempre é possível sentir), laparotomia exploratória. · Tratamento: cirúrgico. · Vólvulo intestinal: é rara em cães e gatos. Ocorre torção do cólon ou em outra parte do intestino resultando em obstrução, peritonite e morte por choque séptico. · Diagnostico: radiografia revelando distensão por presença de gás. · Tratamento: emergencial, deve-se estabilizar o paciente e encaminhar para laparotomia exploratória. · Síndrome de má-absorção e má-digestão: síndrome é caracterizada por um grupo de sintomas, que em conjunto caracterizam uma doença. Portanto, não deve ser considerada como diagnostico isolado, e sim como consequência de uma patologia que está desencadeando o processo. · Etiologia: 1. Má-digestão: A. Deficiência de enzimas pancreáticas: Atrofia pancreática juvenil (pastor alemão); insuficiência pancreática exócrina; doenças da mucosa duodenal; aumento da degradação de enzimas pancreáticas. B. Deficiência de ácidos biliares: animal nasce com isso. C. Insuficiência de dissacaridase. 2. Má-absorção: A. Perda da área de absorção da mucosa: gastroenterites (parvovirose, cinomose), parasitismo (toxocara, giárdia, ancilostoma), enterite eosinofílica, linfossarcoma. B. Perda de mecanismos de absorção. C. Doenças circulatórias: linfangiectasia (dilatação exagerada dos vasos linfáticos intestinais com excessiva perda de proteínas (sobrecarregando a rede linfática) nas fezes, ocorrendo edema, ascite, hidrotórax por causa da hipoproteinemia. · Sinais clínicos: diarreia crônica, perda de peso, apetite voraz, coprofagia (pode ser hábito), pelo feio, fezes esteatorreicas, malcheirosas (gordura nas fezes). · Exames laboratoriais: fezes (avaliar gordura – SudamIII- para ambos, não faz mais), grãos de amido (Lugol – para má-digestão- não faz mais). Tolerância à glicose ingerida (para má-absorção- não faz mais); o diagnóstico é terapêutico. · Tratamento: 1. Má-absorção: retirada da causa primária, suplementação dietética (proteínas, vitaminas, ração de boa qualidade), em casos de linfangiectasia fornece dieta rica em proteínas (o que mais vai para os vasos são proteínas). 2. Má-digestão: retirada da causa primária, bloqueador H2 (cimetidina, ranitidina, meia hora antes das enzimas pancreáticas); enzimas pancreáticas (Pankreoflat, Pankreon, Viokase; 1-2 comprimidos antes das refeições); alimentação pobre em gordura e rica em proteínas. · Doença inflamatória intestinal crônica- DIIC (intestino delgado) e colite (cólon): grupo de doenças intestinais crônicas com diarreia e/ou vomito persistente, caracterizadas por infiltração difusa por linfócitos, macrófagos, eosinófilos, plasmócitos e neutrófilos. · Cães: enterite linfocítica-plasmocítica; colite linfocítica-plasmocítica; colite ulcerativa histiocítica; gastroenterite eosinofílica. · Gatos: enterite linfocítica-plasmocítica; colite linfocítica-plasmocítica; gastroenterite eosinofílica; síndrome hipereosinofílica. · Paciente com DIIC: cães e gatos de meia idade-idosos; vômitos esporádicos e persistentes; diarreia de intestino delgado caracterizada por grandes quantidades, mole e frequentemente esteatorreicas; diarreia de intestino grosso de consistência mole, em pequeno volume, com muco e estrias de sangue; alteração do apetite e perda de peso. · Diagnostico diferencial: giardíase, hipertireoidismo (gatos), linfangiectasia (cães), insuficiência pancreática exócrina, síndrome do cólon irritável, intolerância ou sensibilidade alimentar, supercrescimento bacteriano, linfoma, adenocarcinoma. · Diagnóstico: biopsia DEFINITIVO (por meio de endoscopia ou laparotomia exploratória- não é comum fazer, porém, é preciso para descobrir o tipo de infiltrado); endoscopia (avaliação da mucosa); hemograma (hipoproteinemia, anemia arregenerativa, leucocitose sem desvio à esquerda, eosinofilia); exame de fezes (descartar giárdia e outras parasitoses); terapêutico é o melhor (introduz o tratamento e há melhora no quadro). · Tratamento: prednisona (ação intermediária – tratamento por longo tempo); hidrocortisona (ação rápida); dexamtasona (ação longa). A prednisona é metabolizada e transformada em prednisolona, administra em cães que conseguem realizar esse metabolismo. Prednisolona não precisa ser metabolizada, já é a droga, usada em gatos (possuem dificuldade em metabolizar). Usado em crise. Quando tem muitos gases, putrefação. Ômega possui ação anti-inflamatória natural. As rações geralmente são caras, podendo ser a dieta caseira uma possibilidade. O intestino absorve vitamina B12, porém, é caro sozinha, por isso é usado o complexo com várias. (1 comprimido para cada 10kg). · Síndrome do cólon ou intestino irritável (SCI ou SII): é uma colite funcional, ou seja, desordem de motilidade, caracterizada por diarreia mucoide intermitente crônica do intestino grosso, não é inflamatório (não tem infiltrado eosinofilico, basofílico). Os animais mais acometidos são os cães de trabalho (Border Collie, Hiller, cães policiais, guia) sob estresse, temperamentais ou facilmente excitáveis, principalmente de raças pequenas (mais predispostos). Alguns gatos também podem ser acometidos. Inflamação neurogênica associada ao estresse é uma nova abordagem e pode ser usado corticoides por um período curto, ômegas. · Sinais clínicos de colite: diarreia em pequenos volumes frequentemente, com muco ou sangue, defecação frequente, com