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Oftalmologia Pequenos Animais

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CCS): alteração quantitativa e/ou qualitativa do filme lacrimal, decorrente de uma inflamação crônica das glândulas lacrimais, da córnea e da conjuntiva, levando à diminuição da produção de lágrima. Muitas vezes é confundida com conjuntivite bacteriana. 
· Causas: Imunomediada, idiopáticas, lesões neurológicas, doença sistêmica (cinomose, infecção do trato respiratório superior felino), medicamentosa (sulfas, atropina), raças mais suscetíveis são poodle, Cocker, bulldog, yorkshire (apresentam congênito, grau zero).
· Sinais clínicos: secreção mucopurulenta na maioria dos casos, conjuntivite, ceratite e ceratite ulcerativa, neovascularização e pigmentação (indicando quadro crônico, podendo ter degeneração da córnea), massa vermelha (cicatrização de ulcera), opacidade (o animal fica cego porque não passa mais luz na córnea). Quando tem crostas pretas (queratinização) é um processo crônico. 
· Camadas da lágrima: 
1. Camada lipídica: é a mais superficial. Impede a evaporação da lagrima. O teste para avaliar é BUT (qualitativo).
2. Camada aquosa: teste TLS (quantitativo).
3. Camada mucoide: permite a aderência da lagrima. Citologia e histopatologia. 
4. Epitélio da córnea: teste TRB. 
· Diagnostico: sinais clínicos + testes específicos. 
1. Teste de Schimmer: 0-5mm/min (KCS grave ou absoluta); 6-9mm/min (KCS moderada a grave); 10-14mm/min (hiposecreção ou KCS subclínica); 15-25mm/min (normal). 
2. TRB/TLV: cora células desvitalizadas.
3. Fluoresceína: positivo se houver ulcera. 
4. Tempo de ruptura do filme lacrimal (BUT): o tempo normal é de 20s, portanto, <20s é positivo para KCS. 
5. Citologia ocular: presença de células inflamatórias. 
· Tratamento: 
1. Convencional: imunossupressores (tracolimus- mais eficiente e mais barato-; ciclosporina); lubrificantes oculares ou substitutos lacrimais; drogas adjuvantes (antibiótico, anti-inflamatório, mucoliticos, omegas). Pilocarpina usar em doenças neurológicas (olho seco neurogênico). 
2. Tratamento cirúrgico: transposição do ducto parotídeo, oclusão do ponto lacrimal, cantoplastia lateral (em animais de olhos grandes), tarsorrafia temporária. PORÉM, AINDA É DUVIDOSO!!!
3. Novas terapias: uso de células tronco (ainda é muito caro), plasma rico em plaquetas (barato e permite regeneração), novos medicamentos (Xidras – imunossupressor, porém, só nos EUA). 
 
· Necrose ou sequestro ou degeneração corneal felina: síndrome rara de etiologia desconhecida. Comum em gatos siamês e persa. 
· Característica: lesão achatada, negra ou castanha, tamanho médio, geralmente no meio da córnea. 
· Tratamento: ceratectomia e mandar para biopsia. 
 
· Florida spots: são opacidades brancas circunscritas na córnea, ‘’córnea mofada’’, pode estar relacionado com luz solar. O animal enxerga normalmente. Pode acometer cães também. Não há tratamento. 
 
· Pannus oftálmico: vascularização subepitelial de tecido conjuntivo. Pode estar relacionado com problemas imunológicos. Acomete principalmente animais da raça pastor alemão. 
· Tratamento: ciclosporina ou tacrolimus inicialmente 3-4x/dia, depois 1-2x/dia para o resto da vida + colírio corticoide como adjuvante por 1 mês. 
 
· Doenças da úvea:
A úvea é o linfonodo dos olhos. O corpo ciliar produz o humor aquoso e sustenta o cristalino. Quando diminui a produção, diminui a PIO (pressão intraocular). 
· Prolapso de íris: ocorre após ulcera de córnea profunda.
· Tratamento: iridectomia (retirada de parte da íris, o animal pode desenvolver fotofobia, a pupila não fecha corretamente) e ceratectomia com flap de 3ª pálpebra. 
 
· Sinéquia: aderência da íris ao cristalino (posterior) ou à córnea (anterior). Consequência a um processo inflamatório da córnea ou da úvea.
· Tratamento: tratar causa primaria, usar colírio ciclopégico (atropina) para evitar aderência (promove midríase e auxilia na acomodação). Se houver glaucoma associado não usar atropina. 1. Sinéquia anterior; 2. Sinequia posterior com catarata. 
· Coloboma de íris: falha congênita de parte da íris. Ocorre mais em animais albinos com íris azul. A maior consequência é a fotofobia. Não há tratamento.
 
· Tumores: melanoma, melanose (benigno), cisto (benigno), linfoma. Uveíte bilateral indica processo infecciosos, sistêmicos. 
· Melanoma: sem metástase realizar enucleação.
 
· Melanose benigna: não ocorre o aumento.
 PARA DIFERENCIAR MELANOSE DE MELANOMA FAZER CISTOCENTESE/PARACENTESE DA CAMARA. 
· Cisto: quando a luz incide consegue passar; quando é massa tumoral a luz não passa. Não tem tratamento.
 
· Membrana pupilar persistente: atrofia incompleta da membrana ou aderência ao cristalino (catarata) ou à córnea, provocando opacidade focal ou ulcera de córnea. Tem aspecto de teia de aranha.
· Tratamento: geralmente não é necessário. Mas pode-se realizar cirurgia para ressecção da membrana ou extração da catarata. 
 
· Heterocromia: alteração congênita da íris, pode ser uni ou bilateral. 
 
· Uveíte anterior (irite): inflamação da íris e do corpo ciliar. Pode ser problema primário do olho ou por consequência de doença sistêmica. 
· Sinais: pupila em miose, pouco responsiva aos midriaticos ou pupila em midríase (glaucoma); diminuição da PIO (enoftalmia) ou aumento d PIO (glaucoma); edema de córnea; neovascularização da córnea e da íris; vermelhidão da íris e fluxo ciliar (pequenos vasos), hifema (sangue na câmara anterior); hipópion (pus na câmara anterior); epifora e blefaroespasmo. 
· Causas: 
1. Exógenas: traumas, perfurações, cirurgia intra-ocular;
2. Endógenas: disseminação de doença da córnea ou esclera, ceratite ulcerativa e profunda. 
3. Sistêmica: vírus (cinomose, HIC, PIF), bactérias (leptospirose), fungos (arpergilose, criptococose), parasitas (dirofilariose, toxocara), protozoário (toxoplasmose), neoplasia (linfomas, melanoma), erliquiose. 
· Diagnostico: tonometria baixa ou aumentada; sinais clássicos; ATENÇÃO PARA SINAIS DE DOENÇAS SISTEMICAS. 
· Tratamento: tratar a causa primária. 
1. Corticoide tópico (Decadron, garasone – 1gota 3-4x/dia), ou corticoide subconjuntival ou sistêmico (Depo-Medrol) SEM ULCERA DE CÓRNEA!!!
2. Still colírio EM CASOS DE ULCERA DE CORNEA 1 gota, 3-4x/dia. 
3. Atropina colírio: 1 gota 1-2x/dia, por 5-7dias. 
4. Antibiótico tópico (cloranfenicol, gentamicina, tobramicina, Zymar) 1 gota, 4-6x/dia, por 10-15 dias;
5. Antiprostaglandinas sistêmicas (Banamine – flunixin meglumine) 1mg/kg/IV/SID/3dias.
6. Em casos de muita dor, tramadol VO. 
· Complicações: sinéquias (anterior ou posterior), bombé de íris (íris gorda, deformada), glaucoma (quando muito alto, pode perder a visão); catarata. 
· Hifema: 
 
· Hipópion:
 
· Uveite:
 
· Íris bombe: 
· Síndrome uveodermatológica: é um distúrbio autoimune caracterizado pela produção de Ac contra melanocitos, resultando em panuveíte granulomatosa, leucoderma (despigmentação cutânea) e leucotriquia (despigmentação dos pelos). O animal pode ter doença autoimune (lúpus) + despigmentação da íris. 
· Sinais: uveite anterior, ceratite e edema de córnea, conjuntivite, eclerite, podendo evoluir para glaucoma. Despigmentação generalizada de pele e pelos, principalmente na região de lábio, pálpebra e plano nasal. Pode ocorrer ulceras, crostas do plano nasal. 
· Diagnostico: diferenciar de outras doenças autoimunes que causam despigmentação (pênfigo, lúpus) porém, essas não causam problemas oculares. Sinais clínicos associados ao exame histopatológico são definitivos. 
· Tratamento da uveite: flunixin meglumine IV por 3 dias, corticoide tópico e sistêmico por 15-30 dias, atropina tópica por 5 dias. 
Corticoide prolongado para tratar doença autoimune (prednisona). Se não for eficiente utilizar Azatioprina. E o uso de omegas por VO. 
 
· Glaucoma: aumento da PIO. A pressão normal para cães e gatos é 15-25 mmHg (Tonopen); 12-20 mmHg (Kowa). Acima de 35 mmHg já causam danos irreversíveis a retina e ao nervo. 
· Tipos de glaucoma: 
1. De acordo com o ângulo de drenagem:
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