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Oftalmologia Pequenos Animais

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Oftalmologia 
Os cães e gatos possuem muitos problemas de córnea, pois, é mais exposta; quase não possuem esclera (parte branca).
O humor aquoso fica nas câmaras anteriores; o humor vítreo (atrás, é gelatinoso) fica na câmara vítrea.
· Ceratite: opacidade da córnea. 
· Catarata: opacidade do cristalino. O cristalino também pode sofrer luxação anterior ou posterior. 
O corpo ciliar fica atrás da íris, não é visível. IRIS + CORPO CILIAR = ÚVEA. 
A esclera é a camada externa, seguida da coroide, e a mais interna é a retina. Quando inflama a retina, a coroide também é afetada, pois, estão juntas = cório-retinite. 
· Gatos: possuem a córnea muito ampla, e a câmara interior maior. A pupila é em formato de fenda. 
· CÓRNEA + ESCLERA = LIMBO (contorno preto, por onde é feito o acesso cirúrgico). 
· Visão canina: dicromática (tonalidades de azul e amarelo); binocular 150 graus (enxergam um pouco atrás); míope (enxergam mal de longe). 
· Visão felina: binocular e monocular (possuem uma visão mais frontal); não tem profundidade (não apresentando problemas com altura). Possuem visão noturna, possuem mais receptores na retina. 
· Exames oftálmicos: 
· Teste de schirmer: deixar 1 min. É quantitativo. 
· BUT: teste de ruptura do filme lacrimal. É qualitativo. Feito por especialista. 
· Fluoresceina: avaliar a superfície da córnea, se há ulcera. 
· Teste de Jones: avaliar o canal lacrimal, se há obstrução.
· Rosa bengala: avaliar superfície da córnea. Arde muito, portanto deve ser feito anestésico antes. Tem sido substituído pelo Lisamina Verde; mas é muito usado em gatos pois, cora lesões por hespervírus. 
· Doenças do globo ocular
· Enoftalmia: retração do globo ocular (afundamento do globo ocular); pode ser congênito ou hereditário, acomete principalmente Collies, Schnauzzer. Pode ser secundário a outros processos como: Síndrome de Horner (neurológico, porém, tem exposição da 3 pálpebra e o olho cai), trauma, desidratação, doenças inflamatórias oculares, senilidade. 
· Microftalmo: diminuição do tamanho do globo ocular. Ocorre com maior frequência em collies. É congênito (problema embrionário do desenvolvimento do globo ocular). Geralmente apresenta várias anomalias oculares como: opacidade (ceratite, catarata), KCS, podendo evoluir para olho afuncional. O prognostico é péssimo, podendo evoluir para cegueira. 
· Anoftalmia: ausência do globo ocular. É congênito. 
· Exoftalmia: deslocamento para frente/medial do globo ocular. Pode ser congênito ou hereditário. Muito comum em raças Pug, Boxer, Piquines, lhasa, pois, braquicefálicos possuem orbita rasa. Pode ser proveniente de doença orbital (tumor retrobulbar – raio-x, U.S.-, glaucoma – medir a PIO-, abcesso). Pode ocorrer prolapso (CUIDADO AO MANUSEAR NO ATENDIMENTO, PARA NÃO SAIR PARA FORA!!!).
· Prolapso ou proptose do globo ocular: EMERGÊNCIA!!! O globo ocular sai da órbita, pode ser induzido por traumatismo ou outra patologia. 
· Tratamento: 
1. Recolocação: quando o olho está relativamente integro, com reflexo pupilar, sem rompimento do nervo óptico. Deve ser feita o mais rápido possível. Inicia-se com limpeza e umidificação do globo ocular com pomada oftálmica a base de antibióticos e solução fisiológica gelada; anestesia geral para realizar cantotomia (incisão na pálpebra para conseguir recolocar o globo ocular); após é feito blefarorrafia ou tarsorrafia temporária em média 10-15 dias para manter o olho no lugar, depois é feita a retirada dos pontos. Administrar antibiótico e anti-inflamatório tópico e sistêmico. 
2. Enucleação: quando ocorre perda da integridade ocular, rompimento do nervo, hifema extenso; em casos de tumores que não é possível realizar a citologia aspirativa, é necessário fazer enucleação. 
· Doenças das pálpebras
Pálpebra entra tanto em dermatologia quanto em oftalmologia. As glândulas sebáceas (Zeis e Meibômio) produzem remela.
· Agenesia ou coloboma: ausência de partes ou total da pálpebra. Congênito. 
· Atresia ou ancilobléfaro: não abertura da pálpebra. O tempo normal é de 15 dias. Pode ter conjuntivite associado. 
· Laceração palpebral: pode ocorrer por brigas, atropelamentos.
1. Prolapso de terceira pálpebra 
 
2. Laceração palpebral simples (suturar em 8 para junção das reimas –parte preta). 
 
3. Coloboma
 
· Cílios:
· Distiquíase: presença de um ou mais cílios emergindo da gl. Meibômio. 
· Cílio ectópico: um cílio voltado para trás, projetando-se para a córnea. 
· Triquíase: cílios e pelos entrando em contato com a conjuntiva e a córnea. 
Quando o animal está em miose pode ser indicativo de dor ocular. 
· Tratamento: depilação, retirada com pinça, criocirurgia. O pós-operatório é ruim, tem muita inflamação, mas o resultado final é bom. A conjuntiva cicatriza por segunda intenção. 
4. Entrópio: pálpebra voltada para dentro. As raças mais predispostas são: pitbull, bul terrier, sharpei. Os braquicefálicos podem ter entrópio medial. Pode causar blefaroespasmo, conjuntivite frequente, ceratite (a pálpebra encosta frequentemente na córnea). 
· Tratamento: em casos leves é paliativo (tratar como conjuntivite); casos acentuados é cirúrgico; em filhotes faz o ‘’tacking’’ temporário, pois vai crescer ainda. 
5. Ectrópio: eversão da pálpebra, voltada para fora e caída. Raças mais predispostas são: Cocker, basset, são bernardo. 
· Tratamento: em casos leves é paliativo (tratar como conjuntivite), e em casos acentuados é cirúrgico. 
6. Lagoftalmo: fechamento inadequado da pálpebra, olho muito grande; comum em raças exoftálmicas (pug, boxer). Pode levar a ulceras de córnea, descemetocele, prolapso de íris. 
· Olho diamante: entrópio + ectrópio. Geralmente em animais de cabeça grande. 
 
· Tratamento cirúrgico para entrópio: reditectomia para retirada das pregas + cantotomia; ou Holtz-celsus (retirar um retalho em meia lua e suturar). 
· Tratamento cirúrgico para ectrópio: técnica v-y (retalho em forma de ‘’v’’ e sutura em forma de ‘’y’’). 
7. Eversão da membrana nictante ou da cartilagem da 3ª pálpebra: pode ser causada por traumas; as raças mais predispostas são: boxer, fila, pastor alemão, dogue alemão. A cartilagem é dura, parece uma cauda de baleia. 
· Tratamento: retirar a cartilagem e colocar para dentro o restante. Usar colírio anti-inflamatório, e realizar teste para avaliação da córnea. 
8. Prolapso da glândula da 3ª pálpebra ou ‘’Cherry-eye’’: edemaciamento da glândula.
· Tratamento: sepultamento da glândula (NÃO RETIRA, PODE DESENVOLVER KCS, SÓ RETIRA EM CASOS DE TUMOR, NECROSE); fazer reposição com lubrificante contínuo.
 
9. Protusão ou prolapso da 3ª pálpebra: geralmente é secundário a irritação ou síndrome de horner. 
· Tratamento: administrar colírio anti-inflamatório/antibiótico por 1 semana, depois fazer a retirada da membrana. 
· Cherry-eye ou prolapso da GLANDULA: 
 
· Eversão da membrana nictante: 
 
· Eversão cartilagem:
 
· Prolapso 3ª pálpebra: 
 
· Inflamações da pálpebra e glândulas: 
· Terçol (Hordéolo): inflamação aguda da glândula de Zeiss (externo) ou tarsais (interno). É doloroso, e autolimitante (cura sozinho); realizar compressa quente. 
· Calázio: inchaço indolor da glândula meibomiana, coloração amarela ou avermelhada na superfície palpebral (‘’bolinha’’), indolor. Realizar curetagem. 
· Blefarite: inflamação generalizada da pálpebra. Pode ser bacteriana, demodex, reação alérgica. Tratamento via oral. 
· Neoplasias palpebrais: comum, ocorre principalmente em cães velhos. Adenoma, melanoma (pigmentação da córnea), carcinoma de células escamosas (animais de pelagem clara). Tratamento: retirada cirúrgica (pode realizar criocirurgia, mas deve-se proteger a córnea). 
 1. Carcinoma; 2. Melanoma; 3. Adenoma. 
· Ptose palpebral: queda da pálpebra superior. Geralmente ocorre por lesões ou comprometimento nervoso (tumor, raiva, síndrome horner). 
· Sistema lacrimal: 
· Epífora: lacrimejamento excessivo. Realizar limpeza com solução fisiológica, em alguns casos antibiótico (azitromicina, Stomorgyl).
Nãoexiste lagrima ácida, é lagrima com bactéria e excesso de ferro (escuro). 
· Obstruções: Problemas dentários causam muitos problemas. 
Obstrução do ducto-nasolacrimal: tratamento: terapêutico (antibiótico + anti-inflamatório tópico por 15 dias + VO (stomorgyl por 10 dias), limpeza de tártaro; lavagem do ducto. 
· Doenças da conjuntiva
É bem irrigada; a área ligada na pálpebra é chamada de palpebral; ligada no globo ocular de área bulbar; e a ligada na parte onde ocorre a virada da pálpebra é a fórnice. 
· Quemose: edema da conjuntiva. 
· Causas: trauma, alergia, reação a drogas, ulceras, ceratites;
· Tratamento: se for trauma a resolução é espontânea; em casos de alergia ou reação a drogas administrar anti-inflamatório (Flunixin meglumine IV é muito bom para problemas oftálmicos em casos de emergência; ou pode administrar corticoides tópico e/ou sistêmico). 
 
· Simbléfaro: adesão da conjuntiva palpebral e bulbar. 
· Causa: geralmente ocorre por uma inflamação da córnea e da conjuntiva. 
· Tratamento: quando a adesão não é muito grande realizar massagem e instilação diária de colírio e pomada para retirar a aderência; caso a lesão for extensa realizar cirurgia, podendo colocar enxerto da mucosa bucal. 
· Sufusão (mais espalhada) e hemorragia conjuntival. Tratamento: regressão espontânea, compressa fria e colírio anti-inflamatório. 
 
· Conjuntivite: inflamação e/ou infecção da conjuntiva e 3ª pálpebra.
· Sinais clínicos: mucosas congestas, secreção mucopurulenta (abundante e esverdeada) ou purulenta (menos abundante, amarelada), epífora (lacrimejamento). IMPORTANTE DIFERENCIAR DE CCS, OS SINAIS SÃO IGUAIS = TESTE LACRIMAL DE SCHIMMER PARA DIFERENCIAR!!!
· Etiologia: bacteriana, viral (herpesvírus felino), fungos (comum em equinos), clamídia (felinos), demodicose, alergia, produtos (cloro – labrador que gosta de piscina), folicular, doença Imunomediada, secundária à entrópio, ectrópio, dobras, tumores, corpo estranho; pode ser por causa infecciosa (cinomose, hepatite infecciosa), traumática. 
· Tratamento: depende da causa. 
1. Bacteriana: cloranfenicol, gentamicina, tobramicina, ciprofloxacina (Ciloxan), Zymar;
2. Viral: idoxuridina ou aciclovir (Zovirax);
3. Fungos: natamicina 5% (farm. de manipulação);
4. Clamídia: tetraciclina, norfloxacina, ofloxacina;
5. Alérgica: cromoglicato dissodico (Maxicron) e corticoides;
6. Folicular: raspagem e cauterização da conjuntiva; 
7. Secundária a problemas físicos ou externos: retirar a causa. 
SE FOR SIMPLES TRATAMENTO DE 7-10 DIAS; MODERADO 15 DIAS. 
· Conjuntivite folicular:
 
· Córnea: as camadas são:
1. Epitélio: camada mais externa; avascular (quando tem presença de vaso indica inflamação), sem pigmento. Hidrofóbico e lipofílico.
2. Estroma: formada por ceratócitos responsáveis pela transparência. Hidrofílico e lipofóbico. O teste de fluoresceína marca o estroma. 
3. Membrana de descemet: membrana basal fina, logo acima da camada do endotélio. Quando sem alteração não é marcada por nenhum teste. 
4. Endotélio: é a camada mais interna, em contato com a câmara anterior e o humor aquoso, realizando uma proteção, para evitar a entrada do humor aquoso na córnea (quando entra líquido, o olho fica azul = edema de córnea). É hidrofóbico e lipofílico. 
· Filme lacrimal: fica em cima da córnea. 
1. Camada lipídica: presença das glândulas meibomianas e Zeiss, é rica em colesterol, limita a evaporação de água e estabiliza a superfície lacrimal. 
2. Camada aquosa: presença das glândulas lacrimais e da terceira pálpebra, fornece oxigênio, nutrientes e lubrifica a córnea. 
3. Cama mucoide: presença das células caliciformes da conjuntiva palpebral que produzem mucina. Tem a função de unir a porção aquosa ao epitélio que é hidrofóbico. 
· Edema de córnea
 
· Pigmentação da córnea: é crônico. 
 
· Fibrose: partes brancas.
 
· Vascularização:
 
· Melting: é o derretimento da córnea, fica elástica. Pode ser indicativo de infecção muito grave + aumento da liberação da enzima metaloprotease. Precisa fazer antibiótico + medicamento contra o aumento da enzima. 
 
· Infiltração de glóbulos brancos:
 
· Depósito de triglicerídeos, colesterol e cálcio: é importante pedir bioquímico (se estiver no limite ou normal pode ser por alimentação).
 1. Triglic. e colesterol; 2. Cálcio. 
· Ceratite pigmentar: tratamento com imunossupressor (tracolimus). 
 
· Cisto dermóide: tumor que contém fluido ou material sebáceo, podendo surgir pelos. 
· Tratamento: retirada do cisto e de parte da córnea com flap de 3ª pálpebra (suturar na pálpebra superior).
 
· Degeneração corneal: perda da integridade e função da córnea. É secundária a outras patologias da córnea (ceratite, ulcera de córnea, e KCS). Panus e pigmentação indicam início do processo. 
 
· Distrofia corneal: opacidades ou manchas brancas na córnea. Ao redor da mancha a córnea fica normal; podem ser progressivas ou não, bilateral ou unilateral e não há tratamento. 
 
· Ceratite superficial (inflamação/opacidade superficial) e profunda (atinge camadas mais profundas):
· Sinais: bleafoespasmo, fotofobia, dor. Na ceratite profunda pode ter neovascularização da córnea e anel hemorrágico. 
· Tratamento: retirada da causa, administração de colírio antibiótico e anti-inflamatório, mucolítico (fluimucil – quando tem muita secreção mucopurulenta).
· Ceratite ulcerativa (quando tem úlcera e opacidade) e ulcera de córnea: 
· Causas: trauma, corpo estranho, doenças infecciosas, paralisia do nervo trigêmeo, KCS, cílio ectópico, triquíase, entropio. 
· Sinais: blefaroespasmo, fotofobia, corrimento ocular, prolapso de 3ª pálpebra, enoftalmia. 
· Tratamento: epitezam (em ulceras superficiais), Still colírio (3x ao dia), colírio antibiótico (cloranfenicol, tobramicina, ofloxacina), NÃO USAR COLIRIO CORTICOIDE!!!; fluimucil (quando tem muita secreção mucopurulenta), colar elisabetano. Em casos de ulceras profundas ou Melt usar soro autólogo ou heterólogo (equino) = soro segue o tempo do antibiótico 6x ao dia; se apresentar muita dor pode administrar tramadol VO 3-7 dias, para o animal evitar mexer por causa da dor. Em alguns casos há necessidade do flap de 3ª pálpebra como tampão curativo por 1-2 semanas, realizar tratamento tópico + oral; pode fazer enxerto conjuntivais. 
 
· Ulcera indolente: úlceras persistentes, que não cicatrizam. Acomete principalmente os braquicefálicos.
· Causa: geralmente ocorre pelo desenvolvimento de uma área hialinizada (borda) que impede a cicatrização. 
· Tratamento: debridamento dos bordos, com cotonete ou broca de diamante, ceratotomia em grade ou punctata (não pode em felinos), após o debridamento pode ser feito flap de 3ª pálpebra e retirada com 7-14 dias. 
 
· Descemetocele: protusão da membrana de descemet por meio de uma úlcera profunda. Ou úlcera que se estendeu para a membrana de descemet sem a protusão real. 
· Tratamento: descemetocele pequena = epitezam (em ulceras superficiais), Still colírio (3x ao dia), colírio antibiótico (cloranfenicol, tobramicina, ofloxacina), NÃO USAR COLIRIO CORTICOIDE!!!; fluimucil (quando tem muita secreção mucopurulenta), colar elisabetano. Em casos de ulceras profundas ou Melt usar soro autólogo ou heterólogo (equino) = soro segue o tempo do antibiótico 6x ao dia. Descemetocele grande = cirúrgico com flap de 3ª pálpebra, tarsorrafia temporária, flap conjuntival pediculado. 
 
· Edema corneano: opacidade difusa acompanhado de espessamento da córnea. Geralmente decorrente de reações vacinais, drogas ou processos inflamatórios. Tratamento: retirada da causa, administração de colírio antibiótico e anti-inflamatório, mucolítico (fluimucil – quando tem muita secreção mucopurulenta).
· Perfurações corneanas: até 3mm o tratamento é com cola superbond (a base de cianocrialato). Instilar 1 gota da cola com ajuda de uma agulha no local da perfuração e lavar com soro fisiológico em seguida. 
 
· Ceratoconjuntivite seca (KCS ouCCS): alteração quantitativa e/ou qualitativa do filme lacrimal, decorrente de uma inflamação crônica das glândulas lacrimais, da córnea e da conjuntiva, levando à diminuição da produção de lágrima. Muitas vezes é confundida com conjuntivite bacteriana. 
· Causas: Imunomediada, idiopáticas, lesões neurológicas, doença sistêmica (cinomose, infecção do trato respiratório superior felino), medicamentosa (sulfas, atropina), raças mais suscetíveis são poodle, Cocker, bulldog, yorkshire (apresentam congênito, grau zero).
· Sinais clínicos: secreção mucopurulenta na maioria dos casos, conjuntivite, ceratite e ceratite ulcerativa, neovascularização e pigmentação (indicando quadro crônico, podendo ter degeneração da córnea), massa vermelha (cicatrização de ulcera), opacidade (o animal fica cego porque não passa mais luz na córnea). Quando tem crostas pretas (queratinização) é um processo crônico. 
· Camadas da lágrima: 
1. Camada lipídica: é a mais superficial. Impede a evaporação da lagrima. O teste para avaliar é BUT (qualitativo).
2. Camada aquosa: teste TLS (quantitativo).
3. Camada mucoide: permite a aderência da lagrima. Citologia e histopatologia. 
4. Epitélio da córnea: teste TRB. 
· Diagnostico: sinais clínicos + testes específicos. 
1. Teste de Schimmer: 0-5mm/min (KCS grave ou absoluta); 6-9mm/min (KCS moderada a grave); 10-14mm/min (hiposecreção ou KCS subclínica); 15-25mm/min (normal). 
2. TRB/TLV: cora células desvitalizadas.
3. Fluoresceína: positivo se houver ulcera. 
4. Tempo de ruptura do filme lacrimal (BUT): o tempo normal é de 20s, portanto, <20s é positivo para KCS. 
5. Citologia ocular: presença de células inflamatórias. 
· Tratamento: 
1. Convencional: imunossupressores (tracolimus- mais eficiente e mais barato-; ciclosporina); lubrificantes oculares ou substitutos lacrimais; drogas adjuvantes (antibiótico, anti-inflamatório, mucoliticos, omegas). Pilocarpina usar em doenças neurológicas (olho seco neurogênico). 
2. Tratamento cirúrgico: transposição do ducto parotídeo, oclusão do ponto lacrimal, cantoplastia lateral (em animais de olhos grandes), tarsorrafia temporária. PORÉM, AINDA É DUVIDOSO!!!
3. Novas terapias: uso de células tronco (ainda é muito caro), plasma rico em plaquetas (barato e permite regeneração), novos medicamentos (Xidras – imunossupressor, porém, só nos EUA). 
 
· Necrose ou sequestro ou degeneração corneal felina: síndrome rara de etiologia desconhecida. Comum em gatos siamês e persa. 
· Característica: lesão achatada, negra ou castanha, tamanho médio, geralmente no meio da córnea. 
· Tratamento: ceratectomia e mandar para biopsia. 
 
· Florida spots: são opacidades brancas circunscritas na córnea, ‘’córnea mofada’’, pode estar relacionado com luz solar. O animal enxerga normalmente. Pode acometer cães também. Não há tratamento. 
 
· Pannus oftálmico: vascularização subepitelial de tecido conjuntivo. Pode estar relacionado com problemas imunológicos. Acomete principalmente animais da raça pastor alemão. 
· Tratamento: ciclosporina ou tacrolimus inicialmente 3-4x/dia, depois 1-2x/dia para o resto da vida + colírio corticoide como adjuvante por 1 mês. 
 
· Doenças da úvea:
A úvea é o linfonodo dos olhos. O corpo ciliar produz o humor aquoso e sustenta o cristalino. Quando diminui a produção, diminui a PIO (pressão intraocular). 
· Prolapso de íris: ocorre após ulcera de córnea profunda.
· Tratamento: iridectomia (retirada de parte da íris, o animal pode desenvolver fotofobia, a pupila não fecha corretamente) e ceratectomia com flap de 3ª pálpebra. 
 
· Sinéquia: aderência da íris ao cristalino (posterior) ou à córnea (anterior). Consequência a um processo inflamatório da córnea ou da úvea.
· Tratamento: tratar causa primaria, usar colírio ciclopégico (atropina) para evitar aderência (promove midríase e auxilia na acomodação). Se houver glaucoma associado não usar atropina. 1. Sinéquia anterior; 2. Sinequia posterior com catarata. 
· Coloboma de íris: falha congênita de parte da íris. Ocorre mais em animais albinos com íris azul. A maior consequência é a fotofobia. Não há tratamento.
 
· Tumores: melanoma, melanose (benigno), cisto (benigno), linfoma. Uveíte bilateral indica processo infecciosos, sistêmicos. 
· Melanoma: sem metástase realizar enucleação.
 
· Melanose benigna: não ocorre o aumento.
 PARA DIFERENCIAR MELANOSE DE MELANOMA FAZER CISTOCENTESE/PARACENTESE DA CAMARA. 
· Cisto: quando a luz incide consegue passar; quando é massa tumoral a luz não passa. Não tem tratamento.
 
· Membrana pupilar persistente: atrofia incompleta da membrana ou aderência ao cristalino (catarata) ou à córnea, provocando opacidade focal ou ulcera de córnea. Tem aspecto de teia de aranha.
· Tratamento: geralmente não é necessário. Mas pode-se realizar cirurgia para ressecção da membrana ou extração da catarata. 
 
· Heterocromia: alteração congênita da íris, pode ser uni ou bilateral. 
 
· Uveíte anterior (irite): inflamação da íris e do corpo ciliar. Pode ser problema primário do olho ou por consequência de doença sistêmica. 
· Sinais: pupila em miose, pouco responsiva aos midriaticos ou pupila em midríase (glaucoma); diminuição da PIO (enoftalmia) ou aumento d PIO (glaucoma); edema de córnea; neovascularização da córnea e da íris; vermelhidão da íris e fluxo ciliar (pequenos vasos), hifema (sangue na câmara anterior); hipópion (pus na câmara anterior); epifora e blefaroespasmo. 
· Causas: 
1. Exógenas: traumas, perfurações, cirurgia intra-ocular;
2. Endógenas: disseminação de doença da córnea ou esclera, ceratite ulcerativa e profunda. 
3. Sistêmica: vírus (cinomose, HIC, PIF), bactérias (leptospirose), fungos (arpergilose, criptococose), parasitas (dirofilariose, toxocara), protozoário (toxoplasmose), neoplasia (linfomas, melanoma), erliquiose. 
· Diagnostico: tonometria baixa ou aumentada; sinais clássicos; ATENÇÃO PARA SINAIS DE DOENÇAS SISTEMICAS. 
· Tratamento: tratar a causa primária. 
1. Corticoide tópico (Decadron, garasone – 1gota 3-4x/dia), ou corticoide subconjuntival ou sistêmico (Depo-Medrol) SEM ULCERA DE CÓRNEA!!!
2. Still colírio EM CASOS DE ULCERA DE CORNEA 1 gota, 3-4x/dia. 
3. Atropina colírio: 1 gota 1-2x/dia, por 5-7dias. 
4. Antibiótico tópico (cloranfenicol, gentamicina, tobramicina, Zymar) 1 gota, 4-6x/dia, por 10-15 dias;
5. Antiprostaglandinas sistêmicas (Banamine – flunixin meglumine) 1mg/kg/IV/SID/3dias.
6. Em casos de muita dor, tramadol VO. 
· Complicações: sinéquias (anterior ou posterior), bombé de íris (íris gorda, deformada), glaucoma (quando muito alto, pode perder a visão); catarata. 
· Hifema: 
 
· Hipópion:
 
· Uveite:
 
· Íris bombe: 
· Síndrome uveodermatológica: é um distúrbio autoimune caracterizado pela produção de Ac contra melanocitos, resultando em panuveíte granulomatosa, leucoderma (despigmentação cutânea) e leucotriquia (despigmentação dos pelos). O animal pode ter doença autoimune (lúpus) + despigmentação da íris. 
· Sinais: uveite anterior, ceratite e edema de córnea, conjuntivite, eclerite, podendo evoluir para glaucoma. Despigmentação generalizada de pele e pelos, principalmente na região de lábio, pálpebra e plano nasal. Pode ocorrer ulceras, crostas do plano nasal. 
· Diagnostico: diferenciar de outras doenças autoimunes que causam despigmentação (pênfigo, lúpus) porém, essas não causam problemas oculares. Sinais clínicos associados ao exame histopatológico são definitivos. 
· Tratamento da uveite: flunixin meglumine IV por 3 dias, corticoide tópico e sistêmico por 15-30 dias, atropina tópica por 5 dias. 
Corticoide prolongado para tratar doença autoimune (prednisona). Se não for eficiente utilizar Azatioprina. E o uso de omegas por VO. 
 
· Glaucoma: aumento da PIO. A pressão normal para cães e gatos é 15-25 mmHg (Tonopen); 12-20 mmHg (Kowa). Acima de 35 mmHg já causam danos irreversíveis a retina e ao nervo. 
· Tipos de glaucoma: 
1. De acordo com o ângulo de drenagem:· Ângulo aberto (simples): bilateral, progressão lenta, hereditário ou congênito;
· Ângulo fechado (congestivo agudo): elevação repentina da PIO por bloqueio do ângulo de drenagem.
2. De acordo com a origem:
· Primário: sem causa, provavelmente hereditário ou congênito.
· Secundário: catarata, luxação de cristalino, diabete, endocrinologia.
3. De acordo com a evolução: 
· Agudo: midríase, blefaroespasmo, esclerite, ceratite, edema de córnea.
· Crônico: buftalmia, atrofia de retina.
· Produção do humor aquoso: por secreção ativa (80%, secretado pelo epitélio não-pigmentado do corpo ciliar, por processo metabólico ativo dependente de enzimas) ou secreção passiva (20%, por ultrafiltração e difusão, dependente da pressão sanguínea, oncótica e PIO). 
· Diagnostico de glaucoma: tonometria (Mede a PIO – pode ser manual, pressionando os dois dedões sobre o olho do animal, obtendo uma estimativa, porém, pouco preciso; ou por meio do Tonopen, um aparelho que mede a pressão por meio da aplanação); oftalmoscopia, podendo ser visível: 
· Atrofia de retina:
 
· Luxação de cristalino:
· Depressão do disco óptico:
 
Quando ocorre o aumento da PIO, comprime o nervo óptico, e ocorre escavação, podendo levar a perda da visão. 
· Sinais clínicos agudo:
1. Dor: blefaroespasmo, protrusão da 3ª pálpebra, epifora;
2. Conjuntiva: hiperemia, discreto edema (quemose);
3. Vasos da esclera congestos;
4. Córnea: opacificação progressiva, insensibilidade;
5. Íris: midríase não responsiva, sinéquia;
6. Fundo: depressão do disco óptico, redução da vascularização da retina, perda de visão;
7. Tonometria aumentada. 
· Sinais clínicos crônico: 
1. Buftalmia: olho exageradamente grande, aumenta muito a PIO, perde retina. Realizar enucleação;
2. Dor ausente;
3. Vasos da esclera muito aumentados e congestos; 
4. Córnea: límpida, opaca, linhas de ‘’fratura’’;
5. Íris: midríase, degeneração de íris e corpo ciliar;
6. Lente: catarata, luxação;
7. Fundo: atrofia de retina e nervo óptico;
8. Tonometria elevada. 
· Tratamento glaucoma: 
1. Hipotensores oculares tópicos: 
· Dorzolamida: inibe a anidrase carbônica, diminuindo a produção do humor aquoso e consequentemente a PIO. 1 gota, 2-3x/dia.
· Dorzolamida + Timolol: contraindicado em cardiopatas e animais com problemas respiratórios. 1 gota, 2-3x/dia.
· Latanoprosta: em gatos induz miose porém, não reduz a PIO; em equinos e cães reduz a PIO. Não utilizar em glaucoma secundário a uveite!!!
2. Hipotensores oculares sistêmicos: 
· Manitol: diurético. USO EMERGENCIAL EM GLAUCOMA AGUDO. Animais desidratados fazer fluido antes. 1-2g/kg/IV lento, durante 15-30 minutos. Se necessário repetir 4 horas depois. Contraindicado em ICC e edema pulmonar.
· Glicerina: diurético oral. Usado para manutenção após tratamento emergencial. 1-2ml/kg/vo/TID/3-5dias. 
· EMERGENCIA GLAUCOMA!!!!! Protocolos: 
1. Manitol IV (1-2g/kg/15-30 minutos) + 1 gota de Dorzolamida colírio e Still colírio a cada 10-15min + Banamine IV (1,1mg/kg) ou Meloxicam (1mg/kg). 
2. Sem uveite associado: manitol IV durante 15-30 minutos + 1 gota de latanoprosta + 1 gota de still + banamine ou meloxicam IV.
Estabilizado o quadro para casa: glicerina VO por 3-5 dias + 1 ou 2 hipotensores tópicos (Dorzolamida ou dorzolamida + timolol 1 gota, 2-3x/dia, podendo associar ou não ao latanoprosta 1 gota, 1x/ a noite) + 1 colírio anti-inflamatório não esteroide (Still). 
· Buftalmia: 
 
· Glaucoma:
· Cristalino:
· Catarata: opacidade do cristalino. 
· Classificação: pode ser congênita ou adquirida; capsulares, zonulares (localização); embrionária, juvenil ou senil (idade); provenientes de distúrbios endócrinos (diabetes – parece vidro quebrado); traumática, medicamentos (corticoide); e quanto ao desenvolvimento: incipiente (pouca perda de visão), imatura (lente fica nublada, com dificuldade de visão), madura (lente completamente opaca, pode ter inflamação – ADMINISTRAR STILL), hipermadura (lente diminui de tamanho). 
· Catarata diabetogenica: aumento da glicemia, leva ao catabolismo excessivo de glicose, o sorbitol aumenta a entrada de água, se for para a lente (catarata), se for para a câmara anterior (glaucoma). 
· Tratamento: cirúrgico (facoemulsificação); o uso de clarvisol para traumáticas ou iniciais é duvidoso. 
· Esclerose: é o envelhecimento do cristalino, fica opaco, mas não atrapalha a visão, então não é recomendado cirurgia. 
· Incipiente: acomete 15%, não há indicação de cirurgia. 
· Catarata imatura: é a fase recomendada para realizar cirurgia. 
· Catarata madura: opacidade total da lente, causa cegueira, ainda é recomendado realizar cirurgia e obter bons resultados. 
· Hipermatura: opacidade total da lente com ou sem reabsorção, com várias complicações associadas que precisam ser tratadas. Dependendo do caso a cirurgia ainda é viável. 
 
· Luxação e subluxação de cristalino: a subluxação é o estágio precoce da luxação e se caracteriza por ruptura ou degeneração parcial da zônula que sustenta o cristalino. 
· Causas: traumatismo, algumas raças são mais predispostas (poodle, basset, beagle, collie, pastor alemão), catarata, glaucoma, uveite, tumor. 
· Tipos de luxação: anterior (câmara anterior): olho avermelhado e muito doloroso, edema de córnea, hifema, glaucoma. EMERGENCIA!!!
posterior (câmara posterior): aparência de meia lua, indolor na maioria dos casos. 
 1. anterior; 2. Posterior.
· Tratamento para luxação anterior ou subluxação: extração intracapsular ou facoemulsificação associada ou não com vitreoctomia e implante de lente intraocular. Em casos que não há possibilidade de cirurgia, pode-se tentar empurrar a lente para a câmara posterior ou vítrea: 
1. Manitol IV em 30-60 min de infusão;
2. Flunixin meglumine ou Dexametasona IV;
3. Colírio anestésico tópico 1 gota, após 5 minutos instilar outra goto no olho afetado;
4. Propofol para sedar e relaxar os músculos; 
5. Manobra de reclinação (colocar a cabeça para trás, e com pressão forte empurrar o olho com o objetivo de tracionar a lente para trás);
6. Pilocarpina 1 gota a cada 15 min + still colírio;
7. Manter o animal com colírios mióticos e para controle de glaucoma.
· Tratamento para luxação posterior: se não estiver afetando o olho não realizar nenhum tratamento; caso afete o olho realizar cirurgia extracapsular. 
· Humor vítreo:
· Hialose: degeneração. Ocorre mais em animais velhos, geralmente unilateral. Não há tratamento.
· Hialite: inflamação do humor vítreo, geralmente secundário a uveíte e retinite. O tratamento é igual ao da uveíte. 
· Retina e coroide: 
· Atrofia ou degeneração: pode ser hereditário (raças collie, Cocker, poodle), glaucoma, coriorretinite e neurite crônica. 
· Sinais: cegueira noturna, pupila dilatada.
· Oftalmoscopia: disco óptico discoide, enegrecido, com poucos vasos. O animal não enxerga. 
· Tratamento: inicialmente pode-se tentar vitamina A, porém, geralmente é sem sucesso. 
· Distrofia de retina
 
· Atrofia de retina: 
 coloboma + atrofia.
· Hemorragia de retina: causado por trauma craniano, hipertensão sistêmica e ocular (glaucoma), erliquiose, leishmaniose. 
· Tratamento: retirar a causa primária; corticoide tópico e sistêmico. 
· Prognostico: reservado a bom. 
 
· Descolamento de retina: origem traumática, hemorragia de retina, neoplasias, hipertensão (glaucoma), filariose, secundária a doença inflamatória (uveíte e coriorretinite), erliquiose, leishmaniose. Onde ocorre o deslocamento fica opaco, forma um coágulo, pode ser parcial ou total. 
· Tratamento: somente quando for doença inflamatória: antibiótico e corticoide tópico e sistêmico por 7-14 dias, manitol IV ou glicerina VO, repouso absoluto. 
· Prognostico: desfavorável a ruim. 
 
· Coriorretinite/uveíte posterior/retinite: é a inflamação da coroide e da retina.
· Sinais clínicos: midríase, visão dificultada, esbarra em objetos, assustado.
· Oftalmoscopia: imagem distorcida, vasos congestos, fundo avermelhado, sente dor no movimento ocular. 
· Tratamento: antibiótico e corticoide tópico e sistêmico por 7-14dias. 
· Prognostico: reservado. 
 
· Retinopatia por deficiência de taurina em felinos ou degeneração central felina da retina: causada por deficiência de taurina (aminoácido essencial para gatos). 
· Sinais clínicos: midríase e perda de visão.
· Oftalmoscopia: lesão delimitada na retina, atrofia de retina, aumento do reflexo da zona tapetal.
· Não há tratamento. 
 
· Nervo óptico: 
· Neurite: inflamação do nervo óptico, resultando em cegueira em ambos os olhos. 
· Causas: idiopática, cinomose, meningoencefalite, toxoplasmose, outras doenças do SNC
· Sinais clínicos: cegueira aguda bilateral, pupilas dilatadas não responsivas, papilite (inflamação do disco óptico com perda da margem);
· Tratamento: retirar a causa; corticoides tópicos e sistêmicos. 
· Prognostico: reservado.

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