para fora em direção ao canal vertebral, comprimindo a medula pois, não tem como expandir por causa da vertebra. · Protrusão de disco (Hansen tipo II): o conteúdo ainda não saiu do disco, mas fica comprimindo o disco que comprime a medula. Pode virar uma extrusão. 1. Extrusão; 2. Protrusão. · Meninges: tem as vértebras – o espaço extradural ou epidural – dura-máter (mais externa) – espaço subdural – aracnoide (média) – espaço subaracnóide – pia máter (mais interna). O líquor é produzido no encéfalo (no 3º e 4º ventrículo) e tem função de nutrição e proteção. · Compressões medular: 1. Extradural: algo comprimindo as meninges e a medula. Ex: discopatia. 2. Intradural – extramedular: conteúdo está dentro da meninge, porém, ainda não afetou a medula. 3. Intramedular: conteúdo dentro da medula. · O disco intervertebral fica no espaço intervertebral e tem função de proteção mecânica; em radiografia simples fica radiolucente não sendo visualizado (é cartilagem). · Graus de compressão toracolombar: I. Dor (hiperestesia), sem alteração neurológica. Quando acaba de ocorrer a compressão; acometa bastante cães compridos com as patinhas curtas. II. Ataxia, paraparesia ambulatória e déficits proprioceptivos. III. Paraparesia não ambulatória (é grave), não consegue mais se locomover. IV. Paraplegia com retenção ou incontinência urinária (pode ser problema na inervação da bexiga – quando palpa consegue fazer a contração e esvaziar-; ou problema na inervação uretral – dificuldade de contrair ou relaxar o esfíncter, não consegue esvaziar a bexiga-). O tratamento para incontinência é pior, acupuntura pode ajudar. Em casos de retenção Betanecol ajuda a relaxar o esfíncter. V. Paraplegia, retenção ou incontinência urinária e perda da dor profunda. · Diagnostico: 1. Radiografia simples: observar a aproximação das vertebras (2 espaços antes e 2 espaços depois), para avaliar o espaço intervertebral, avaliar o forame (quando fica mais radiopaco é sinal de conteúdo). 2. Ressonância ou tomografia: para avaliar tecidos moles (encéfalo). 3. Mielografia e coleta de líquor: é indicado quando há evidencias de compressão ou doença medular; usado para confirmar e localizar a lesão; identificar discos herniados, compressão medular e tumores. É CONTRAINDICADO em casos de meningite, sem realizar anestesia geral; quando há o aumento da PIC (pressão intra-craniana, em casos de exoftalmia, sangramento do ouvido, convulsão); quando há lesão espinhal no ponto de coleta. O local é na região atlanto-occiptal, é feito a coleta primeiro e depois a administração do contraste. Na região lombar é feita entre L4-L5 ou L5-L6. O ideal é realizar a coleta em um desses pontos que estiver mais próximo a lesão, para obter mais chance de identificar o conteúdo. O material utilizado é uma agulha normal (cinza, mas pode entupir) ou agulha espinal (não entope, tem mandril). Procedimento: anestesiar o animal, entubar, cuidado quando a coleta for em região cervical (ocorre estimulação do centro controlador da respiração e o animal pode parar, por isso é importante entubar), decúbito lateral, tricotomia, antissepsia. Com o pescoço estendido o espaço é maior, segurar a asa do atlas e rodar delicadamente a agulha, e coletar por gotejamento (o normal é que seja transparente; se vier com sangue pode ser vaso, então deve-se descartar 2-3gotas iniciais, caso continue é alteração do líquor). Precisa ser avaliado em até 20 minutos. Para administração do contraste, é um produto específico para mielografia, 0,3-0,5ml/kg, porém, não pode exceder 12ml, pois, aumenta a PIC. O corpo deve estar mais baixo que a cabeça para o contraste ir para a medula. Após 2-3 minutos radiografar, e repetir a cada 5 minutos. · Tratamento trauma espinhal: IMEDIATO!! Imobilizar o animal (pode amarrar na mesa). · Alívio da dor e edema: 1. Paresia leve: confinar em uma baia para não se mover. Prednisona (0,25-0,1mg/kg/SID ou BID, por 3-4 dias; após 0,5mg/kg/BID, por 2-3 dias em dias alternados); Cimetidina – protetor gástrico- (5-10mg/kg/TID). 2. Plegia aguda (até 24h de atendimento): Metilprednisolona (15mg/kg/IV/QUID por 24h); cimetidina (5-10mg/kg/TID). 3. Plegia aguda (até 8h de atendimento): metilprednisolona (30mg/kg/IV), após 2-6horas: metilprednisolona (15mg/kg/IV); infusão constante por 48h (2,5mg/kg/hora); infusão constante por 24h (5.4mg/kg/hora). Cimetidina (5-10mg/kg/TID). · Cirúrgico: o mais utilizado é a Hemilaminectomia, pode-se realizar o realinhamento/estabilização das vértebras em casos de luxação. E realizar tratamentos complementares (fisioterapia e acupuntura). · Cuidados: manter o animal em superfície limpa e acolchoada para evitar escaras, monitorar trato respiratório duas vezes ao dia, monitoras urina (se precisar, sondar, ou esvaziar manualmente), enemas, manter a pele seca e limpa (sem urina e fezes), lubrificar com solução fisiológica em casos de reflexo palpebral ausente, nutrição enteral ou parenteral, água constantemente. CONVULSÃO E EPILEPSIA · Convulsão: é um caso isolado. · Epilepsia: são episódios de convulsão, > de 4 crises, afecções neurológicas permanentes. · Status epileticus: quando a crise dura muito tempo. Tem 3 fases: 1. Pré-convulsiva (pré-ictal); 2. Convulsão (ictal); 3. Pós-convulsiva (pós-ictal): pode entrar novamente em crise. · Sinais: nos primeiros minutos = aumento da PA, da temperatura, do débito cardíaco, fluxo sanguíneo e do consumo de oxigênio. Após esse período, ocorre aumento da PIC, permanece temperatura elevada, diminuição da PA, do débito cardíaco, do fluxo sanguíneo cerebral (isquemia), arritmias e acidose metabólica, animal entra em exaustão. Na convulsão leve o animal mantém a consciência, na generalizada grave perde a consciência. · Fisiopatologia: existem neurotransmissores excitatórios e inibitórios, em equilíbrio. Quando ocorre um aumento dos excitatórios ou diminuição dos inibitórios, ocorre despolarização levando a convulsão que pode ser parcial ou generalizada. · Classificação: generalizada (grave), focal (leve), focal com generalização secundária. · Agentes causadores: pode ser funcional (idiopáticas, hereditárias – raças como Collie, Labrador, beagle) ou adquiridas (extracranianas – metabólicas-; ou intracranianas – hemorragia, trauma, edema). Em animais mais jovens ocorre principalmente por alteração congênita, intoxicação, verminose, hidrocefalia; em animais mais velhos ocorre principalmente por causas metabólicas e neoplasias. · Características da convulsão: 1. Convulsão mioclônica: tremores; 2. Convulsão tônica: rigidez muscular; 3. Convulsão clônica: pedalar; 4. Convulsão mista (tônico-clônica): animal apresenta rigidez muscular e pedala. Também ocorre defecação, urina, salivação em excesso, opstótono (rigidez de pescoço). · Avaliação clínica: resenha, anamnese (perguntar coisas passadas que podem estar provocando a convulsão – secundária-, se houve algum trauma focal em algum momento da vida do animal, qual a frequência das crises, duração, padrão), exame neurológico completo (com alteração pode ser presença de alguma afecção ativa no SNC, sem alteração pode ser epilepsia idiopática). · Exames complementares: bioquímico, hemograma, coleta de líquor, urinálise, tomografia, ressonância. · Diagnostico diferencial: sincopes, fraqueza episódica (pode ser miastenia, hipoglicemia), tremores, dor, alteração comportamental (síndrome vestibular- andar em círculos). · Tratamento: O ESTADO EPILÉPTICO É UMA EMERGENCIA CLINICA!! Precisa retirar o animal da crise (quando em casa, estabilizar o animal e depois levar na clínica, em casos que o animal já apresentou crise e que o proprietário já tem medicamento). · No momento da crise: 1. Diazepam: 0,5-1mg/kg/IV, a dose máxima para gatos e cães de pequeno porte é 5mg; para cães de médio porte 10-20mg; e cães de grande porte 30-40mg. Repetir até 3 vezes. Pode realizar infusão continua 0,5-2mg/kg/hora. Pode administrar dose única de metilprednisolona (estabilizar as membranas, evitando a despolarização) dose: 15-30mg/kg/IV. SE A CRISE NÃO