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Neurologia Pequenos Animais

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FOR CONTROLADA COM DIAZEPAM, TROCAR PARA: 
2. Hidantal: fenitoína (muito hepatotoxico), 20mg/kg diluído em 250-500ml de solução fisiológica, na velocidade de 50mg/min. Durante a infusão pode ocorrer crises, podendo administrar diazepam ou IV BOLUS de hidantal (5mg/kg) totalizando no máximo 30mg/kg, ou seja, pode fazer mais duas doses IV BOLUS.
· Status epileticus refratário: pode ser causado por doses inadequadas, problemas de metabolização, intoxicação, presença de doença intracraniana (ex: tumor). 
1. Pentobarbital IV bolus (3-15mg/kg); ou
2. Infusão pentobarbital 2-5mg/kg/hora; ou
3. Máscara de propofol 0,1-0,6mg/kg/min; ou
4. Anestesia inalatória com isoflurano. 
5. Manter o animal em oxigenioterapia e fluidoterapia com glicose, vitamina B1, e controlar hipertermia. 
6. Pode ser feito administração durante a crise intranasal (0,5mg/kg) ou via retal (0,5-2mg/kg). 
· Tratamento de manutenção (em casa):
1. Fenobarbital (Gardenal): é a droga de primeira escolha, potencializa o GABA (neurotransmissor inibitório). A cimetidina, cloranfenicol e cetoconazol potencializam seu efeito, aumentando a hepatotoxicidade. Dose para cães: 2-6mg/kg/BID/VO, iniciar com dose mínima; dose para gatos: 1-5mg/kg/BID/VO. Dosar a concentração de fenobarbital no sangue após 10-15 dias. 
Prescrever por um determinado tempo (3 meses) depois retornar o animal, pesar novamente para reajuste da dose, monitorar função hepática; perguntar se o animal voltou a convulsionar (dosagem sérica para reajuste da dose). 
2. Brometo de potássio: não tem metabolização hepática. É usado em casos que o animal é refratário ao fenobarbital. Podendo então associar ao fenobarbital, potencializando seu efeito, conseguindo posteriormente reduzir a dose do fenobarbital. Dose associada do brometo: 22-40mg/kg/SID. Após 30 dias, avaliar o nível sérico + sinais clínicos (se apresentou ou não convulsão) pode reduzir gradativamente a dose do fenobarbital. Pode ser manipulado. A furosemida reduz sua ação. 
Os dois primeiros são os mais utilizados, existem outros: 
3. Primidona: usado em convulsão generalizada e focal. Dose: 11-22mg/kg/BID ou TID, NÃO É RECOMENDADO PARA GATOS, É TÓXICO!!
4. Fenitoina: 20-35mg/kg/dia/VO, dividido em duas doses; NÃO RECOMENDADO PARA GATOS!!
5. Clonazepam (Rivotril): pacientes refratários a outros anticonvulsivantes.
6. Carbamazepina: 4-10mg/kg dividido em 2-3 vezes.
7. Gabapentina: 10-30mg/kg/SID, BID ou TID.
Traumatismo crânio-encefálico: 
Deve-se tentar reverter as lesões reversíveis e evitar o aparecimento de novas lesões. Tentar evitar os eventos secundários. A sintomatologia é variável, em 48h pode alterar tudo, portanto, o prognostico é variável. 
· Eventos primários: de origem mecânica: lesão do parênquima, ruptura de fibras, dano vascular, hematomas, fratura.
1. Concussão: reversível. Presença de edema.
2. Contusão: irreversível. Lesão direta ao parênquima nervoso. 
· Eventos secundários: alterações bioquímicas, eletrolíticas, isquemia, lesão neuronal progressiva. Pode ter edema citotóxico (intracelular) ou edema vasogênico (extracelular, na barreira hematoencefálica), levando a uma falha na bomba de sódio/potássio, liberando radicais livres, levando ao aumento da PIC, hipóxia, hemorragia, herniação cerebral, convulsão imediata ou tardia. 
· Exame neurológico: 
1. Consciência: alerta, depressão, delírio, estupor e coma;
2. Respiração: atáxica (ritmo, frequência e amplitude irregulares); hiperventilação neurogênica (rápida, profunda e regular). 
3. Reflexos: reflexo pupilar, diâmetro pupilar, reflexo deglutição, reflexo oculovestibular (chamar o animal).
4. Posturas anormais: descerebração (opstótono, rigidez de todos os membros e coma. É mais grave); decerebelação (opstótono, rigidez de membros torácicos, consciência e movimentos voluntários dos membros). 
· ABC do trauma: é importante estabilizar as lesões que provocam risco de vida. A (manutenção da permeabilidade das vias aéreas), B (respiração e ventilação), C (circulação com controle da hemorragia). 
· Tratamento:
· Quando em choque: tratar o choque, que leva a hipotermia e hipovolemia (por causa da hemorragia);
· Diuréticos: por causa de edema. 
1. Manitol: 0,25-1,5g/kg/IV em 30 min. Repetir após 3h;
2. Furosemida: 1mg/kg/IV repetir a cada 4 horas. 
· Oxigênio e elevação da cabeça. 
· Corticoides: 
1. Metilprednisolona: 30mg/kg/IV até 8h após o trauma. Pode fazer infusão continua por 48h, 2,5mg/kg/h.
2. Prednisona: infusão continua por 48h 5mg/kg/h.
3. Dexametasona: 1-4mg/kg/24-48h. 0,1-0,5mg/kg/BID por 3 dias. 
· Anticonvulsivante: 
1. Diazepam: 0,5-1mg/kg/IV.
· Analgesia: pois, dor e vocalização aumentam a PIC. 
1. Butorfanol, fentanil, tramadol, meloxicam (SÓ USAR SE NÃO FOI FEITO CORTICOIDE, NÃO PODE ASSOCIAR CORTICOIDE E DAINES).
2. Antiemético preventivo, para não aumentar a PIC e ocasionar herniação. 
· Cirurgia: em casos de fraturas cranianas com achatamento, ferida aberta, hematomas. NÃO USAR CETAMINA (AUMENTA A PIC), NEM FENOTIAZÍNICOS (PODEM CAUSAR CONVULSÃO). 
· Tratamento auxiliar: fluidoterapia, monitoração constante do paciente, mudar o animal de posição, alimentação enteral ou parenteral, lubrificação dos olhos, local acolchoado.
· Pode induzir o animal ao coma por 24-48hrs, para diminuir o metabolismo cerebral e começar a se regenerar. 
· Quando o animal começa a ter declínio mental, midríase, paresia progressiva, bradicardia, ou fica em coma sem ser induzido por 48h, o prognostico é desfavorável. 
· Escala do coma: avaliar o animal todos os dias, pontuando, avaliando atividade motora, consciência, reflexo tronco cerebral. Escala de 3-8 (grave); 9-14 (reservado); 15-18 (bom).
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