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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS DISCIPLINA: PSIQUIATRIA PROFESSOR: CRISTOVÃO ALBUQUERQUE ALUNA: LARA BIANCA CARDOSO PEREIRA RESUMO DE TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNO DEPRESSIVO O Transtorno bipolar (TB) caracteriza-se por alterações do humor, com recorrência de episódios depressivos e maníacos ao longo da vida do paciente, inserindo-se no grupo de doenças genéticas complexas. Quanto ao Transtorno depressivo (TD), diferente do TB, não há alterações do humor, e sim a prevalência do humor depressivo, sendo frequentemente associada a incapacitação funcional e comprometimento da saúde física, além da limitação de atividades no cotidiano e do seu bem-estar, com prevalência de anedonismo. A causa desses transtornos é variada, podendo estar associada a fatores biológicos, genéticos e psicossociais. Quanto aos fatores genéticos, está mais comumente relacionado ao Transtorno bipolar. Os fatores biológicos estão estreitamente ligados a noradrenalina e serotonina, que são neurotransmissores envolvidos na fisiopatologia, podendo também afetar a dopamina, o sistema GABA e peptídeos neuroativos. Além disso, hpa casos que os hormônios tireoideanos podem estar afetados, devendo ser investigado alterações na função da tireoide em todos os pacientes com transtorno de humor, mesmo que não apresentem queixas típicas de acometimento da glândula. Os fatores psicossociais estão relacionados a episódios estressantes que geralmente precedem os primeiros episódios de humor, tanto depressivos quanto maníacos, sendo o acontecimento mais associado ao desenvolvimento da depressão a perda de um dos pais antes dos 12 anos de idade. Outros eventos são a perda de uma pessoa querida, de um emprego, de um local de moradia, de uma situação socioeconômica ou algo puramente simbólico. O TD é o transtorno mais comum, com uma prevalência durante a vida de cerca de 15% das mulheres, sendo duas vezes mais comum nas mulheres do que nos homens, independente do país ou cultura e o TB é bem menos comum, com prevalência de 01% na população global, similar a esquizofrenia, com idade média de inicio 30 anos. No transtorno bipolar as manifestações clinicas são: • Euforia ou alegria patológica (aspecto principal) • Taquipsiquismo • Aumento da autoestima • Intensa satisfação pessoal e bem estar exagerado • Elação • Sintomas vegetativos o Aumento da libido o Anorexia o Insônia • Logorreia e pressão para falar • Irritabilidade e arrogância • Agitação psicomotora e heteroagressividade • Desinibição social e sexual No transtorno depressivo as manifestações clinicas são: • Humor entristecido (aspecto principal) • Sintomas afetivos: tristeza, angustia melancolia, pessimismo, apatia, tedio e incapacidade e sentir prazer, frequentemente associado a ansiedade • Alterações físicas: fadiga, cansaço fácil e constante, distúrbios do sono, aumento ou diminuição do apetite, diminuição da libido e alterações menstruais • Distúrbio de pensamento, como ideias de culpa, morte e autopunição, e alterações de autovaloração, como baixa autoestima e autodepreciação • Alterações da psicomotricidade: fala lentificada, negativismo, ausência de planos e perspectiva • Alterações cognitivas: dificuldade de concentração e esquecimentos, dificuldade para tomar decisões e pseudodemência depressiva O diagnóstico dessas patologias é fenomenológico, a partir da observação e descrição do paciente. Para o transtorno bipolar, o CID estipula que o diagnóstico é feito mediante a presença de pelo menos dois episódios maníacos, com ou sem sintomas psicóticos. Quando ao transtorno depressivo, o CID classifica a depressão em leve, moderada e severa, diante da presença e frequencia dos sintomas depressivos. Para realizar o tratamento do Transtorno Bipolar, usa-se estabilizadores de humor, principalmente carbonato de lítio, ácido valproico e carbamazepina e, nos casos resistentes, pode-se fazer associações com estabilizadores do humor. Quando há mania aguda, inclui-se drogas sedativas, como clonazepam e antipsicóticos. Na depressão, deve-se iniciar o tratamento com inibidores seletivos da recaptação da serotonina, como fluoxetina, ou tricíclicos, como amitripitilina, e monitorar por 2-3 semanas, começando com doses basais. Além disso, é importante a associação da terapia farmacológica com a intervenção psicoterápica.
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