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Estudo de Coorte

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Introdução ao estudo de coorte
Estudos de Coorte
• Estudo observacional em que o 
investigador limita-se a observar 
e analisar a relação entre a 
presença de fatores de risco ou 
características e o 
desenvolvimento de 
enfermidades em grupos da 
população.
• Se propõem a observar, em uma 
população previamente 
definida, qual será a incidência 
de determinada doença ou 
fenômeno relacionado à saúde 
ou doença.
• A finalidade dos estudos de coorte é averiguar se a incidência da doença ou 
evento adverso à saúde difere entre o subgrupo de expostos a um determinado 
fator de risco se comparado com o subgrupo de não expostos. Em outros termos, 
busca-se identificar os efeitos da exposição a um determinado fator.
• Estudos Coorte tem sido utilizados com o objetivo de investigar a história natural 
de enfermidades e estudar várias características relacionadas à transmissão e à 
manutenção destas doenças.
Vantagens e 
desvantagens do 
estudo de coorte
Delineamento do estudo de coorte
Modelo 
Conceitual
Os estudo coorte são realizados em 3 etapas 
fundamentais:
1. Montar ou identificar grupos de indivíduos 
expostos e não expostos que são livres da 
doença em estudo;
2. Observar cada coorte ao longo do tempo para 
a avaliação do desenvolvimento da doença 
nos grupos estudados;
3. Comparar os riscos de surgimento da doença 
entre grupos de expostos e não expostos. 
Modelo Conceitual
• É selecionada uma amostra da 
população e são obtidas 
informações a respeito de 
algum fator de risco ou 
característica de interesse.
• Essa amostra é dividida em 
dois subgrupos:
- Expostos (ou que possuam) ao 
fator de risco ou característica 
de interesse;
- Não expostos (ou que não 
possuam) ao fator de risco ou 
características de interesse.
Modelo Conceitual
• Os grupos são 
acompanhados por um 
período de tempo com o 
objetivo de verificar quais 
dos seus membros irão 
desenvolver o evento a ser 
estudado (infecção, 
enfermidade, morte ou 
outro problema de saúde) e 
se a exposição prévia se 
relaciona ou não com a 
ocorrência deste evento.
Os estudos de coorte fornecem a melhor informação sobre a etiologia 
das doenças e a medida mais direta do risco de desenvolvê-la. 
Embora conceitualmente simples, os estudos de coorte são bastante 
caros porque podem requerer longos períodos de acompanhamento, 
visto que a doença pode ocorrer após uma exposição prolongada. 
Tipos de estudo Coorte
Os estudos de coorte podem ser conduzidos de dois modos distintos:
1) estudos concorrentes ou de coorte prospectiva
2) estudos não-concorrentes ou de coorte histórica, retrospectiva
→ Os termos prospectivo e retrospectivo geralmente se referem a 
quando os dados do estudo foram coletados em relação ao 
investigador. Um estudo prospectivo envolve a coleta de novos dados, 
muitas vezes, com o propósito de abordar uma questão específica.
• Nos estudos concorrentes ou de 
coorte prospectiva, o 
epidemiologista identifica e 
seleciona os grupos expostos e não 
expostos no momento do início da 
investigação e os acompanha por 
um determinado período de 
tempo.
• Nos estudos não-concorrentes ou 
de coorte retrospectiva, a 
identificação dos grupos expostos e 
não expostos é feita em algum 
momento do passado e estes 
grupos são então “seguidos” ou 
“acompanhados”, usualmente até o 
passado recente ou presente (ou 
ocasionalmente até o futuro). É 
uma investigação que se inicia no 
passado, no momento em que a 
exposição ocorreu, mas conserva o 
princípio básico dos estudos de 
coorte: exposição em direção ao 
evento.
Recrutamento e 
Acompanhamento
• É importante certificar que, na ocasião da 
seleção, o participante não esteja com a doença 
de interesse ou com outras enfermidades 
consequentes da exposição.
• É importante que os participantes sejam 
informados sobre os objetivos da investigação e 
que concordem em participar, através de 
consentimento pós-informado.
• O maior problema metodológico associado à um 
estudo de coorte é o de manter o seguimento 
(aderência) da população selecionada. Métodos 
para contatos periódicos com a amostra de 
participantes devem ser estabelecidos com 
objetivo de minimizar as perdas (taxa de atrito).
Medidas de associação Fator de risco - Doença
• O objetivo será o de verificar se a taxa de incidência entre os expostos, a/(a+b) é 
maior do que a taxa de incidência entre aqueles não expostos, c/(c+d).
• Se isto for observado, aceita-se a existência de uma associação entre o fator de 
risco investigado e o subsequente desenvolvimento da doença.
Medidas de associação Fator de risco - Doença
• O próximo passo será determinar a “força” desta associação através do 
cálculo do Risco Relativo (RR). 
Responde à questão "quantas vezes mais provável é os indivíduos 
expostos virem a desenvolver a doença em relação aos indivíduos não 
expostos?".
• Um RR = 1 indica não haver associação entre o fator de risco e a
enfermidade; a medida em que o valor do RR aumenta (afasta-se de 1),
aumenta também a “força” desta associação. A magnitude do RR reflete,
portanto, a força da associação fator de risco-doença.
Estudo Coorte para avaliação do uso de medicações
Fornece informações específicas sobre os medicamentos que podem não serem 
obtidas a partir de ensaios clínicos
Pode avaliar os riscos e os benefícios dos medicamentos entre populações que 
tendem a ser excluídas dos ensaios randomizados
Avaliar desfechos clínicos e colaterais indesejados dos medicamentos aprovados 
pela identificação de coortes muito grandes de usuários de medicamentos a 
partir de dados dos sistemas automatizados de farmácias.
Coorte de nascimentos de 1982 em Pelotas
Maior estudo longitudinal epidemiológico realizado no Brasil.
Este tipo de pesquisa que só era realizado em países desenvolvidos, devido à
dificuldade no acompanhamento dos pesquisados e ao alto custo.
O estudo foi realizado em fases, sendo a primeira denominada Estudo
Perinatal que focava apenas nos 5.914 nascidos vivos das mães residiam na
zona urbana da cidade.
Objetivo e Hipótese
O objetivo na época era avaliar a influência que os fatores inerentes ao 
período do nascimento da criança mantinham em relação a sua saúde 
na infância. 
A hipótese central do estudo baseava-se em que a saúde das crianças 
de um país com tantas desigualdades, como o Brasil, deveria apoiar-se 
no entendimento da realidade social.
Sucesso do estudo
Coorte de 1982 tornou-se referência mundial e agregou importantes
pesquisadores de diversas áreas da saúde.
Esse trabalho foi tão bem aceito pela comunidade científica que nos anos
seguintes ao seu início, a Organização Mundial de Saúde e outras organizações
internacionais concederam financiamento para a sua realização.
Métodos
No ano de 1982 fizeram 
entrevistas com as mães 
a respeito de fatores 
biológicos, 
demográficos, 
socioeconômicos e 
assistenciais. 
Os dados do recém-
nascido incluíam sexo, 
idade gestacional, 
morbidade e 
mortalidade perinatal e 
tipo de parto. 
As mães e os bebês 
eram pesados.
Os acompanhamentos 
seguintes foram 
realizados entre 1983 e 
2004-5 através de visitas 
domiciliares, censos e 
identificação no serviço 
de alistamento militar.
Principais
fases do 
estudo
Questões éticas
• Consentimento informado verbal foi obtido nas fases do estudo de 1982-
1986.
• Nas fases recentes, o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade, filiado
ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), aprovou o estudo,
sendo obtido consentimento informado por escrito.
• A confidencialidade foi assegurada em todas as fases do estudo e os
arquivos de computador possuem acesso restrito.
Medidas de qualidade
• A equipe que realizou esse trabalho foi previamente treinada em um
estudo-piloto.
• Medidas de controle de qualidade foram utilizadas, incluindo a calibragem
regular das balanças, a repetição de 5% das entrevistas e medições por um
supervisor de campo, sessões de padronização e entrada duplicada dos
dados.
Variáveis deexposição e 
desfecho
Dados sobre 
período do 
nascimento e do 
primeiro ano de 
vida
Nascimentos
• 5.914 nascidos vivos em
hospitais da cidade.
• 51 % meninos
• 49 % meninas
Peso ao nascer
• Das 5.914 crianças, 534
nasceram com baixo peso.
Crianças com baixo peso ao
nascer têm maior risco de
adoecer e de morrer.
Mãe fumante
• 33% das mães fumaram
durante a gravidez.
Filhos de mães fumantes
tem mais chance de
nascer com menos de 2,5
kg.
Amamentação
• 70% das crianças não
estavam sendo
amamentadas aos seis
meses de idade.
Dados sobre a 
mortalidade
Mortalidade
• 215 óbitos ocorreram no
primeiro ano de vida.
Constatou-se que o maior
risco de morte ocorre até a
criança completar um ano.
• 73 mortes ocorreram entre
dois e 23 anos de idade.
Mortalidade infantil
• A mortalidade infantil foi
três vezes maior entre os
mais pobres do que entre
os mais ricos.
Principais causas de morte
• Infância: diarréia e
doenças respiratórias
• A partir dos 14 anos:
acidentes
Dados sobre a 
fase adulta 
(2004-2005)
Escolaridade
• Apenas 669 ingressaram na
Universidade.
Trabalho
• 65% dos jovens estavam
inseridos no mercado.
Sexualidade
• Jovens com menor
escolaridade e renda
iniciaram a vida sexual mais
cedo.
Filhos
• 32% dos jovens tinham
filhos.
Fumo
• 28% dos homens e 24% das
mulheres eram fumantes.
Herança do fumo
• Filhos de mães fumantes
têm mais chance de serem
também dependentes do
fumo.
Resultado do estudo
• Apesar das perdas da população em estudo, a
pesquisa foi bem-sucedida em conseguir
acompanhar a mais de 75% dos jovens da
coorte, em 23 anos de vida e distintas visitas.
• O estudo contribuiu para o entendimento da
influência de exposições precoces na
determinação das doenças da vida adulta, além
de possibilitar uma avaliação do impacto das
desigualdades sociais sobre a situação de
saúde de uma população.
Curiosidades
• Surgiu mais três coortes de nascimento em
1993, 2004 e 2015.
• Os quatros coortes serviram como base para
obra Epidemiologia da desigualdade: quatro
décadas de coortes de nascimentos.
Referências
Epidemiologia UFPEL. Estudos - Coorte 1982. Disponível em: http://epidemio-
ufpel.org.br/site/content/coorte_1982/index.php. Acesso em: 28 abr. 2020.BARROS, Fernando C.;
VICTORA, Cesar G.;
HORTA, Bernardo L.; GIGANTE, Denise P.. Metodologia do estudo da coorte de nascimentos de 1982
a 2004-5, Pelotas, RS. Saúde Pública, Pelotas, v. 2, n. 42, p. 7-15, out. 2008.

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