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Atividade de patologia

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Atividade
1. Diferencie inflamação aguda de crônica.
R: A inflamação aguda é uma resposta rápida do hospedeiro, que possui como finalidade levar proteínas e células do plasma até o tecido que está sofrendo a injúria.
A inflamação crônica é aquela que tem uma duração prolongada, que pode variar de poucas semanas a vários anos, em que o processo de eliminação do agente agressor, a injúria tecidual e as tentativas de reparo acontecem simultaneamente.
2) Quais são os principais mediadores da inflamação?
R: Histamina e serotonina, derivados do ácido araquidônico, fator ativador de plaquetas, oxido nítrico, citocinas e quimiocinas, IL-1 e a TNF, sistema complemento e sistemas de coagulação e das cininas.
3) Quais os processos de reparação tecidual? Caracterize-os.
· R: Formação do coágulo sanguíneo
O primeiro passo para a cura e cicatrização é a formação do coágulo, por meio da ativação de vias de coagulação. Além de estancar o sangramento, o coágulo funciona como um reservatório para as células em migração, que são atraídas por substâncias ali liberadas, como fatores de crescimento, citocinas e quimiocinas. O coágulo contém fibrina, fibronectina e componentes do complemento. Em feridas maiores, que tiveram grandes perdas de células, o coágulo é maior e há mais exsudato e restos necróticos na região. Dentro de 24 horas, aparecem neutrófilos nas bordas da lesão e migram para o coágulo, usando aquele reservatório produzido pela fibrina. Os neutrófilos serão responsáveis pela remoção dos restos necróticos e bactérias.
· Formação do tecido de granulação
O principal indicador de reparo é a formação do tecido de granulação, que tem início em 3 a 5 dias após a lesão. Ele é caracterizado por: muitos novos vasos sanguíneos decorrentes do processo de angiogênese; numerosas células mononucleares, predominantemente macrófagosM2 e linfócitos; fibroblastos, responsáveis pela síntese dos componentes da nova MEC e, também, pela fibrose; nova MEC, contendo colágeno, glicoproteínas e proteoglicanos. Os vasos neoformados são bastante permeáveis, o que normalmente faz com que esse novo tecido apresente edema em decorrência do extravasamento de líquido e proteínas plasmáticas. Com o passar do tempo, o tecido de granulação começa a invadir o espaço da incisão. Em feridas de cura por segunda intenção a quantidade de tecido de granulação será bem maior, uma vez que ele é diretamente proporcional ao defeito criado no tecido e a intensidade da inflamação. Aangiogênese corresponde a produção de novos capilares. Esse processo pode acontecer de duas formas, a partir do “brotamento” de vasos pré-existentes ou por recrutamento de células progenitoras endoteliais da medula óssea. As células endoteliais são ativadas pelos estímulos da lesão e migram para o local da ferida, estimuladas por fatores de crescimento, como o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF). Os novos “brotos” formam pequenos canais tubulares que, com o tempo, se diferenciam na circulação madura. Esses novos capilares permitem o extravasamento de líquido devido sua alta permeabilidade, o que denota a característica edematosa das lesões.
· Proliferação celular e deposição de colágeno
Por volta de 96 horas após a lesão, os macrófagos já substituíram quase todos os neutrófilos. Como já foi dito na inflamação crônica, os macrófagos são as células centrais do reparo tecidual e atuam removendo os resíduos extracelulares, fibrina e outros materiais estranhos, promovendo a angiogênese e a deposição da MEC. Quimiocinas, como TNF, PDGF, TGF-β e FGF, orientam a migração dos fibroblastos, sua proliferação acontece pela ação de múltiplos fatores de crescimento de citocinas. Estas, produzidas, principalmente, pelos macrófagos, mas que, também, podem ser produzidas por outras células inflamatórias e plaquetas
4) Como ocorre a formação da cicatriz? Quais os fatores influenciadores desse
processo?
R: Com a formação contínua do tecido de granulação no leiro na ferida, a superfície é reepitelizada nas bordas por queratinócitos locais e por células-tronco derivadas de hastes de bulbos dos folículos pilosos e glândulas sudoríparas. Os queratinócitos migram pela superfície e pelas camadas superiores em direção ao centro até que as células se toquem, sinalizando a cobertura da ferida. Com o tempo, o infiltrado de leucócitos, o edema e o aumento da vascularização desaparecem. A ferida começa a empalidecer devido ao acúmulo de colágeno e regressão dos novos vasos sanguíneos; os fatores influenciadores são: Infecção, isquemia, fatores mecânicos, corpos estranhos, tamanho, localização e tipo de ferida, nutrição, metabolismo, tabagismo, circulação e hormônios.
5) Diferencie cicatrização por primeira intenção de por segunda intenção.
R: Aquelas que possuem um reparo mais simples, em que a incisão provoca morte de pequena quantidade de células epiteliais e do tecido conjuntivo. São normalmente feridas limpas, não infectadas e sofrerão o tipo de cicatrização denominado de cura por união primária ou por primeira intenção;
 E feridas grandes, em que acontece perda excessiva de células e tecidos que criam grandes defeitos na superfície da pele, as quais sofrerão uma cicatrização denominada de cura por união secundária ou segunda intenção.
6) O que é fibrose?
R: A fibrose é definida, segundo Brasileiro Filho (2014, p. 127), como “condições em que há aumento do estroma conjuntivo de um órgão decorrente de: (a) cicatrização de lesão prévia; (b) processo reacional em que a produção de MEC não está relacionada com o processo reparativo”. Nos locais onde acontece a fibrose, muitas vezes podem ser observados problemas funcionais. Em relação aos tipos de lesão que levam a fibrose, aquelas que se originam de processos cicatriciais por lesões traumáticas ou inflamatórias são bastante frequentes, porém se restringem à região atingida pela inflamação. Fibroses por lesões sistematizadas, tendem a ser difusas e comprometer grande parte ou o órgão todo. Especialmente nesses casos, o órgão pode sofrer modificações drásticas de sua arquitetura, o que leva alterações funcionais. Durante muito tempo a fibrose foi considerada algo irreversível, porém ela pode involuir ou até mesmo desaparecer caso o estímulo responsável pelo aparecimento da fibrose deixe de existir. A involução depende de fatores fibrolíticos, caso o estímulo desapareça, metaloproteases podem iniciar a completa degradação da matriz.

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