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Funções da linguagem

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Funções da linguagem 
GRAMÁTICA 
As funções da linguagem estão relacionados com os estudos da 
linguagem e da comunicação. Alguns estudiosos apontam a 
existência de, pelo menos, seis funções da Linguagem, cada uma 
ligada a um diferente elemento da comunicação. Entender essas 
manifestações ajuda a interpretar textos com mais eficiência e a 
compreender como os atos comunicativos organizam-se, podendo 
gerar mais eficácia no momento de se falar ou de se escrever. 
Saiba também: Cinco dicas para melhorar sua interpretação de 
texto 
Funções de linguagem na comunicação 
Roman Jakobson, linguista russo, foi um dos grandes teóricos que 
apresentaram ao mundo estudos referentes às funções da 
linguagem na comunicação. Contudo, independentemente dos 
resultados das pesquisas acadêmicas, podemos dizer que perceber 
os atos comunicativos e o uso da linguagem não depende de nos 
apropriarmos de teorias ou axiomas, basta que olhemos ao nosso 
redor. 
 A intenção do ato comunicativo define a linguagem a ser utilizada. 
Comunicamo-nos do momento em que acordamos até a hora de 
voltarmos a dormir, seja por meio da linguagem verbal (escrita, 
falada), seja por meio da linguagem não verbal. Para cada 
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/elementos-presentes-no-ato-comunicacao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-interpretacao-textual.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/cinco-dicas-para-melhorar-sua-interpretacao-texto.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/cinco-dicas-para-melhorar-sua-interpretacao-texto.htm
interação, de forma consciente ou intuitiva, estamos submetidos a 
um esquema mínimo que nos permite elaborar e compreender 
mensagens, conforme demonstrado a seguir. 
 
Importante lembrar que, embora seja possível, na maioria das 
vezes, identificarmos a função predominante, podemos perceber 
que as seis funções da linguagem podem perpassar os textos, uma 
vez que todos os elementos estão presentes na comunicação. 
Leia também: Diferença entre língua e linguagem 
→ Função referencial ou denotativa 
A função referencial ou denotativa é a função da informação. 
Presente em textos como artigos científicos, textos didáticos, 
folhetos, manuais e textos enciclopédicos, enfatiza o referente, ou 
seja, o assunto ou contexto em que aquele determinado texto está 
inserido. Em sua estrutura, predominam o discurso na ordem 
direta e o foco na terceira pessoa com a utilização da objetividade. 
Um gênero textual bastante representativo dessa função é 
a notícia, cuja intenção é a de informar os leitores sobre fatos 
relevantes e recentes, e que, na maioria das vezes, constrói-se 
desprovida de opiniões ou sequências linguísticas que 
https://brasilescola.uol.com.br/portugues/diferenca-entre-lingua-linguagem.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/generos-textuais.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-jornal-noticia.htm
pretendam levar ao convencimento. Se quiser saber mais sobre 
esse tema, acesse: Função referencial ou denotativa. 
• Exemplo 
Com programação especial, Feira do Estudante começa nesta segunda em Praia Grande 
Confira tudo que acontecerá no Pavilhão de Eventos Jair Rodrigues até a próxima quarta-feira (25). 
Por Mariana Nadaleto, G1 Santos 
Começa nesta segunda-feira (23) a 4ª edição da Feira do Estudante, organizada pela Prefeitura de Praia 
Grande, que oferecerá palestras, workshops, oficinas, atrações especiais, sorteios, parque de diversões e 
um show do Projota para o público jovem. O evento acontece até quarta-feira (25), no Pavilhão de Eventos 
Jair Rodrigues, e a entrada é gratuita (exceto para o show de encerramento). 
Mais de 20 unidades de ensino, entre elas universidades, cursos de idiomas e cursos técnicos, já 
confirmaram presença na Feira, e oferecerão palestras e stands. Além disso, também foram organizadas 
atividades especiais, como o Espaço Urbano, Espaço Cultural e o Lounge Fals, com programação para os 
três dias de evento. 
O objetivo da organização da Feira do Estudante, que faz parte do Festival da Juventude de Praia Grande, 
é dar oportunidade para que os jovens conheçam as universidades e os diversos cursos de idioma e 
técnicos oferecidos na região, e assim, possam escolher com mais clareza o que desejam seguir 
profissionalmente. 
O Pavilhão de Eventos Jair Rodrigues fica localizado dentro do Espaço Alvorada, na Avenida Ministro 
Marcos Freire, altura do nº 6.420, Bairro Quietude, próximo ao Viaduto Paschoalino Borelli da Via 
Expressa Sul. 
→ Função emotiva ou expressiva 
Diferentemente da função referencial ou denotativa, que preza pela 
objetividade, a principal particularidade da função emotiva ou 
expressiva é o caráter subjetivo, ou seja, a linguagem cumprindo 
a função de emitir opiniões, emoções, desejos, sentimentos, 
expressões individuais. 
Estruturada com sequências na primeira pessoa do discurso, tem 
como representantes os artigos de opinião, diários, cartas 
pessoais e poemas líricos, por exemplo. Assim, o ponto de vista de 
quem fala/escreve é essencial no trabalho com a linguagem. Se 
quiser saber mais sobre esse tema, acesse: Função emotiva ou 
expressiva. 
• Exemplos 
Mãos Dadas 
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/funcao-referencial-ou-denotativa.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/artigo-opiniao.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-pessoal.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-pessoal.htm
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-poema-caracteristicas-especificas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/funcao-emotiva-ou-expressiva.htm
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/funcao-emotiva-ou-expressiva.htm
Não serei o poeta de um mundo caduco 
Também não cantarei o mundo futuro 
Estou preso à vida e olho meus companheiros 
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças 
Entre eles, considero a enorme realidade 
O presente é tão grande, não nos afastemos 
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas 
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história 
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela 
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida 
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins 
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes 
A vida presente 
Carlos Drummond de Andrade 
Violência obstétrica, uma forma de desumanização das mulheres 
A expressão 'violência obstétrica' ofende médicos. Dizem não existir o fenômeno, mas casos isolados de 
imperícia ou negligência médicas. O que aconteceu com a brasileira Adelir Gomes, grávida e forçada pela 
equipe de saúde a realizar uma cesárea contra sua vontade, dizem ser um caso extremo, escandalizado 
pelas feministas como de violência obstétrica. Não é verdade. A violência obstétrica manifesta-se de 
várias formas no ciclo de vida reprodutiva das mulheres. Em cada mulher insultada verbalmente porque 
sente dor no momento do parto ou quando não lhe oferecem analgesia. Na violência sexual sofrida em 
atendimento pré-natal ou em clínicas de reprodução assistida. No uso de fórceps, na proibição de doulas 
ou pessoas de confiança na sala de parto. Na cesárea como indicação médica para o parto seguro. A 
verdade é que a violência obstétrica é uma forma de desumanização das mulheres. 
Jornal El País Brasil, 20 de março de 2019. 
 
Leia também: Linguagem literária – conheça suas especificidades 
→ Função poética 
Embora tenha como nome função poética, essa função da 
linguagem não é exclusiva dos poemas. Quando a intenção 
discursiva é a de construir uma mensagem que valoriza o tipo 
em sua elaboração, vemos a manifestação desse tipo de função. 
Assim, a presença de figuras de linguagem, seja em textos 
poéticos, seja em textos em prosa, bem como diferentes escolhas 
vocabulares, ou mesmo a própria estruturação textual em versos 
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/linguagem-literaria.htm
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/figuras-linguagem.htm
com a presença de rimas demonstram a intencionalidadedo 
trabalho com a mensagem. 
• Exemplos 
 
Millôr Fernandes 
→ Função fática ou de contato 
Centrada no canal ou veículo de comunicação, a função fática ou 
de contato é aquela em que a intencionalidade está na manutenção 
do ato comunicativo, ou seja, quando o emissor (locutor) busca 
estratégias para manter a interação com o receptor (interlocutor). 
Quem nunca entrou em um elevador e “jogou conversa fora” sobre 
como está o clima? Mesmo nos mais despretensiosos momentos 
de fala, as funções da linguagem estão presentes. Ao desejar “Bom 
dia!”, ou mesmo quando o professor, em sala de aula, pergunta 
“Entendeu?”, percebemos o desejo de que a comunicação siga seu 
curso. Do “alô” ao “tchau”, do “bom dia” a “boa noite”, vemos que o 
ser humano é realmente o ser que fala e que nossos laços sociais 
fortalecem-se diante da necessidade de nos comunicarmos. 
• Exemplo 
Comunicação 
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber 
comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para 
comprar um... um... como é mesmo o nome? 
"Posso ajudá-lo, cavalheiro?" 
"Pode. Eu quero um daqueles, daqueles..." 
"Pois não?" 
"Um... como é mesmo o nome?" 
"Sim?" 
"Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por 
completo. É uma coisa simples, conhecidíssima." 
"Sim senhor." 
"O senhor vai dar risada quando souber." 
"Sim senhor." 
"Olha, é pontuda, certo?" 
"O quê, cavalheiro?" 
[...] 
"Chame o gerente." 
"Não será preciso, cavalheiro. Tenho certeza de que chegaremos a 
um acordo. Essa coisa que o senhor quer, é feito do quê?" 
"É de, sei lá. De metal." 
"Muito bem. De metal. Ela se move?" 
"Bem... É mais ou menos assim. Presta atenção nas minhas mãos. É 
assim, assim, dobra aqui e encaixa na ponta, assim." 
"Tem mais de uma peça? Já vem montado?" 
"É inteiriço. Tenho quase certeza de que é inteiriço." 
"Francamente..." 
"Mas é simples! Uma coisa simples. Olha: assim, assim, uma volta 
aqui, vem vindo, vem vindo, outra volta e clique, encaixa." 
"Ah, tem clique. É elétrico." 
"Não! Clique, que eu digo, é o barulho de encaixar." 
"Já sei!" 
"Ótimo!" 
"O senhor quer uma antena externa de televisão." 
"Não! Escuta aqui. Vamos tentar de novo..." 
"Tentemos por outro lado. Para o que serve?" 
"Serve assim para prender. Entende? Uma coisa pontuda que 
prende. Você enfia a ponta pontuda por aqui, encaixa a ponta no 
sulco e prende as duas partes de uma coisa." 
"Certo. Esses instrumentos que o senhor procura funciona mais ou 
menos como um gigantesco alfinete de segurança e..." 
"Mas é isso! É isso! Um alfinete de segurança!" 
"Mas do jeito que o senhor descrevia parecia uma coisa enorme, 
cavalheiro!" 
"É que eu sou meio expansivo. Me vê aí um... um... Como é mesmo 
o nome?" 
 
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comunicação. In: PARA gostar de ler, 
v.7. 3.ed. São Paulo: Ática, 1982. p. 35-37. 
→ Função conativa ou apelativa 
A função conativa ou apelativa é aquela em que a ênfase está no 
emissor (interlocutor). Com a intencionalidade de persuadir, 
convencer, vemos, estruturalmente, a presença de verbos no 
modo imperativo, os quais têm intenção de indicar a forma como 
o outro deve agir. 
Podemos verificar a ocorrência desse tipo de função em textos de 
caráter publicitário, discursos políticos e religiosos, e também 
em cartas argumentativas. Assim, quando o emissor (locutor) 
tenta influenciar o receptor (interlocutor), certamente estamos 
diante da função conativa ou apelativa. 
• Exemplos 
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/formacao-modo-imperativo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-argumentativa.htm
30º Anuário. São Paulo: 
Clube de criação de São Paulo, 2005. p. 97. 
“Meu amigo, minha amiga, se você ainda não encontrou a raiz do mal que lhe tem trazido prejuízos por 
muitos anos, participe da campanha “Corte a Raiz”, que lhe ajudará a descobrir e arrancá-la de uma vez 
por todas.” 
“Mas, que fique bem claro, ninguém é obrigado a nada [...] nem mesmo a fazer a Fogueira Santa. A Fogueira 
Santa é uma atitude exclusivamente pessoal. Não faça sacrifício por que estamos falando, mas faça pela 
sua fé! Se você não foi tocado, não ouviu a Voz da fé, do Espírito Santo, não participe! Porque se você 
manifesta qualquer dúvida, mesmo um fio de dúvida, não é para ti esse propósito de revolta”. 
→ Função metalinguística 
A função metalinguística é a função da explicação. Geralmente, 
ouvimos dizer que a função metalinguística é aquela em que o 
código explica o próprio código, ou seja, a linguagem explica a 
própria linguagem, e então teríamos o dicionário como o principal 
representante dessa função. 
No entanto, podemos dizer que toda forma de explicação, com 
expressões como “ou seja”, “sendo assim”, “por exemplo”, 
introduzem a manifestação dessa função da linguagem. Música que 
fala ou explica como se fazer música, poemas que tratam do fazer 
poético, além de filmes que revelam como se fazer cinema marcam 
a metalinguagem. 
• Exemplos 
Significado de Código 
Substantivo masculino 
Coleção de leis: Código Penal. Coleção de regras e preceitos. 
Sistema de símbolos que permite a representação de uma 
informação: código Morse. Conjunto de regras que permite a 
transposição de sistemas de símbolos sem alterar o significado da 
informação transmitida. 
Linguística: Conjunto de todos os elementos linguísticos vigentes 
numa comunidade e postos à disposição dos indivíduos para servir-
lhes de meios de comunicação; língua. 
(Fonte: Dicio.com) 
Chega mais perto e contempla as palavras. 
Cada uma 
tem mil faces secretas sob a face neutra 
e te pergunta, sem interesse pela resposta, 
pobre ou terrível, que lhe deres: 
Trouxeste a chave? [...] 
(Trecho do poema Procura da poesia, de Carlos Drummond de 
Andrade) 
Exercícios resolvidos 
1. Leia este trecho do romance Divã, de Martha Medeiros: 
Sou eu que começo? Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me 
sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre 
crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer 
haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto 
esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas 
segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de 
boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. 
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que 
sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu 
hermafroditismo cerebral. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-
rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me 
considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro 
desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague 
meu dia. Vida doméstica é para os gatos. Nossa, pareço uma 
metralhadora disparando informações como se estivesse 
preenchendo um cadastro para arranjar marido. Ponha na conta da 
ansiedade. A propósito, tenho marido e tenho três filhos. [...] Tenho 
um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na 
minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi 
gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um 
que me convide para um chope. [...] Sou tantas que mal consigo me 
distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela 
comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou 
promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, e alguns 
homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo. 
Identifique a(s) função(ões) da linguagem predominante(s) no 
texto acima, considerando a intencionalidade do ato comunicativo: 
1. Função metalinguística e função conativa 
2. Função emotiva e função fática 
3. Função fática e função referencial 
4. Função emotiva e função metalinguística 
Solução 
No texto acima, podemos verificar a função emotiva ou expressiva 
da linguagem manifestando-se, uma vez que os verbos e pronomes 
estão flexionados na primeira pessoa do singular, indicandoo 
caráter subjetivo do discurso. A narradora-personagem fala sobre 
si mesma, apresentando, também, suas opiniões sobre os universos 
feminino e masculino. 
A função fática também se manifesta a partir do momento em que 
a narradora mantém o contato com seu interlocutor, chamando-o e 
utilizando-se de vocativos como marcadores desse diálogo. 
Letra b. 
2. Identifique, conforme a legenda, a definição de cada uma das 
funções da linguagem. 
1. Emotiva ou expressiva 
2. Apelativa ou conativa 
3. Referencial ou denotativa 
4. Fática ou de contato 
5. Metalinguística 
6. Poética 
( ) Centrada no emissor, tem como intencionalidade exprimir 
emoções, sentimentos e opiniões subjetivas. 
( ) Tem como intenção o trabalho com a mensagem, podendo, 
inclusive, contribuir com a construção estética do texto. 
( ) Ênfase no interlocutor com o objetivo de persuadi-lo. 
( ) Tem como característica a tentativa de se manter o ato 
comunicativo em curso. 
( ) É o código explicando o próprio código, ou seja, a língua 
explicando a própria língua. 
( ) Com objetividade, a intenção é informar. Predominam 
sequências discursivas em terceira pessoa. 
Solução 
1-6-2-4-5-3 
 
Por Sara de Castro 
Professora de Redação

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