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6 - Perda Auditiva Neurossensorial (Surdez Subita, Presbiacusia e PAIR)

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Perda Auditiva Neurossensorial - 1 
Surdez Súbita 
_____________________________________________________ 
Definição 
- A surdez súbita é uma perda auditiva neurossensorial, ou seja:
• Há doença na cóclea, e não no sistema de condução 
• Na audiometria, tanto o limiar da via área quanto o limiar da via óssea estão alterados (as 
marcações da via aérea e óssea se sobrepõem)
• A timpanometria mostra uma curva A, ou seja, membrana preservada 
- Possui graus variados de acometimento e instalação súbita (minutos, horas ou poucos dias)
- Geralmente unilateral
- É comum o paciente referir que foi dormir e acordou com surdez 
- Difícil diagnosticar a etiologia, o que dificulta também o tratamento
_____________________________________________________ 
Apresentação Clínica 
- Zumbidos podem estar presentes em 70% dos casos
- Vertigem pode estar presentes em 30% dos casos
- O exame físico é normal (orelha média e tímpano não são afetados) 
- A audiometria e timpanometria confirmam o diagnóstico de perda neurossensorial:
• Perda de 30dB ou mais em 3 frequências consecutivas e instalação em até 3 dias (“regra 
do 3”)
_____________________________________________________ 
Causas 
- Normalmente a surdez súbita é manifestação secundária de alguma outra desordem 
- Por isso, a investigação envolve:
• Hemograma, perfil lipidico, glicemia, potássio, sódio, ureia, creatinina, TSH, T4 livre, HIV, 
VDRL
• Posteriormente, pesquisas de doenças autoimunes e ressonância magnética
- No entanto, comumente a causa não é encontrada, sendo a surdez súbita classificada como 
idiopática
_____________________________________________________ 
Tratamento 
- Corticóide:
• Funciona em 40 a 60% dos casos
• Na maioria dos paciente é via oral
• No entanto, pacientes com complicações sistêmicas podem utilizar corticoide tópico na 
orelha média (em que se necessita fazer um furo na membrana)
- Acompanhamento semanal de audiometria 
Perda Auditiva Neurossensorial - 2 
_____________________________________________________ 
Relembrando 
- Perda auditiva neurossensorial, ou seja:
• Há doença na cóclea, e não no sistema de condução 
• Na audiometria, tanto o limiar da via área quanto o limiar da via óssea estão alterados (as 
marcações da via aérea e óssea se sobrepõem)
• A timpanometria mostra uma curva A, ou seja, membrana preservada (comprovando que 
não é uma perda auditiva condutiva) 
_____________________________________________________ 
Presbiacusia 
- É a perda da capacidade de perceber ou definir os sons, como processo do envelhecimento 
- Qual a importância da presbiacusia? 
• Em 2030, 20% da população terá mais de 65 anos
• Presbiacusia é a causa mais comum de deficiência auditiva no adulto e estima-se que ela 
afete 31% das pessoas entre 60 e 69 anos
- Fisiopatologia:
• Teoria do Relógio Biológico Orgânico:
• Segundo essa teoria, com aumento da idade há aumento da formação de radicais 
livres, por um desequilíbrio entre fatores protetores e fatores de produção desses 
radicais
• Esses radicais geram uma alteração da função mitocondrial, afetando o 
funcionamento a nível celular 
• Como exemplo, essa mesma teoria explica a perda de colágeno da pele e o 
aparecimento de cabelos brancos com o envelhecimento
• Alterações Histológicas:
• Atrofia do órgão de Corti (órgão efetivo da audição)
• Degeneração no nervo auditivo
• Degeneração da porção espiral do gânglio
• Colapso do ducto coclear 
• Degeneração das células ciliadas 
- Apresentação Clínica:
• Perda Auditiva neurossensorial, simétrica, bilateral, de instalação insidiosa
• Geralmente pior em frequências agudas
• Pode haver alteração na discriminação, com dificuldade de entender as palavras, falas, 
conversas, combinação de tons, etc
• Há uma queda no gráfico da audiometria 
- Tratamento:
• Não existe tratamento farmacológico
• O principal tratamento efetivo é a Reabilitação com Aparelho de Amplificação Sonora 
Individual (AASI)
• Esses aparelhos funcionam como um “autofalante” dentro do ouvido
• Com a amplificação do som há maior estimulação das células ciliadas 
_____________________________________________________ 
Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) 
- Perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) é uma perda auditiva do tipo neurossensorial, 
relacionada à exposição ocupacional ou recreacional ao ruído
- Apresentação Clínica:
• Perda neurossensorial, simétrica, bilateral, de progressão lenta e irreversível
• Interrompida a exposição, cessa a sua progressão
• Manifestação inicial em 4, 6 e 3 KHz; Progressivamente para 8, 2, 1, 0.5, 0.25 KHz
• A perda auditiva é influenciada pelos seguintes fatores:
• Características físicas do ruído (tipo, espectro, intensidade)
• Tempo de exposição
• Suscetibilidade individual
- Níveis sonoros seguros para a exposição (segundo Tratado de ORL):
• A intensidade sonora é baseado em logaritmo 
• Por isso, sua progressão não é proporcional (pequenos aumentos de níveis sonoros 
acarretam em grandes diminuições da duração diária máxima permitida)
• Além disso, como a intensidade sonora é um logaritmo, ela virtualmente não tem fim
• Por isso, sob o ponto de vista médico e matemático, é incorreto referir-se a uma 
“porcentagem de perda sonora” (uma vez que não existe “100% da audição”)
- Avaliação da PAIR:
• Audiometria tonal inicial ou admissional com exames de controle periódicos – conforme a 
norma NR-7
• Condições técnicas adequadas (isolamento acústico) e com repouso auditivo prévio de 12 
horas
- Conduta:
• Não há tratamento
• Deve-se realizar controle dos níveis de ruído ambiental e industrial – PCA (Programa de 
Conservação Auditiva)
• Uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual)

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