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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TRANSPORTES Curso: Engenharia de Transportes DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL I – PROF.: LUÍS POVEDA NOME(S): William Servino de Jesus. Data: 11/12/2021 PRÁTICA 04 – DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DE UMA HASTE Introdução: Todo objeto submetido a uma força de tração ou compressão deforma- se. Cessando a atuação da força, a tendência é que o corpo recupere sua forma e dimensões originais, desde que a força aplicada não seja superior aos limites do coeficiente elástico definido para os diversos materiais. Diz-se que o material permanece no regime elástico quando a deformação é pequena, retornando a sua forma original quando cessa a ação da força que gerou a alteração. Entretanto, quando o material adquire uma deformação permanente em virtude da força de distensão ou compressão, caracteriza o regime plástico. Objetivo: Determinar, experimentalmente, a deformação elástica de uma haste metálica no regime elástico. Teoria: Dentro do limite elástico, há uma relação linear entre a força aplicada e a deformação. Considere, pois, uma haste presa por uma das suas extremidades, conforme figura abaixo. Uma força vertical aplicada na extremidade livre da haste provocará uma flexão no objeto em questão. Quanto maior for a força aplicada, maior será a flexão da haste que dependerá também do material e de sua forma geométrica. Dentro do limite elástico temos que: F= Kf y Em que F é o módulo da força aplicada, y a variação da flexão e Kf é a constante de flexão. Figura 01 - Deformação de flexão y de uma haste proporcional a força F aplicada. A constante elástica Kf é propriedade da haste e depende exclusivamente do material de que é feita e de suas dimensões (comprimento x, largura l e espessura e). A tendência é que objetos mais espessos sofram menor deflexão. Em contrapartida, quanto mais cumprida seja a haste, ao sofrer a ação da força na extremidade livre, mais flexível será. Por outro lado, o módulo de Young para Flexão E é uma propriedade intrínseca do material de que a haste é feita. Portanto, essas duas grandezas (constante elástica Kf e módulo de Young) estão correlacionadas, originando a seguinte fórmula: Propriedades Elásticas de Alguns Materiais Figura 02 – Propriedade Elástica de Alguns Materiais Fonte: Hesnick& Halliday – Volume 09 Materiais ou Equipamentos Utilizados: Haste metálica, prendedor, Dispositivo de medição com régua milimétrica com escala precisa, paquímetro com precisão +- 0,05mm, corpos com massa conhecidas (10g, 20g, 30g, 40g e 50g), régua milimétrica. Procedimentos: Consiste em aplicar várias forças verticais na extremidade livre de uma haste fixa, pendurando corpos com massas conhecidas, de forma a produzir forças F distintas. Para cada corpo pendurado é medido a flexão y em milímetros, registrando em uma tabela ou planilha apropriada os dados do experimento (massa e flexão alcançada) para cada força aplicada. Posteriormente, há de se medir as dimensões x (comprimento) l (largura), e (espessura) da haste, e calcular o valor da E (Módulo da Flexão de Young) com sua respectiva incerteza. O valor de x é a parte da haste que sofre a deformação, ignorando, portanto, a parte fixada ao suporte. Ao obter pares de valores de F e y em número suficiente, experimentalmente, podemos realizar uma regressão linear com a utilização do programa SciDavis e observar que existe uma relação linear: F = A + By. Resultados: Dados do Experimento com um arranjo de duas molas em paralelo: ∆y(𝒎𝒎) ∆y(𝒎) Massa (grama) Massa (Kg) Força = Peso (m x g) K (N/m) 7 0,007 10 0,01 0,0976 13,9428 16 0,016 20 0,02 0,1952 12,2000 22 0,022 30 0,03 0,2928 13,3090 28 0,028 40 0,04 0,3904 13,9428 34 0,034 50 0,05 0,4880 14,3529 MÉDIA 13,5495 Gráfico 01 Utilizando da regressão linear, mediante o uso do sistema SciDavis, os dados apresentados (Força e Flexão) resultou em um coeficiente angular A = 14,67 +/- 0,77 e este é o valor do coeficiente de deformação elástica Kf da haste. As dimensões x, l, e foram medidas com um paquímetro com precisão de +/- 0,05 e podem ser visualizadas na tabela abaixo: x l e Figura 03 – Representação da haste. Dimensões da Haste Dimensão x(𝒎𝒎) x(𝒎) e(𝒎𝒎) e(𝒎) l(𝒎𝒎) l(𝒎) 201,00 0,201 0,75 0,00075 12,50 0,0125 Precisão +/- 1,00 - +/- 0,05 - +/- 0,05 - Com base nos valores alcançados, podemos calcular o valor de E, utilizando a fórmula: Onde: E = l x 3 e 3 k4 E = (4 * 14,6666666666667 * 0,201^3) / ((0,0125 * (0,00075^3)) = 9,034118485 x 1010 N/m 2 E = 90,34 x 109 N/m 2 Em virtude das incertezas dos instrumentos de medição, a propagação do erro no módulo de flexão de Young calculado resultou em valor de ∆E = +/- 18,68 x 109. A memória de cálculo segue em anexo. Conclusão: Os resultados evidenciaram que, à medida que se aumenta o peso (a força F), a haste sofre uma flexão proporcional à força aplicada. O experimento nos permite comprovar a relação entre a lei de Hook no qual F= Kf x y e a fórmula do módulo de Young. O experimento nos permite identificar características dos materiais utilizados nos processos produtivos na engenharia. Foi observado que o experimento não extrapolou os limites da constante elástica da haste. Quando as forças deixaram de ser aplicadas, a haste retornou à sua condição inicial e sem deformações. Referências Bibliográficas: HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, c2009 vol 4. ANEXO – MEMÓRIA DE CÁLCULO - PROPAGAÇÃO DO ERRO NO MÓDULO DE FLEXÃO E:
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