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Bioquímica veterinária - 23° Aula Ana Thereza Braz Alencar - 1572285 08/12/2002 Metabolismo de Lipídeos em ruminantes No metabolismo, tanto o número como a colocação das duplas ligações (C=C) são importantes, pois o grau de insaturação exerce um efeito marcante no modo em que é feita a digestão pelos animais e, no caso dos ruminantes, isso vai interferir ou não com a fermentação de carboidratos no rúmen. Função do lipídeo ● Oxidação de ácidos graxos em CO 2 como uma importante fonte de energia metabólica. ● Componentes necessários (mais notadamente os fosfolipídeos) de membranas celulares. ● Atuações diversas no organismo, na forma de vitaminas lipossolúveis e hormônios esteróides. O metabolismo das gorduras é da maior importância no campo da nutrição animal, tanto pelas funções vitais desempenhadas por ácidos graxos específicos como também pela extensa formação de gordura que ocorre no organismo para a engorda, secreção do leite, além de outras funções fisiológicas. A adição de lipídeos à ração apresenta as seguintes vantagens: (1) Fornece 2,25 vezes mais energia; (2) Melhora a forma física da ração; (3) Melhora a utilização da energia (reduz a produção de metano); (4) Serve como veículo de vitaminas e compostos lipossolúveis; (5) Fonte de ácidos graxos essenciais advindos da dieta (ácido linoléico e ácido linolênico). Estes ácidos graxos insaturados não são sintetizados pelos tecidos de animais superiores, portanto, são obtidos somente de fontes dietéticas. Distribuição dos lipídeos no rúmen Em geral, a fração lipídica microbiana está entre 10 e 20% do total de lipídeos da digesta, havendo geralmente predominância de lipídeos nos protozoários, os quais podem ser três vezes mais ricos em lipídeos. O restante dos lipídeos da digesta está ligado a partículas alimentares ou em células livres no líquido ruminal. Digestão e absorção de lipídeos As bactérias ruminais sintetizam os ácidos graxos de suas membranas a partir de carboidratos. A incorporação e/ou utilização de ácidos graxos da dieta pelas bactérias é nula ou insignificante. Desse modo, geralmente a quantidade de lipídeos que chega ao duodeno é maior que a quantidade ingerida pelos animais. Os lipídeos que chegam ao intestino delgado representam a soma daqueles do alimento mais os de origem microbiana. A adsorção é favorecida no abomaso e na porção inicial do duodeno devido ao pH baixo, condições em que os ácidos graxos encontram-se predominantemente protonados. Após a absorção, dentro da mucosa intestinal, os ácidos graxos e os monoacilgliceróis se esterificam para formar triacilgliceróis e se combinam com colesterol, fosfolipídeos e proteínas para formar os quilomícrons, lipoproteínas que constituem a forma de transporte dos lipídeos no sistema linfático que desemboca na circulação geral via duto torácico.
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