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Distúrbios Circulatórios

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Gleyson de Souza Lima 
Odontologia – 2019.2 
 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DA CIRCULAÇÃO 
 A saúde das células e dos tecidos 
depende da circulação do sangue, que libera 
oxigênio e nutrientes, removendo os resíduos 
gerados pelo metabolismo celular, assim 
como do sistema linfático. 
VASOS SANGUÍNEOS 
 Vasos Sanguíneos = vão transportar o 
sangue por todo o corpo, garantindo a 
nutrição e oxigenação dos tecidos. 
SISTEMA LINFÁTICO 
 Sistema Linfático = é um arranjo 
complexo de vasos e capilares linfáticos que 
vão drenar a linfa proveniente dos vasos 
sanguíneos em que estão ocorrendo à 
perfusão sanguínea com o tecido; 
 O sistema linfático começa nas 
extremidades do corpo, nos vasos que 
irrigam os tecidos e, gradualmente, 
desembocam em linfonodos e posteriormente 
nos órgãos linfoides primários. 
OBS: Durante a perfusão nos capilares, é 
natural que uma porção do plasma extravase 
pela estrutura do capilar, permitindo que os 
capilares linfáticos drenem essa linfa. 
 Esse sistema tem duas importantes 
funções, ele atua no sistema imune e auxilia 
na regulação de líquidos no corpo/tecido, 
pois ele remove o líquido em excesso na 
matriz intersticial. 
OBS2: Caso o excesso de líquido que 
extravasou dos capilares no interstício não 
seja drenado pelo sistema linfático, este 
líquido irá se acumular e gerar o primeiro dos 
distúrbios circulatórios, o Edema. 
 
 
 
PRESSÃO INTRALUMINAL 
 É a força situada no interior de um vaso; 
 É regulada, principalmente, por 
mecanorreceptores; 
 Quando se torna excessiva, o plasma 
tende a extravasar. 
FLUXO SANGUÍNEO 
 O sangue flui dentro dos vasos em um 
formato helicoidal, sendo que o conteúdo que 
circula na periferia do vaso (próximo ao 
endotélio) é diferente do conteúdo que migra 
na região central do vaso; 
 Essa diferença dos conteúdos é 
necessária para diminuir a chamada Força 
de Cisalhamento, dentro dos vasos. 
OBS: Força de Cisalhamento é a força que 
as células que migram dentro dos vasos 
sanguíneos podem exercer no endotélio 
vascular, como se fosse uma força de atrito 
entre célula-endotélio. 
 Essa diferença no conteúdo na parte 
central e periférica do vaso é chamada de 
Fluxo Laminar, sendo que na periferia há o 
fluxo de plasma e na região central há a 
migração das células; 
 Isso reduz a força de cisalhamento. 
Figura 1 – Fluxo Laminar (Letra B) 
 
Fonte: https://bit.ly/33O5sAB 
Distúrbios Circulatórios 
https://bit.ly/33O5sAB
Gleyson de Souza Lima 
Odontologia – 2019.2 
EDEMA 
 Consiste no aumento anormal de líquido 
intersticial nos tecidos, ou seja, quando 
ocorre extravasamento maior que o normal 
de plasma pelos capilares sanguíneos; 
 Existem situações que favorecem a saída 
apenas do plasma, outras do plasma junto 
com proteínas e outras do plasma em 
conjunto com células de defesa; 
 O edema é, portanto, um inchaço (amento 
do volume tecidual) na região a qual ocorreu 
o extravasamento e acúmulo anormal desse 
plasma, junto ou não a outros componentes 
(proteínas e células imunes). 
OBS: Em processos inflamatórios é normal 
que o plasma extravase mais que o normal, 
pois o endotélio dos capilares se expande 
mais para liberar células de defesa no local 
da inflamação do tecido, além de proteínas 
plasmáticas, como componentes do sistema 
complemento, causando o edema 
inflamatório; 
 Então, no edema inflamatório, haverá 
o extravasamento do plasma e células 
imunes, diferentemente do que ocorre 
em outros edemas, onde não há 
extravasamento de células imunes. 
- Exsudato = quando extravasa muitas 
proteínas plasmáticas e células imunes; 
- Transudato = quando extravasa o líquido 
na matriz, este será pobre em proteínas 
plasmáticas e sem células de defesa. 
OBS: Os mecanorreceptores são ativados 
quando há variação na pressão interna do 
vaso, ativando mecanismos na parede do 
vaso que permitem o extravasamento. 
 O edema ocorre normalmente nos tecidos, 
sendo um edema localizado, no entanto, o 
acúmulo de líquidos pode acontecer dentro 
de cavidades, como: 
a) Tórax = hidrotórax; 
b) Pericárdio = hidropericárdio; 
c) Peritôneo = hidroperitôneo; 
d) Edema Generalizado = anasarca (em 
casos e choque anafilático e 
septicemia). 
CATEGORIAS FISIOPATOLÓGICAS DOS 
EDEMAS 
- Aumento da Pressão Hidrostática (arterial): 
 Pessoas que possuem pressão arterial 
elevada têm maiores chances de apresentar 
edema, pois há uma saída de plasma de 
dentro do vaso para reduzir a pressão. 
- Redução da Pressão Osmótica Plasmática: 
 Ocorre quando há o desbalanço 
nutricional, resultando em uma menor 
quantidade de proteínas no plasma 
sanguíneo, o que acarreta em uma saída do 
plasma para os tecidos na tentativa de 
compensar essa diminuição de proteínas. 
- Obstrução Linfática: 
 Os vasos linfáticos não conseguem 
drenar o excesso de líquido intersticial. 
- Retenção de Sódio: 
 Quando uma pessoa ingere muito sódio, 
este se acumula nos tecidos, fazendo com 
que o plasma extravase para o tecido como 
forma de diluir o sódio em excesso no tecido. 
- Inflamação: 
 Recrutamento de células imunes e 
proteínas do sistema complemento. 
OBS: Em gestantes podem ocorrer edema 
nos membros inferiores mesmo que elas não 
desenvolvam algumas das características 
anteriores, pois o feto exerce uma pressão 
sob os linfonodos, obstruindo os vasos 
linfáticos da região, comprometendo a 
drenagem do líquido intersticial de forma 
normal. 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS 
Gleyson de Souza Lima 
Odontologia – 2019.2 
 O edema apresenta um clareamento e 
separação da matriz extracelular, com um 
discreto aumento celular; 
 Edemas subcutâneo, pulmonar e cerebral 
são os mais frequentes, no entanto, qualquer 
tecido pode ser acometido, sendo que o 
edema recebe o nome do tecido/órgão 
afetado. 
CONSEQUÊNCIA CLÍNICA 
 As consequências dependem do grau do 
edema e de onde ele se desenvolve, 
podendo variar de uma condição apenas 
desagradável a rapidamente fatal. 
HIPEREMIA 
 Consiste no aumento da quantidade de 
sangue no interior dos vasos de um órgão, 
devido à dilatação dos vasos da região; 
 A hiperemia se manifesta clinicamente 
como uma área avermelhada (hiperêmica), 
devido ao aumento de sangue na área. 
OBS: Muitas vezes, processos inflamatórios 
geram edema, juntamente com a hiperemia 
e, às vezes, necrose. 
 A hiperemia pode ser fisiológica ou 
patológica, ativa ou passiva e aguda ou 
crônica. 
HIPEREMIA FISIOLÓGICA 
 Exemplos de hiperemia fisiológica: 
a) Quando uma pessoa esta praticando 
uma atividade física; 
b) Estômago e Intestino na digestão. 
HIPEREMIA PATOLÓGICA 
 Acontece frente a processos patológicos. 
HIPEREMIA ATIVA 
 Ocorre quando o próprio vaso se dilata 
para comportar mais sangue, por meio da 
ativação da musculatura do vaso; 
 A hiperemia ativa é característica de 
hiperemias fisiológicas. 
HIPEREMIA PASSIVA 
 Muitas vezes o retorno venoso está 
dificultado e, por isso, o sangue chega no 
vaso, mas não consegue sair dele, o que 
provoca um acúmulo de sangue dentro do 
vaso; 
 A hiperemia passiva é característica das 
hiperemias patológicas. 
HIPEREMIA AGUDA 
 É uma hiperemia rápida, que se instaura 
em um curto período de tempo (ex: exercício 
físico). 
HIPEREMIA CRÔNICA 
 Ocorre de maneira lenta e gradual. 
HEMOSTASIA 
 É um processo fisiológico envolvido com a 
fluidez do sangue e controle do sangramento 
quando ocorre lesão vascular; 
 A hemostasia é controlada pela parede do 
vaso, plaquetas e sistema de coagulação; 
 Havendo alteração em algum destes, 
ocorrerá um processo patológico. 
 Quando há lesão e a consequente perda 
da integridade do vaso sanguíneo, ocorre a 
exposição da membrana basal, isso faz com 
que haja uma vasoconstrição do vaso; 
 Após a vasoconstrição, há a formação 
do tampão plaquetário e a ativação 
dos fatores de coagulação para que 
ocorra a polimerizaçãode fibrinogênio 
e a formação da membrana de fibrina, 
estabilizando o coágulo. 
 Alterações nesses fatores de 
formação do coágulo podem acarretar 
em hemorragias (diminuição da 
solidificação do coágulo) ou trombose 
(aumento da solidificação do coágulo). 
Gleyson de Souza Lima 
Odontologia – 2019.2 
HEMORRAGIA 
 É a saída de sangue do interior dos vasos 
para o compartimento extracelular (internas) 
ou para fora do organismo (externas). 
TROMBOSE 
 É o processo patológico caracterizado 
pela solidificação do sangue dentro dos 
vasos ou do coração, no indivíduo vivo; 
 Geralmente, os trombos são causados por 
alterações do fluxo sanguíneo, por lesões 
endoteliais e hipercoagulabilidade 
(aumento da coagulação); 
 Os trombos podem ser venosos – 
formam-se em veias, e arteriais – formam-se 
em artérias. 
COAGULAÇAO INTRAVASCULAR 
DISSEMINADA 
 Coagulação do sangue em grande número 
de pequenos vasos, levando à formação de 
centenas ou milhares de microtrombos. 
ÊMBOLO 
 Um êmbolo é uma massa intravascular 
solta, sólida, líquida ou gasosa, que é 
transportada pelo sangue para um local 
distante do seu ponto de origem e é capaz de 
destruir um vaso; 
 A consequência mais importante de um 
êmbolo é a isquemia. 
INFARTO 
 Pode ser causado pela oclusão trombótica 
ou embólica, por vasoespasmo local, por 
uma hemorragia e por compressão 
extrínseca de um vaso (neoplasia ou edema); 
 Sua causa principal é a tromboembolia. 
FATORES DE INFLUÊNCIA 
 Taxa de desenvolvimento da oclusão = 
quanto mais rápida for a progressão da 
oclusão, mais brusca será a interrupção do 
fluxo sanguíneo; 
 Vulnerabilidade à hipóxia; 
 Teor de oxigênio sanguíneo. 
MORFOLOGIA 
 Pode ser um infarto branco ou vermelho. 
CHOQUE 
 Consiste na falência circulatória associada 
a distúrbios graves da microcirculação e 
hipoperfusão generalizada de órgãos e 
tecidos, 
 Ou seja, consiste na falta de 
distribuição de oxigênio e sangue em 
praticamente todos os órgãos.

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