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Direito empresarial I

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DIREITO EMPRESARIAL I
o Direito Empresarial, ou Direito Comercial, como era chamado antes, surgiu depois da aparição do fenômeno que ele regula, ou seja, a atividade econômica.
· Como ramo do direito privado que regu.la toda e qualquer atividade econômica organizada(empresa) e aqueles que as exercem profissionalmente.
 • A atividade mercantil (comércio), em especial, existe há muito mais tempo do que o Direito Comercial, e, durante séculos, as regras que disciplinavam a atividade econômica faziam parte do direito comum (Direito Civil), ou seja, não havia distinção entre Direito Civil e Direito Empresarial (Comercial), tudo fazia parte do direito comum/privado.
 • comércio existe desde a Idade Antiga, mas nesse período histórico ainda não se pode falar na existência de um Direito Comercial, entendido esse como um conjunto orgânico e minimamente sistematizado, com regras e princípios próprios, para a ordenação da atividade econômica
ATENÇÃO:
o COMÉRCIO é praticado desde a Antiguidade, todavia, como DIREITO COMERCIAL propriamente dito, somente surgiu na IDADE MÉDIA!
• Embora existisse desde o início da civilização a atividade econômica exercida por meio da troca de bens, as normas jurídicas reguladoras dessa atividade eram esparsas e difusas.
ANTIGUIDADE: muitas normas esparsas sobre atividade comercial existiram desde a Antiguidade, a exemplo do Código de Hammurabi, na Babilônia (século XVIII a.C.);
DIREITO ROMANO: na história do sistema jurídico romano desde a fundação de Roma (século VIII a.C., supostamente) até a codificação de Justiniano (século VI d.C.) , houve normas que regiam relações de comércio entre particulares, mas não constituiram direito autônomo;
SURGIMENTO DO DIREITO COMERCIAL: direito autônomo, somente a partir do final do século XI (Idade Média), o DIREITO COMERCIAL nasceu, como como consequência da crise do sistema feudal e da criação das chamadas CORPORAÇÕES DE OFÍCIO organizadas por comerciantes que se associavam e passavam a se sujeitar à lex mercatoria (conjunto de normas comerciais criadas pela própria classe).
· A origem do Direito Comercial (hoje Direito Empresarial) está intrinsecamente relacionada às mudanças econômicas, sociais, políticas e culturais vivenciadas no início do período de transição da baixa Idade Média para a Idade Moderna (séculos XII a XVI);
· o período do Renascimento, com destaque para a gradativa substituição do feudalismo por uma economia pré-capitalista, para a ascensão social da burguesia e para o deslocamento da sociedade do campo para a cidade.
· No período de decadência do regime feudal, começaram a ressurgir, por assim dizer, as cidades, os burgos, na periferia dos feudos. As feiras medievais fizeram com que o comércio também renascesse (há o período do renascimento mercantil), e, com isso, uma classe social importante se organizou e se desenvolveu: a burguesia mercadora, os comerciantes burgueses, que eram aqueles que habitavam os burgos e se dedicavam a uma atividade econômica.
FASES DO DIREITO EMPRESARIAL
1' FASE:SUBJETIVA
 Direito Consuetudinário e período de descentralização política (cada feudo tinha suas leis ordálias e leis consuetudinárias.) 
Com isso, os comerciantes (os mercadores, aqueles que se dedicavam à atividade econômica) puderam se organizar em associações privadas (famosas corporações de oficio), criando as próprias regras que regulariam as atividades que exerciam. Assim nasceu o Direito Comercial. direito classista e corporativo;
· Os próprios membros das corporações de ofício elegiam cônsules que funcionavam como árbitros em eventuais litígios.
• As corporações criavam suas próprias regras e seus próprios institutos com base nas práticas usuais do mercado e compilavam tais regras e institutos em seus estatutos, aplicando-os aos seus respectivos membros, quando necessário, por meio de uma jurisdição própria juízos ou tribunais consulares),
• Não havia participação do Estado nem na produção nem na aplicação desse Direito, porque as regras eram os usos e costumes de cada localidade:
• o regulamento básico dessas corporações estava consubstanciado em estatutos;
- Direito extremamente classista.
Características da 1ª fase
• Idade Média: descentralização política;
• Burgos e renascimento do comércio;
• Usos e costumes mercantis;
• Corporações de Oficio;
• Subjetivismo: produzido e aplicado por uma classe
• Autonomia: características e institutos típicos - somente nesse ponto é possível identificar o começo da existência de um Direito Comercial, pois, até então, não se podia vislumbrar um sistema normativo próprio dedicado à regência da atividade comercial
• Doutrina empresarialista: famoso Tratactus de Mercatura, de Benvenuto Stracha, publicado em 1553, bem como os primeiros manuais práticos que auxiliavam os comerciantes no exercício de suas atividades
Depois desse período, o Direito Comercial evoluiu e entrou na era das codificações.
LIBERALISMO: com o surgimento dos ideais do liberalismo (exemplo da Revolução Francesa de 1789, que idealizava sistema fundado na liberdade, igualdade e fraternidade), FOI DESAPARECENDO O AMBIENTE PARA A JUSTIÇA CORPORATIVISTA!
• Nessa mesma época, destacou-se a formulação da Teoria dos Atos de Comércio, formulada para delimitar a abrangência dessas regras especiais que compõem o Direito Comercial.
· Fenômeno da formação dos Estados nacionais monárquicos, em que as corporações de ofício perdem a força, início da jurisdição estatal.
• Após o seu período inaugural de afirmação como um direito específico, ou como um regime jurídico autônomo, distinto e separado do direito comum, o Direito Comercial iniciou um intenso processo evolutivo, adotando, ao longo dele, basicamente dois sistemas para a disciplina da atividade econômica:
 1) o francês, conhecido como Teoria dos Atos de Comércio - em sua segunda fase, já no período das codificações; ©
 2) o italiano, conhecido como Teoria da Empresa - em sua terceira fase, que se inicia com a edição do Código Civil italiano de 1942.
2ª FASE - TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO
• O marco histórico que inaugura a 2ª fase evolutiva do Direito Comercial é a Codificação
Napoleônica.
• Conforme Fábio Ulhoa:
No início do século XIX, na França, Napoleão, com a ambição de regular a totalidade
das relações sociais, patrocina a edição de dois monumentais diplomas jurídicos: o
Código Civil (1804) e a Comercial (1808). 
Inaugura-se, então, um sistema para disciplinar as atividades dos cidadãos, que repercutirá em todos os países de tradição romana, inclusive no Brasil. (COELHO, 2003)
· A mercantilidade deixa de ser definida pelo sujeito e passa a ser definida pelo objeto. Ou seja, passa a ser definida pelo seu objeto (os atos de comércio), e não para os membros da corporação.
• BRASIL (1850): a teoria foi adotada no Código Comercial Brasileiro (Lei 556, de 1850). Eram considerados comerciantes os que exerciam a mercancia (prática de atos de comércio) de forma habitual, como profissão. Os atos de comércio eram listados pelo Regulamento 737, de 1850 (revogado em 1875), e outros diplomas.
Problemas da 2ª fase
· restringia muito a abrangência do regime jurídico comercial, algumas atividades acabavam ficando de fora da lista.
(a) a prestação de serviços inicialmente não era caracterizada como ato de comércio;
(b) a negociação de bens imóveis não era considerada mercantil, só era considerada
mercantil a negociação de bens móveis e semoventes;
(c) as atividades rurais historicamente foram excluídas dos atos de comércio;
(d) os atos mistos às vezes eram atos de comércio para uma das partes e não eram para a
outra.
Características da 2ª fase
• Formação dos Estados Nacionais - monopólio da jurisdição por parte do Estado, tribunais e juízes consulares perdem força, as corporações de oficio vão perdendo gradativamente o poder político;
• Monopólio estatal da jurisdição;
• Codificações legais - o Direito Comercial deixa de ser um direito consuetudinário e passa a ser um direito posto e aplicado pelo Estado, por meio das grandes legislações;
• Desenvolvimento da Teoria dosAtos de Comércio como critério delimitador da abrangência do Direito Comercial;
• Objetivação do Direito Empresarial - o que importa é o objeto da relação jurídica, e não o seu sujeito. 
 3ª FASE - TEORIA DA EMPRESA
· com o passar dos anos as atividades econômicas foram tornando-se cada vez mais complexas, e a teoria dos atos de comércio se mostrou incapaz de nortear a disciplina jurídica do mercado.
· Necessidade de criação de um novo critério para delimitar a abrangência do novo regime jurídico comercial, ou seja, nova teoria.
• Sobretudo, após a Revolução Industrial, acarretou o surgimento de diversas atividades econômicas relevantes, e muitas delas não estavam compreendidas no conceito de ato de comércio ou de mercancia.
• Em 1942, ou seja, mais de um século após a edição da codificação napoleônica, a Itália editou um novo Código Civil, trazendo, enfim, outro sistema delimitador da incidência do regime jurídico comercial: a Teoria da Empresa.
• Embora o Código Civil italiano de 1942 tenha adotado a chamada Teoria da Empresa, não definiu o conceito jurídico de empresa, que acabou sendo uma tarefa atribuída à doutrina.
• Destaque: "teoria poliédrica da empresa" ou "teoria dos perfis da empresa", representada por 4 perfis. 
Atenção: Brasil: Teoria triédica da empresa: Demandas trabalhistas para a JT.
 • 1) subjetivo (fisica ou jurídica); 2) funcional (empresa com escopo produtivo determinado/ atividade econômica organizada) 3) objetivo ou patrimonial (conjunto de bens afetado ao desempenho da atividade 4) corporativo (núcleo social organizado em função de um fim econômico comum)
Características da 3ª Fase
• Revolução Industrial - o mercado ganha uma complexidade tal que o comércio deixa de ser a atividade econômica mais relevante para ser apenas mais uma das atividades econômicas praticadas no mercado;
• Código Civil italiano de 1942 - rompe-se com a tradição das codificações de separar o direito privado em diplomas legislativos;
• Unificação do Direito Privado - não significa que o Direito Empresarial perdeu sua autonomia. Materialmente, Direito Civil e Direito Empresarial continuam sendo direitos distintos e autônomos, mas as regras nucleares estão no mesmo diploma legislativo, no Código Civil.
• Teoria da Empresa - Substituição da Teoria dos Atos de Comércio.
· Passa a disciplinar toda e qualquer atividade econômica, desde que organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, exercida com profissionalismo.
· EMPRESA COMPREENDIDA COMO UMA ATIVIDADE
Evolução do Direito Comercial no Brasil
© Antes da chegada da família real ao Brasil, as leis que vigoravam aqui eram as leis de
Portugal, as Ordenações do Reino (ex: Ordenações Manuelinas, Afonsinas, Filipinas).
• Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, dão-se os primeiros passos para o
advento de um Direito Comercial propriamente brasileiro, porque começa a existir um
amplo movimento reivindicatório de criação de leis nacionais, que viria a culminar na
edição do Código Comercial de 1850.
O Código Comercial brasileiro, inspirando-se no Código Comercial Napoleônico, adota a Teoria dos Atos de Comércio. O Brasil opta por estabelecer um rol de atividades caracterizadas como atos de comércio.
· O CC de 2002 adota, então, a Teoria da Empresa, abandona a Teoria dos Atos de Comércio e tenta a unificação formal do direito privado (sob um código apenas, embora preservando a autonomia das disciplinas).
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO EMPRESARIAL:
Cosmopolitismo: As regras sobre o direito empresarial deverão ser universais, aplicáveis aos empresários, independentemente das barreiras geográficas que separam cada território. A universalidade é revelada por Ferreira Borges com a conclusão de que os comerciantes constituiriam um só povo. A concepção essencial é entender que a existência de regras uniformes estimula a exploração da atividade empresarial e torna mais seguro o tráfego mercantil.
Fragmentarismo: Além da constatação de que o direito empresarial não pode ser considerado um sistema jurídico completo, também devemos notar que as suas normas estão espalhadas em diversas leis específicas, não existindo um código comercial próprio.
Elasticidade: O direito empresarial sofre constantes mudanças em razão do surgimento de novas técnicas de relações jurídicas comerciais. Não há como o legislador acompanhar de forma tão célere tais mudanças, mas o empresário não pode deixar de se adaptar às necessidades de seus consumidores e às novas tecnologias que surgem no mercado.
Informalismo: Ao contrário do que ocorre no direito civil, rígido no tocante às formalidades, o direito empresarial tem por característica ser informal, em razão da própria dinâmica específicas das relações empresariais.
Onerosidade: A atividade empresarial é marcada por seu mercantilismo, própria da natureza da atividade exercida que sempre visará ao lucro.
AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL
Formal ou legislativa: necessidade da existência de um código comercial
Substancial: existência de regras e princípios específicos do direito empresarial
Científica: existência de disciplina autônoma nas universidades
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
Significado: As fontes do direito comercial representam o modo pelo qual surgem as normas jurídicas de natureza comercial.
Arts. 4º e 20 da LINDB: proibição de decisões tomadas com base em valores jurídicos abstratos.
Art. 140 CPC/15: O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico
Rubens Requião: o Direito Civil não seria fonte do direito empresarial, mas as leis comerciais seriam a fonte principal do direito empresarial.
Carvalho de Mendonça: dividia as fontes em primárias ou diretas (seriam as leis comerciais) e subsidiárias, secundárias ou indiretas (seriam as leis civis, usos comerciais e jurisprudência).
Haroldo Malheiros: as leis civis seriam uma fonte subsidiária do direito empresarial, assim como a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito
Fontes Primárias: Constituição da República 1988, Código Civil (direito de empresa + títulos de crédito), “Código Comercial de 1850 (direito marítimo) e as leis extravagantes
(Lei 6.404/76, Lei 8.934/1994, Lei 11.101/2005, Lei 13.775/2018, etc.).
Fontes Secundárias: Código Civil (demais normas compatíveis), analogia, costumes (uniforme, constante, boafé e assentado na junta comercial) e princípios gerais de direito (diretrizes fundamentais e universais: contraditório, ampla defesa, dignidade da pessoa humana).
Costumes: os usos e práticas mercantis ou “costumes”, podem ser assentados na junta comercial (Art. 8º, VI, Lei 8.934/1994).
STJ – RESP. 877.074 - RJ
Decisão importante, pois:
(a) Admite prova testemunhal para demonstrar a existência de um costume, desde que não assentado na junta comercial.
(b) Excepcionalmente, admite-se o costume contra legem, desde que não se trate de norma cogente (de ordem pública)
Fonte é tudo aquilo de onde provém alguma coisa.
• A fontes para o Direito empresarial informam como surgem normas jurídicas de direito empresarial.
• O Direito provém de fontes materiais e formais.
• As fontes materiais constituem-se nos elementos que justificam, fundamentam e influenciam na criação da norma.
• São os acontecimentos da vida que vão provocando a criação da norma
• Por sua vez, a fonte formal é a própria norma ou as técnicas utilizadas para sua integração. Para a melhor doutrina, as fontes formais do direito são divididas em primárias e secundárias.
JURISPRUDÊNCIA:
• Súmula 435: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.
• Súmula 451: É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.
• Súmula 532: Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e expressa solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de multa administrativa.
• Súmula 554: Na hipótese de sucessãoempresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.
• iv. ADINs, ADECONs, ADPFs, Recurso Extraordinário com repercussão geral reconhecida, ect
FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS
COSTUMES MERCANTIS: essas fontes estão ligadas ao direito
consuetudinário (expressão ligada aos costumes), que é regido pelas seguintes características:
• i. UNIFORMIDADE: a prática, para ser considerada uso e costume, deve ser aplicada de maneira uniforme;
• ii. CONSTÂNCIA: a prática deve ser aplicada de forma constante;
• iii. OBSERVAÇÃO: deve ser praticada por certo período de tempo;
• iv. BOA-FÉ: deve ser exercida de boa-fé;
• v. NÃO CONTRÁRIA À LEI: não pode ser violadora de uma regra legal (contra legem).
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO:
Não havendo norma aplicável a determinado caso concreto, e não sendo possível valer-se da analogia ou dos costumes, pode o juiz valer dos Princípios Gerais do Direito, para resolver a lide. Os princípios gerais do direito são os alicerces do ordenamento jurídico, informando o sistema independentemente de estarem positivados em norma legal. São exemplos:
 •Ninguém pode alienar mais direitos do que possui;
•Ninguém pode causar dano, e quem causar terá que indenizar;
 •Ninguém pode se beneficiar da própria torpeza;
 •Ninguém é obrigado a citar os dispositivos legais nos quais ampara sua pretensão, pois se presume que o juiz os conheça;
 •Ninguém está obrigado ao impossível;
• EQUIDADE: é característica de alguém que revela senso de justica; é uma forma justa da aplicação do Direito, porque é adaptada a regra, a uma situação existente, onde são observados os critérios de igualdade, justiça, proporcionalidade e razoabilidade.
• A doutrina é considerada fonte do direito? Não.
DIREITO SOCIETÁRIO
COMERCIO - É a atividade econômica que tem por finalidade promover a circulação de bens, produtos e a prestação de serviços;
• EMPRESA - É a atividade econômica que tem por finalidade a produção e circulação de bens, produtos, bem como a prestação de serviços.
• Segundo Fábio Ulhoa Coelho,
"Conceitua-se empresa como sendo atividade, cuja marca essencial é a obtenção de lucros com o oferecimento ao mercado de bens e serviços, gerados estes mediante a organização dos fatores de produção (força de trabalho, matéria-prima, capital e tecnologia)", Trata se de atividade, isto é, do conjunto de atos destinados a uma finalidade comum, que organiza os fatores da produção, para produzir ou fazer circular bens ou serviços.
• EMPRESÁRIO: É todo aquele que exerce a atividade de empresa. Exercem atividade de empresa: i) O Empresário Individual; ii) A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI; e ili) Sociedade Empresarial.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL - É a pessoa física que exerce a atividade de empresa. E o CNPJ? Separar os atos físicos dos jurídicos. Separar as responsabilidades (impenhorabilidade do bem de família), e, por fim, não está no rol do art. 44 do CC/02
• A responsabilidade do empresário individual é ILIMITADA. Ou seja, em uma eventual inadimplência, os bens pessoais do empresário serão atingidos pela penhora. A única ressalva seriam os bens impenhoráveis. O novo CPC no art. 833 menciona um rol de bens impenhoráveis, o Código Civil trata do bem de família como sendo também impenhorável (art. 1.711), e a Lei especial n.° 8.009/90 dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família (art. 19).
EMPRESA INDIVIDUAL LIMITADA-EIRELI- DE RESPONSABILIDADE
•É uma pessoa jurídica que exerce a atividade de empresa e tem por titular (proprietário/detentor do capital social uma única pessoa;
• Nunca foi vantajoso ser Empresário Individual, exatamente porque a responsabilidade do empresário é sem limites, também pois sociedade pressupõe a existência de sócios (mais de uma pessoa). Sociedades de fachada, sócio com 99,99% do patrimônio e outro com 00,01%.
A partir da criação da EIRELI existirão duas pessoas: a) a física, que será a titular do Capital Social da EIRELI; e b) a pessoa jurídica - a EIRELI, que é quem vai exercem a atividade empresarial.
Professor, o titular da EIRELI é considerado empresário?
Não. O empresário será a EIRELI, porque é ela quem vai exercer a atividade de empresa. O Titular da EIRELI vai sempre atuar em nome da pessoa jurídica - a EIRELI. Então, o empresário será a EIRELI.
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL - Conjunto de bens corpóreos (móveis e imóveis) e incorpóreos (software, marcas), destinados ao exercício da atividade empresarial.
• Famoso Depende.
· Se os bens que envolvem a criação dos animais forem destinados ao exercício da atividade empresarial, certamente que que a fazenda seria parte integrante do Estabelecimento Empresarial. 
Ex: Uma fazenda de animais bovinos poderia perfeitamente fazer parte do Estabelecimento Empresarial da FRIBOI, posto que esta Entidade desempenha atividade relacionada à venda de carne bovina. Mas a
Fazenda nao seria parte integrante do Estabelecimento Empresarial de uma Socidade que atua no ramo de confecções, muito embora faça parte do patrimônio da pessoa jurídica.
SOCIEDADE EMPRESARIAL - É uma pessoa jurídica que exerce a atividade de empresa e tem por titular (detentores do capital social) mais de uma pessoa (sócios);
• Vejamos o que diz o Código Civil: Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
• I - as associações;
 II - as sociedades (Empresárias);
• III - as fundações.
• IV - as organizações religiosas;
 V-os partidos políticos.
• VI- as empresas individuais de responsabilidade limitada.
· os sócios da sociedade empresarial são considerados empresários? Não.
Ricardo Negrão, ao tratar dos perfis da empresa, leciona que o conceito poliédrico desenvolvido por Alberto Asquini concebe quatro perfis à empresa, visualizando-a, como objeto de estudos, por quatro aspectos distintos, a saber:
• perfil subjetivo: consiste no estudo da pessoa que exerce a empresa, ou seja, a pessoa natural (empresário individual) ou a pessoa jurídica (sociedade empresária) que exerce atividade empresarial;
• perfil objetivo: foca-se nos bens utilizados pelo empresário individual ou sociedade empresária no exercício de sua atividade. São os bens corpóreos e incorpóreos que instrumentalizam a vida negocial. Em suma, consiste no estudo da teoria do estabelecimento empresarial;
• perfil funcional: refere-se à dinâmica empresarial, ou seja, a atividade própria do empresário ou da sociedade empresária, em seu cotidiano negocial (complexo de atos que compõem a vida empresarial);
• perfil corporativo ou institucional: estuda os colaboradores da empresa, empregados que, com o empresário, envidam esforços à consecução dos objetivos empresariais.
BULGARELLI define empresa como atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida pelo empresário, em caráter profissional, por meio de um complexo de bens
CONCEITO DE EMPRESARIO
O conceito de empresário é um conceito legal, estabelecido no art. 966 do Código Civil, O CC não define empresa, mas o conceito de empresa está implícito no conceito de empresário.
Segundo o dispositivo, considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, LOGO
empresa é justamente isto: atividade econômica profissional organizada para produção e circulação de bens e serviços e a empresa engloba toda e qualquer atividade econômica que preencha os demais requisitos previstos no art. 966 do Código Civil e não esteja contemplada entre as exceções de seu parágrafo único.
· Conceito aplicável a pessoa física e a EIRELI (Enunciado 3 da I jornada de Direito Comercial do CJF).
CARACTERÍSTICAS:
PROFISSIONALISMO
® Segundo a doutrina, esse profissionalismo requer que estejam presentes três características:
• Habitualidade: o exercício esporádico ou a organização esporádica não configura atividade empresária;
 • Pessoalidade: necessidade de o empresário exercer pessoalmentea atividade empresarial, o que não afasta a possibilidade de contratação de empregados e prepostos necessários à realização da atividade;
• Monopólio das informações: a ideia é de presunção de que a sociedade empresária detenha as informações dos bens e serviços que ela produz ou que ela faz circular. Em outras palavras, ela sabe sobre os insumos que aplicou, se há a possibilidade de um defeito de fabricação, quais são os riscos dos bens, etc. Isso se consolida como monopólio das informações.
ATIVIDADE ECONÔMICA
A atividade empresarial é uma atividade econômica pois busca obter lucro para quem a explora. há atividades econômicas (portanto, com finalidade lucrativa) que não são exercidas de forma empresarial. exemplo, das sociedades simples (não empresárias), a exemplo das sociedades uniprofissionais sem a caracterização do elemento de empresa (ex: pequenas sociedades de arquitetos, pequenas sociedades de médicos, etc).
· Com efeito, de acordo com o parágrafo único do artigo 966 do CC, não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Elemento de empresa?
Vamos compreender a parti de dois cenários hipotéticos:
1º) sociedade formada por quatro médicos com o objetivo de atender seus respectivos pacientes em determinada clínica, que, além dos próprios médicos, conta com dois recepcionistas, um contador, um administrador e um copeiro;
2°) sociedade formada por quatro médicos com o objetivo de gerir um grande hospital, que conta com quadro composto por médicos; o triplo de enfermeiros e auxiliares de enfermagem; área específica para cuidar da recepção e triagem de pacientes; dispensário de medicamentos, com farmacêuticos; setor de almoxarifado; setor de compras; setor de limpeza; setor administrativo; etc.
· No primeiro cenário, fica clara a preponderância, para o objeto da empresa, da atividade prestada pelos médicos, de natureza intelectual e científica.
· Já no segundo cenário, embora a sociedade seja igualmente formada por quatro médicos, a atividade de medicina encontra-se ao lado de outras importantes funções imprescindíveis à escorreita prestação dos serviços hospitalares, constituindo apenas mais um dos elementos de empresa.
ATIVIDADE ORGANIZADA
• A atividade empresarial é organizada porque o empresário faz a junção dos quatro fatores de produção (CMIT):
• capital;
• mão de obra;
• insumos;
•tecnologia.
• Para uma parte da doutrina (ex: Fábio Ulhoa), se não houver algum desses fatores, não haverá falar em empresário. Por exemplo, João vende 20 mil reais por dia nas ruas, pois tem máquina que faz panetone (tecnologia), tendo os ingredientes para fabricá-lo (insumos), bem como recebe quantia para investir no seu negócio (capital). Todavia, não tem mão de obra. Assim, ausente um dos fatores de produção, não seria empresário. Outra parte (ex: André Santa Cruz), porém, discorda
PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS
A atividade, para ser empresarial, deve ser voltada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
A distinção entre bens e serviços perdeu a razão de ser, visto que antes bens teriam natureza
corpórea e os serviços seriam de natureza incorpórea. Todavia, com a internet, essa distinção não
mais se sustenta, pois é possível adquirir um jornal virtual ou um ebook, por exemplo, sendo
esses considerados "produtos"
Síntese dos elementos do conceito de empresa
a) profissionalismo: atividade habitual, exercida com assunção dos riscos;
b) atividade econômica: atividade exercida com fins lucrativos;
c) organização: atividade exercida com articulação dos fatores de produção: capital, insumos, mão-de-obra e tecnologia;
d) produção/ circulação de bens/ serviços: abrangência da Teoria da Empresa.
Empresário (art. 966 CC)
• Excluídos do conceito de empresário
• Profissionais intelectuais (salvo, elemento de empresa)
• Produtores rurais
• Não são considerados como empresários pela lei também os produtores rurais
não registrados no Registro Público de Empresas Mercantis.
• art. 971, que o empresário cuja atividade rural constitua sua principal profissão
pode requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva
sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os feitos, aos
demais empresários sujeitos ao registro.
• Inscrição tem natureza constitutiva da caracterização como empresário
• Registro facultativo.
Sociedades Simples: art. 982 do Código Civil, considera-se empresária a sociedade que tenha por objeto o exercício
• Sociedades cooperativas
• O parágrafo único do art. 982 do Código Civil cria exceção legal a essa regra. Determina-se que, a despeito da natureza da atividade explorada, considera-se empresária a sociedade por ações e, simples, a cooperativa.
• Como visto, a atividade empresária deve visar ao lucro. A cooperativa, contudo, não possui essa finalidade. Conforme art. 4º, da Lei n. 5.764/71, que disciplina o instituto da cooperativa na omissão do Código Civil, as cooperativas são sociedades constituídas para prestar serviços aos associados.
• Caso esse excepcionalmente ocorra, o lucro será dividido proporcionalmente entre os cooperados.
Capacidade para ser empresário individual
• A atividade de empresário pode ser exercida pessoalmente, como empresário individual, apenas por aqueles que estiverem em pleno gozo da capacidade civil.
• Nos termos do art. 972, do Código Civil, podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
• Nada impede o ingresso do incapaz como sócio de uma sociedade que desenvolverá atividade empresarial, já que o sócio não é, por si só, empresário.
• Aos absoluta e relativamente incapazes, a lei confere, para o exercício de atos, a representação e a assistência, respectivamente. A representação e assistência não suprem a carência para a realização da atividade empresarial, entretanto.
Capacidade para ser empresário individual
• O exercício da empresa pressupõe que o empresário seja plenamente capaz.
• Não têm capacidade para serem empresários:
• • menor de 18 anos, salvo emancipado;
• • ébrio habitual;
• • viciados em tóxicos;
• • aqueles que não puderem exprimir suas vontades;
• • pródigo;
• • indígenas, nos termos da sua lei.
O desenvolvimento da atividade pressupõe o completo discernimento do agente, além de a responsabilidade do incapaz ser inadequada aos riscos do negócio.
• O próprio Código Civil, entretanto, prevê a hipótese de emancipação se o menor púbere possuir estabelecimento empresarial, desde que este lhe forneça economia própria. Logo, ainda que se exija a plena capacidade civil para iniciar a atividade empresarial, o maior de 16 e menor de 18 anos que a exercer será emancipado e, portanto, considerado plenamente capaz perante a lei.
• Excepcionalmente, todavia, permite-se a continuidade da empresa pelo absoluta ou relativamente incapaz
Os incapazes, desde que representados ou assistidos, poderão continuar a empresa exercida por eles enquanto capazes.
• Poderão, também, prosseguir na atividade se esta era desenvolvida por seus pais ou por autor de herança que os beneficiou, conforme art. 974 do Código Civil. (requer autorização judicial)
• Se os representantes ou assistentes do incapaz forem impedidos de exercer atividade de empresário, estes nomearão, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes para conduzir a atividade
Espécies de empresários
• A empresa pode ser desenvolvida individualmente pela pessoa física, por pessoas jurídicas que se constituam como sociedades ou não e por sociedades sem personalidade jurídica.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE ILIMITADA
• A pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou para a circulação de bens ou de serviços, ainda que com o auxílio de empregados, é considerada empresário individual.
• O referido empresário é titular da empresa individuale, apesar de inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda (CNPJ/MF), para que possa se beneficiar de alíquotas diferenciadas em relação ao recolhimento de tributos, não é pessoa jurídica, mas sim pessoa física, que atua em nome próprio e sem qualquer diferenciação com a pessoa natural
• não há distinção do patrimônio pessoal em relação ao desenvolvimento de sua atividade.
• A responsabilidade do empresário individual é ilimitada às obrigações contraídas.
• Alienação de bens e desnecessidade da outorga marital/conjugal/uxória. Arquivamento das declarações antenupciais.
• De acordo com o Código Civil, o empresário individual deve se inscrever perante o Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede (Junta Comercial) antes do início de sua atividade.
• Nesse caso, portanto, o registro a posteriori perante a Junta Comercial é declaratório, ou seja, empresário ele já é, mas o registro é necessário para que ele seja considerado regular
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
• Por seu turno, a empresa poderá ser desempenhada por sociedades empresárias, quer tenham, quer não personalidade jurídica.
• A sociedade que tiver por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro é considerada sociedade empresária e deve ter seus atos inscritos no Registro Público de Empresas Mercantis.
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
• Lei n. 12.441/2011
• mitigar a responsabilidade dos sócios durante o desenvolvimento da atividade
• o exercício da empresa pode ser desenvolvido por pessoa jurídica, a Eireli, que não se confunde como sociedade.
• Enunciado 469 da Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal, “a empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli) não é sociedade, mas novo ente jurídico personificado”.
• Enunciado 3 das Jornadas de Direito Comercial do Conselho da Justiça Federal estabelece que “a empresa individual de responsabilidade limitada – Eireli não é sociedade unipessoal, mas um novo ente, distinto da pessoa do empresário e da sociedade empresária”.
• A atividade será desenvolvida pela pessoa jurídica constituída pelo titular, cujo patrimônio será autônomo em relação ao patrimônio do seu titular
• A limitação da responsabilidade e sua não confusão com o patrimônio de seu titular se tornou ainda mais evidente pela Lei n. 13.874/2019, que inseriu o § 7º, no art. 980-A. Pelo dispositivo legal, “somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude”.
• 100 vezes o maior salário mínimo vigente no pais
• não se exige capital mínimo
• o capital social, uma vez subscrito e integralizado, não sofrerá influência de ulteriores alterações do salário mínimo.
• Pelo art. 980-A, § 2º, a pessoa natural que a constituir somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
MICROEMPRESA (ME) E EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP)
• Constituição Federal. Em seu art. 179, conferiu-se a obrigação aos entes federativos de dispensarem tratamento jurídico diferenciado visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
• O mandamento constitucional foi regulado pela Lei Complementar n. 123/2006
• não são formas de uma pessoa jurídica ou do empresário individual e sequer exigem a constituição de um tipo empresarial.
• Art. 3º, consideram-se microempresas a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário individual, desde que devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas e possua receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00. A empresa de pequeno porte deve ter receita bruta anual superior a R$ 360.000,00 e inferior a R$ 4.800.000,00 (Lei Complementar n. 155/2016).
• O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições, Simples Nacional, IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, CPP, ICMS e ISS
Elementos de identificação do empresário
© ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
o empresário necessita aparelhar-se de um complexo de bens.
 Nós já vimos que o estabelecimento empresarial não é a empresa, caracterizada preponderantemente como atividade.
Também já vimos que tampouco se confunde com o empresário, sujeito da atividade e titular dos direitos e obrigações dela decorrentes.
Estabelecimento é o objeto, a base econômica, o instrumento utilizado pelo empresário para o desenvolvimento da empresa.
O Estabelecimento é todo conjunto de bens organizado pelo empresário para exercício da empresa. Não é local onde é exercida a atividade econômica.
De acordo com o art. 1.142 do Código Civil, “considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”.
• Assim, o estabelecimento é, na verdade, um conjunto de bens, materiais ou imateriais, que o empresário organiza e utiliza no exercício da sua atividade.
• Conforme já decidiu o STJ,
• o estabelecimento comercial é composto por patrimônio material e imaterial, constituindo exemplos do primeiro os bens corpóreos essenciais à exploração comercial, como mobiliários, utensílios e automóveis, e, do segundo, os bens e direitos industriais, como patente, nome empresarial, marca registrada, desenho industrial e o ponto (REsp 633.179/MT, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, j. 02.12.2010, DJe 01.02.2011).
• O “ponto” é o local onde se exerce a atividade, qualificado pelo fato de ali se exercer uma atividade econômica. Bem imaterial importante, quando analisado sob a ótica da Lei de Locações, por exemplo.
· Na doutrina, as teorias universalistas sobre a natureza jurídica do estabelecimento empresarial. Assim, considera-se o estabelecimento empresarial uma universalidade de bens.(cuidado, divergência doutrinária)
• O que é Universalidade de bens?
• As universalidades de bens são conjuntos de bens aos quais se dá uma destinação específica, passando a serem vistos como “uma coisa só”, como uma universalidade, deixando de serem considerados de forma individual.
ATRIBUTOS DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
• O AVIAMENTO
• O valor do estabelecimento não é revelado pela simples somatória do valor de seus bens individualizados.
• Sobre o valor individual de cada bem, acresce-se a organização promovida pelo empresário para que aquele complexo de bens seja apto a desenvolver a atividade e a produzir lucros.
• A capacidade de produzir lucros pelo estabelecimento é chamada de aviamento.
• É a qualidade do estabelecimento, um modo de ser resultante da organização dos bens a determinada finalidade.
• o aviamento não tem existência independente e separada do estabelecimento, de modo que não pode ser objeto de direitos e relações autônomas e deverá compor o preço nas hipóteses de venda do estabelecimento ou na de desapropriação de imóvel em que se desenvolve a atividade.
O aviamento pode ser objetivo, quando deriva de condições objetivas, como o local do estabelecimento ou das instalações. Pode também ser subjetivo, em considerações às qualidades pessoais do titular na organização dos bens.
• CLIENTELA
• o aviamento não se confunde com esta. A clientela é o resultado, não necessário, do aviamento.
• É definida como “conjunto de pessoas que, de fato, mantêm com o estabelecimento relações continuadas de procura de bens e de serviços”
• Clientela (habitualidade) é diferente de freguesia (transitoriedade/não há
permanência e fidelidade)
• A clientela não é elemento do estabelecimento, não pertence ao empresário e não pode ser objeto de apropriação, o que não implica a falta de sua tutela.
• TRESPASSE 
É o negócio jurídico pelo qual se transmite um estabelecimento comercial, em sua integralidade, ou seja, transfere- se o direito de propriedade sobre o estabelecimento.
• Em decorrência dessa unidade, o estabelecimentopode ser objeto de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.
• Pode, assim, o estabelecimento empresarial ser alienado, onerado com usufruto, arrendado
• De modo a preservar os terceiros, esses contratos, contudo, somente produzirão efeitos, quanto a terceiros, depois de averbados à margem da inscrição do empresário ou da sociedade empresária no Registro Público de Empresas Mercantis e de publicados na imprensa oficial (art. 1.144) (condição de eficácia perante terceiros.)
• A falta de averbação e de publicidade na imprensa oficial não acarreta a invalidade do negócio jurídico de alienação deverá ocorrer no prazo de 30 dias da realização do ato, sob pena de não retroagir os efeitos à data da celebração (art. 1.151 do Código Civil).
• A alienação do estabelecimento empresarial é conhecida por trespasse. Consiste na transferência, mediante o pagamento de um preço, do direito de propriedade sobre todos os bens organizados pelo alienante para que a atividade empresarial possa ser explorada pelo adquirente, de modo a permitir o prosseguimento dessa atividade pelo adquirente.
• a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para
exploração do estabelecimento, desde que não tenham caráter pessoal
• Garante-se aos terceiros, contudo, rescindirem o contrato em noventa dias a contar da
publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, nesse caso, a
responsabilidade do alienante (art. 1.148 do Código Civil).
• Ainda que o alienante não seja insolvente, para que os credores sejam efetivamente
pagos, atribui a lei a este responsabilidade solidária pelos débitos da atividade empresarial
antes da alienação, além de assegurar a responsabilidade também do adquirente.
· O alienante é responsável solidário pelas referidas dívidas pelo prazo de um ano. O referido prazo se inicia, quanto aos débitos já vencidos, da publicação do trespasse na imprensa oficial e, quanto aos débitos vincendos, de seu vencimento.
· O trespasse somente será eficaz se, na hipótese de não existirem bens suficientes para solver os débitos do alienante, houver o pagamento de todos os credores ou se estes manifestarem seu consentimento ou anuírem tacitamente ao não se manifestarem em 30 dias após serem regularmente notificados (art. 1.145 do Código Civil)
art. 1.146 do Código Civil, o adquirente será responsável pelos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados.
Pelo trespasse, nesses termos, haverá sucessão nas obrigações ao adquirente, mas
apenas das regularmente contabilizadas.
• O adquirente não vai responder pelas obrigações do alienante no caso de compra do estabelecimento empresarial em sede de recuperação judicial ou falência. Isso porque a lei de falência exime o adquirente, como modo de se tornar atraente a aquisição da empresa e, com isso, prestigiar-se o princípio da preservação da empresa.
• IMPORTANTE: essa sistemática de sucessão obrigacional prevista no art. 1.146
do Código Civil somente se aplica às dívidas negociais do empresário (por exemplo, dívidas com fornecedores ou financiamentos bancários). Em se tratando, todavia, de dívidas tributárias ou dívidas trabalhistas, aplicam-se os regimes próprios de sucessão previstos na legislação específica (arts. 133 do CTN e art. 448 da CLT, respectivamente).
Em relação ao credor tributário, ficará sujeito a algumas proteções específicas.
Isso porque o adquirente terá, nesse caso, uma responsabilidade subsidiária ou
responsabilidade integral frente ao credor tributário:
 • Responsabilidade subsidiária: ocorrerá quando o alienante continuar exercendo
atividade;
• Responsabilidade integral: ocorrerá quando o alienante deixar de exercer a
atividade.
Cláusula de não concorrência
• O Código Civil positivou a cláusula de não concorrência no trespasse. Pelo art. 1.147 do Código Civil, “não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência”.
Penhora de estabelecimento empresarial
• poderá ser sujeito à penhora. Conforme art. 862 do Código de Processo Civil,
• exigirá a nomeação pelo juiz de administrador depositário, que deverá apresentar, em dez dias, o plano de administração.
• A jurisprudência já permitia sua realização por meio da Súmula 451 do Superior Tribunal de Justiça: “é legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial”.
• A penhora de estabelecimento, entretanto, deverá ser excepcional. A penhora somente poderá ser
determinada se não houver outro meio eficaz para a efetivação do crédito (art. 865 do Código de Processo Civil).
NOME EMPRESARIAL
é aquele utilizado pelo empresário para se identificar, enquanto sujeito exercente de uma atividade econômica (Fábio Ulhoa).
→ é a designação que tanto serve para denominar o do comerciante como o do exercício da atividade que empreende (Rubens Requião).
→ Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada para o exercício de empresa (CC, art. 1.155).
→ TODA PESSOA (FÍSICA OU JURÍDICA) tem direito a um NOME, que é elemento de IDENTIFICAÇÃO DE SUA PERSONALIDADE CIVIL (arts. 16 e 52, do CC)
Toda pessoa que praticar algum ato, e desse ato surgir algum tipo de RESPONSABILIDADE, essa pessoa deve responder, até porque toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil (art. 1 , do CC). Por isso, em sociedade, é importante a identificação das pessoas
OBSERVAÇÃO:
→ Nome empresarial visa identificar o empresário (Registra-se na Junta Comercial e goza de proteção estadual, salvo se for registrado em cada Junta Comercial);
→ Título de estabelecimento (nome de fantasia) visa identificar o local onde é exercida a atividade, notoriamente conhecido pelo público (Dispensa Registro);
→ A marca visa identificar um produto ou serviço (Registra-se no INPI e goza de Proteção Nacional);
→ Nome de domínio: endereço eletrônico dos sites dos empresários na internet. 
O que muitas vezes pode gerar confusão é que uma mesma expressão pode ser usada na formação do nome empresarial, nome fantasia, marca e, também, no nome de domínio, porém, ainda assim, são de naturezas distintas, submetendo-se a registros e regimes jurídicos diferentes.
Destaca-se, acerca do nome de domínio, jurisprudência do STJ, que se consolidou:
• (...) 1. A anterioridade do registro no nome empresarial no órgão competente não assegura, por si só, ao seu titular o direito de exigir a abstenção de uso do nome de domínio na rede mundial de computadores (internet) registrado por estabelecimento empresarial que também ostenta direitos acerca do mesmo signo distintivo. 2. No Brasil, o registro de nomes de domínio na internet é regido pelo princípio “First Come, First Served”, segundo o qual é concedido o domínio ao primeiro requerente que satisfizer as exigências para o registro. 3. A legitimidade do registro do nome do domínio obtido pelo primeiro requerente pode ser contestada pelo titular de signo distintivo similar ou idêntico anteriormente registrado – seja nome empresarial, seja marca. 4. Tal pleito, contudo, não pode prescindir da demonstração de má-fé, a ser aferida caso a caso, podendo, se configurada, ensejar inclusive o cancelamento ou a transferência do domínio e a responsabilidade por eventuais prejuízos. (...) (REsp 594404/DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, j. 05.09.2013, DJe 11.09.2013).
• Assim, o fato de o empresário ter uma marca registrada há muitos anos, não significa ter o direito de domínio sobre a expressão. Se a mesma expressão já havia sido registrada por outrem, o direito a ele assiste, porque o direito de domínio se rege pelo princípio first come, first served, ou seja, domínio concedido ao primeiro requerente que satisfizer as exigências para o registro, salvo comprovação de má-fé, que será analisada caso a caso.
De acordo com a legislação, as pessoas que exercem atividade de ramo empresarial devem possuir NOME EMPRESARIAL, que pode ser:
a) FIRMA; ou
b) DENOMINAÇÃO (arts. 980-A, e 1.155 ao 1.168,do CC).
OBS.: A regulamentação de nome empresarial aplica-se também para as denominações das SOCIEDADES SIMPLES,
ASSOCIAÇÕES e FUNDAÇÕES, por expressa previsão do art. 1.155, parágrafo único, do CC.
Mais regras sobre NOME EMPRESARIAL:
a) PRINCÍPIO DA NOVIDADE: o nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. Mas, se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar DESIGNAÇÃO QUE O DISTINGA;
b) PRINCÍPIO DA VERACIDADE: O nome empresarial não pode conter nenhuma informação falsa, deve identificar de forma fidedigna o empresário.
Exemplo 1: Se atua no ramo de atividade X, este é o ramo que deve constar no nome.
Exemplo 2: Se sócio que constava no nome da empresa vier a falecer, for excluído, ou se retirar, este nome deve ser excluído.
c) LIMITES ESTADUAIS DA PROTEÇÃO: a inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Mas, se registrado na forma de LEI ESPECIAL poderá estender essa proteção para todo o território nacional;
• o órgão competente para o registro é a Junta Comercial, salvo se houve pedido de proteção em todo o território nacional, por meio do registro do nome empresarial nas demais juntas comerciais.
• A marca, por sua vez, é protegida em todo território nacional, mas se submete ao princípio da especificidade (apenas no ramo da atividade, exceto se de alto renome),
d) INALIENABILIDADE: O nome empresarial não pode ser objeto de alienação;
e) AQUISIÇÃO DE ESTABELECIMENTO: o adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, PODE, se o contrato o permitir, usar o NOME DO ALIENANTE, precedido do SEU PRÓPRIO, com a qualificação de SUCESSOR; Ex.: Carvalho, Campos Moreira e Cia., sucessores de Alves Pereira e Cia.
f) ÓBITO, EXCLUSÃO OU RETIRADA DE SÓCIO: o nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, NÃO PODE SER CONSERVADO NA FIRMA SOCIAL;
g) ANULAÇÃO: cabe ao prejudicado, A QUALQUER TEMPO, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato;
h) CANCELAMENTO: a inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando CESSAR O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE PARA QUE FOI ADOTADO, ou QUANDO ULTIMAR-SE A LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE QUE O INSCREVEU.
Já vimos que o nome empresarial pode ser FIRMA ou DENOMINAÇÃO.
Agora, vamos estudar primeiro sobre FIRMA.
Firma: deve ter por base um nome civil (do empresário individual ou dos sócios da sociedade empresária), completo ou abreviado, acompanhado ou não de designação mais precisa de sua identidade ou ao gênero da atividade (art. 1.156). A firma acaba sendo a sua assinatura, pois quando se faz um contrato, na assinatura, deverá o empresário assinar, por exemplo, “João da Silva Livros Ltda.”. Essa será a assinatura da sociedade.
Firma pode ser:
a) Firma Individual; ou
b) Firma Social (também conhecida por razão social). Vamos falar da Firma Individual e depois falaremos da Firma Social (e mais depois um pouco a gente fala da Denominação).
A firma individual é:
a) Obrigatória para o Empresário Individual; e
b)Facultativa para a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI;
FIRMA INDIVIDUAL DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: O empresário individual opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado. Exemplos:
a) José Carlos da Silva Filho; ou
b) J. Carlos da Silva Filho; ou
c) José C. da Silva Filho; ou
d) José Carlos.
Se o Empresário Individual quiser, ainda pode acrescentar uma designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. Exemplos:
a) José Carlos da Silva Filho Mercearia; ou
b) J. Carlos da Silva Filho Mercearia; ou
c) José C. da Silva Filho Mercearia; ou
d) José Carlos Mercearia.
Resumo Demonstrativo:
Nome civil do empresário individual (completo ou abreviado) + Apelido ou Ramo da atividade (opcional).
FIRMA INDIVIDUAL DA EIRELI:
Nome civil do único participante (completo ou abreviado) + Apelido ou Ramo da atividade (opcional) + “EIRELI”. Exemplos:
a) Luiz Pereira da Silva EIRELI; ou
b) L. P. da Silva EIRELI; ou
c) Luiz Pereira da Silva Equipamentos de Som EIRELI; ou
d) L. P. da Silva Equipamentos de Som EIRELI.
A Firma Social (ou Razão Social) é formada por:
Nome civil de um dos sócios (abreviado ou não) + “e Companhia” ou “& CIA. ” ou nome de mais sócios que respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade (abreviados ou não) + ramo da atividade (opcional).
Exemplos:
Luiz Pereira & Cia. Equipamentos de Som L. Pereira Equipamentos de Som & Cia. LTDA. 
DICA! A regra é que a sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.
Exceção: Sociedade em Comandita por Ações (C/A), que apesar de ter sócio com responsabilidade ilimitada poderá possuir firma ou denominação, como nome.
A Firma Social (ou Razão Social) é:
a) Obrigatória para as Sociedades Empresárias: i) Sociedades em Nome Coletivo (N/C); e ii) Sociedades em Comandita Simples (C/S);
b) Facultativa para as Sociedades Empresárias: i) Sociedades Limitadas (LTDA.); e ii) Sociedades em Comandita por Ações (C/A).
Obs.: A única sociedade Empresária que não usa Firma Social, é a Sociedade Anônima.
OBSERVAÇÕES:
● A Firma Social da Sociedade em Nome Coletivo será formada pelo nome de um, alguns ou todos os sócios, acrescido, quando não forem usados todos os nomes, da expressão “& Cia.” ou “& Companhia”.
● A Firma Social da Sociedade em Comandita Simples será formada pelo nome de um, alguns ou todos os sócios COMANDITADOS, acrescidos, da expressão “& Cia.” ou “& Companhia”.
A Firma Social da Sociedade em Comandita por Ações será formada pelo nome de um, alguns ou todos os sócios COMANDITADOS, acrescidos, da expressão “& Cia.” ou “&
Companhia”.
● A Firma Social da Sociedade Limitada será formada pelo nome de um, alguns ou todos os sócios, acrescidos, quando não forem usados todos os nomes, da expressão “& Cia. LTDA” ou “& Companhia Limitada”.
Denominação: o mais importante não é o nome dos sócios, visto que a relevância está na descrição do ramo de atividade da empresa, esta sim obrigatória na denominação. Poderá haver o acréscimo de eventual nome civil ou de qualquer outra expressão linguística, denominado de elemento fantasia. No caso da denominação, o nome empresarial servirá exclusivamente para elemento de identificação.
A Denominação, como nome empresarial, é formada por qualquer expressão linguística (“elemento fantasia”) + ramo da atividade (obrigatório). Exemplos:
Padaria Irmãos Gerônimo;
Velas Stª Teresinha;
Baby Calçados Ltda;
Açucar Frei Damião;
→ Como regra geral tem elemento fantasia. Se tem elemento fantasia só pode ser denominação.
→ Pode ter nome de sócio na denominação só como forma de homenagear ou honrar o sócio, mas é medida excepcional
A Denominação, como nome empresarial, é de uso:
a) Obrigatório para as Sociedades Anônimas;
b) Facultativo para: i) a EIRELI; e ii) as Sociedades Limitadas (LTDA) e Sociedades em Comandita por ações (C/A);
OBSERVAÇÕES:
● A Denominação da EIRELI será formada por qualquer expressão linguística não vedada em lei, acrescido, obrigatoriamente, do ramo da atividade + EIRELI. Ex.: Baby Calçados EIRELI.
● A Denominação da Sociedade em Comandita por Ações será formada por qualquer expressão linguística não vedada em lei, admitindo-se o uso do nome do fundador ou de pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa, acrescido, obrigatoriamente do ramo da atividade + Comandita por Ações (obrigatório). Ex.: Baby Calçados Comandita por Ações.
● A Denominação da Sociedade Anônima será formada por qualquer expressão linguística não vedada em lei, admitindo-se o uso do nome do fundador ou de pessoa
que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa, acrescido, obrigatoriamente do ramo da atividade + Sociedade Anônima ou Companhia(abreviado
ou por extenso). Ex.: Baby Calçados Sociedade Anônima; Baby Calçados S/A; Companhia Baby Calçados.
A Denominação da Sociedade Limitada será formada por qualquer expressão linguística não vedada em lei, acrescido, obrigatoriamente do ramo da atividade +
“Limitada ou LTDA. Ex.: Baby Calçados Limitada; Baby Calçados LTDA.
OBS.: Igualmente à Sociedade Anônima, admite-se o uso do nome do fundador ou de pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.
No caso de “MICROEMPRESA” ou “EMPRESA DE PEQUENO PORTE”:
O empresário registrado na Junta Comercial, que auferir, em cada ano-calendário:
a) Receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), será considerado microempresa;
b) Receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), será considerado empresa de pequeno porte.
As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou suas respectivas abreviações, “ME” ou “EPP”, conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade.
Exemplos:
• José Carlos da Silva Filho – ME (EPP)
• José Carlos da Silva Filho Mercearia – ME (EPP)
• Luiz Pereira da Silva EIRELI - ME (EPP)
• L. Pereira Equipamentos de Som LTDA - ME (EPP)
(...)
As Sociedades Empresárias podem ser Personificadas e NÃO Personificadas.
As Sociedades NÃO Personificadas não possuem personalidade jurídica.
Nome das Sociedades NÃO Personificadas:
i) Sociedade em conta de participação; e
ii) Sociedade em comum.
SOCIEDADES EMPRESARIAIS
a) A Sociedade em Conta de Participação é aquela em que a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes. 
Obriga-se perante terceiro tão somente o sócio ostensivo. Em razão disso, não pode adquirir personalidade jurídica nem nome empresarial.
b) Sociedade em Comum: i) Irregular, porque apesar de ter contrato escrito, o mesmo não foi levado a registro; e ii) De fato, não possuindo, sequer, contrato escrito.
OBS.: Não existe responsabilidade exclusiva de um sócio, como na Sociedade em Conta de participação. Sendo levada a registro, adquirirá personalidade jurídica. Nada impede de possuir nome, e sendo levada a registro, terá nome empresarial.
a) Sociedades em Nome Coletivo (N/C);
b) Sociedades em Comandita Simples (C/S);
c) Sociedades Limitadas (LTDA.);
d) Sociedades em Comandita por Ações
(C/A);
e) Sociedade Anônima;
f) Sociedade em Conta de Participação;
g) Sociedade em Comum
Nome Empresarial de Sociedade Estrangeira
É o nome que tiver em seu país de origem, podendo acrescentar as palavras "do Brasil" ou "para o Brasil". Exemplos:
General Motors do Brasil;
Volkswagen do Brasil;
Alteração do nome empresarial
• O nome empresarial poderá ser alterado. Diferentemente do nome da pessoa física, a pessoa jurídica poderá mudar o nome com a simples vontade do empresário.
• No entanto, existem hipóteses em que a alteração do nome empresarial é obrigatória:
1) Saída, retirada ou exclusão de um sócio que constava da firma social:
2) Alteração da categoria do sócio quanto às obrigações sociais: o sócio que era comanditado e passou a ser comanditário, ou seja, deixou de responder ilimitadamente, não poderá figurar no nome empresarial, sob pena de permanecer a sua responsabilidade ilimitada no caráter subsidiário.
3) Alienação do estabelecimento: se for previsto em contrato, é possível que o adquirente use o nome do alienante precedido do seu. Neste caso, deverá colocar a qualificação “sucessor de”. Ex.: J Silva Cia. Ltda. Alguém adquiriu este estabelecimento e quer manter o nome, deverá colocar o seu nome na frente: Carlos Antonio Queiroz sucessor de J Silva e Companhia Ltda. 
O nome empresarial é inalienável, mas o estabelecimento poderá ser alienado.
4) Alteração do tipo societário (transformação): seja para firma ou para denominação, uma sociedade limitada que se torna sociedade anônima não poderá mais se chamar de sociedade limitada, devendo ser denominada S.A., da mesma forma o contrário.
Enfim, em caso de alteração do tipo societário deverá se submeter a uma modificação do nome empresarial de forma obrigatória.
5) Houver lesão a direito de outro empresário: no caso de concorrência desleal, será feita a alteração pelo empresário que registrou este nome posteriormente, sob pena de a alteração ser coercitiva, sem prejuízo das responsabilidades por perdas e danos.

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