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Doença de Chagas parasito

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 A OMS estima em aproximadamente 6 a 7 milhões o nº 
de pessoas infectadas em todo o mundo, a maioria na 
América Latina; 
 Estimativas recentes para 21 países latino-americanos, 
com base em dados 2010, indicavam 5.742.167 pessoa 
infectadas por T. cruzi, das quais 3.581.423 (62,4%) 
eram residentes em nações da Iniciativa dos Países do 
Cone Sul, destacando-se a Argentina (1.505.235), o 
Brasil (1.156.821) e o México (876.458), seguidos da 
Bolívia (607.186); 
 A espécie mais importante para a transmissão no Brasil 
é o Triatoma infestans, que se encontra sob controla 
após certificação recebida em todo o território nacional 
em junho de 2006; 
 
 
 
 Também conhecida como Tripanossomíase Americana; 
 É uma antropozoonose causada pelo Trypanosoma 
cruzi, protozoário flagelado; 
 Sua transmissão é relacionada aos vetores, ao agente e 
aos reservatórios, além de um conjunto de fatores 
socioeconômicos e culturais; 
 Na sua forma clássica, a infecção chagásica é adquirida 
pelo homem por meio de triatomíneos hematófagos 
(transmissão vetorial); 
 Estende-se do Centro-Oeste do México até o sul da 
Argentina e Chile, onde as péssimas condições de 
habitação favorecem o contato entre o triatomíneo 
vetor e o homem; 
 A cardiopatia chagásica crônica é essencialmente uma 
miocardiopatia dilatada em que a inflamação crônica 
provocada pelo T. cruzi, provoca destruição progressiva 
e fibrose extensa no coração; 
 
 
 
 É causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que 
parasita o sangue e os tecidos de pessoas e animais; 
 
 
 O ciclo se inicia quando o indivíduo contamina-se por 
contato de dejeções do inseto infectado (contendo 
tripomastigotas metacíclicos) com as mucosas ou a pele; 
 Os tripomastigotas caem na corrente circulatória; 
 Atingem outras células de qualquer tecido ou órgão 
para cumprir novo ciclo celular ou são destruídos por 
mecanismos imunológicos do hospedeiro; 
 Os triatomíneos vetores se infectam ao ingerir as 
formas tripomastigotas presentes na corrente 
circulatória do hospedeiro vertebrado durante o 
hematofagismo; 
 No estômago do inseto eles se transformam em 
formas arredondadas e epimastigotas; 
 No intestino médio, os epimastigotas se multiplicam por 
divisão binária, sendo, portanto, responsáveis pela 
manutenção da infecção do vetor; 
 No reto, porção terminal do tubo digestivo, os 
epimastigotas se diferenciam em tripomastigotas 
(infectantes para os vertebrados), sendo eliminados nas 
fezes ou na urina; 
 
Existem outras vias de transmissão: 
 Vertical (ocorre após o 3º mês de gestação) – chance 
de 5 
 Acidental (laboratórios, centro cirúrgico); 
 Por transplante de órgãos; 
 Via oral; 
 
 
Formas evolutivas: 
1. Amastigota; 
2. Tripomastigotas (sanguícola ou metacíclico); 
3. Epimastigota; 
 Capacidade de se 
dividir (fissão 
binária) 
Capacidade de 
infectar outras 
células 
Amastigota Sim Pouco infectantes 
Tripomastigotas Não Muito infectantes 
Epimastigota Sim Não infectantes 
 
A infecção (passagem do parasita de um hospedeiro para o 
outro) envolve o tripomastigota; 
 
 Doença de Chagas 
Epidemiologia: 
Definição: 
Causa: 
Transmissão: 
Ciclo Biológico: 
 O T. cruzi é um parasita heteroxênico (possui 2 tipos de 
hospedeiros diferentes); 
 Realiza um ciclo digenético (passa por 2 hospedeiros) – 
vertebrado (humanos, outros mamíferos, ex: gato, rato, 
cachorro, tatu) e invertebrado (barbeiro); 
 É um Eurixeno (capacidade de infectar muitos 
hospedeiros mamíferos diferentes); 
 
 
 
 
 
 
 
 
No organismo vertebrado (ser humano): 
Amastigotas; 
 Intracelulares; 
 Podem invadir células do Sistema Fagocítico 
Mononuclear (macrófagos)/ células nervosas/ fibras 
musculares estriadas ou lisas; 
Tripomastigotas sanguícola; 
 Extracelulares; 
 Presente no sangue/ leite materno/ esperma/ liquor; 
 
Ciclo: 
 O ciclo inicia-se com o barbeiro picando uma pessoa 
(repasto sanguíneo) – se nutre do sangue da pessoa e 
libera fezes contendo tripomastigotas metacíclico; 
 Após a picada, a pessoa se coça e se auto inocula com 
esses tripomastigotas metacíclicos (podem entrar por 
mucosa, solução de continuidade, ferida da picada, 
conjuntiva do olho); 
 Os tripomastigotas encontram-se na corrente 
sanguínea (tripomastigota sanguícola); 
 Após a infecção, o tripomastigota se transforma em 
amastigota (forma intracelular); 
 Os amastigotas invadem primeiramente as células do 
Sistema Fagocítico Mononuclear (Macrófagos) e 
posteriormente se espalha para outras células (células 
musculares estriadas/lisas, células nervosas); 
 Devido a sua alta capacidade de divisão, os amastigotas 
formam no interior das células “ninhos de amastigotas”; 
 A intensa capacidade de divisão libera novos 
tripanossomas para a corrente sanguínea 
(tripomastigota sanguícola); 
 Os tripomastigotas circulam e voltam a infectar novas 
células, transformando-se em amastigotas; 
 O amastigota sanguícola na corrente sanguínea do ser 
humano, pode infectar o barbeiro que ainda não foi 
infectado; 
 Quando o T. cruzi infecta o barbeiro, ele se transforma 
em epimastigota (forma existente apenas no 
hospedeiro invertebrado); 
 O epimastigota sofre divisão, na porção média do 
intestino do inseto; 
 Na porção distal ele se transforma em tripomastigota 
metacíclico (metaciclogênese); 
 
 
1. Tripomastigota metacíclico infectando o homem no ato 
do repasto sanguíneo; 
2. Ao adentrar na corrente sanguínea o tripomastigota 
metacíclico já passa a ser considerado o tripomastigota 
sanguícola; 
3. Ao adentrar a célula os tripomastigotas sanguícolas se 
transformam em amastigotas (intracelular) – dividem-
se intensamente no interior das células, formando os 
ninhos de amastigotas; 
4. Em seguida os amastigotas liberam os tripomastigotas 
para a corrente sanguínea; 
5. Um barbeiro não infectado pode picar a pessoa 
infectada, e ao sugar o sangue desse indivíduo, vai se 
contaminar com o tripomastigota; 
6. Ao adentrar no barbeiro se transforma em 
epimastigota; 
7. O epimastigota se divide no intestino médio do barbeiro; 
No organismo invertebrado (barbeiro), o T. cruzi se apresenta 
nas seguintes formas: 
Epimastigota; 
 Vive no intestino médio e posterior do inseto 
Tripomastigota metacíclico; 
Vive na porção distal do tubo digestivo do inseto; 
8. Na porção distal do intestino, passa por 
metaciclogênese e se transforma no tripomastigota 
metacíclico; 
 
 
 
 Após o período de incubação que varia de 4 a 10 dias 
nos casos de transmissão vetorial e de 20 a 40 dias ou 
mais nos de contaminação por transfusão de sangue, 
segue-se uma fase aguda; 
 A fase aguda por ser sintomática (ocorre em crianças 
de baixa idade), ou o que é mais comum, assintomática 
(ocorre em todas as idades); 
Fase aguda: 
 Caracteriza-se por parasitemia elevada; 
 Intenso parasitismo tecidual; 
 Manifestações de toxemia; 
 Processo inflamatório exuberante e quadro clínico 
variável; 
 Uma das características da fase aguda é o sinal de 
porta de entrada oftalmoganglionar (Sinal de Romaña) – 
representa a reação do hospedeiro à penetração dos 
tripanossomas na mucosa ocular; 
 Nos casos não tratados, a fase aguda dura de 10 a 60 
dias. Com o passar dos dias e semanas, a sintomatologia 
regride, o nº de parasitas diminui na circulação e a 
doença evolui para a fase crônica. Quase sempre a 
fase crônica se instala como forma indeterminada; 
 A forma cardíaca é a mais importante da doença de 
Chagas do ponto de vista clínico (fase crônica), pois o 
comprometimento do coração pode levar a alterações 
do ritmo, a fenômenos tromboembólicos, a insuficiência 
cardíaca congestiva ou a morte súbita; 
 O dano cardíaco resulta das alterações fundamentais 
(inflamação, necrose e fibrose) que o T. cruzi provoca, 
direta ou indiretamente, no tecido especializado de 
condução, no miocárdio contrátil e no sistema nervosa 
intramural; 
 
 
 
 
 
 
Doença cardíaca: 
Hipertrofia de dilação generalizada; Microscopicamente mostrará fibrose crônica, área 
focal de necrose e degeneração granular e edema 
interfibrilar; 
Doença gastrointestinal: 
Megacólon e megaesôfago; 
 Devido a fibrose e degeneração dos gânglios 
autonômicos no plexo mioentérico; 
Quadro clínico: 
No grupo chamado pelos clínicos de cardiopatia chagásica crônica 
assintomática ou sem disfunção ventricular estão os pacientes com: 
 Eletrocardiograma alterado; 
 Função ventricular normal; 
 Área cardíaca normal ao exame de raio X; 
 Exame físico normal; 
 Ausência de manifestações clínicas;

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